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Happy (feliz???)-hour!!!

Como já disse, e fiz frase, a ideia é ótima; o nome, muito babaca.  Agora, se além dos seus queridos amigos, houver convidados, que nada têm a ver com nada, aí a babaquice passa a ser ilimitada.

Outro dia,  cai numa dessas.  Só me avisaram quando cheguei que haveria dois forasteiros.  Não é preconceito, não.  Mas, trata-se de grupo de seis  amigos de mais de 40 anos, chamar dois de fora…

Um deles, começa a falar com detalhes íntimos, como se ele fosse acometido pela coisa, de menopausa.

O outro, do nada, solta das piores piadas  jamais concebida.  Tenho vergonha de transcrever, mas lá vai:

– A mulher ideal é a cearense.  É baixinha, fica na altura certa para um boquete, é banguela e ainda tem a cabeça chata para você por o copo de uísque.

Imaginei que havia bebido uma cerveja, comido  uns pedacinhos de tira-gosto.  Deixei dinheiro para pagar duas cerveja, levantei-me e fui-me embora.

Se da próxima vez houver a mais mínima perspectiva de forasteiros, eu tô fora.  Adoro, contradizer ditados, mas no caso, tenho que ir no ditado mesmo: antes só do que mal acompanhado.  Antes beber cerveja sozinho em casa pensando sobre meus pensamentos a ouvir tais imbecilidades.

Ah, Esse Bafômetro!!!

Evito sempre chegar de mãos abanando em almoços e jantares. Fui convidado para Natal logo mais na casa de amigo.  Ele e os convidados habituais  gostam muito  da cesta de mini pães da Nova Charmosa que costumo levar.  Pois bem, a Nova Charmosa é perto de casa; fui lá, peguei/paguei os pães, levei à casa dele; voltei para minha casa para tomar banho.  Vou deixar o carro na Garagem, pegar o metrô e andar a pé da estação Faria Lima um quilômetro e meio/dois para chegar.

Sei que a lei não pode ser particular.  De qualquer forma, meia garrafa de vinho, ao longo de três/quatro horas, no almoço, não tem o mais mínimo poder de tirar minha capacidade de guiar por  cinco quilômetros  de volta para casa.

A lei foi feita para ser cumprida e eu cumpro.

Mas a verdade é uma só: esse bafômetro é um inferno!!!

 

Sugerir Amigos no Facebook, Tô Fora

Vejo no Facebook:  “Fulano e Beltrano” agora são amigos, como você sugeriu.

Acho legal promover encontros, que, eventualmente,   propiciem amizades ou namoro, mas encontros ao vivo.  E mais, sem qualquer objetivo explícito ou até mesmo implícito.

Nunca digo que dessa água não beberei, mas por enquanto não bebo dessa água de promover encontro no Facebook  nem que me enfiem goela abaixo.

Há muitos anos, no elevador do meu prédio, um menino, de sete, oito, anos,  falava para o outro:

– Pede para seu pai deixar você dormir em casa.

O outro:

– Meu pai não vai deixar.

– Pede, pede.

– Meu pai não vai deixar.

– Então, implora.

O do pai rigoroso:

– E eu lá sou homem de implorar!!!

Sem a graça do menino, repito:

– E eu lá sou homem de cafetinar namoros, ou mesmo amizades, no Facebook!!!  Espero continuar assim  até o 5º Centenário de S. Paulo, quando completo 100 anos.

 

A Maioria só Entende Quando o Bolso é Atingido!!!

Motoboy de restaurante, em altíssima  velocidade no cruzamento da Alameda Barros e Albuquerque Lins, no meio dessa semana.  O escapamento produzia barulho ensurdecedor. Imagine quantas centenas  de pessoas ele incomoda em uma única entrega de pizza.  À noite toda, serão dezenas de milhares; na semana centenas de milhares e no mês, milhões.

Lógico que esse não é o único motoboy com escapamento aberto.  Tem sentido isso??  Não estou me referindo  apenas a Motoboys.  Produziu barulho, desrespeitou a lei, tem que ser punido/multado.  Afinal, as pessoas só se emendam quando o único órgão sensível que possuem, o bolso, é atingido.  Infelizmente, não há outro método para ensinar coisas tão simples.

