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O Respeito do Empresário Americano pelo Consumidor e o Desrespeito do Brasileiro

Logo que o McDonald´s chegou ao Brasil, dei o dinheiro para pagar um pedido.  Ao comentar com o caixa que havia recebido R$ 0,75 a mais de troco, ele foi lacônico:

– Quando não temos o troco exato, damos a mais.  O freguês não pode nunca ter prejuízo por falha nossa.

Aliás, ao me entregar o troco,  ele sequer comentou que havia dado mais do que devia.

Legal, muito legal, ético e elegante.  É a visão americana dos deveres e direitos de cada um.

Acabei de comprar em um dos maiores supermercados apenas dois sucos de laranja.  Preço de cada um R$ 3,99 – lógico, com a gracinha dos 99 centavos.

– Dou R$ 8,00.

A moça do caixa, guarda o dinheiro, entrega uma notinha fiscal e dá o caso por encerrado, sem sequer comentar que ele não dispunha de troco.

Ao fazer uma compra grande, é natural que se deixe arredondar o troco, mesmo contra o freguês.  Não me importo absolutamente.

Agora, o marketing inventa a gracinha de todos os preços quebrados nos 0,99.  Pois bem, os mínimos trabalhos extras  que a equipe de treinamento de uma das maiores redes de supermercado  tinha por obrigação  fazer eram:  ensinar todos os caixas a pedir desculpas quando não tivessem  o troco, mas, sobretudo, cuidar para que não faltasse um único centavo no troco de cada consumidor.

Talvez seja esperar  demais que empresários e marketeiros tenham consideração por quem quer que seja!!!

Se para os americanos, o  freguês não pode em hipótese alguma  ter prejuízo por “falha” deles, para um dos maiores varejistas  do Brasil,  é o freguês que se dane,  que fique sem troco  exato  e, menos ainda, sem  direito a ouvir  qualquer pedido de desculpas.

Só para deixar claro:  os caixas fizeram um mutirão, acharam uma moeda de cinco centavos e me deram o troco.   Os caixas, eventualmente , alguns clientes talvez me considerem um miserável.  Não me importo.  E se todo mundo fizesse igual, acabariam a gracinha do preço quebradiiiiinho e a falta de consideraçãããoooo   e de respeiiiito!!!

Entidade Israelita Incomoda Mas Aquece os Nossos Pobres. Estamos Salvos!!!

Como se não bastassem  a poluição sonora durante a semana, o homem da pamonha, agora inventaram mais uma para infernizar também o domingo, dia em  que deveriam dar sossego à população.  Uma entidade de nome Unibes, União Brasileira Israelita do Bem Estar Social, usando caminhão, carro de som em alto volume, invadiu no meio da manhã de hoje  as ruas próximas à Alameda Barros, em Higienópolis.    O objetivo era arrecadar agasalhos.

Para tanto, valia tudo.

Leia Alguns dos gritos de guerra.

– Enquanto não doar a gente não vai embora  (leia-se:  não vamos parar de incomodar)

– Joga   aquela jaquetinha de couro que você ganhou  do  namorado mala.

– Eu não tô vendo ninguém do Edifício X Doar Nada.

– Joga, joga, mira na cabeça de alguém e joga

– Manda aquela roupa que você não usa quando vai para a Europa.

Imagine que toda essa baboseira e agressividade eram gritadas em tom, ora de ironia, ora de tênue ameaça, por um sujeito sem a mínima  graça e de uma arrogância atroz.

Quando ele tomava fôlego, uma menina que vinha a pé com o megafone levava a coisa no mesmo  tom. Quando não era um nem outro, uma   música infernizava e até mesmo uma sirente era acionada.

Perguntas:

  • A lei permite que moradores de um bairro sejam incomodados dessa maneira?
  • A lei permite que sirenes sejam usadas  nesse tipo de manifestação???

Barulho, falta de respeito  e piadinha sem graça, infelizmente,  não provocam qualquer reação.

Agora, o que incomodava mesmo era a mensagem subliminar; hiper  cristalina na manifestação:

– Vocês, brasileiros/paulistanos, não são capazes de fornecer agasalhos para seus semelhantes.  É necessários que nós, israelitas, aqueçamos os pobres de vocês.

É demais, não é mesmo???

