Arquivo da categoria: Infernos

Minha Única Alegria em Shopping Centers…

Shopping Centers são o inferno!!!

Pego o carro para almoçar em um restaurante razoável no Alto de Pinheiros.  Meu pai, 89 anos, comigo.  Entramos no carro, desaba temporal.  Como se sabe, chuva mata velho!!!  Por conta do estacionamento coberto, mudei de rumo: Shopping Center Eldorado!!!

A praça de alimentação, em reforma e, apesar da reforma, funcionando normalmente, a todo vapor, sob  toda precariedade:  barulho, poeira…  Shopping Centers são o inferno; inferno em reforma…  As mesinhas para uma ou duas pessoas foram todas “ajuntadas”,  tal qual um imenso refeitório de Fábrica.

Já tinha uma frase para shopping centers que precisa ser melhorada para retratar com mais fidelidade a “piora/piorada” da instituição:  Shopping Centers me proporcionam imensa alegria: quando saio!!!

Big Brother – êxtase supremo ou um nada absoluto???

Para mim, Big Brother é um nada absoluto. 

Entretanto, 215 mil brasileiros pagam R$ 150,00 por mês para poderem assistir 24 horas por dia ao programa.   Conheci uma mulher arquimilionária que também pagava por isso.  Certamente continua pagando. O  destino me ajudou e não mais a vi. Alguns grupos chegam a preparar festas semelhantes às que acontecem no programa nos mesmos dias e horários.

A audiência na TV aberta, quando o programa está sendo transmitido,  já atingiu  55% dos aparelhos ligados.

Uma teoria afirma que a Natureza limitou a inteligência, mas não limitou a burrice. 

Atribuir tal êxito à inteligência limitada do grande público está correto ou seria uma explicação simplista???

Dê a sua opinião, espectador ou não do Big Brother.  Só não vale me xingar muito !!!

Em tempo, encomendei para amigo meu psiquiatra – que também se recusa a assistir ao Big Brother – um texto sobre o assunto.  Enquanto a teoria não vem, vamos votar e já treinando aqui no Boca para a as eleições de outubrol!!!  Essa, sim,  com direito (leia-se obrigação/imposição) a Horário Gratuito (aliás, nem sou tão contra assim ao horário Gratuito).  Falar sobre horário gratuito, só quando ele chegar.  Polemistas do Boca, contenham-se ainda em relação ao horário gratuito. Mas se não der pra se conter, como cantou Tim Maia, vale tudo, falem sobre isso também!!!

Transtornos e Delícias das Feiras Livres de São Paulo

Meu Post FEIRA LIVRE É MESMO UM BOM NEGÓCIO PARA A DONA DE CASA???
http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/02/19/feira-livre-e-mesmo-bom-negocio-para-a-dona-de-casa/ gerou troca de mensagens ligeiramente acaloradas aqui no Boca.
 
Começo narrando o transtorno a que  eu e outros motoristas que estavam em Pinheiros fomos  submetidos por conta do pouco caso dos feirantes e a ausência de Fiscalização.   Concluo, publicando comentário poético da Cláudia, resposta do Leitor Vicente e a Tréplica da Cláudia.  Se o leitor Vicente quiser responder à tréplica da Cláudia, será publicado com destaque.

Lá vai o  transtorno.

Desde o começo de fevereiro deste ano,  o horário das feiras estabelece o fim da comercialização de produtos às 12:30 hs.  Às 14 horas,  os resíduos devidamente ensacados, já  não podem mais estar nas ruas.

Mas Decreto é uma coisa.  Fiscalização é outra.  E decreto sem fiscalização é igual a nada.

Pois bem, na última 5. Feira, dia de Feira na rua Antônio Bicudo em Pinheiros, por volta das 14:20 horas,  ainda imperava ligeiro caos na própria rua, o  que impedia a passagem  de carros por toda sua extensão.  Alguns carros para escapar do congestionamento na Rua Arthur de Azevedo, entraram  na Antônio Bicudo para pegar a Benjamim Egas à direita (vinte metros à frente) e em seguida pegar alguma paralela à própria Antônio Bicudo.

O que aconteceu??? Um caminhão  de feirante ocupava toda a largura da Benjamim Egas impedindo a circulação de qualquer veículo que não fossem bicicletas ou motos bem miudinhas e patinetes. 

Resultado: Meta-Caos (ou o caos dentro do Caos)   Motoristas voltando de ré, por entre o lixo da feira, driblando tábuas com pregos, para  voltarem –DE RÉ –  para o congestionamento do qual pretendiam fugir.