As Pessoas Se Chateiam em Dobro e Impõem Aborrecimento Extra A Quem Está por Perto

Grosso modo, metalinguagem é filme que conta a história de outro filme;  romance que narra a produção de outro romance e por aí vai.

E as pessoas, em geral, bobeou/bobearam, entram todos no que eu chamo de metachatice/metaaborrrecimento.

No trânsito engarrafado, por exemplo,  disparam a reclamar das cidades grandes.  Em filas,  não param de amaldiçoar   tudo: da presidente ao síndico do prédio.

Não satisfeitos  em estarem sendo submetidos a um determinado martírio, fazem questão de ficar tratando de outros assuntos estressantes e se chateiam em dobro.

Boa coisa é ter sempre um livro à mão.  Entrou na fila, abre o livro.  Primeira tentativa de conversa, seja direto:

– Sou um pouco surdo, esqueci-me  de colocar o aparelho; da próxima vez a gente conversa.

Caso a tagarelação esteja em muito alto e bom som, seria o caso de, na maior cara de pau, colocar um algodão no ouvido. Bem, mas aí pode causar encrenca, principalmente se você disser algo do gênero:

– Curioso, de uma hora para outra, passei a escutar e descobri que não me interessam nem um pouco esses lamentos intermináveis sobre os quais vocês resolveram debater bem agora, destruindo a minha tentativa  de  atenuar a chatice de esperar para ser atendido.  Boas tardes a todos!!!

Ah, se o Natal fosse em Dezembro…

Não seria muiiiito mais lindo  se os enfeites de Natal tivessem começando a ser instalados essa semana e o ritual terminasse na próxima segunda ou terça-feira???

Natal que começou em outubro, quando chega Dezembro, já saturou/embotou todos os nosso sentidos.

Uma judiação o que os comerciantes fazem.  Certamente  um pecado mesmo, na acepção do termo.

Só por esse absurdo, já acho que os comerciantes merecem mesmo a piadinha que tantas vezes já repeti aqui.

Lá vai.  Ria muito e vingue-se deles!!!

O presidente da Associação Comercial encomendou para um escultor temperamental uma grande obra que representasse o comércio. O artista aceitou desde que ninguém visse o trabalho antes que estivesse concluído.

No dia da inauguração, toda a cidade reunida, prefeito, governador, rádio, tvs… Quando se retira a imensa lona que cobria a escultura, espanto total.

– Oh!!! – exclamou a platéia.

A escultura era uma imensa fila de homens nus, um atrás do outro, o de trás se encaixando no da frente, se me entendem…

O presidente da Associação Comercial foi tomar satisfação com o artista que explicou.

– O senhor não queria um trabalho que retratasse o comércio??? O comércio é isso, um querendo estrepar o outro!!!

O presidente indignado disse que aquilo era um absurdo e garantiu que ele mesmo era sujeito muito honesto.

O artista explicou.

-Exatamente, o senhor, o senhor é o primeiro da Fila.

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Um primeiro da fila sem muita dor para todos os comerciantes, são os meus votos por banalizarem o Natal dessa maneira absurda!!!

Chuva Cacete??? Bota Cacete Nisso!!!

Logo mais, às nove,  apresentação de amiga minha que faz teatro amador, a uns quatro/cinco  quilômetros de casa.  Meu plano era ir a pé.  Com essa chuvinha, vou ser obrigado  pegar o  carro e escrever um pouco mais.

Aproveito e repito , mais uma vez, piada curta, como devem ser todas as piadas, e  oportuna para dias assim.

Chuvinha fina e insistente , senhor formal, de terno, colete,  chapéu e guarda-chuva, queixa-se para mulher na rua:

– Chuva cacete!!! (em tempo, cacete é como os velhos falam quando querem dizer chato) – Voltando, o senhor fala:

– Chuva cacete, hein!!!

A mulher:

– Chupo, sim senhor!!!

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Passei o dia praticamente  inteiro  no carro e não devo ter percorrido nem  15 quilômetros.  Pelo jeito, S. Pedro quer fazer barba e cabelo.  Já me tuchou horas a fio durante o dia no carro e não vai poupar meu começo de noite.  Se ele e o trânsito continuarem  de mau humor, são  capazes até de me fazerem  perder o espetáculo, que começa só daqui a uma hora e vinte minutos.

