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Promenade Chandon – Champagne para Alguns, Aborrecimentos Para Muitos!!!

Domingo, a vinícola Chandon promove mais um Promenade Chandon na Rua Oscar Freire e arredores.  A idéia seria  ótima, passeio pela cidade com direito a taças de Champagne para alguns convidados/credenciados da empresa.

Acontece que para realizar tal empreitada, evento como gostam de dizer atualmente,  trechos da Oscar Freire e da Haddock Lobo foram interditados  alguns dias durante a madrugada  nessa semana.  Domingo inteiro, desde o primeiro segundo até às 24:00,  “haverá interdição da Rua Oscar Freire (entre as ruas da Consolação e Haddock Lobo) e da Rua Haddock Lobo (entre as ruas Oscar Freire e Sarandi)”

Excetuando-se   a Marcha Religiosa, Parada Gay,  ocasiões em que  considerável parcela  dos moradores, e até turistas, saem  às ruas para demonstrar fé   e se divertir e a S. Silvestre, quando a cidade está vazia, não há o que  justifique interdição de ruas.

Veja o transtorno que causou a Virada Esportiva, na manhã de um domingo em novembro do ano Passado.  Como está lá no texto, foi saúde para alguns poucos, estresse e aborrecimento para a cidade inteira.  E será sempre assim quando uma rua qualquer da cidade for interditada para lazer.  Infelizmente.

Clique aqui e leia sobre o caos que viveu a cidade naquele domingo.

Marias Chuteiras e Oportunistas – Onde Mora o Perigo!!!

Lucas, jogador do S. Paulo, fez 19 anos e comemorou em uma boate aqui na Capital.  O Felipe Andreoli, simpático e divertido repórter do CQC, brincou com Neymar, prestes a se tornar pai  antes dos 20 anos, dizendo:

– Está cheio de mãe de juiz lá dentro…

Marias chuteira e oporunistas que garimpam homens de grana em todos o cantos  não são  put.., como brincou Andreolli.  E aí é que mora o perigo.

Amigo meu disse há muito tempo (nem sei se a frase é dele), mas é oportuna e vai a cada dia que passa se tornar mais e mais adequada e útil lição:

– Vou começar a sair com putas por medida de economia!!!

Muitos  homens que  o digam…

Caipira Véio, música sobre a mulher na sábia visão do homem da Roça, dos meus amigos do Rossa Nova,  que já usei para falar da “Camareira” e chefe do FMI, Dominique Strauss-Kahn, é versátil e também ilustra bem o caso.  Veja o vídeo

Aliás, depois que postei esse  vídeo, o número de visitas ao meu blog cresceu assustadoramente e não baixou desde então.  Deve ser público feminino, por conta do charme do Bezão, Xamã e Juka

É Fácil Falar Difícil. Mas é Horroroso!!!

Em um texto, cujo título era É FÁCIL FALAR DIFÍCIL,  o autor se divertida mostrando maneiras pedantes que pedantes empregavam para falar coisas simples.  Ocorrem-me duas pérolas, frequentemente repetidas por secretárias e telefonistas.

Quando digo que quero falar com o dr. João e ouço a famigerada pergunta:

– Quem deseja???

Eu explico:

– Minha senhora, desejar, eu desejo é a Gisele Bündchen.  Com o dr. João, eu quero apenas falar…

E a pérola preciosa do retornar a ligação???  O que que é isso ???

Veja verbete do  Blog Fala bonito  sobre o  assunto.

“É melhor responder à Ligação

Apesar de se tratar de forma muito usada nas relações de trabalho, evite “retornar uma ligação”.  O verbo não tem esse sentido nos dicionários mais comuns do idioma e pode ser substituído, sem problema, por responder. Ele não respondeu à minha ligação/ raramente ele respondia aos telefonemas recebidos.

E o blog conclui, matador, “Repare que o telefone existe há mais de um século no Brasil, mas só se retorna uma ligação de poucos anos para cá.

Conhecida minha, mulher inteligente, diretora de escola, na mensagem da secretária eletrônica diz que vai retornar a ligação.  Ainda bem que não disse vou estar retornando a ligação.

Parente meu, idem inteligente, intelectual com livros publicados, tascou recado na minha pobre secretária eletrônica também usando o retornar nesse sentido.  Fui obrigado a fazer uma frase dramática.  Lá vai:

– Quando ouvi na secretária eletrônica o meu parente, que considerava, e ainda considero, um intelectual, dizer que estava retornando a minha ligação, perdi a fé na humanidade!!!