Agora, relaxem e divirtam-se com os comentários

Mensagem de Cláudia:
Concordo com a Silvia (nota do Boca – Sílvia, filha de feirantes fez comentário mostrando a vida dura desses valentes trabalhadores)  e acrescento: feira para mim é uma coisa linda! É colorida, dinâmica, engraçada. Gosto de ver aquela coisa humana da feira: o contato direto com o vendedor, as mãos sujas de terra, os manuscritos nos varais, nada de balanças, propagandas chatas, ar refrigerado gelado. Sem contar a singeleza das graças, das brincadeiras, trocadilhos e gestos que fazem da feira um passeio divertido. Nenhum dia se repete ou é monótono. As coisas na feira são sérias, mas com graça e improviso. A feira tem calor e tem vida.
Eu vou na feira. E vou chegando, escolhendo, reclamando, pedindo… tô em casa.
Quanto aos alimentos eu não tenho nenhuma queixa; costumam estar sempre frescos, sem contar que são vendidos por um preço justo.
Viva a feira livre!

Mensagens do Leitor Vicente:

É tudo muito lindo!
Gostaria de saber se alguma dessas donzelas tem a feira livre na porta de suas casas! Tudo é muito lindo para elas que fazem feira na porta dos outros.
Não pago menos IPTU, a água potável que utilizo para lavar a calçada, pois a varrição e a lavagem da Prefeitura é para “inglês ver”´, sou eu quem paga. O estacionamento avulso que tenho que deixar meu veículo nos dias que precedem as feiras, sou eu quem paga. Então pergunto:
Onde está a poesia das feiras? A mão suja de terra do feirante? Minha filha, não viaje na maionese. O que proponho é que se faça um rodízio das feiras livres e que por dois anos seja na porta da casa das donzelas que acham tudo poético.
Leitor Vicente  continua o raciocínio em novo comentário

Completando o comentário do Paulo a respeito do extremamente anti-higiênico – Uma coisa que ninguém vê nas feiras livres: Banheiro para os feirantes. Onde eles fazem seu xixi e seu coco? Lavam as mãos? Estão com as mãos cheia de terra? Ou de bactérias? A prefeitura não disponibiliza banheiros químicos. Não há a menor higiene. Vou dizer como os feirantes da minha rua fazem: Xixi em sacos pláticos e jogam em cima dos telhados das garagens. Isso é poético?

Tréplica de Cláuda.  Se Vicente quiser se manifestar, também tá valendo darei igual destaque ao que ele disser.

Caro fidalgo Vicente, a chuva lava a calçada, a bicicleta substitui o carro… Para que se estressar?
Quem sabe você ainda não terá a sorte de ver nascer na porta da sua casa um pé de maracujá. Faça com ele um bom suco, se acalme que eu te convido para um sarau de poesia.
Façamos um brinde: Tim, tim!!
Cláudia

Em tempo, Cláudia é minha namorada.  Mas, como deu pra perceber, minha opinião está muito mais em consonância com as palavras objetivas do Vicente.  Aliás, nem tinha me lembrado do aspecto banheiro/não banheiro.  Já não era muito fã da coisa.  Agora, então…

CHEGA DE PALETÓ E GRAVATA – UMA CARTA PARA O PRESIDENTE LULA

Assim que postar esse material aqui no Boca, vou  enviar por email para o Escritório da Presidência da República em São Paulo a carta abaixo. 

Leia, tenho certeza de que você vai aprovar em gênero, número e grau, principalmente em graus centigrados.  Dê sua opinião, ela é bem-vinda.

São Paulo,  12 de março de 2010

Exmo. Senhor  Presidente da República
Luis Inácio Lula da Silva

Parabéns para o senhor e seu governo que contam, respectivamente, com a aprovação de 81,7% e 71,4%  dos brasileiros.

Um simples decreto-lei seu, de custo praticamente zero para os cofres públicos, poderá coroá-los  definitivamente, tornando-os inesquecíveis. 

Milhões de cidadãos beneficiados, logo pela manhã, todos os dias, de segunda a sexta-feira,  se lembrarão com carinho e gratidão desse seu utilíssimo  ato que tanto bem-estar irá lhes proporcionar.

Trata-se de coisa simples, muito simples, cuja percepção, aliás,  requer  muito da sensibilidade e identificação com o povo que só o senhor  possui. 

