Meu dentista de anos, que há muito se tornou bom amigo, a meu pedido, me indica uma médica oftalmo. Ligo para o consultório dela. A secretária me informa que a doutora só poderia me atender duas semanas para frente. Passa os horários disponíveis: dia tal às 14:00, 14:20, 14:40, outra data – 16:00 hs, 16:20, 16:40. Descobri que além de médica, ela tentava, tal qual Jesus Cristo, multiplicar – não pães, mas o tempo, digo o tempo é dinheiro!!! Enquanto médicos comuns atendem dois pacientes por hora, ela atende três. Agradeci e desliguei o telefone. Já tenho outras indicações.
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Entre as quatro ou cinco padarias que freqüento regularmente, dependendo do meu intenerário no dia, havia uma nas Perdizes. Ia lá há muitos anos. Soube da Morte do Ayrton Senna nessa Padaria. Sem contar o tempo antes dessa data, só aí já são 17 anos. Pois bem, seis meses atrás, ao constatar que o croissant estava pesado, comentei com a gerente, cansada de me conhecer como freguês fiel do local. Por acaso, o padeiro chefe estava ali e confirma que havia errado no ponto e que o croissant saiu maçudo, completamente fora do padrão. Deixei o croissant no prato e pedi outro pão. Na hora em que peço a notinha, ela marca o croissant e o outro pão. Pergunto se tinha mesmo a intenção de me cobrar por algo que eu não havia consumido. Ela diz que sim. Sem discutir, pago a conta, vou-me embora e nunca mais voltei.
Aliás, foi a melhor coisa que me acontenceu em relação a pães, cafés, quitutes e croissants.
Morador da região há muitos anos, já sabia que a tradicional e fabulosa Santa Marcelina estava de volta ao bairro, a poucas quadras dessa do episódio do croissant. Passei a freqüentar a boa Santa Marcelina com regularidade. Sou tratado como um Rei pelo proprietário, sr. Amaral, seu filho, seus gerentes e todos os funcionários. Não é que eu seja tratado como rei: todos os clientes são tratados dessa mesma forma na Santa Marcelina – graças a Deus, de volta ao bairro.
Deixo o endereço – (Rua Paraguaçu, 251). Aliás, já fiz textos a respeito do fato que produzem Panetones excelentes durante todo o ano. Quem quiser ler http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/12/01/o-paradoxo-do-panetone-e-agradabilissima-excecao/
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Os espisódios abaixo não sei se são fatos ou boatos. Como não posso provar, relato apenas as histórias/milagres sem mencionar os respectivos “santos”.
Todo mundo sabe quando o casal está saindo pela primeira vez juntos. O pessoal da noite, então, nem se fala!!! No badalado restaurante da época, ao receber a conta, o homem estranha o preço absurdo do que fora consumido, mas não fala nada. Era exatamente o seu caso: estava saindo pela primeira vez com aquela mulher. Estranhou, mas pagou. Pagou, mas pediu a nota fiscal. No meio da semana seguinte, ele volta ao restaurante. Nota fiscal na mão, diz que estava ali para examinar o porquê daquela conta tão alta. Cara de pau, o gerente diz na mesma hora:
– Que bom o senhor ter voltado, nós íamos mesmo ligar para o senhor para corrigir o equívoco.
Tá bom, vai querer também que eu acredite em Papai Noel…
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Grandes amigos que eram, não tinham cerimônias, muito menos frescuras entre eles. Um pergunta para o outro:
– E aí, seu filho e sua futura nora gostaram do faqueiro de prata que eu mandei de presente de casamento???
Igualmente objetivo e sem cerimônia, o outro responde.
– Todos nós gostamos muito. Mas o faqueiro não era de prata e sim de inox.
Os dois pegaram o faqueiro e foram à loja reclamar.
Malandro não estrila. Gerente alegou engano e trocou o faqueiro.
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Teriam sido mesmo enganos esses últimos dois casos???
Quantos enganos ao contrário esses estabelecimentos já cometeram??? Ou seja, mandar faqueiros de prata no lugar de inox/mandar para um casal que está saindo pela primeira vez conta esquecendo-se de diversos itens consumidos???
Eu é que não entro nesses lugares babacas de moda, nem mesmo escoltado por um grupo de financista para conferir a nota e de alguns seguranças para evitar os ávidos comerciantes punguistas!!!
Todos nós já fomos alvo de fatos de picaretagem:
Morando há 13 anos numa casa na zona sul de São Paulo,optei por nunca precisar dos serviços de atendimento da Prefeitura da Capela do Socorro.Um dia estava com um simples problema para tirar xerox de um documento e pensei:”vou pela primeira vez a administração regional pedir um favor”.Após pegar a fila cotidiana,expus o meu problema a atendente e ela categoricamente me disse que seria impossivel a administração me fazer este favor(para tirar uma xerox do meu documento).Moral da história:prometi só voltar naquela administração regional, só após outros 13 anos.