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Kana, Cantora Japonesa que Adotou o Brasil, Apresenta-se Sexta-Feira

A cantora japonesa Kana do Brasil faz JAM SESSION  sexta-feira agora (dia 8) no 2 Santo Bar Musical.  Quem quiser tocar junto com ela será bem-vindo.

No Brasil há 19 anos, pesquisa ritmos latinos americanos.  Já gravou quatro discos autorais.  Neles, há de tudo: sambas, baiões, xotes, frevos, boleros, valsas, reggaes.  Kana, além de cantora, compõe, toca violão e piano.

Fez shows  pelo  Japão mostrando  esse coquetel, verdadeira “caipirinha” de saquê!!!

No repertório dessa sexta, canções já conhecidas de seu público, como Pipoca, Beijo e Bye Bye Japão (todas com Léo Nogueira, o maridão da Kana)  e O Amor Viajou, canção do novo disco dela,  em parceria com Zeca Baleiro, que também gravou essa música no CD  dele.

Conheça um pouco de Kana e resista se for capaz.

Clique aqui1

Clique aqui2.   

Como se vê, eclética é a  Kana

Sobre o Show.

Lugar: 2 Santo Bar Musical

Endereço: Rua São Vicente, 157 Bixiga – São Paulo
Reservas: 3115-1903
Hora: 21h30
Entrada: R$ 10

Brasileiro Honesto Comentando Sobre o Brasil e a Cartilha da Fifa

Competência e conhecimento de causa demonstra meu amigo Caiubista Léo Nogueira ao Responder/Comentar os absurdos que a Fifa imprimiu e impingiu ao/sobre o nosso  País.  No colégio, ou até mesmo no ginásio,  em livro didático, lembro-me bem  de um comentário sobre os estudantes que, ao misturarem resumo de obra literária  com redação própria, empobreciam o estilo e prejudicavam a compreensão.

Já estou grandinho, digo, faz tempo que terminei ginásio, colégio e até mesmo a faculdade para cair nessa armadilha – a saber:  cozinhar (na gíria jornalística) texto de bom autor.  Assim, restrinjo-me a colocar  Link para o Artigo do Léo em que ele  comenta a famigerada cartilha;  pondo   pingos nos iiiisss de uma séria de  absurdos.  Fica  estatelado o paradoxo: se é tão ruim assim, por que escolheram o Brasil???

Ou será que tiraram no Cara ou Coroa e então  vieram a conhecer o País vencedor do Cara ou Coroa???  Depois me acusam de ser irônico!!!

Clique aqui   e se delicie; de quebra, conheça uma visão honesta de um bom brasileiro honesto; honesto, em todos os sentidos, inclusive e, principalmente, intelectual!!!

Roney Giah – Premiado pela Fundação John Lennon – Com a Criançada

Roney Giah, amigo do Caiubi,  músico premiado até pela Fundação John Lennon, está super contente porque o Coral  da Escola Lourenço Castanho apresentou   música sua – Fá – Fá – Fá .  Não só os alunos cantaram, como o próprio Roney fez parte da apresentação.  Se quiser assistir, clique aqui

Gostou???  Conheça mais do Roney em um dos intermináveis texto do outro amigo, Léo Nogueira, no seu Blog, o X do Poema.  Nesse texto, há links para outras  músicas do Roney.   Impossível não gostar; –  do texto (loooongo)  do Léo e do trabalho do Roney.  Clique aqui

Pop Para-choque – Poemas de Vlado Lima – Lançamento Amanhã, Com Muita Irreverência, É Lógico!!!

Quem gosta de irreverência  tem programa garantido para amanhã à Noite.

Vlado Lima, poeta, compositor e cantor do Clube Caiubi,  lança seu livro POP PARA-CHOQUE no Miquelina Bar & Arte, entre 19:30 e 21:30.   Em seguida, no mesmo local, acontece o sarau Sopa de Letrinhas, que já tem quase 10 anos de vida.