Lá vai:

Criar  decreto-lei  tornando  gravata e  paletó opcionais em todo o território brasileiro, qualquer hora do dia e da noite.

Esse benefício seria estendido também para uniformes profissionais, tanto de civis quanto de militares.

Se for o caso, o decreto poderá estabelecer que todos cidadãos terão  acesso a  qualquer lugar, em qualquer hora do dia e da noite,  trajando calças compridas, sapatos e camisas de mangas curtas, devidamente abotoadas até o último ou penúltimo botão antes (abaixo) do colarinho.

Quem quiser vestir paletó e gravata, evidentemente, terá sempre todo o direito de fazê-lo.

Só pelo caráter humanitário, o decreto-lei mais que  se justifica. 

De quebra, ainda há benefícios dos pontos de vista ecológico e econômico.  Aparelhos de ar condicionados poderão funcionar consumindo menos energia e diminuindo a emissão de CFC,  clorofluorcarboneto, tão nocivo ao meio ambiente.  Menos energia consumida, mais economia de recursos financeiros  e hídricos

Seria Interessante que o decreto-lei fosse assinado o mais rápido possível, a fim de ser desfrutado já  neste final de  verão, o penúltimo de seu mandato

Posso ainda fornecer aspectos curiosos para o senhor ilustrar seu discurso no dia da assinatura. A menção da origem da extemporânea gravata é muito oportuna.   Lá vai:

Segundo li, os homens medievais traziam enrolados nos pescoços grandes pedaços de pano que utilizavam para limpar as mãos durante os banquetes. Naquela época, ainda não havia talheres. Pedir para que imaginem o estado desses panos no pescoço não seria elegante.
Esse dado histórico é mais do que suficiente para demonstrar o absurdo da exigência, principalmente em países quentes como o Brasil.

Aliás, na reunião de que o senhor participou dos Líderes Latinos Americanos  em Cancun, México,  em 22 de fevereiro de 2010, o traje oficial era a Guaiabeira, camisa fresca usada por catadores de goiaba caribenhos.

Ficaria muito feliz  se meu nome constasse como idealizador do projeto-lei e também se fosse convidado para assistir à Assinatura do Decreto. 

Mando anexado  o material abaixo descrito.

1. recorte da Folha de S. Paulo  – 11/2/2010 Informando que Calor Intenso faz Oab-Rio pedir dispensa da Gravata,  

2. Notas da Colunista Mônica Bergamo Folha  On Line 6/2/2010 informando que o Ministro da Cultura  Juca Ferreira pede o fim da obrigatoriedade do Paletó e Gravata

Textos Meus no meu Blog no Portal IG http://bocanotrombone.ig.com.br/
sobre o assunto, um pouco repetitivos, já que algumas vezes me reporto a respeito do que já foi escrito, mas que abordam bem a coisa.

1. CHEGA DE PALETÓ E GRAVATA
http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/02/09/chega-de-paleto-e-gravata/

2. IRÃ E BOLÍVIA DÃO DE DEZ A ZERO NO “MUNDO CIVILIZADO”
http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/11/25/ira-e-bolivia-dao-de-dez-a-zero-no-mundo-civilizado/
3. PENSANDO SOBRE A NÃO GRAVATA DE EVO MORALES
http://bocanotrombone.ig.com.br/2007/12/13/pensando-sobre-a-nao-gravata-de-evo-morales/

Os textos mostram de forma definitiva que  o decreto-lei será por todos muito bem-vindo.

 Atenciosamente

 Paulo Mayr Cerqueira – cidadão brasileiro que se empenha para ter        um mínimo de bom senso.

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Leitor, está de acordo???  Manifeste-se, pois.

ANVISA RESPONDE. VOCÊ FICOU SATISFEITO??? EU NÃO!!!

Meu texto do último dia 18 pedindo que a Anvisa fiscalizasse a questão de higiene ou da Falta dela na venda de alimentos prontos para serem consumidos em padarias e supermercados foi respondido pelo órgão.  A mim, a resposta não satisfez.

Publico novamente meu texto e a resposta que recebi.  Se os leitores quiserem se manifestar, fiquem a vontade.  Vale comentar e/ou elogiar e/ou criticar tanto o que escrevi, quanto a resposta que recebi. 

Reitero.  Minhas observações são absolutamente ponderadas, pertinentes.  A resposta da Anvisa ficou léguas aquém das minhas expectativas.   Espero que o leitor preocupado com o Assunto seja menos exigente do que eu e fique satisfeito. 