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Se quiser ler o verbete do Blog  Fala Bonito, há uma ilustração simpática.  O endereço do Blog, propriamente dito, não consegui achar.

http://falabonito.wordpress.com/2008/04/17/retornar-o-responder-uma-ligacao/

Anvisa e McDonald´s em Campanha por Comida Mais Saudável – Se Todo Mundo Ajudasse…

A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou hoje campanha  Menos Sal. Sua Saúde Agradece!, para alertar população sobre os problemas causados pelo consumo excessivo de sal.  Segundo a Agência, o brasileiro consome em média 12 gramas por dia.  O ideal é 5 gramas.

Excesso de sal pode causar: doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e doenças renais.

“De acordo com a OMS, em 2001 essas doenças foram responsáveis por 60% do total de 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo.”

Parelelamente, também hoje, o McDonald’s informou  que vai implementar mudanças no McLanche Feliz vendidos em todo o mundo, a fim de tornar as refeições destinadas a crianças mais saudáveis. Nos Estados Unidos, a porção de batata frita será reduzida em mais da metade.  A porção de batata retirada, será substituída   por maçãs.  “No Brasil e na América Latina, será introduzida uma nova porção de frutas frescas, que vai variar de acordo com a estação do ano.”

Governos e, pasme, até mesmo grandes empresas estão fazendo suas partes.

Agora se os búfalos continuarem comendo pipocas compulsivamente, sobretudo,  nas salas de cinema incomodando todos em redor, de nada vão adiantar esses esforços.

Búfalos, contem até três, se precisarem contem outra vez (como diz a música do Roberto Carlos), quiçá até três milhões, antes de comprarem aqueles sacos giganteeeescoooos de  pipocas que vão incomodar o filme inteiro os infelizes que estiverem aos seus lados.

Não é pedir demais, concordam????

Para terminar, frase minha:  “o sujeito que come pipoca no cinema não gosta de pipoca, não gosta de cinema e ainda enche o saco do vizinho”

Considerações Sobre uma Noite de Não Inverno e de Pequenos Infernos!!!

Quinze de Julho.  Pleno inverno.  Saio à noite de manga curta.  Levo malha de linha.  Mas não preciso usar.   É só o mais mínimo absurdo de uma série que encarei.

Embaixo do minhocão,  para fazer batida, Polícia  fecha duas faixas de trânsito.  Congestionamento monstro.  Consigo escapar.  Ao passar a pé pelo bloqueio, poucos metros à frente,  vejo um carro Dodge Dart lindo, da década de 70.  Lindo mas com escapamento aberto.  Estava estacionado, acelerando, fazendo barulho ensurdecedor  e a Polícia nem aí!!!

A pé, chego ao bar/teatro na Pça Roosvelt  onde estava se realizando um sarau, para o qual recebera convite através de email.  Até onde eu sabia, iluminação era ítem fundamental para teatro.  Pois bem, ali só havia as famigeradas lâmpadas do apagão.  Não é frescura, não.  Eu não consigo ficar sob essas lâmpadas.  Aliás, não sei como alguém consegue.  Enfrentei bloqueio policial, congestionamento, andei vários quarteirões  a pé para chegar.  Chegar, e sair cinco minutos depois.

Na volta, sou brindado com um monumento ao mau gosto.  Na rua Araújo, um hotel, com nome em Inglês, naturalmente.  Trata-se de um prédio antigo, para não dizer velho.   Não sei se para esconder a velhice do prédio,  ou por julgar elemento arquitetônico  sofisticado, foram erguidos uns arcos na fachada.  Chega a ser engraçado. Se passar pela Rua Araújo, não perca a oportunidade de ver.

No rádio do carro, a única salvação da Noite: entrevista com Carlinhos Vergueiro na CBN.  Entre outras coisas, falou do Festival de MPB Abertura de 1975, da Globo,  que ele venceu com a belíssima, porém conservadora música, Como Um Ladrão.  Eu estava na Platéia.  Não posso dizer que concordei plenamente nem que discordei plenamente da escolha do Juri.  Letra belíssima, com música conservadora, se é que  existe música conservadora!!!

Ouça a música. Clique aqui Paulinho da Viola canta com o autor Carlinhos Vergueiro. Repetindo,  Belíssima Música!!!

É Novela que Não Acaba Mais!!!

Muitos anos atrás,  em  quadro humorístico da propria TV Globo,  personagem ligava para  uma dona de casa, informando ser de Instituto de Pesquisa,  perguntava e a mulher respondia:

– A senhora vê a novela das Seis?