Sopa de Letrinhas é um sarau tropicalista que acontece toda última sexta-feira do mês.  Em todas as edições, um poeta/escritor vivo, que está sempre presente,  é homenageado.  Tem  um mural com textos do poeta homenageado.  Quem quiser pode pegar um texto e ler.   O homenageado amanhã será o próprio Vlado Lima.

Há democrática votação por aplausos das  leituras.    As melhores/mais aplaudidas  recebem prêmios.  Quem quiser também pode  levar e ler textos próprios e apresentar para o público.

Qualquer manifestação artística é bem-vinda no  Palco do  Sopa:  mágica, dança do ventre, apresentação de humor.

Amanhã  estão previstas  atrações como  Alexandre Lemos, Banda Moral e Bons Costumes,  outra tradução da mais pura irrreverência,  e número de Comédia Stand Up, com Márcia Leal.

Sem contar as canjas  dos caiubistas de carteirinha Bezão, Tavito.

Quem quiser conhecer mais Vlado Lima leia o complexto perfil que Léo Nogueira, outro caiubista de Carteirinha, fez dele em seu blog,  O X do Poema. Léo Nogueira escrevendo textos complexos/longos é redundância.

Clique aqui
Fique também com o Link do Blog do Léo –

O X do Poema – Clique aqui

Nesse texto do Léo, há links para Músicas de Vlado.  Tenho um amigo psiquiatra, homem sofisticado,   que  ouviu a música Boleiros do Vlado e disse que era uma pequena obra prima da Música Popular Brasileira.  No post do Léo, há link para a música Boleiros.  Não deixe de escutar.
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Banda Moral e Bons Costumes,
Clique Aqui 1 Clique Aqui2
Tavito
Clique Aqui1 Clique Aqui 2
Bezão e Rossa Nova –
Clique  Aqui 1Clique Aqui 2

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Para entrar mais ainda no Espírito da Coisa, Mostra Grátis de   Um dos Poemas do Livro

OS TIOZINHOS DA MESA DO CANTO
para Gaúcho, Anibal e Dimi, com carinho

4 (às vezes 5) tiozinhos sentados na mesa do canto
quase todos gordos carecas doentes falidos ou desempregados
sentam-se ali há anos
religiosamente
toda quinta-feira
na velha mesa do canto de cara pra Faustolo
sentam-se ali há anos
com suas barrigas
suas dentaduras
suas próstatas delicadas
seus pânicos & panes
suas receitas secretas de como obter sucesso
comer mulheres e influenciar pessoas
e seus planos infalíveis de bombardear Manhattan Oriental

4 (às vezes 5) tiozinhos sentados na mesa do canto
acho que eles estão morrendo
tem noites — quando já estão pra lá da 4ª dose
— que dá até pra ouvir seus pensamentos
(:)
quem cuspirá na cova de quem?
quem contará piadas no velório de quem?
quem consolará a viúva de quem?
quem
herdará a solidão da mesa?

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Ficha Técnica do Lançamento do Livro e do Sopa de Letrinhas
Onde? Miquelina Bar & Arte – Rua Francisca Miquelina 306 Bela Vista – Metrô Sé
(A Rua Francisca Miquelina sai da Rua Maria Paula
e é paralela a Brigadeiro Luiz Antônio)
Miquelina Bar & Arte –
Tel. (011) 3107-6596
A partir das 19:30 horas.
Aceita todos os cartões
Estacionamento ao lado do bar

O livro Também pode ser comprado através do site da Editora Patuá
http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=89&Itemid=54

Roney Giah, Compositor e Tudo Mais – Por Léo Nogueira

O amigo Léo Nogueira é letrista.  Conhece o poder da síntese, mas não o exerce.  Seus textos  no blog O X do Poema são longuíssimos, sempre.  Roney Giah, também amigo do Caiubi,  é músico renomado, com alguns prêmios internacionais.  Veja o Perfil que Léo fez do Roney em  na concorrida seção do X do Poema –  Ninguém me Conhece.