Título do meu texto publicado: 

ANVISA, ALÉM DOS REMÉDIOS, FISCALIZE FALTA DE HIGIENE NA VENDA DE PÃES E PRODUTOS SEM EMBALAGENS NOS SUPERMERCADOS

Tão Logo a Anvisa resolva a questão de como devem ser vendidos remédios nas Farmácias, sugiro nova empreitada para a Agência de Vigilância Sanitária.

Já escrevi sobre isso aqui há mais de três anos.  Antes disso, havia escrito email dirigido à própria  Anvisa.,
Pois bem, recebi uma explicação tão burocrática que me obrigou a me comunicar com a entidade para informar que, apesar de jornalista, com curso Superior Completo, não consegui entender coisa alguma do que me foi enviado.
Vou colar abaixo o trecho do  texto já publicado aqui no Boca.. Quem quiser ler o texto inteiro (é curioso)
http://bocanotrombone.ig.com.br/2007/10/22/proibido-por-lei/
Se nas vezes anteriores, meu êxito  foi igual a zero, quem sabe, dessa vez tenha mais sorte e receba  resposta.  Providências tãmbém são bem-vindas (escreve-se junto de acordo com a nova ortografia,  né???).   Afinal,  a minha saúde e da sociedade devem ou deveriam ser preservadas.
Lá vai:
(…) Politicamente correto, sob todos os aspectos, principalmente do ponto de vista da higiene, seria proibir que os pães fossem colocados sem qualquer proteção no balcão entre o funcionário e o público. Ou seja, todos esses produtos ficam recebendo saliva – democraticamente – tanto do consumidor quanto do funcionário. É óbvio que todo e qualquer produto desembrulhado pra venda deve ser colocado atrás do funcionário. Essa falta de higiene acontece em praticamente todas as padarias. Há grandes padarias onde, inclusive, panetones, bolos devidamente desembrulhados estão pelo meio do corredor. Mandei email a esse respeito para o órgão competente. O burocrata  de plantão me mandou uma resposta que eu não consegui entender. Mandei de volta email dizendo que era jornalista formado e que mesmo assim não consegui entender coisa alguma do que ele escrevera. Providências mesmo, nenhuma!!! (o fato a que me referi no início)

Ainda questões de higiene. Nos supermercados da, provavelmente, maior rede do país, azeitonas, picles, frutas secas estão colocados pelos corredores. O público mesmo é quem se serve. Quem quiser, passa, abre ali, pega uma azeitona. Muitas vezes aquela colher cujo cabo foi manuseado por todo mundo ad infinitum cai dentro do produto. Pedir providências do órgão responsável pela higiene é idiossincrasia??? Eu não compro em hipótese alguma pães expostos à saliva coletiva (até rimou, hein!!!), tampouco esses produtos sem embalagens espalhados pelos corredores!!!
Mais uma coisinha só a esse respeito. O  sindicado de bares, restaurantes, padarias, etc deveria passar orientação ensinando funcionários e até mesmo proprietários que não se pode por o dedo na língua antes de pegar o guardanapo que vai ser usado para servir o freguês que pediu um salgado/doce.
A Anvisa também poderia cuidar d isso ( o envio da recomendação e fiscalização se a coisa está sendo cumprida) Essa última frase acrescentei agora

São tantos os bordões do Boca no Trombone para terminar que nem sei qual escolher.  Lá vai um:  O Homem chegou à Lua  há  40 e no Brasil, em pleno século 21,  não se consegue resolver coisas tão rudimentares como essas.
Ficaria contente e suponho que os leitores também se esse texto (que enviarei para Anvisa, desde que não leve bailes burocráticos) fosse respondido e as providências devidas tomadas com a urgência que a coisa requer.  Caso receba alguma comunicação da Anvisa, ela será publicada.
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RESPOSTA DA ANVISA

Prezado Paulo,
Realmente esperamos que a questão das farmácias seja resolvida o mais breve possível. Não há razão para polêmica, considerando que a lei separa claramente o que é farmácia e o que é mercado, nenhuma novidade apenas o cumprimento da lei.