Esses Toscos Portugueses e Suas Fabulosas Máquinas de Fazer Dinheiro – 2 –

Portugueses donos de padaria, embora muito toscos, são campeões de ganhar dinheiro.  Já escrevi sobre o assunto.http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/08/17/esses-toscos-portugueses-e-suas-fabulosas-maquinas-de-fazer-dinheiro/

Pois bem, em menos de 12 horas no sábado, em fabulosa padaria,  tive dois exemplos formidáveis de quão toscos são esses comerciantes.  Alguns propriedtários de padarias acham que luvinhas plásticas para os funcionários atrás do balcão são a panacéia para todos os males e capazes de zelar pela higiene absoluta, como se o o plástico  tivessa algum poder  mágico de, tal qual um Midas da higiene, esterelizar tudo o que for tocado.  Assim, nessa fabulosa padaria, o funcionário  que estava servindo  todos os pães no sábado de manhã  simplesmente abandonou o pegador de pão.  Com a mesma luvinha que pegava os pães para os fregueses, manuseava  aquelas comandas que passam pela mão de todo mundo, caem no chão, ficam no caixa junto com o dinheiro; o freguês leva para o banheiro, etc, etc…

No comecinho da noite do sábado, poucas horas após, portanto, na mesma padaria, enquanto tomo café,  vejo um funcionário  em pé, com sapatos, sobre o balcão onde são preparados os sanduíches.  O rapaz, com sapatos em pé sobre o balcão, limpava com exemplar capricho o  exaustor.  Queria ver o final da cena e pedi outro cafezinho. O final da cena foi o que imaginei.  O zeloso funcionário, finalmente, deixa o exaustor brilhando, livre do mais ínfimo resquício de gordura.  Com o mesmo pano que fazia o serviço, dá uma levíssima passada onde, segundos atrás, pousava os sapatos.   Pergunto para esse funcionário se ele não ia passar um pano com desinfetante sobre o balcão.  Taxativo e “zeloso”,  ele  responde:

– Não pode porque a chapa tá ligada.

E  ficou por isso mesmo.

Algumas coisas:

  • o que os olhos não vêem, o coração não sente.
  • alguém pode dizer: como esse cara (eu) é ingênuo; ele sequer imagina o que fazem lá para dentro de todos os lugares onde ele come.

O ponto é exatamente esse: se o sujeito faz isso em pleno funcionamento da padaria, na frente dos fregueses, imagine o que não faz quando ninguém tá olhando!!!

Em tempo, os dois gerentes estavam nas proximidades dessa cena e não falaram nada.  Tampouco eu lhes falei  coisa alguma.

Deixei de considerar fabulosa essa padaria e também de frequentá-la.

Inspeção Veicular – Todos os Anos – É Abuso!!!

A inspeção veicular é necessária/boa  para o ar da cidade e para a saúde.  Concordo.  É o sacrifício que se faz por uma qualidade de vida melhor. 

Mas submeter  o cidadão  todos os anos a mais essa burocracia é abusar demais!!!  Uma vez a cada quatro anos seria razoável.

Que se produzisse   um laudo da inspeção   mencionando que o veículo fora  aprovado e o estado geral em que se encontra.  Caso algum equipamento fosse intencionalmente violado, o proprietário seria punido.

Outro abuso: imprimi meu boleto para pagar no Banco. Valor R$ 61,98. 

Ou cobra 61 ou cobra 62.  

Dei R$ 62, a moça do  caixa do Banco carimbou e sequer mencionou o fato de não ter troco.  Pedir desulpas, então, nem pensar!!!

Freqüento com certa assiduidade um lugar onde há simpático cartaz com os dizeres:  gentileza gera gentileza.

O caixa do Banco me provou algo semelhante: arbitrariedade e falta de bom senso  geram  arbitrariedade e falta de respeito!!!

Marcelo Duarte tem um programa na rádio  Band News que se chama É Brasil que não Acaba Mais,  com riquezas da nossa diversidade cultural e outros aspectos curiosos de nosso país.   Uma delícia de programa!!!

Inspeção Veicular Abusiva e a Caixa do Banco, infelizmente, compõem esse outro É BRASIL QUE NÃO ACABA MAIS!!!

Virada Cultural – Bom Momento para se Pensar Sobre Agressões à Cidadania!!!

Não conheço os critérios que empresas, governos utilizam para determinar onde vão anunciar seus produtos.  Sei que as agências de publicidade têm equipes de profissionais especializados na coisa.

Vejo  no topo do meu blog  hoje, agora, na hora em que escrevo,  pelo menos, um anúncio da Virada Cultural. O tema  é Descubra um Final de Semana para Ficar Virado/ Para onde você vira, tem Virada.   Legal, muito legal. Sinto-me orugulhoso pela escolha e também porque    acho o máximo ver as pessoas nas ruas se divertindo, não importa que  indo atrás de cultura ou apenas enlouquecendo na Parada Gay.