– Vejo!

A senhora vê a novela das Sete?

– Vejo!

A senhora vê a novela das Oito?

– Vejo!

O pesquisador comentava:

– Poxa, a senhora vê tudo, menos o jantar do seu marido!!!

Pois bem, a partir de hoje, na Globo,  vai ter até a novela das 11!!!

Sujeito gozador da década de 60  disse que seu sonho era assistir ao encontro do decote com a mini-saia.

Logo mais a Globo talvez  realize o sonho de fãs de novela:  a das 23 horas termina e já começa a primeira novela  do dia seguinte!!!  Quem viver talvez veja, e quem quiser que assista a todas elas!!!

Contar Piada

Todo mundo gosta de contar piada.  Pouca gente sabe contar piada.

Adoro criança; bebês com pouquíssimos meses nos carrinhos me seguem com os olhos o quanto podem, quase torcem o pescoço;  aliás,   adoro gente. Não gosto de bicho, bicho doméstico, principalmente cachorro.   Elefante, leão, girafa, avestruz, absolutamente me incomodam.  Já o cachorro e dono com aquelas coleiras elásticas que ocupam a calçada inteira… Sem comentários.

Voltando, adoro crianças, mas criança contando piada…   Elas esquecem,  recomeçam e quando terminam não mencionam o principal.

Muitos adultos também transformam piada em sofrimento;  quando terminam,  o outro  ri. Ri de alívio!!!  Os caras botam  a piada na forma indireta e  é um tal de :

– Aí ele disse; então o outro falou;  daí, ele disse de novo.

Não há quem aguente.

Conheço mais de mil piadas.  E sei contar.  Mas conto uma; no máximo duas por período e, sempre, com relação aos assuntos que estão em baila.

A piada tem que ser objetiva, direta e, principalment, curta.

Comece treinando com essa aqui.

O assunto é política ou corrupção.  Pergunte:

– Sabe qual é o prato predileto  do …..???  (aí você preenche com o político que você considera o mais corrupto;   eu escutei  e conto com o nome do maior corrupto que já houve na nossa política, quiçá no mundo, mas não vou dizer aqui).

O seu amigo vai falar que não.  Responda seco:

– Ro(u)bá-lo com furtos do mar.

É isso!!!  Sem o menor floreio.

E sem esquecer detalhes. Uma vez contei piada para um parente e ele morreu de rir.   A mulher dele ficou enlouquecida:

– Eu contei essa piada para você ontem e você não achou a mínima graça.

Lá vai a piada que eu contei.

Sujeito diz ao médico:

-Doutor, eu acho que estou com amnésia.

O médico não escuta e pergunta:

– O que?

O sujeito:

– O que o que???

Segundo meu parente, a mulher contou para ele.

O sujeito foi ao médico e disse que estava com amnésia e o médico perguntou:

– O que???

Meu parente jura que a mulher parou aí.

Por essas e  outras, uma frase minha e um verso do Grande Sambista do Caiubi,  Nando Távora.  Primeiro a minha frase e o verso do Nando para fechar com chave de ouro e de forma definitiva o assunto.

“Fazer samba não é contar piada” e contar piada não é fazer romance!!!

Verso do Nando:

“Piaba na ponta da linha é uma alegria só.  Piada mal contada é coisa de dar dó”.

Nando mata a pau o assunto.

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Essa música do Nando, especificamente, não encontrei no Youtube, mas veja/ouça outras músicas de Nando .  Ele presta algumas homenagens ao Grande Adoniran, como Barraco Apertadinho.  O cara é ótimo. É uma música melhor do que a outra.  Aliás, mais uma piadinha, para ser contada assim, rápido.

– Qual é o número que representa os Gays???

O cara vai dizer: 24.

Você responde:

– Não.  É o onze: um atrás do outro.

Desfile de Clichês Pra Ninguém Botar Defeito!!!

Clichê –  80 minutos de peça, tempo suficiente para o ator Lúcio Mauro Filho sapecar nada menos do que  600 clichês, frases feitas;  lugares comuns, em fim.  Trata-se de monólogo hilário.  Com todo o talento que Deus e a genética lhe deram, Lúcio Mauro Filho, o formidável Tuco da Grande Família,  não deixa a peteca cair (acho que peteca cair, ele não falou; eu não me lembro), nem mesmo que você pare um minuto sequer  de  rir.  O texto é de Marcelo Pedreira; direção, Rubens Camelo.