Mas vamos ao que te interessa: o risco de alimentos expostos de forma indevida. Em primeiro lugar é preciso esclarecer que no Brasil, a vigilância sanitária é descentralizada: as atividades de maior risco são regulamentadas pela Anvisa. Já as atividades de menor risco sanitário, ou cujas práticas variam muito de acordo com a realidade de cada região, são regulamentadas e fiscalizadas pelas vigilâncias sanitárias municipais. Exemplos são os salões de beleza e a exposição de alimentos para o consumo em padarias, rotisserias e supermercados. É uma lógica que respeita a independência dos estados e municípios. Essa lógica da descentralização é também uma estratégia já que a vigilância local, do município e do estado, é quem conhece a realidade e os riscos sanitários da cada local. Fora isso seria ineficiente a Anvisa tentar montar uma equipe de 10, 15, 20 mil fiscais para estar presente em todos os municípios brasileiros.

Alguns municípios possuem legislação que regulamenta a forma de expor os pães no balcão para os consumidores, mas é preciso lembrar que a educação da população, aliada a uma fiscalização por parte das vigilâncias municipais, pode surtir muito mais efeito que a simples existência de um regulamento tão específico. A atuação do consumidor também é valiosa. Mesmo onde o município não tem uma lei ou resolução específica, a existência do risco é suficiente para uma fiscalização e para a cobrança de uma providencia no âmbito local.

Digo isso porque no que diz respeito à exposição dos pães no balcão, os riscos não estão bem estabelecidos e carecem de informações científicas que estabeleçam a relação entre a exposição e a ocorrência de uma doença, por exemplo. A exposição a gotículas de saliva poderia representar um risco maior com relação aos alimentos que contém grande quantidade de água em sua composição, já que estes poderiam constituir meio para a proliferação de microrganismos como as bactérias. Mas no caso dos alimentos secos, como os pães assados, cujas fornadas são produzidas em pequenas quantidades e vendidas rapidamente, o grande risco é justamente a contaminação por toque. Por isso os consumidores não devem servir os pães diretamente com as mãos; por isso os funcionários da padaria não devem pegar nos pães com as mãos para levá-los ao balcão. E também por isso, de nada adiantarão extensas barreiras de proteção e detalhadas leis se o consumidor for comer o pão sem antes higienizar suas próprias mãos.

Ou seja, se o leitor deste blog viu algum desses erros acima na padaria da sua rua, não tenha dúvida e cobre uma postura correta do estabelecimento, se não for atendido procure a vigilância sanitária da sua cidade.

A legislação federal existente (RDC 216, da Anvisa) abrange do armazenamento e manipulação da matéria-prima até o momento em que o alimento final fica pronto: estabelece as boas práticas de produção que os serviços de alimentação devem seguir e exige uma série de práticas que devem ser cumpridas por manipuladores de alimentos, a fim de evitar as diversas formas de contaminação. Por que focar a preocupação na manipulação e na produção? Justamente porque nessas etapas se encontram os maiores riscos de contaminação.

Quando falamos na exposição dos pães no balcão, uma medida simples e extremamente eficaz, que não precisa ser imposta por lei, e que já é adotada por iniciativa própria em alguns locais, é a existência de uma placa na qual se pede a gentileza de que os consumidores não conversem enquanto servem os pães. Questão de higiene e de educação, essa simples dica é provavelmente a mais eficaz.

Assina o Documento – (Email)
Carlos Augusto Moura
Assessor-Chefe (substituto) – Anvisa

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Não vou comentar item por item para não cansar.  Mas o leitor pode, ao terminar de ler a resposta da Anvisa, voltar ao meu texto inicial e fazer seu comentário. Quem é que está certo???

Feira Livre É Mesmo Bom Negócio Para a Dona de Casa???

O decreto do Prefeito Gilberto Kassab restringindo o horário do funcionamento das feiras livres em S. Paulo, em vigência desde o dia 30 de janeiro,  é um gancho (que pego meio atrasado) para algumas considerações.

1. Sempre achei extremamente anti-higiênico carnes, peixes e frangos serem vendidos na feira, debaixo daquele calorão, tomando sol e poluição por horas a fio.  Jamais comprei.

2. A perpetuação  de prática tão extemporânea, suponho, só se justifica por um certo atavismo.  Não faz o mais mínimo  sentido ruas de cidades de milhões de habitantes serem fechadas nos dias de feira, causando incômodo sem fim para os moradores e mais caos ainda (se é que é possível) no trânsito.

3. Mesmo o mito de que frutas e verduras são mais fresquinhas na feira é mito, apenas mito.  Conversando com um feirante de frutas, comentei o trabalho que devia dar carregar e descarregar o caminhão ao chegar em casa.  Ele me disse que não descarregava coisa alguma: as frutas ficavam no caminhão, assando debaixo da lona, sob o sol.