Pena que isso aconteça em apenas mais  meia dúzia de dias por ano: carnaval, reveillon.   Pena, imensa pena!!! 

Seria o máximo que, independentemente de haver ou não festivadades nas ruas e praças,  todo mundo voltasse a dar passeios pelos bairros após o jantar.  Passear pelo quarteirão, bater papo com vizinhos, tomar um café/suco/cerveja/cachacinha no bar da esquina. 

Lembro-me que há muitos anos cheguei cedo ao centro para ir ao Teatro e outra vez que fui de metrô e queria voltar a pé, após o espetáculo.   Muitas  ruas do centro são bonitas, sobretudo à noite.  Mas não há viva alma em lugar algum e todos os bares estão fechados.   Precisa ser muito, mas muito macho mesmo, ou muito louco  para andar sozinho e despreocupado pelo centro depois das 21 horas.  Voltei de Taxi.

E não adianta botar a culpa apenas na televisão.  

Mesmo em bairros mais movimentados, é um inferno andar pelas calçadas.  É um inferno graças ao que???  Graças a mania do brasileiro de tornar a coisa pública privada.  Literalmente privada de cachorro e outros absurdos,  norteados  pelo mesmo príncipio.

Casas e prédios, sem a menor cerimônia, constroem próximo ao meio fio enormes cestas de ferro para colocar lixo.  Essas cestas poderiam estar dentro do terreno do condomínio, jamais no meio da calçada, tomando lugar dos pedestres e impedindo que se abra a porta do carro.  É absolutamente inacreditável e inconcebível!!!  Uma afronta!!! 

Mais uma coisa,  oito de dez casas ou prédios instalaram uma merda de uma luz , que conforme aquele que já foi chamado de cidadão, agora rebaixado para supseito,  vai passando, essas luzes vão  explodindo em seus olhos.  É impossível andar três quarteirões à noite sem ficar com dor de cabeça. Outra afronta inominável.

E cadê a prefeitura (ou outra autoridade competente) que não proíbe  nem uma coisa, nem outra!!!

Curioso é que exatamente esses moradores, mais de 95% deles, tenham em seus carros aqueles vidros absolutamente nigérrimos.  A lógica dos elementos moradores/motoristas: para mim, privacidade; para o cidadão que deveria ter o direito de  andar  pela calçada em paz, jato de luz na cara, como se fosse meliante “escrachado” (termo da giria do jornalismo policital quando criminoso é apresentado para ser fotografado com flashes pela imprensa.)

Essas luzes são dirigidas para quem anda pelas calçadas.  Quando visita (ou morador) vai entrar nas maioria dos prédios há um outro holofote, mirando os olhos,  para dar boas-vindas.

Por uma cidade onde todos possam passear à noite, todas as noites do ano e que ninguém seja agredido e tratado como marginal até que se prove, realmente, tratar-se de marginal. 

Uma das definições do meu Aurélio Eletrônico para marginal é: ” Diz-se de pessoa que vive à margem da sociedade ou da lei como vagabundo, mendigo ou delinquente; fora da lei”

Pois bem, de acordo com essa definição,  marginal é um fora da lei.

Na minha opinião,  atribuir-se ao  direito de tratar todos os  cidadãos que passam em frente – do lado de fora – de sua propriedade como um marginal, sem ser autoridade competente, está fora da lei; portanto,  esses instaladores de holofotes são, eles sim, MARGINAIS!!!  Como alguns acham legal dizer:  Simples assim!!!]

Aproveitem a Virada Cultural. 

Para rimar, serial legal se os setores competentes pensassem sobre essas arbitrariedades e colocassem freios definitivos na coisa.  Freios e multas.  porque esses xerifinhos urbanos  só têm um órgão sensível: o bolso

Picaretas, Com e Sem Diploma!!!

Meu dentista de  anos, que há muito  se tornou  bom amigo, a meu pedido, me indica uma médica oftalmo.  Ligo para o  consultório dela.  A secretária me informa que a doutora  só poderia me atender  duas semanas para frente.  Passa os horários disponíveis: dia tal às 14:00, 14:20, 14:40,  outra data – 16:00 hs, 16:20, 16:40.  Descobri que além de médica, ela tentava, tal qual Jesus Cristo, multiplicar – não pães, mas o tempo, digo o tempo é dinheiro!!!  Enquanto médicos comuns atendem dois pacientes por hora, ela atende três.  Agradeci e desliguei o telefone.  Já tenho outras indicações.

