Arquivo da categoria: Infernos

Durma-se e viva-se com um barulhos desses, literalmente.

Mundo estranho.

Você sabia que o primeiro barulho que um paraquedista ao saltar ouve da Terra é de latidos de cachorro? Seja onde estiver nas 24 horas dos 365 dias do ano,

Na passagem dos anos, por volta de 30 minutos no máximo, a humanidade costuma comemorar com fogos de artifício.

Parece que em algumas cidades, para poupar os ouvidinhos de cachorros, os fogos do fim do dia 31 de dezembro formarão desenhos nos céus, sem emitir qualquer estampido.

Cachorros continuarão latindo 24 horas por dia.

Vivemos ou não vivemos em um mundo estranho?

INFERNO PANDÊMICO

Álcool em Gel

Pandemia

Máscara

Distanciamento Social

Presencial

Live

Videoconferência

Não, não é que eu não aguente mais a situação em que vivemos.

Não suporto, sequer, as palavras/termos que vieram junto.

Distanciamento Social, o simples “terminho” já é barbárie. Pergunto: Não basta manter distância?

Não, de maneira alguma. As pessoas se acham intelectuais ao repetir essa besteira, batatada.

Que a Vacina, pelo amor de Deus e dos Grandes de nosso idioma, leve junto com o Corona Virus esses terminhos ridículos.

Sou contra o Aperto de Mãos – Há Muito Tempo

Em momentos de Epidemias, como do Corona Vírus, o não salutar cumprimento com aperto de mãos volta à pauta.

Em agosto de 2009, época da Gripe Suína, postei aqui no Trombone texto abaixo condenando esse costume. Sou a favor de abraçar e beijar efusivamente amigos, mas dar a mão pra qualquer um…

Se quiser, leia o que escrevi 11 anos atrás, mencionando, inclusive a saudação usual na família de importante cineasta brasileiro.

Lá vai o texto de Agosto de 2009.

Cartilhas a respeito da Gripe Suína estão sendo lançadas por órgãos oficiais e entidades médicas.

Suponho ser esse um bom momento para se combater uma mania nacional, principalmente entre as pessoas mais simples e mais carentes (até mesmo do ponto de vista emocional). Trata-se do vício de  cumprimentar apertando as mãos.

Muitas vezes você encontra um conhecido na rua, cujo   nome você nem imagina qual seja. O lógico seria dar um aceno, um oi ou bom dia/boa tarde/boa noite e fim.  Mas não,  às vezes o cara chega a atravessar a rua para apertar sua mão.  Tá certo que eu sou um pouco maníaco, mas é óbvio que isso  pode propiciar difusão da doença – não precisa ser médico para saber.

Justiça seja feita, essa mania não é característica apenas dos mais simples.  É comum você estar jantando em um restaurante, mãozinhas devidamente lavadas e limpas, chega um conhecido.  Você acena  e dá claros sinais de que basta o aceno, mas o infeliz estende-lhe a mão.  No meu caso, ou tento evitar, ou levanto e vou lavar a mão novamente.  Inferno!

Há algum tempo, muito antes da Gripe, já adoto a filosofia e prática  de tradicional família paulista, aliás família de um dos maiores cineastas do Brasil.  Domingão, todos os parentes reunidos.  Cada um que chega, da porta da Sala, saúda os outros com um largo aceno de mão e diz em voz alta:

–  SCAM!!!
Todos respondem, igualmente em voz alta, repetindo o gesto:
– SCAM!!!
Scam quer dizer SOCIEDADE CONTRA O APERTO DE MÃOS!!!

O Scam devia ser a primeira lição de todas as cartilhas anti-gripe, anti-mau gosto, anti,anti, anti, anti todos os hábitos impensados.

Duplas Sertanejas e Lacto Purga

Logo mais, TV Globo exibe Programa “Amigo, a História Continua”, com Chitãozinho & Xororó, Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano. Momento oportuno para postar novamente o texto de 2013, sobre a demora da excelente publicidade Brasileira para explorar filão tão evidente.

Lá vai o texto que está para completar sete anos no próximo mês de fevereiro e continua atual.

Sem dúvida alguma, a publicidade brasileira é muito boa.  Competente, sempre descobre o veículo adequado  para veicular os produtos que anuncia.

Assim, causou-me espanto ter demorado tanto tempo para que se percebesse a identidade total entre a música,  a maneira de cantar  dessas duplas “sertanejas/popularescas”  e  produtos relacionados a prisão de ventre/ou desaranjos nesse setor da anatomia humana.

Mas é óbvio  que esse “achado logo ia mesmo ser achado/encontrado”.

Uma dessas duplas, ou imitação dessas duplas, como ouvi agora na Band News ou na CBN, anuncia com seus gemidos característicos  o remédio Lacto Purga.  Parabéns a quem descobriu esse óbvio que pinga na área há algumas décadas.  É gol ( sem os gemidos, pelo amor de Deus!!!)

Pelo jeito, continuam agradando.

CRÔNICA – Pra Deus Escutar

Se no dia a dia, a convivência com as pessoas já está complicada, que se dirá na praia, quando, como falava meu amigo Guengo, literalmente, os búfalos estão em férias?

• Cachorros pequenos perturbam gente grande, latindo;
• Cachorros grandes apavoram gente pequena, avançando;
• Bola de frescobol, na cara;
• Bola de futebol, no saco;
• A velha, ao celular, grita para a amiga que a neta não vai participar do torneio de natação porque está menstruada;
• Todos gritam tudo ao celular;
• Todos escutam pagodes no último furo;
• Cerveja a R$ 15,00 – e, note bem, Skol, e de latinha; consequentemente, fervendo.