4. “Moça bonita não paga, mas também não leva”.  A brincadeira é boa e não é tão brincadeira assim.  Nas feiras, algumas barracas colocam  preços;  a maioria não.  Ou seja, moças e moços bonitos (entender como fregueses  e freguesas) mais bem vestidos fatalmente pagarão mais caro.

5. Aliás, a esse respeito, Mercados Municipais também têm a mesma postura.  A prefeitura deveria obrigar o comerciante concessionário a colocar preços em todos os produtos.

6. Não conheço a cidade inteira, mas suponho que haja super-mercados espalhados para quase todos os cantos.

Ou seja, continuar comprando frutas cozidas pelo sol, carnes idem expostas ao sol  e pagar preços aleatórios deveriam ser coisas do passado remoto!!!

Anvisa, Além dos Remédios, Fiscalize Falta de Higiene na Venda de Pães e Produtos Sem Embalagens nos Supermercados

Tão Logo a Anvisa resolva a questão de como devem ser vendidos remédios nas Farmácias, sugiro nova empreitada para a Agência de Vigilância Sanitária.

Já escrevi sobre isso aqui há mais de três anos.  Antes disso, havia escrito email dirigido à própria  Anvisa., 

Pois bem, recebi uma explicação tão burocrática que me obrigou a me comunicar com a entidade para informar que, apesar de jornalista, com curso Superior Completo, não consegui entender coisa alguma do que me foi enviado.

Vou colar abaixo o trecho do  texto já publicado aqui no Boca.. Quem quiser ler o texto inteiro (é curioso)
http://bocanotrombone.ig.com.br/2007/10/22/proibido-por-lei/

Se nas vezes anteriores, meu êxito  foi igual a zero, quem sabe, dessa vez tenha mais sorte e receba  resposta.  Providências tãmbém são bem-vindas (escreve-se junto de acordo com a nova ortografia,  né???).   Afinal,  a minha saúde e da sociedade devem ou deveriam ser preservadas.

Lá vai:

(…) Politicamente correto, sob todos os aspectos, principalmente do ponto de vista da higiene, seria proibir que os pães fossem colocados sem qualquer proteção no balcão entre o funcionário e o público. Ou seja, todos esses produtos ficam recebendo saliva – democraticamente – tanto do consumidor quanto do funcionário. É óbvio que todo e qualquer produto desembrulhado pra venda deve ser colocado atrás do funcionário. Essa falta de higiene acontece em praticamente todas as padarias. Há grandes padarias onde, inclusive, panetones, bolos devidamente desembrulhados estão pelo meio do corredor. Mandei email a esse respeito para o órgão competente. O burocrata  de plantão me mandou uma resposta que eu não consegui entender. Mandei de volta email dizendo que era jornalista formado e que mesmo assim não consegui entender coisa alguma do que ele escrevera. Providências mesmo, nenhuma!!! (o fato a que me referi no início)
Ainda questões de higiene. Nos supermercados da, provavelmente, maior rede do país, azeitonas, picles, frutas secas estão colocados pelos corredores. O público mesmo é quem se serve. Quem quiser, passa, abre ali, pega uma azeitona. Muitas vezes aquela colher cujo cabo foi manuseado por todo mundo ad infinitum cai dentro do produto. Pedir providências do órgão responsável pela higiene é idiossincrasia??? Eu não compro em hipótese alguma pães expostos à saliva coletiva (até rimou, hein!!!), tampouco esses produtos sem embalagens espalhados pelos corredores!!!
Mais uma coisinha só a esse respeito. O  sindicado de bares, restaurantes, padarias, etc deveria passar orientação ensinando funcionários e até mesmo proprietários que não se pode por o dedo na língua antes de pegar o guardanapo que vai ser usado para servir o freguês que pediu um salgado/doce.
 

A Anvisa também poderia cuidar d isso ( o envio da recomendação e fiscalização se a coisa está sendo cumprida) Essa última frase acrescentei agora

São tantos os bordões do Boca no Trombone para terminar que nem sei qual escolher.  Lá vai um:  O Homem chegou à Lua  há quase 40 e no Brasil, em pleno século 21,  não se consegue resolver coisas tão rudimentares como essas.

Ficaria contente e suponho que os leitores também se esse texto (que enviarei para Anvisa, desde que não leve bailes burocráticos) fosse respondido e as providências devidas tomadas com a urgência que a coisa requer.  Caso receba alguma comunicação da Anvisa, ela será publicada.