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Entre as quatro ou cinco padarias que freqüento regularmente, dependendo do meu intenerário no dia, havia  uma nas Perdizes.  Ia lá há muitos anos.  Soube da Morte do Ayrton Senna nessa Padaria.  Sem contar o tempo antes dessa data, só aí já são 17 anos.  Pois bem, seis meses atrás, ao constatar que o croissant estava pesado, comentei com a gerente, cansada de me conhecer como freguês fiel do local.    Por acaso, o padeiro chefe estava ali e confirma que havia errado no ponto e que o croissant saiu maçudo, completamente fora do padrão.  Deixei o croissant no prato e pedi outro pão.  Na hora em que peço a notinha, ela marca o croissant e o outro pão.  Pergunto se tinha mesmo a intenção de me cobrar por algo que eu não havia consumido.  Ela diz que sim.  Sem discutir,  pago a conta, vou-me embora e nunca mais voltei. 

Aliás, foi a melhor coisa que me acontenceu em relação a pães, cafés, quitutes e  croissants. 

Morador da região há muitos anos, já sabia que a tradicional e fabulosa Santa Marcelina estava de volta ao bairro, a poucas quadras dessa do episódio do croissant.  Passei a freqüentar a boa Santa Marcelina com regularidade.  Sou tratado como um Rei pelo proprietário, sr. Amaral, seu filho, seus gerentes e todos os funcionários.  Não é que eu seja tratado como rei: todos os clientes são tratados dessa mesma forma  na Santa Marcelina – graças a Deus,  de volta ao bairro.

Deixo o endereço – (Rua Paraguaçu, 251).  Aliás, já fiz textos a respeito do fato que produzem Panetones excelentes durante todo o ano.  Quem quiser ler http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/12/01/o-paradoxo-do-panetone-e-agradabilissima-excecao/

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Os espisódios abaixo não sei se são fatos ou boatos.  Como não posso provar,  relato apenas as histórias/milagres sem mencionar os  respectivos “santos”.

Todo mundo sabe quando o casal está saindo pela primeira vez juntos.  O pessoal da noite, então, nem se fala!!!  No badalado restaurante da época, ao receber a conta,  o homem estranha o preço absurdo do que fora consumido, mas  não fala nada.  Era exatamente o seu caso: estava saindo pela primeira vez com aquela mulher.  Estranhou, mas pagou.  Pagou, mas pediu a nota fiscal.  No meio da semana seguinte, ele volta ao restaurante.  Nota fiscal na mão, diz que estava ali para examinar o porquê daquela conta tão alta.  Cara de pau, o gerente diz na mesma hora:

– Que bom o senhor ter voltado, nós íamos mesmo ligar para o senhor para corrigir o equívoco.

Tá bom,  vai querer também que eu acredite em Papai Noel…

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Grandes amigos que eram, não tinham cerimônias,  muito menos frescuras entre eles.   Um pergunta para o outro:

– E aí, seu filho e sua futura nora gostaram do faqueiro de prata que eu mandei de presente de casamento???

Igualmente objetivo e sem cerimônia, o outro responde.

– Todos nós gostamos muito.  Mas o faqueiro não era de prata e sim de inox.

Os dois pegaram o faqueiro e foram à loja reclamar. 

Malandro não estrila. Gerente  alegou  engano e trocou  o faqueiro.

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Teriam sido mesmo enganos esses últimos dois casos??? 

Quantos enganos ao contrário esses estabelecimentos já cometeram???  Ou seja, mandar  faqueiros de prata no lugar  de inox/mandar para um    casal que está saindo pela primeira vez conta esquecendo-se de diversos itens consumidos??? 

Eu é que não entro nesses lugares babacas de moda,  nem mesmo  escoltado por um grupo de financista para conferir a nota e de alguns seguranças para evitar os ávidos comerciantes punguistas!!!

Empresas Anunciam Livremente Meias Verdades

Anúncios de produtos de consumo de médio e longo prazo, obviamente,  deveriam trazer o preço promocional e o preço real que será cobrado durante a vigência do contrato. 

Ontem mesmo na Televisão, provedora  de Internet anunciava o serviço pelo valor de R$ 29.90 até Fevereiro. 

O valor para o preço cobrado após essa data precisaria ser anunciado no mesmo local, momento e com destaque absolutamente igual. 