Colar e copiar textos, às vezes, implicam em pequenos problemas aqui no Blog.  Um trecho abaixo vai sair mal diagramado, visual feio e, pior, letra pequena.  Não há o que se possa fazer.   Mas vale o sacrifício.

Divirtam-se:

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Roney Giah, Compositor e Tudo Mais – Por Léo Nogueira.

Quando comecei a frequentar o Clube Caiubi, uma das coisas que mais me chamaram a atenção foi a quase ingênua atmosfera de rebeldia, própria da juventude dos compositores e de suas canções, cheias de frescor e originalidade. Contudo, notava-se certo amadorismo. Por vezes o compositor não passava segurança na hora de interpretar sua própria canção e terminava por estragá-la. Mas isso também pertencia ao pacote “espírito rebelde”. Os erros eram aplaudidos e, de tão condescendente que era a plateia, o mesmo compositor, na terceira ou quarta tentativa, já mostrava melhor desenvoltura.

A juventude tem a seu favor o aspecto tempo (os mais velhos chamam a esse aspecto “espectro”), pode se dar o luxo de errar e aprender. E o Caiubi era um movimento jovem. Mesmo os não tão jovens assim que lá chegavam aprendiam logo a ostentar essa bandeira juvenil, ainda que em espírito. Foi nessa época que apareceu por lá Zé Rodrix. Veio. Viu. Gostou. Voltou. E ficou. E trouxe com ele a bagagem da experiência adquirida em tantas décadas de estrada. Ele olhava no olho do erro e sabia cegá-lo.

E com Zé RodrixCaiubi começou a dar os primeiros passos rumo ao profissionalismo. Sim, havia muito o que fazer, vários dos compositores que ali se apresentavam e mostravam belas canções nunca tinham subido num palco antes. É preciso frisar que, como a principal bandeira do Caiubi era (é) a música autoral, sobravam compositores e faltavam intérpretes, o que fazia que os próprios compositores se fizessem intérpretes.

Mas todos sabemos que a melhor propaganda é a que faz o público satisfeito, o chamado boca a boca. E, quando menos se esperava, o público aumentou e, com ele, vieram outros artistas. E quer uma coisa melhor pro artista que tocar onde o público está? Assim foram chegando outros nomes, uns se sentindo em casa, como o grupo Rossa Nova, a dupla Carol Pereyr e Márcio Pazin; outros sondando o espaço, como Ito Moreno e Adolar Marin; alguns no meio termo, como Élio Camalle; sem falar nos que vinham de fora, como Clarisse Grova e Alexandre Lemos… Cada um acrescentando sua experiência de estrada ao Clube (a bem da verdade, o Rossa Nova vem dos tempos das vacas magras).

E foi aí que, numa daquelas noites, meio como quem não sabe exatamente onde está pisando, penetrou pela velha rua Caiubi 420 um tipo alto, loiro, de olhos claros, como que recém-chegado da Finlândia ou da Dinamarca… Ah, trazia um violão (não entrava tão desavisadamente assim…). Sentou-se e passou a escutar atentamente os que se apresentavam. Até que chegou sua vez. A humildade dele não subiu ao palco. O que se viu (e se ouviu) naquele momento foi um camarada personalíssimo, tranquilo, seguro, prender a plateia com suas belas canções de inusitadas letras, violão bem tocado e uma voz que, se fechássemos os olhos, nos remeteria ao canto negro dos irmãos americanos da metade superior do globo. Só que em português.
O nome do moço: Roney Giah. E eu errei o país, seus genes tinham mais a ver con una bella pastasciutta. Na segunda segunda lá estava ele de novo. E na terceira. E na quarta. Logo ele era tão de casa, que a primeira noite foi se tornando cada vez mais longínqua. Mas Roney, apesar de certo ar principesco, não pensava duas vezes em arregaçar as mangas e ajudar com o que fosse possível, desde tocar um violão sobressalente na canção de um colega até manusear a mesa de som. Acho mesmo que se preciso fosse ele faria as vezes do garçom.
Roney, raciocínio rápido, entendeu na hora o espírito da coletividade caiubista. Diria até que o melhorou, pois não trazia em si nenhum tipo de ostentação. Dominava com segurança seu ofício e isso lhe bastava. Trocamos CDs e (observação: sempre quando falo que troquei CDs, de minha parte me refiro a algum CD da Kana, pois, pra felicidade geral da nação, não possuo um pra chamar de meu – por enquanto! – será uma ameaça?) pude ouvir, maravilhado, sua competência muito bem amparada pela qualidade sonora e musical de Mais Dias Na Terra, CD com boa quantidade de possíveis hits radiofônicos valorizado ainda mais pelo brinde de belas letras.

