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ANATEL, PROCON e IDEC precisam acabar com o Baile que o consumidor é obrigado a Dançar

Nem Robinho dá tantos bailes nos beques adversários quanto os fornecedores e empresas prestadoras de serviço dão em seus clientes e consumidores.  Chato é o sujeito que taxa um terceiro de chato e repete com os mesmos detalhes a interminável história que o outro lhe havia contado. 

Com um pouco de medo de ser chato, mas também com o objetivo de mostrar para o leitor o Teatro do Absurdo a que fui submetido pela Net desde ontem,  publico aqui a reclamação que enviei para a Anatel a respeito da empresa.   

É longo. É burocrático, mas também pode ser didático… Poderia dar uma forma mais “bloguística”, entretanto, não agüento mais perder tempo com assunto tão estúpido, desgastante e árido.

SP- 24/8/2010  
 
REF – PROBLEMAS ENFRENTADOS POR ASSINANTE COM EMPRESA DE TELEFONIA, INTERNET E TV A CABO.
 
Prezados Senhor:
 
Conforme lhe disse há pouco por telefone, no dia 11 de agosto último havia marcado com a Net para ontem, entre 12 e 14 hs, a visita de um técnico para deixar um ponto instalado aqui em meu escritório.  Tendo esse ponto instalado,  eu poderia fazer a portabilidade de minha linha 11 XXXX-XXXX da Telefônica para a Net, já que essa empresa oferece preço e condições mais vantajosos.  Esse “agendamento” de visita recebeu o  Protocolo n. xxx.xxx.xxx-xx  Segundo me informaram, esse telefonema está gravado na Empresa Net.
 
Logo pela manhã ontem, confirmei a compromisso.  Falei com a atendente xxxx, de quem recebi ótimo tratamento, e ela confirmou a visita para o período entre 12 e 14 hs.
 
A partir das 14:30, comecei a ligar para a Net e a ser enrolado.  Cansado de ser enrolado, liguei para a assessora de Imprensa da Net – sra. xxxxx Fone xxxx-xxxx. Email:xxxx@netservicos.com.br. 
 
Expliquei a ela o que estava ocorrendo.  Ela me garantiu que alguém iria resolver a coisa.
 
De fato, em seguida me ligou uma funcionária que disse se chamar Fulana de Tal -, disse ainda ser  monitora responsável pelo Centro Operacional.  E me deu o telefone n. 2553-xxxx como sendo dela e me garantiu que às 18 hs chegaria um técnico para resolver o problema.
Escrevi colocando  em dúvida, todas essas informações a respeito de dona Fulana de tal , pois às 18:15 ligo para a dona fulana de tal  e o telefone que ela me deu como sendo dela, ainda pedi para repetir algumas vezes, a saber xxxx-xxxx  pertence a uma senhora chamada xxxxx.  Conforme acabei de confirmar. Telefone, aliás, da Telefônica.
 
Por volta das 19 hs, fui-me embora.  Às 20 hs, informou o porteiro Carlos do meu prédio, que trabalha aqui há mais de cinco anos,  apareceu o tal técnico da Net.  Hoje ao chegar ao meu escritório ouço o seguinte recado:
 
“Boa, noite sr. Paulo, meu nome é fulana, eu falo da empresa Net, o técnico esteve no local às 20,30 e o porteiro, sr. Carlos, informa que o senhor não está no local. Por gentileza, entre em contato novamente com nossa central no n. xxxx-xxxx. Obrigado.”
 
Embora não seja masoquista, liguei hoje – 24/8-  para a Net para marcar uma visita com “hora marcada” para a data de hoje.  A ligação, que começou sendo atendida por Fulana e caiu, recebeu no número de protocolo  00xx0 00xxxxxx
 
Liguei novamente, fui atendido por fulano que me afirmou que o protocolo era o mesmo 0xx000xxxxx.  Pois bem, expliquei toda a dor de cabeça que tive ontem e pedi que ele marcasse para mim uma hora certa hoje no período da manhã.  Ele me disse que a Net não marca hora certa com ninguém e marcou para 6. Feira, 27/8 de amanhã, entre  08 e 12 horas.  Já informo que ficou combinado o seguinte.  O meu plano se chama FALE MUITO é composto por telefone com direito a1001 minutos de ligação  (para telefones fixos)  + Internet de 5 mega pela mensalidade de R$ 169,80.
 
Solicito que a Anatel tome todas as medidas cabíveis.
 
Peço ainda   que tome a medida jurídica necessária para que todas as empresas  fiscalizadas pela Anatel  sejam obrigadas a marcar um determinado horário, com tolerância máxima de 30 minutos.  Explicando, peço que  o assinante  passe a ter direito de marcar visita do técnico para data determinada e horário determinado, com tolerância máxima de meia hora.  Afinal de contas, é assim que o mundo funciona.  O cidadão liga para ir ao dentista, advogado, engenheiro, seja quem for, e marca dia e hora para ser atendido.  Ninguém liga para um dentista e a secretária diz:  “Chegue ao meio dia e até às 18 horas o senhor será atendido”. 
 
Conforme a própria Anatel me sugeriu, vou encaminhar o presente documento para o Procon e também o Idec.  E espero que todos os três órgãos tomem as medidas para  que o cidadão seja minimamente respeitado e poupado de todo esse tipo de transtorno. 
Em tempo, também peço a Anatel,  Procon e Idec  que fiscalizem se o atendimento telefônico  dado por essa empresas de telefonia e tv por assinatura está  de acordo com a legislação.  De acordo com o que me lembro, a legislação estabelece um prazo máximo que o consumidor pode esperar na linha.  Além disso, salvo engano,  obriga que uma das primeiras opções do atendimento eletrônico seja a possibilidade de ser transferido para um atendente – como direi ??? – de carne e osso.
 
Suponho falar em nome de muitos consumidores, assim sendo, peço que todas as medidas, principalmente as jurídicas e  que impliquem em multas, sejam tomadas.  Afinal de contas, o consumidor/cidadão não pode ficar a mercê desse teatro do absurdo.
 
Vou encaminhar o mesmo documento para o Procon e para o IDEC.
 
Aguardo resposta confirmando o recebimento.
 
Certo de que serei, subscrevo-me
 
Atenciosamente
 
Paulo Mayr Cerqueira
Telefone para contato  0xx11- xxxx-xxxx
paulo….@….com.br
 
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Anatel, IDEC e Procon devem mesmo tomar medidas sérias não só contra as empresas de telefonia, mas contra todas as que tratam o consumidor/cidadão sem os menores resquídios  de um mínimo de urbanidade e decência. 

Que história é essa de dizer para o consumidor: se plante aí das 12 às 18 que nosso técnico chega???  

Ora, se os técnicos são insuficientes para marcar hora como o mundo civilizado conhece, que se contratem quantas equipes técnicas forem necessárias.  Outra alternativa  é fechar de uma vez por todas as atividades/serviços  a que se propuseram realizar, administrar e que lhes propiciam lucros astronômicos.   O que não pode é deixar  o cidadão/consumidor submetido à essa barbárie e os bárbaros continuarem nadando de braçadas e faturando de baciada!!!