Segundo definição de Fabrício Fernandes no Yahoo, “pela lógica, diria que uma meia verdade é uma mentira completa, porém com um detalhe interessante. A meia verdade se utiliza muitas vezes de fatos ou argumentos reais, porém com uma lógica distorcida, não abordando a questão por completo”.

É exatamente isso o que faz esse tipo de publicidade, induzindo o consumidor, mais ou menos simplório, não interessa, ao engano e, conseqüentemente, ao prejuízo.

Já está mais do que na hora de a Agência Reguladora tomar uma providência para que ambos os valores sejam anunciados com idêntico destaque.

NET – O TEATRO DO ABSURDO NÃO TEM FIM.

Marina L., do atendimento Especial da Net, ligou para mim a fim de resolver o problema –   A saber:  do técnico da empresa que ficou de vir ao meu escritório na 2.feira ao meio dia e que me deu um chá de cadeira de oito horas e só apareceu às  20:30 hs, quando já tinha ido embora.  Ver post http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/08/24/anatel-procon-e-idec-precisam-acabar-com-o-baile-que-o-consumidor-e-obrigado-a-dancar/

Ela me garantiu que alguém da empresa iria ligar para mim e “agendar” uma visita do técnico com hora marcada.  

Expliquei que trabalho sozinho, mas que tenho uma secretária eletrônica e que o funcionário poderia deixar o recado.

Pedi para dona Marina o telefone dela. 

Ela me disse que não tem Telefone  ou que não pode fornecer o telefone dela.  O fato é que não me deu o telefone.

É isso mesmo que  ela disse, que eu escrevi e que você leu:   a funcionária do atendimento (suponho que atendimento ao cliente) da NET não tem telefone.

Em compensação, acabei de receber um telefonema de prestativa Funcionária da Anatel (agência reguladora do Governo) que me disse ter recebido a minha reclamação e que outros funcionários da empresa me manteriam informado da evolução da coisa.  Aproveitei o telefonema e registrei o fato de a funcionária da NET de atendimento ao cliente não ter telefone.

A essa altura, já tinha postado correspondência para o Procon e para o IDEC.  Uma pena:  ficou faltando esse dado humorístico da coisa.

ANATEL, PROCON e IDEC precisam acabar com o Baile que o consumidor é obrigado a Dançar

Nem Robinho dá tantos bailes nos beques adversários quanto os fornecedores e empresas prestadoras de serviço dão em seus clientes e consumidores.  Chato é o sujeito que taxa um terceiro de chato e repete com os mesmos detalhes a interminável história que o outro lhe havia contado. 

Com um pouco de medo de ser chato, mas também com o objetivo de mostrar para o leitor o Teatro do Absurdo a que fui submetido pela Net desde ontem,  publico aqui a reclamação que enviei para a Anatel a respeito da empresa.   

É longo. É burocrático, mas também pode ser didático… Poderia dar uma forma mais “bloguística”, entretanto, não agüento mais perder tempo com assunto tão estúpido, desgastante e árido.

SP- 24/8/2010  
 
REF – PROBLEMAS ENFRENTADOS POR ASSINANTE COM EMPRESA DE TELEFONIA, INTERNET E TV A CABO.
 
Prezados Senhor:
 
Conforme lhe disse há pouco por telefone, no dia 11 de agosto último havia marcado com a Net para ontem, entre 12 e 14 hs, a visita de um técnico para deixar um ponto instalado aqui em meu escritório.  Tendo esse ponto instalado,  eu poderia fazer a portabilidade de minha linha 11 XXXX-XXXX da Telefônica para a Net, já que essa empresa oferece preço e condições mais vantajosos.  Esse “agendamento” de visita recebeu o  Protocolo n. xxx.xxx.xxx-xx  Segundo me informaram, esse telefonema está gravado na Empresa Net.
 
Logo pela manhã ontem, confirmei a compromisso.  Falei com a atendente xxxx, de quem recebi ótimo tratamento, e ela confirmou a visita para o período entre 12 e 14 hs.
 
A partir das 14:30, comecei a ligar para a Net e a ser enrolado.  Cansado de ser enrolado, liguei para a assessora de Imprensa da Net – sra. xxxxx Fone xxxx-xxxx. Email:xxxx@netservicos.com.br. 
 
Expliquei a ela o que estava ocorrendo.  Ela me garantiu que alguém iria resolver a coisa.
 