CELULAR NO BRASIL – TARIFAS MILIONÁRIAS PARA ASSINANTES COM NERVOS DE SUPER-HOMEM

Uma coisa sempre me encafifou.  Vejo pessoas humildes pela cidade batendo longuíssimos papos furados em seus celulares.

Manchete da Folha na 2. Feira informa que A tarifa de celular (do Brasil) é a 2. Maior do Mundo: R$ 0,45 por minuto para chamadas locais para celulares da mesma operadora.  Agora, se a ligação é para celular de outra companhia (Interconexão) , o valor passa de R$ 1,00 por minuto.

Falando o estritamente necessário no telefone fixo do meu escritório, evitando o máximo ligar para celulares, minha conta mensal sempre é na faixa de R$ 150,00 para mais.

Aí eu pensava,  se usando com bom senso o telefone fixo ,  eu gasto R$ 150,00,  quanto não vão gastar as tais pessoas humildes que ficam penduradas nos celulares o dia inteiro???

Explicaram-me que quando o telefonema é para a mesma operadora, muitas vezes nem tarifa há.  Só que essa história não é bem assim. 

Uma professora, que não quis de identificar, que teve a paciência de ficar horas a fio ouvindo explicações de funcionária de uma operadora, certamente cheias de gerúndios,  provavelmente pagando impulso, me decifrou o enigma. Ela mandou por email.  Por absoluta falta de paciência, não vou me dar ao trabalho de traduzir   Ela é professora,  alfabetiza crianças, logo  tem capacidades que eu não tenho. Colo o email:

Tarifa celular Claro
 
São Paulo/ São Paulo- $1,39 o minuto
São Paulo/ Santos – $2,26 o minuto

A mensagem alardeada aos sete ventos é:
 
Você ganha a cada minuto conversado ( por dia ) – 30 minutos se for de “Claro” para “Claro” ( explicando melhor – se você em uma ligação falar 59 segundos  e desligar você não ganha nada. Só vai ganhar se estiver com o cronômetro ligado e falar 60 segundos ou mais. Aí naquele dia você ganhou 30 mim.
No dia seguinte, vamos supor que tenha falado de “claro” para “claro” por mais de 60 segundos em dez ligações – você só vai ganhar os mesmos 30 mim.
Ocorre que isso que você “ganhou” se chama “bônus” e o tanto que você “pagou”( compra de minutos nas lojas – recarga ) se chama “crédito”.
Vamos supor que você não tenha em mãos um cronômetro e que a conversa esteja muuuuito interessante. Vamos supor também que você considere caro fazer uma consulta para saber qtos créditos e/ou bonus ainda te restam ( eles cobram R$0,50 por consulta ); sabe o que vai acontecer????
É o seguinte: o telefone celular pré- pago ( aquele que não vem conta, ou seja, você coloca o tanto de créditos que vai usar ) tem a tarifa de $1,39  de “Claro” para “Claro”, ou de “Claro” para fixo ou de “Claro” para outra empresa qualquer de celular. Caso vá falar com outra cidade o preço do minuto muda: $2,26.Você paga pelo minuto $1,39 ou $2,26. A medida em que você finda seus créditos, a ligação consome também os seus bônus e quando você percebe ( e você nunca percebe!!!! ), está sem nada.
Gostou ou quer mais???

Todos os Claros citados no email, a professora  fez questão de chamar de Escuro.  Mudei apenas para facilitar a coisa.  E também por se tratar de “injustiça Injustíssima” dela, afinal pode haver coisa mais clara do que isso???

Essa mesma professora  disse que quando o assinante demora para colocar novos créditos, a Operadora fica mandando torpedinhos ameaçando de confiscar a linha (aquele número do assinante).

Aliás, a própria  publicidade de uma dessas operadoras  mostra que é tudo muito confuso, muito absurdo de entender.   No tal anúncio, não sei se ainda está no ar, o locutor na TV dizia mais ou menos o seguinte:

– Rodrigo Santoro, grande artista brasileiro que já contracenou com as maiores estrelas internacionais, é capaz (pode) tudo.  Pode tudo, menos entender (ou usufruir ou outro verbo de que não me lembro) o plano de seu telefone celular.

Ora, são eles próprios  mostrando que nem mesmo super-homens conseguem decifrar o emaranhado em que enfiam o assinante.

Ou seja, certamente  essas linhas contenham uma série de imprecisões.  Mas dá para ser preciso  driblando pegadinhas e armadilhas???   Lembrando sempre que  a própria publicidade de uma das tais empresa  afirma que precisa ser super-homem – corrigindo: que nem super-homem consegue!!!