Provérbios contêm muita sabedoria; afinal são  o conhecimento do homem a respeito de algum assunto exposto de maneira sucinta.   O que irrita são pessoas que os recitam em voz grave e pausadamente.

Já o lugar comum, o clichê, na acepção do termo,   é um horror mesmo; não tem jeito.   Alguns exemplos da peça: desço o malho, eu passo o rodo, eu cutuco a onça com vara curta.

Entretanto, muito mais  pavorosos  do que  os lugares comuns, clichês  de acordo com a peça, são os terminhos da moda.  As palavras e expressões  rasinhas que todo mundo, de uma hora para outra,  está a repetir: ninguém merece,  de repente, a nível de e etc.

Publiquei texto aqui há cerca de um ano praticamente só usando essas palavras vazias, vazias até de vento.

Ao final do texto, informações (serviço) sobre a peça Clichê.  Não perca. Vale a pena.

Título do Texto:  RICO VOCABULÁRIO

No começo, não era o verbo.  No começo era o Válido.

Você deve se  lembrar.  Década de 70:  era só alguém dizer qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo – Que tal  um café???, por exemplo – e a possibilidade  de um pseudo-intelectual responder:  – Muito válida essa idéia!!!- era de mais de 90%.

Há cerca de quinze anos,  foram  as invasões do De Repente e do A nível de, expressões que não servem absolutamente para coisa alguma.  Ou seja, o “pseudo”  pode falar ou escrever quantos de repente e quantos a nível de ele quiser.  Se cortarem todos eles, não farão a menor falta; pelo contrário, será um alívio para o ouvido.

O válido era um ligeiro horror; o de repente e o a nível de,  horrores médios.  Mas, presta atenção, como diz um amigo, os chavões de hoje me fazem ter saudades deles!!!

Inventaram uma língua nova!!!

Não se diz mais que uma pessoa é legal, inteligente, bacana.  Reduziu-se tudo isso a:  PODEROSA.  Que POBREZA!!!

Mas ainda pode piorar.  Sujeitos  com os atributos (será que quem fala poderoso sabe o que é atributo???) acima também podem ser DIFERENCIADOS!!!

Os ditos diferenciados  não gostam de uma roupa, de um restaurante.  Para dizer que gostam, exclamam:

– Tal coisa é a minha cara!!!

Afe!!!

Também tem o Tudo de Bom que deve ser mais ou menos aquilo que é a minha Cara – cara deles, naturalmente – já que dentro dessa riqueza morfológica, tô fora!!!

Dá até para fazer um  diálogo:

Vamos combinar: com certeza,  vai bombar.

O outro apresenta alternativas, digo, eventos:

– A gente dá uma passada, vê o que tá rolando. Aí a gente  liga (faz o gesto pondo  o dedão no ouvido e o dedo mínimo na boca) pra Galera. Se der caixa postal,  a gente pede pra retornar a ligação.

Caiu a minha ficha!!! Quem sabe,   a gente já alavanca outra balada para amanhã.

Que saudades do Válido.  Vou me dar direito, não a um chavão, mas um verso:  Eu era feliz e não sabia!!!

Terminando com lamento modernoso:

NINGUÉM MERECE!!!

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Frase minha, não tão nova, uma mostra de que minha ojeriza pela coisa já é coisa antiga.

Tente até me passar um xaveco, mas não me repita um chavão!!!

Descanse um pouco desse massacre de lugares comuns, mas não perca a peça em hipótese alguma.  Assista a um trecho e, se capaz for, resista!!!

Lá vai a ficha técnica (convém conferir detalhes e horários  pelos telefones antes de sair de casa)

De 1º/7 a 28/8, sex. 21h30; sáb. 22h; dom. 20h. Teatro Folha: Shopping Pátio Higienópolis, Av. Higienópolis, 618, tel. 3823-2323. Gênero: monólogo cômico. Duração: 80 min. Classificação: 12 anos. Ingressos: R$ 40 e R$ 50. Cc: American Express/Mastercard/Vista. Cd: Mastercard Maestro/Redeshop/Visa Electorn. Onde comprar: no teatro (ter. a qui. 15h/21h; sex.13h/0h, sáb. 12h/0h; dom. 12h/20h); com taxa pelos tels. 3823-2737 e 4003-2330 ou pelo ingresso.com.br.