Certa vez ameaçamos uma parceria, mas ficou só na ameaça. Roney chegou a vir em casa, onde labutamos bastante em prol do desenlace de duas canções, que nos venceram pelo cansaço e continuaram no limbo, na qualidade de duas meias canções. Com o tempo, percebi que no quesito parceria o espírito coletivo de Roney enfraquece um pouco, talvez porque tudo o que queira expressar em suas canções o faça por meio de suas próprias palavras.

E chegou o grande dia do lançamento do Mais Dias Na Terra no MIS (Museu da Imagem e do Som). E, mais uma vez, Roney mostrou todo o seu profissionalismo num show afiado, empolgante, cheio de climas, com ensaiada banda e seu protagonista efervescido, apoteótico como se estivesse num Rock in Rio, a exemplo dos shows de seu colega Ricardo Soares. Aliás, talvez o grande defeito do show (pra que não falemos só de flores) tenha sido sua larga duração, pois, como a plateia estava gostando, Roney preferiu satisfazê-la a deixá-la com o gostinho de quero mais.

Mas a trajetória de Roney vai além do MIS e do Caiubi. Ele esteve nos States estudando música com feras e lhes apre(e)ndendo também a tecnologia. Emplacou pequenos sucessos e conseguiu até contrato com uma gravadora (inglesa). Mas antes disso sua música já tinha passeado pelo Prêmio Visa, batido na trave no Prêmio Tim e no Grammy Latino, sua guitarra já esteve a serviço da banda do etc. etc. Dá até preguiça copiar aqui tantos feitos. Façamos assim, abaixo vou postar o link pra seu site e vocês poderão notar como o moço é “rodado”.

Contudo, Roney também tem defeitos. E nós, os baixinhos, adoramos procurar defeitos em figuras como ele. Foi assim que, com muito custo, percebi que ele vez em quando pisa na jaca com a “flor do Lácio”, mandando um “ter” em vez do “tiver”, respirando no meio de um “pá… ssaro” y otras cositas, digo, other things. Mas ele não quer nem saber. Pode alegar (com razão) que não passa de inveja de quem está impedido (não pelo juiz) de fazer gol de cabeça, e continua no ataque, Queimando A Moleira, Co’as Goela E Tudo, preparando dois ou três novos CDs simultaneamente, acreditando que é só dessa forma que pode justificar seu pedido diário de renovação de passaporte terreno, pra passar Mais Dias Na Terra.

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Ouça algo mais de Roney aqui.

Leia as letras aqui.

Roney também está no Caiubi.

Visite  site do Roney

Vlado Lima, o Rei da Irreverência por Léo Nogueira. Leia e ouça as músicas

Quem quiser ler um bom texto do amigo, professor, letrista,  Léo Nogueira, sobre Vlado Lima, outro amigo meu e do Léo, igualmente compositor, o rei da Irreverência, leia http://oxdopoema.blogspot.com/2010/08/ninguem-me-conhece-4-vlado-lima-86-mau.html.