INFERNO!!!

Ordinarice e Imbecilidade Sem Limites

Teoria de domínio público diz que a natureza limitou a inteligência, mas não  a burrice.

Descobri há bastante tempo que, da mesma forma, existe limite para a educação/refinamento,  mas não para a barbárie.  Você pode imaginar pessoas educadas como os membros da realeza europeia.  Acima disso, é impossível.  A falta de educação, entretanto, é um poço sem fundo.

Na verdade,  em relação a praticamente tudo, o limite só há para qualidades positivas; para os defeitos, as “invirtudes”, não.

Conheço duas pessoas que provam essa teoria.

Uma delas é sujeito absolutamente idiota, em todos os aspectos; cada vez que o vejo, ele consegue se superar na idiotice que eu julgara ter alcançado o nível máximo.  E tenho certeza de que  conseguirá se suplantar sempre, até o fim de seus dias.

A outra, uma mulher.  A  cada nova atitude, novas palavras, novas posturas, a ordinarice (substantivo que deveria existir para designar a qualidade de ser ordinário) só faz se expandir para o infinito.

Para esses dois, não há limite de espécie alguma, nem para baixo, nem para os lados; coisa verdadeiramente impressionante.  Quem os conhece, talvez não tenha feito todas essas elucubrações,  mas, tenho certeza de que concorda comigo.

Como não sou obrigado a conviver com eles, sem problemas.  Azar dos parentes próximos e subordinados; já que não creio que esses tipos tenham amigos.   A não ser que o mau gosto de alguns,  ainda que muito poucos,  também seja incomensurável.  O mundo, com mais de sete bilhões de pessoas, a imensa maioria decente, e escolher esses tipos como amigos…

Bordão; Slogan de Campanha Por Um Mundo Mais Civilizado.

Portal da Internet faz enquete para saber qual narrador de futebol tem o bordão mais legal. Algum tempo atrás  pensei em um muito versátil, que  poderá  ser usado  em diversas ocasiões.  Lá vai:

Não precisa ser sábio para saber…  e aí cada um completa com a coisa óbvia que quer dizer e que alguém não percebe.

Agora, o que eu queria mesmo era uma gigantesca campanha para terminar com televisão em lugares públicos.  Eu até já tenho o slogan:

TV SE VÊ EM CASA.

Na verdade, não queria campanha alguma, nem ficaria orgulhoso  se meu slogan fosse adotado.  O que me deixaria feliz é que, como em um passe de mágica,  elas desaparecessem  de todos os lugares do planeta, exceto das casas das pessoas.  Imagine só um mundo sem TV;  no cafezinho,  as pessoas conversariam entre si,  jantariam batendo papo  com a família e desfrutando o paladar e aroma da comida e por aí iria, ou seja:  pessoas efetivamente curtindo com todos os sentidos e atenção e amor  aquilo que estivessem  fazendo.

Usando termo de que meu pai gostava muito e aplicava com bastante propriedade, seria um mundo muito mais civilizado.

Usando termo da “galera” de vocabulário de 32 palavras, eu diria das possibilidades da minha campanha ser adotada:

– Não rola.

Assim, continuaremos todos, pois, submetidos a TV 24 horas por.

Não dá sequer para dizer: e durma-se com um barulho dentro.  Seria mais próprio sugerir:

Acostume-se com a mediocridade vigente!!!!

Ficção e Realidade

Impressionante, a principal Foto da Folha de Hoje, congestionamento em túnel da Imigrantes, parece ter sido feita na Peça Auto  Estrada do Sul, em que atores e plateia são tuchados em engarrafamento sem fim, sobre a qual escrevi a propósito da saída para o Feriado do dia 15.  Na peça, público e atores são colocados em carros, ao invés de poltrona,  desesperados, muitos  também abandonam os automóveis  para ver o que se passa.  No teatro, boato de explosão;  ontem, incêndio. Leia sobre a Peça, e veja vídeo síntese

Na Peça é ao Ar livre.  Na realidade, mais monóxido de carbono
Na Peça é ao Ar livre. A realidade
é pior.