Restaurantes Americanos Barram Celular

Correspondente da fabulosa  rádio CBN nos Estados Unidos informa que celulares estão proibidos, ou não são bem-vindos,  em alguns restarurantes de Nova York e Boston.  Nos cardápios, há avisos sobre o asunto.

Será esse um tênue indício de um micro   arrefecimento da barbárie que o celular instaurou/instalou pelo planeta adentro???

Pouco antes da lei anti-fumo entrar em vigor,  e novamente no primeiro aniversário da lei,  escrevi que precisariam ser criadas normas para balizar o uso dessa praga (não podia escrever celular para não ficar rima ruim).  Será que o que está  acontecendo  nos Estados Unidos não vai desembocar no que eu sugeria na época???  Fico na torcida!!!

Abaixo, o texto que escrevi.

Título do Texto:  Um ano Livres da Fumaça de Cigarro!!!  Que tal Agora uma Lei Anti-Celular???

Lá vai o texto:

Amanhã a Lei Anti-Fumo completa um ano.  Até onde eu sei,  ninguém morreu por não poder fumar em locais especificados  pela legislação.

Três dias antes do começo da vigência dessa lei, escrevi texto aqui no Boca sugerindo que  nos mesmos lugares onde estivesse proibido o cigarro, fosse proibido também o celular.

Agora que fumantes já estão conformados, era um bom momento de por em prática o que sugeri na época.   Colo o texto a seguir.

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Ficar isento de fumaça de cigarro, cachimbo e  charuto em locais públicos, como vai acontecer a partir dessa sexta-feira em todo o Estado de S. Paulo, já é um imenso alívio. Entretanto, lei fundamental para  restabelecer um pouco do sossego que se tinha há cerca de 20 anos ainda precisa ser promulgada.

A lei antifumo proíbe o fumo em ambientes fechados de uso coletivo e até mesmo cobertos, tais como terraços/varanda de bares e restaurantes.  Pelo que se deduz, cigarros, cachimbos e charutos só serão permitidos nas calçadas, no meio da rua e dentro de casa.  Excelente!!!

Pois bem, alguma santa autoridade poderia ter o bom senso de se empenhar e conseguir aprovação de  lei determinando  que nos mesmos lugares onde o fumo passa a ser proibido, também fique interditado à pior praga dessas duas últimas décadas:  o uso do famigerado/inoportuno celular.  Quando falo interditado, digo interditado mesmo.  Não pode ser emitido qualquer sinal sonoro, como as infelizes musiquinhas, ruídos, campainhas.  Fazer ligação ou atender ligação, nem pensar!!!

Conhecido meu estava em sofisticado clube na Argentina. Sacou do celular e começou a falar.  Na mesmo instante, atencioso funcionário lhe diz:

– Se o senhor  quer mesmo e precisa falar no celular,  nós temos cabines para isso.  Ficar aqui no meio do salão e falar no celular não é permitido!!!

O que precisa é isso – cabines telefônicas espalhadas pelos lugares.  O cigarro não é proibido, o Álcool não é proibido.  O que não pode é fumar em lugar fechado e nem guiar automóvel depois de beber.  Da mesma forma, celular continuaria sendo totalmente livre – sem emitir ruídos  e limitado à uma cabine telefônica. Simples e lógico. É civilizado!!! É democrático!!!  Autoritarismo é impor às pessoas em volta campainha,  conversas e gritos que ninguém é obrigado a suportar.

Os que lerem isso serão radicalmente contra.  A razão é muito simples.  Antes dizia-se que a liberdade de cada um vai até onde começa o direito do próximo.  Essa lógica foi invertida completamente. Hoje  é assim – a liberdade é ilimitada, o direito do próximo que se dane!!!  A respeito dessa nova concepção de vida,  dá até para juntar dois termos freqüentes  aqui no Boca no Trombone:   o que mais se vê por todos os lados é BÚFALOS NADANDO DE BRAÇADA!!! E os incomodados que reclamem  pro Bispo, como se dizia tempos atrás.

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Tá vendo, já faz um ano que os búfalos fumantes foram restringidos em suas braçadas ou tragadas.  Não seria o máximo  se os búfalos dos celulares também fossem restritos a gritar só dentro das cabines, como no clube argentino???

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Espero que a coisa de restringir o celular continue firme nos Estados Unidos.

Como o  Brasil adora o que é importado, quem sabe aqui não se copia a coisa.   Caso os yankes  restringiam firme o celular, eu,  que detesto terminhos em inglês,  nem vou me importar se  os avisos aqui para indicar a restrição à praga sejam todos escritos com terminhos babacas in english!!!