De fato, em seguida me ligou uma funcionária que disse se chamar Fulana de Tal -, disse ainda ser  monitora responsável pelo Centro Operacional.  E me deu o telefone n. 2553-xxxx como sendo dela e me garantiu que às 18 hs chegaria um técnico para resolver o problema.
Escrevi colocando  em dúvida, todas essas informações a respeito de dona Fulana de tal , pois às 18:15 ligo para a dona fulana de tal  e o telefone que ela me deu como sendo dela, ainda pedi para repetir algumas vezes, a saber xxxx-xxxx  pertence a uma senhora chamada xxxxx.  Conforme acabei de confirmar. Telefone, aliás, da Telefônica.
 
Por volta das 19 hs, fui-me embora.  Às 20 hs, informou o porteiro Carlos do meu prédio, que trabalha aqui há mais de cinco anos,  apareceu o tal técnico da Net.  Hoje ao chegar ao meu escritório ouço o seguinte recado:
 
“Boa, noite sr. Paulo, meu nome é fulana, eu falo da empresa Net, o técnico esteve no local às 20,30 e o porteiro, sr. Carlos, informa que o senhor não está no local. Por gentileza, entre em contato novamente com nossa central no n. xxxx-xxxx. Obrigado.”
 
Embora não seja masoquista, liguei hoje – 24/8-  para a Net para marcar uma visita com “hora marcada” para a data de hoje.  A ligação, que começou sendo atendida por Fulana e caiu, recebeu no número de protocolo  00xx0 00xxxxxx
 
Liguei novamente, fui atendido por fulano que me afirmou que o protocolo era o mesmo 0xx000xxxxx.  Pois bem, expliquei toda a dor de cabeça que tive ontem e pedi que ele marcasse para mim uma hora certa hoje no período da manhã.  Ele me disse que a Net não marca hora certa com ninguém e marcou para 6. Feira, 27/8 de amanhã, entre  08 e 12 horas.  Já informo que ficou combinado o seguinte.  O meu plano se chama FALE MUITO é composto por telefone com direito a1001 minutos de ligação  (para telefones fixos)  + Internet de 5 mega pela mensalidade de R$ 169,80.
 
Solicito que a Anatel tome todas as medidas cabíveis.
 
Peço ainda   que tome a medida jurídica necessária para que todas as empresas  fiscalizadas pela Anatel  sejam obrigadas a marcar um determinado horário, com tolerância máxima de 30 minutos.  Explicando, peço que  o assinante  passe a ter direito de marcar visita do técnico para data determinada e horário determinado, com tolerância máxima de meia hora.  Afinal de contas, é assim que o mundo funciona.  O cidadão liga para ir ao dentista, advogado, engenheiro, seja quem for, e marca dia e hora para ser atendido.  Ninguém liga para um dentista e a secretária diz:  “Chegue ao meio dia e até às 18 horas o senhor será atendido”. 
 
Conforme a própria Anatel me sugeriu, vou encaminhar o presente documento para o Procon e também o Idec.  E espero que todos os três órgãos tomem as medidas para  que o cidadão seja minimamente respeitado e poupado de todo esse tipo de transtorno. 
Em tempo, também peço a Anatel,  Procon e Idec  que fiscalizem se o atendimento telefônico  dado por essa empresas de telefonia e tv por assinatura está  de acordo com a legislação.  De acordo com o que me lembro, a legislação estabelece um prazo máximo que o consumidor pode esperar na linha.  Além disso, salvo engano,  obriga que uma das primeiras opções do atendimento eletrônico seja a possibilidade de ser transferido para um atendente – como direi ??? – de carne e osso.
 
Suponho falar em nome de muitos consumidores, assim sendo, peço que todas as medidas, principalmente as jurídicas e  que impliquem em multas, sejam tomadas.  Afinal de contas, o consumidor/cidadão não pode ficar a mercê desse teatro do absurdo.
 
Vou encaminhar o mesmo documento para o Procon e para o IDEC.
 
Aguardo resposta confirmando o recebimento.
 
Certo de que serei, subscrevo-me
 
Atenciosamente
 
Paulo Mayr Cerqueira
Telefone para contato  0xx11- xxxx-xxxx
paulo….@….com.br
 
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Anatel, IDEC e Procon devem mesmo tomar medidas sérias não só contra as empresas de telefonia, mas contra todas as que tratam o consumidor/cidadão sem os menores resquídios  de um mínimo de urbanidade e decência. 

Que história é essa de dizer para o consumidor: se plante aí das 12 às 18 que nosso técnico chega???  