Ou leia abaixo.  Não deixe também de ouvir as músicas do Vlado.  Aliás, hoje é aniversário da Fera.  Já falei com ele, mas reitero:

Parabéns, Vlado Lima. Continue oferecendo a todos essa irreverência ilimitidada e indispensável para tornar a vida mais divertida, embora bem mais ácida!!! 

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Ninguém Me Conhece:  Vlado Lima, 86% Mau.- Por Léo Nogueira

“A verve ferve nervosa no verbo perverso (frente e verso) de Vlado Lima. E na prosa. E na rima. Anárquico, sarcástico, circense, cigano, nonsense. De humor mordaz, sem mordaça, desbocado, manguaça, vindo lá das bocadas. Lotado. Mora longe e é folgado. Não o convide pra jantar! Ele aceita (e ainda pede a receita). Não lhe ofereça a maçã. Não lhe apresente a irmã! Ele aceita. Não lhe apresente o seu pai! Vai que ele vai… Vlado é uma trombada de Chacrinha com Jece Valadão na banguela (na janelinha), na contramão, a 300 km por hora em noite de lua cheia, com multa, juros e mora (“pronto pra trair seu coração depois da última ceia”). Contam que Zé do Caixão, quando o viu na carreira numa sexta-feira da Paixão (13)… amarelou! E Vlado sussurrou: “Reze”. Vlado é o rebento resultado do cruzamento de Mano Brown com Aldir Blanc… Num baile funk. É uma tabelinha de Felipe Melo com Kaká. Tango, bolero, chachachá. John Wayne. John Fante. Inferno de Dante. É perifa, é pife, PF, é rifa, é blefe. É geral, é Juventus x Portuguesa, é neandertal, maluco beleza, agitador cultural. É marginal. E é poeta. Penetra. Pirata. Viralata. Cama de gato. E tá na febre do rato! Vlado não é de etiqueta, é de estampa. Pimenta malagueta. Panela sem a tampa. Seu Madruga. Che Guevara. Uga uga! Sem Odara. Churrasco na chácara, carrasco (sem máscara) do bom-gostismo vigente. Palita os dentes e arrota Freud ouvindo a dupla Pink & Floyd. É um cara mau. 86% mau! Comeu o lobo e disse “miau”! É pau. É pedra. É o fim do caminho… Um homem na estrada. Um torto sozinho. Quando “a solidão uiva como um cão sem dono” atrapalhando, dos justos, o sono, Vlado gargalha, com aquela ruiva (ou seria morena?), no gogó uma metralha, na mão esquerda, um goró. É canalha (e não manda fulô). Vade retro, coisa ruim! “Naquele dia o sol ardia e acho que só chovia em mim”. O puteiro das universitárias é seu parque. Aonde vai só pra encontrar Joana, a dark, tomar umas brejas, dar uns beijos (e uns bocejos), falar de política, filosofia e outros micos. Cê sabe, essas coisas, Sócrates, Platão e Zico. Sambista roquenrol, Adoniran de guitarra, ray ban em noite de sol, coça o saco e escarra, peida em elevador (na maior classe), come pizza, toma passe, adora cair na night. Literalmente! Ri da high society, inventa mas não mente. Orgulho nacional, três vezes vice-campeão do torneio internacional de futebol de botão. No palitinho, então… Vixe! Nossa! Saída pela esquerda, mon cheri. Caminho da roça. Corta as unhas dos pés com alicate. O mano do açougue é seu alfaiate. Dizem que tá gravando um CD (pirata) e pra lançamento já tem data: até o próximo Natal estará à venda em casas de má fama, tendas de tarô, na mão da cigana, com o flanelinha, seu dotô!, enfim, em todos os camelódromos de responsa do Brasil. Zil zil. Ótimo presente pra dar pro amigo (da onça) ou de amigo secreto pra aquela mina do RH (mó tesão) que só ouve Araketu, Vercilo e Charlie Brown (jr.). Adora cozinhar, Kurosawa, Mazzaropi, mangá, Ultraman, Tom (Waits) & Jerry (Lewis), filmes do Tarzan. É DJ de festinhas retrô à lá anos 70. Recita (no original) Bashô (ou tenta). Pôs pra correr “o cara” e tomou o ponto, lá onde Judas vendeu as botas e Zorro, o Tonto. Contrabandeia versos proibidos e fanta uva vencida. Com recibo. Vlado Lima não fuma nem trafica (ipsis litteris); só come, não fica (ficar é pros ultrapassados). Vlado Lima se multiplica. Capaz das maiores proezas, escova os dentes com mostarda, falha mas não tarda, come buchada de bode sem camisinha e, de sobremesa, paçoquinha, passa fermento nos chifres e pimenta nas feridas (pra sentir a dor de um bolero), chuta o balde e volta pra estaca zero, vaca holandesa, vinho (suave) de mesa. Toma até gemada com kriptonita! Mas se vê um metrossexual… vomita! Se vê um mendigo comendo um pão amanhecido, pede um teco. E um tico. Um sujo numa noite perdida. Vê faroeste e torce pro cavalo do bandido. Lê Dostoiévski em quadrinhos (bem alto, pra irritar os vizinhos), compra Playboy pra ler a entrevista, (e pendura na maçaneta do banheiro: ocupado, não insista!). Com seus três superacordes faz canções de que até Ricardo Soares duvida. Prazeres da vida, diários de bordes. Quando dorme, o duende é que o vê. Dá entrevistas na língua do P. Na maior larica, comeu farofa em encruzilhada (ou terá sido feijoada?). Fortemente influenciado por Rimbaud, Rambo, Batman e Robin (Hood). E, se espirrar, f… saúde! Vlado Lima não é flor que se cheire. Quem me contou foram Rafinha, Rogéria, Rosemeire. Em tempos de politicamente correto, manda pra casa do reto o eufemismo (tá aí talvez o porquê de ter tido dificuldade com a faculdade de jornalismo). Ex-coroinha, ex-cantor de inferninhos, excomungado por fazer paródia com a Ladainha… Organizador do Sopa. De Letrinhas. Pau. Pedra. Fim do caminho… Um homem na estrada. Um torto sozinho. Naquele dia o sol ardia e acho que só chovia nele. Mas ele é mau. Não tem medo nem do IML. Homem que é homem não chora. Essa coisa salgada que salta pelos poros e anda pela pele é agonia destilada, segundo ele. Vlado Lima é mau. 86% mau. Não queira conhecer os outros 14%! Mas Vlado Lima é um mau necessário. A nos acordar de um bem sonolento. Porrada no pâncreas dos otários. E olha que nem é violento! Cara feia pra ele é feiúra mesmo. Tá com tudo e não tá pra torresmo. Vem da Vila Ré (de ré) (de pijama) na contramão. Pobre de marré, marrento, sem um tostão. O Chapolin das músicas perdidas e das almas encardidas. O Sílvio Santos dos descrentes. O Elvis Presley dos malas. Se você nunca ouviu, tire as crianças da sala! E os doentes. O cara é mau! E manhoso. O cara é foda. E odeia Caetano Veloso. João Gilberto, então… Nem se fala! Tirem as crianças da sala! Não veio pra salvar porra nenhuma. Mas também aceita entrar numas. Prepare o seu coração. E o cotonete. Ele curte brincadeiras de mão. E (não) sabe onde (se) mete. Tá vendendo um violão. Já namorou uma chacrete. Já leu até o Tinhorão. Ainda vê videocassete. Montou um bar no Taboão. Ou lá na casa do cacete. Gosta de vodca com limão. De vez em quando picha o 7. Mas manja de fazer canção. Paro pra não jogar confete. Cartas de recomendação: favor tratar com a Suzethe. “

 
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Ouça algumas das malvadezas de Vlado Lima aqui.Vlado também está no Caiubi 

Leia as letras aqui

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