Em tempo,  Oi, Tim, Claro, Vivo são nomes de Empresas??? Parecem coisas de criança.

Segundo a Folha, o faturamento da Tim, Oi e Vivo com a tal da Interconexão  entre o quarto trimestre de 2008 e o terceiro trimestre de 2009 foi de R$ 4,9 Bilhões. 

O nome é de criança.  O faturamento de gente muito grande, muito…!!!

Chega de Paletó e Gravata!!!

Quinta-feira passada,  o Desembargador  Walter Guilherme, que conheço desde os tempos em que ele estudava no colegial junto com meu irmão,  tomou posse no importante cargo de  Presidente do Tribunal Eleitoral  de S. Paulo.   Com prazer, fui à solenidade.   Com imensa má vontade,  sufoquei-me com  gravata e, para aumentar o sofrimento, ainda coloquei paletó.

Calor de rachar;  salão nobre, onde aconteceu a posse,    repleto.  Entre um e outro discurso,  pela milésima vez na vida, pensei no absurdo que é a obrigatoriedade de paletó e gravata em países quentes como o nosso. 

No sábado, vejo que estou bem acompanhado na minha revolta.  Pequena nota na   Folha Ilustrada diz que o Ministro da Cultura,  Juca Ferreira, autoridade inteligente e de bom senso, em solenidade na Funarte no Rio , foi taxativo ao dizer que está na hora de se abolir definitivamente  a obrigatoriedade do paletó.  Completou:  “isso é resquício de quando nos espelhávamos na Europa.” 

Observação quase perfeita, não fosse o tempo verbal.  Espelhávamos??? Até hoje só fazemos imitar o hemisfério Norte.  A síntese perfeita disso é o verso popular: se mandioca fosse americana, farinhada era (seria) comida de bacana!!!.

Qualquer homem pode estar perfeitissimamente bem vestido com uma calça leve, uma camisa de manga curta  com o botão do colarinho aberto/ “desabotoado”.   Todo mundo trabalharia com muito mais conforto, mais boa vontade. 

Tá bom,  para satisfazer os  burocratas  do turno, loucos para  exercer   poder, a sociedade delegaria a eles o direito de determinar de que tom de cor a que tom poderiam ser tanto as camisas quanto as calças.  Notem bem: poderiam dar uma gama de cores, jamais  nos deixar com apenas uma ou duas opções.

Já escrevi sobre isso umas duas vezes:
http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/11/25/ira-e-bolivia-dao-de-dez-a-zero-no-mundo-civilizado/

http://bocanotrombone.ig.com.br/2007/12/13/pensando-sobre-a-nao-gravata-de-evo-morales/

Só nos resta torcer para que outras autoridades, além do Ministro  Juca Ferreira, peguem o pião na unha e resolvam a coisa de uma vez por todas.

Assunto encerrado!!!

Obrigar colega a beber álcool combustível – Coisa de futuros veterinários ou de animais mesmo???

Felizmente ainda não vi neste ano a deplorável e extemporânea cena de bonitas e bonitos calouros universitários  dividindo com mendigos e aleijados os cruzamentos da cidade em busca de “grana pra breja”, no vasto vocabulário  dos estudantes, e esmolas. 

É lógico, questão de dias, que não serei poupado dessa imbecilidade!!!

Mas, Infelizemente, a coisa tá muito pior e muito mais “sofisticada”.

Leio na Internet que na pacata Fernandópolis, pequeno município termal de aproximados 65.000 habitantes, no noroeste de S. Paulo,  calouro de veterinária da Unicastelo foi obrigado a beber álcool combustível.  Não bastando, outros “elementos” universitários  teriam rasgado  sua calça, enquanto um terceiro grupo lhe dava tapas no rosto, como relatou a vítima, jovem de 18 anos que preferiu não se identificar.

O martírio do rapaz durou oito horas,  com agressões físicas e psicológicas.

Alunos do 5. Ano de Veterinária deverão ser ouvidos nesta semana em sindicância, segundo a Assessoria de Imprensa da Unicastelo.

A pergunta que não quer calar:  afinal, trata-se de alunos de Veterinária ou de Pacientes de Veterinários???

Novo Bordão de Domínio Público do qual o Boca no Trombone é obrigado toda hora a lançar mão:  a Natureza limitou a inteligência, mas não a Imbecilidade.