Ora, se os técnicos são insuficientes para marcar hora como o mundo civilizado conhece, que se contratem quantas equipes técnicas forem necessárias.  Outra alternativa  é fechar de uma vez por todas as atividades/serviços  a que se propuseram realizar, administrar e que lhes propiciam lucros astronômicos.   O que não pode é deixar  o cidadão/consumidor submetido à essa barbárie e os bárbaros continuarem nadando de braçadas e faturando de baciada!!!

ANVISA RESPONDE. VOCÊ FICOU SATISFEITO??? EU NÃO!!!

Meu texto do último dia 18 pedindo que a Anvisa fiscalizasse a questão de higiene ou da Falta dela na venda de alimentos prontos para serem consumidos em padarias e supermercados foi respondido pelo órgão.  A mim, a resposta não satisfez.

Publico novamente meu texto e a resposta que recebi.  Se os leitores quiserem se manifestar, fiquem a vontade.  Vale comentar e/ou elogiar e/ou criticar tanto o que escrevi, quanto a resposta que recebi. 

Reitero.  Minhas observações são absolutamente ponderadas, pertinentes.  A resposta da Anvisa ficou léguas aquém das minhas expectativas.   Espero que o leitor preocupado com o Assunto seja menos exigente do que eu e fique satisfeito. 

Título do meu texto publicado: 

ANVISA, ALÉM DOS REMÉDIOS, FISCALIZE FALTA DE HIGIENE NA VENDA DE PÃES E PRODUTOS SEM EMBALAGENS NOS SUPERMERCADOS

Tão Logo a Anvisa resolva a questão de como devem ser vendidos remédios nas Farmácias, sugiro nova empreitada para a Agência de Vigilância Sanitária.

Já escrevi sobre isso aqui há mais de três anos.  Antes disso, havia escrito email dirigido à própria  Anvisa.,
Pois bem, recebi uma explicação tão burocrática que me obrigou a me comunicar com a entidade para informar que, apesar de jornalista, com curso Superior Completo, não consegui entender coisa alguma do que me foi enviado.
Vou colar abaixo o trecho do  texto já publicado aqui no Boca.. Quem quiser ler o texto inteiro (é curioso)
http://bocanotrombone.ig.com.br/2007/10/22/proibido-por-lei/
Se nas vezes anteriores, meu êxito  foi igual a zero, quem sabe, dessa vez tenha mais sorte e receba  resposta.  Providências tãmbém são bem-vindas (escreve-se junto de acordo com a nova ortografia,  né???).   Afinal,  a minha saúde e da sociedade devem ou deveriam ser preservadas.
Lá vai:
(…) Politicamente correto, sob todos os aspectos, principalmente do ponto de vista da higiene, seria proibir que os pães fossem colocados sem qualquer proteção no balcão entre o funcionário e o público. Ou seja, todos esses produtos ficam recebendo saliva – democraticamente – tanto do consumidor quanto do funcionário. É óbvio que todo e qualquer produto desembrulhado pra venda deve ser colocado atrás do funcionário. Essa falta de higiene acontece em praticamente todas as padarias. Há grandes padarias onde, inclusive, panetones, bolos devidamente desembrulhados estão pelo meio do corredor. Mandei email a esse respeito para o órgão competente. O burocrata  de plantão me mandou uma resposta que eu não consegui entender. Mandei de volta email dizendo que era jornalista formado e que mesmo assim não consegui entender coisa alguma do que ele escrevera. Providências mesmo, nenhuma!!! (o fato a que me referi no início)

Ainda questões de higiene. Nos supermercados da, provavelmente, maior rede do país, azeitonas, picles, frutas secas estão colocados pelos corredores. O público mesmo é quem se serve. Quem quiser, passa, abre ali, pega uma azeitona. Muitas vezes aquela colher cujo cabo foi manuseado por todo mundo ad infinitum cai dentro do produto. Pedir providências do órgão responsável pela higiene é idiossincrasia??? Eu não compro em hipótese alguma pães expostos à saliva coletiva (até rimou, hein!!!), tampouco esses produtos sem embalagens espalhados pelos corredores!!!
Mais uma coisinha só a esse respeito. O  sindicado de bares, restaurantes, padarias, etc deveria passar orientação ensinando funcionários e até mesmo proprietários que não se pode por o dedo na língua antes de pegar o guardanapo que vai ser usado para servir o freguês que pediu um salgado/doce.
A Anvisa também poderia cuidar d isso ( o envio da recomendação e fiscalização se a coisa está sendo cumprida) Essa última frase acrescentei agora

