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Big Brother – êxtase supremo ou um nada absoluto???

Para mim, Big Brother é um nada absoluto. 

Entretanto, 215 mil brasileiros pagam R$ 150,00 por mês para poderem assistir 24 horas por dia ao programa.   Conheci uma mulher arquimilionária que também pagava por isso.  Certamente continua pagando. O  destino me ajudou e não mais a vi. Alguns grupos chegam a preparar festas semelhantes às que acontecem no programa nos mesmos dias e horários.

A audiência na TV aberta, quando o programa está sendo transmitido,  já atingiu  55% dos aparelhos ligados.

Uma teoria afirma que a Natureza limitou a inteligência, mas não limitou a burrice. 

Atribuir tal êxito à inteligência limitada do grande público está correto ou seria uma explicação simplista???

Dê a sua opinião, espectador ou não do Big Brother.  Só não vale me xingar muito !!!

Em tempo, encomendei para amigo meu psiquiatra – que também se recusa a assistir ao Big Brother – um texto sobre o assunto.  Enquanto a teoria não vem, vamos votar e já treinando aqui no Boca para a as eleições de outubrol!!!  Essa, sim,  com direito (leia-se obrigação/imposição) a Horário Gratuito (aliás, nem sou tão contra assim ao horário Gratuito).  Falar sobre horário gratuito, só quando ele chegar.  Polemistas do Boca, contenham-se ainda em relação ao horário gratuito. Mas se não der pra se conter, como cantou Tim Maia, vale tudo, falem sobre isso também!!!

Big Brother, Um verdadeiro Nada

Começou mais um Big Brother, um verdadeiro nada, sem querer ofender nenhuma das palavras – um, verdadeiro e nada – usadas aqui para definir imbecilidade tão grande.

Ingênuo, antes eu calculava que a Globo economizava uma fortuna. Ao invés de arcar com custos de produção de programas tradicionais, cachês de artistas e demais gastos,  pensava eu,  bastava dar uma gratificação infinitamente mais  minguadinha para os, na linguagem da Globo, “brothers” and “sisters” e beleza – o circo tava armado.  Isso foi o que pensei em um primeiro momento.

Tem mais.

Além de economizar a tal fortuna,  o faturamento da Globo  é fabuloso, uma vez que o telespectador desse tipo de espetáculo é muito participativo e se orgulha de  registrar seu voto durante a série.  Para isso,  cada telespectador paga uma pequena quantia cada vez que se manifesta por telefone.  Muito lógico: certamente o telespectador tem muito dinheiro  e a Globo, coitadinha, fatura essa graninha de cada um.
 
Leia o texto abaixo do site Big Brother
http://bbb.globo.com/BBB9/Noticias/0,,MUL955388-16397,00-NEWTON+E+RALF+QUEREM+PEGAR+SOL+MAS+NAO+AGUENTAM+O+CALOR.html

Ralf e Newton tomam sol depois do almoço – Título
“Será que o protetor solar que coloquei antes do almoço vai resistir?”, pergunta Ralf. Após almoçar, ele e Newton seguem para a piscina e tentam deitar na espreguiçadeira para tomar sol. Mas os brothers não aguentam o calor”.
*Obs do Boca – Tentam deitar.  Deitar deve exigir muito talento…
Perdão por interromper, continue.

“Newton fica andando no sol, enquanto Ralf coloca o roupão em cima da espreguiçadeira de tecido preto e deita. Mirla também chega na varanda, mas prefere ficar na sombra”

Ler os dois parágrafos acima já causa desconforto, imagine assistir às cenas, como se falava antigamente – ao vivo e em cores…

Repetindo, classificar isso de verdadeiro nada trata-se de ofensa a essas três palavras.

Quando eu era criança,  dizia-se que para cada sujeito esperto que nascia, nasciam dez trouxas.  Basta fazer as contas da audiência do Big Brother  e dividir por todos os envolvidos na produção e no faturamento do Big Brother para se constatar que os espertos estão nadando de braçada…

Como já deu para perceber através de alguns textos anteriores, sou apaixonado pelo Brasil e pelos brasileiros.  Entretanto,  assistir a uma instituição   como essa molilizando o que mobiliza  e se calar, não seria honesto da minha parte!!!

Jogo do Domingo- Reminiscências, Kaká e Big Brothers da Vida

Pega bem dizer que o Galvão Bueno é chato e que fala muita besteira. Quando se junta um grupo para assistir a qualquer coisa narrada por ele, a preocupação passa a ser zombar de praticamente todo comentário que ele faça.

Discordo frontalmente desse consenso babaca. Primeiro lugar, considero o Galvão super competente. Argumento mais que óbvio: se não fosse competente, não estaria onde está. Sempre que começam as gracinhas sobre qualquer deslize que ele comenta, eu digo.

– Bota qualquer um de nós para ficar falando durante mais de duas horas ao microfone e você vai ver quanta besteira vai sair.

No jogo do domingo, conversando com Paulo Roberto Falcão, muito simpático, ele informou que o centroavante colombiano Falcão Garcia fora batizado com esse nome em homenagem ao nosso craque. Paulo Roberto Falcão, agora comentarista da Globo, que estava ao seu lado, reiterou que, de fato, ele havia jogado com o pai do colombiano, daí a homenagem.

Galvão passa a bola para o comentarista de arbitragem, ex-juiz, Arnaldo César Coelho, e pergunta se havia algum colega que batizou o filho com seu nome. César Coelho, sorrindo, diz que árbitros não costumam receber esse tipo de homenagem.

Homenagem a juiz de futebol me fez lembrar passagem pitoresca. Armando Marques, tido como um dos melhores árbitros do Brasil, também dos mais polêmicos, era amado e odiado por jogadores e torcedores.

Cometeu erros históricos, e até primários, como todo mundo. Numa decisão por pênaltis, no Final do Campeonato Paulista de Futebol de 1973, entre Santos e Portuguesa, o Santos vencia por 2×0. Ele deu por encerrada as cobranças e o título para o Santos. Acontece que restavam dois pênaltis ainda a serem batidos e a Portuguesa, teoricamente, poderia empatar. Por conta desse erro, o título foi dividido entre os dois clubes.

Mas ele era considerado o melhor árbitro enquanto esteve em atividade. Era enérgico com todo mundo e impunha muito respeito e disciplina. Outra característica sua eram os gestos excessivamente delicados, se me entendem.

Amigo do aristocrata e grande costureiro Denner, que morava nas imediações do estádio do Pacaembu, Armando, sempre após apitar jogo ali, ia à casa dele para uma cerveja.

Em um desses jogos, provavelmente após algum erro acompanhado dos famigerados trejeitos, as arquibancadas gritam sem parar:

– BICHA, BICHA, BICHA!!!!

O mordomo do amigo vira-se para o patrão e diz:

– Seu Dener, acho melhor eu já colocar a cervejinha do seu Armando no gelo!!!

Kaká 1

Ainda sobre o jogo do domingo, Galvão, usou jargão do mundo da Política para uma situação do Esporte. Disse ele que o Kaká já havia mandado   recado para o Dunga que não gosta de jogar de costas para o Gol. Mandar  recado é coisa que só serve mesmo para política, esse confuso mundo que mortais comuns, por mais inteligentes que sejam, não conseguem decifrar. Tenho certeza de que todo o problema que o Kaká tenha com o Dunga e vice-versa, um vai lá e fala pro outro e fala durante o treino mesmo, na frente de todo o time, sem segredinhos para ninguém, sem necessidades de interlocutores. Pois bem, foi eu sair da sala, atrás de um papel para anotar essa observação que me renderia essa nota e, ao voltar, o competente Galvão estava fazendo sutil correção. Embora eu tenha pegado só o fim desse novo comentário, o locutor disse que o kaká falou mesmo para o Dunga como prefere jogar e como obtém melhores resultados. É isso aí, Galvão. Mandar recadinhos é coisa de meninas e de políticos. O resto da sociedade fala mesmo o que quer falar e ouve o que o outro tem a dizer. Sem “elocubrações”, sem masturbações mentais de quem não tem o que fazer.

Sempre com Muita classe

Há cerca de dois anos, em um bar aonde ia com alguma freqüência, um sujeito falava alto, cantava e incomodava todo mundo. Pedi para o maitre mandar o segurança dizer que ele estava incomodando todo mundo. O maitre falou que não podia porque o tal elemento tinha ganho, poucos dias antes, o Big Brother Brasil. Ora, por mais que eu não goste de um ou outro artista famoso, sou obrigado a agüentar eventuais saliências, exibicionismos, mas de Big Brother???? Tenha Paciência!!!

Amigo meu, proprietário do imóvel que abriga sofisticadíssimo restaurante em Cerqueira César, convidou-me,junto com um pequeno grupo, para jantar lá, poucos dias antes da cena “big brotherista”.

Já estávamos no salão principal, quando entram dois casais muito jovens. Eles também se acomodam e permanecem na mais absoluta discrição durante todo o tempo.

Admirado, pergunto para meus amigos:

– O que é que esses bebês estão fazendo em um restaurante caro desses???

O anfitrião me informa.

– Aquele mais alto ali é o Kaká.

Já um Big Brother da vida…