São tantos os bordões do Boca no Trombone para terminar que nem sei qual escolher.  Lá vai um:  O Homem chegou à Lua  há  40 e no Brasil, em pleno século 21,  não se consegue resolver coisas tão rudimentares como essas.
Ficaria contente e suponho que os leitores também se esse texto (que enviarei para Anvisa, desde que não leve bailes burocráticos) fosse respondido e as providências devidas tomadas com a urgência que a coisa requer.  Caso receba alguma comunicação da Anvisa, ela será publicada.
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RESPOSTA DA ANVISA

Prezado Paulo,
Realmente esperamos que a questão das farmácias seja resolvida o mais breve possível. Não há razão para polêmica, considerando que a lei separa claramente o que é farmácia e o que é mercado, nenhuma novidade apenas o cumprimento da lei.

Mas vamos ao que te interessa: o risco de alimentos expostos de forma indevida. Em primeiro lugar é preciso esclarecer que no Brasil, a vigilância sanitária é descentralizada: as atividades de maior risco são regulamentadas pela Anvisa. Já as atividades de menor risco sanitário, ou cujas práticas variam muito de acordo com a realidade de cada região, são regulamentadas e fiscalizadas pelas vigilâncias sanitárias municipais. Exemplos são os salões de beleza e a exposição de alimentos para o consumo em padarias, rotisserias e supermercados. É uma lógica que respeita a independência dos estados e municípios. Essa lógica da descentralização é também uma estratégia já que a vigilância local, do município e do estado, é quem conhece a realidade e os riscos sanitários da cada local. Fora isso seria ineficiente a Anvisa tentar montar uma equipe de 10, 15, 20 mil fiscais para estar presente em todos os municípios brasileiros.

Alguns municípios possuem legislação que regulamenta a forma de expor os pães no balcão para os consumidores, mas é preciso lembrar que a educação da população, aliada a uma fiscalização por parte das vigilâncias municipais, pode surtir muito mais efeito que a simples existência de um regulamento tão específico. A atuação do consumidor também é valiosa. Mesmo onde o município não tem uma lei ou resolução específica, a existência do risco é suficiente para uma fiscalização e para a cobrança de uma providencia no âmbito local.

Digo isso porque no que diz respeito à exposição dos pães no balcão, os riscos não estão bem estabelecidos e carecem de informações científicas que estabeleçam a relação entre a exposição e a ocorrência de uma doença, por exemplo. A exposição a gotículas de saliva poderia representar um risco maior com relação aos alimentos que contém grande quantidade de água em sua composição, já que estes poderiam constituir meio para a proliferação de microrganismos como as bactérias. Mas no caso dos alimentos secos, como os pães assados, cujas fornadas são produzidas em pequenas quantidades e vendidas rapidamente, o grande risco é justamente a contaminação por toque. Por isso os consumidores não devem servir os pães diretamente com as mãos; por isso os funcionários da padaria não devem pegar nos pães com as mãos para levá-los ao balcão. E também por isso, de nada adiantarão extensas barreiras de proteção e detalhadas leis se o consumidor for comer o pão sem antes higienizar suas próprias mãos.

Ou seja, se o leitor deste blog viu algum desses erros acima na padaria da sua rua, não tenha dúvida e cobre uma postura correta do estabelecimento, se não for atendido procure a vigilância sanitária da sua cidade.

A legislação federal existente (RDC 216, da Anvisa) abrange do armazenamento e manipulação da matéria-prima até o momento em que o alimento final fica pronto: estabelece as boas práticas de produção que os serviços de alimentação devem seguir e exige uma série de práticas que devem ser cumpridas por manipuladores de alimentos, a fim de evitar as diversas formas de contaminação. Por que focar a preocupação na manipulação e na produção? Justamente porque nessas etapas se encontram os maiores riscos de contaminação.

Quando falamos na exposição dos pães no balcão, uma medida simples e extremamente eficaz, que não precisa ser imposta por lei, e que já é adotada por iniciativa própria em alguns locais, é a existência de uma placa na qual se pede a gentileza de que os consumidores não conversem enquanto servem os pães. Questão de higiene e de educação, essa simples dica é provavelmente a mais eficaz.

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Carlos Augusto Moura
Assessor-Chefe (substituto) – Anvisa

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Não vou comentar item por item para não cansar.  Mas o leitor pode, ao terminar de ler a resposta da Anvisa, voltar ao meu texto inicial e fazer seu comentário. Quem é que está certo???