Talvez haja saída, penso, não com meus botões, mas com os infinitos pingos de suor que não param de brotar dos meus poros – piscina do condomínio; eis a salvação.

Na piscina:

• Cachorros, desde PP a GG, dentro e fora da água.
• Não só bolas de futebol e frescobol, como petecas, discos de frisco, arco e flexa e bumerangues
• Quinze smarthphones, cada um com uma imagem; com uma música diferente; lógico, todos no volume máximo.
• Ninguém escuta pagode, muitos se deleitam no Karaokê de músicas sertanejas.
• A cerveja não é Skol e não tá fervendo. O síndico, crente, proíbe bebidas alcoólicas.

Desisto e vou para o apartamento. No Hall do prédio, o zelador me informa que os dois elevadores estão quebrados.

– Seu Paulo, acho que é até bom o senhor não subir, porque vários moradores, de todos os 20 andares, já interfonaram reclamando do seu vizinho de parede, irmão do síndico, que está ouvindo música gospel. Como ele é meio xarope, ele acha que, botando o som bem alto, Deus vai escutar, o que facilitará as coisas na hora do juízo final.  Aliás, não precisa ter o ouvido apurado de Deus; se o senhor for no outro corredor do prédio, o senhor vai ver que não é exagero meu, não.

Subo até o apartamento.

Desço, com minha mala enorme, os infinitos degraus.

Entro no carro.

Fila de automóveis , eufemismo para congestionamento, que começa na Avenida Beira Mar e termina na Avenida Pacaembu, a duas quadras do meu apartamento  em São Paulo.

Tiraram o Bode da Sala!

Às vezes, notícia para se comemorar.

Não haverá mais música nos vagões do metrô de São Paulo.

Lembra bastante a história/piada do bode, que muitos conhecem.

Em um país comunista, quatro famílias que dividiam a mesma casa foram reclamar para o Partido/Governo, que era gente demais para pouco espaço.  Partido/Governo não tiveram dúvida. Tucharam um bode para morar com  eles.

Um semestre depois, Partido/Governo tiraram o bode.

A Felicidade tomou conta das quatro famílias.

O fim da música nos vagões do metrô  é para mim  como se retirassem três bodes da minha casa.

Aliás, tenho frases a respeito do assunto.  Lá vão:

  • A música ambiente só faz infernizar o ambiente.
  • O inferno tem som ambiente.
  • Meu sonho: ser milionário, dar um walkman para cada um e desligar a música compulsória e compulsiva dos lugares públicos.
  • Não fazer barulho já é fazer muito.

Tenho muitas outras frases sobre música e barulho.  Ficam apenas essas.

Faço figas para as autoridades não terem recaídas e voltem atrás.    Meus tímpanos rezam!

Ano Novo com Fogos de Estampido? Não Pode, Incomoda os “Pets”!

Deixa eu entender, como dizia ex-namorada.  Brasileiros, pelo menos de algumas cidades, não vão poder comemorar a chegada de 2019 com fogos de estampido porque incomoda os cachorros?

Agora, cachorros vão poder continuar latindo à vontade, 24 horas por dia, os 365 dias de 2019,20,21…?

A que ponto se chegou?

É o que eu digo sempre, a lição que seus pais lhe ensinaram de que sua liberdade termina onde começa o direito do próximo foi completamente subvertida.   Cachorros têm a liberdade de latir compulsivamente quando quiserem, já o direito ao sossego da vizinhança que se exploda – para não dizer verbo mais tosco  que rima com exploda.

Observa-se ainda que vira-latas não latem  indefinida e infinitamente.  Latem aqueles cachorros de famílias que só sabem falar gritando,  com  televisão e rádio no último volume.

Como atualmente todo mundo só sabe falar gritando, TVs e Som permanecem  ligados 24 horas por dia,   onze entre dez domicílios têm “pets”, nós, os neuróticos que queremos silêncio, estamos fodidos.  Cabe lembrar que feio não é empregar bem palavras de baixo calão, mas sim agredir os direitos que até há muito pouco tempo eram sagrados.

Para se ter uma ideia de quão infernal é latido de cachorro.  Quando um paraquedista salta, o primeiro ruído que ele ouve vindo do solo  é o de latido de cachorro.

Agora, fogos, não, estão proibidos; fogos incomodam os pets!

Feliz 2019 – Sem Fogos hoje, mas com latidos o ano Inteiro!

Black Friday – Complexo de Vira-Lata e Piadinha sobre Comércio/Comerciante

  • Notícias  na TV dão conta, segundo consumidores,  de que os preços aumentaram antes  para baixar um pouco agora.
  • Complexo de Vira-lata no nome – Black Friday.                                                                               Complexo de Vira-lata é o sentimento de inferioridade do Brasileiro em relação a Estados Unidos e Europa, “tradução”/definição livre minha do termo de Nélson Rodrigues. Quiser ler mais sobre Complexo de Vira-lata  em diversos setores,  clique aqui

Quanto ao primeiro tópico, piadinha já repetida muitas e muitas vezes a respeito do comércio/comerciante.  Lá vai:

O presidente da Associação Comercial encomendou para um escultor temperamental uma grande obra que representasse o comércio. O artista aceitou desde que ninguém visse o trabalho antes que estivesse concluído.

No dia da inauguração, toda a cidade reunida, prefeito, governador, rádio, tvs… Quando se retira a imensa lona que cobria a escultura, espanto total.

– Oh! – exclamou a plateia.

A escultura era uma imensa fila de homens nus, um atrás do outro, o de trás se encaixando no da frente.

O presidente da Associação Comercial foi tomar satisfação com o artista que explicou.

– O senhor não queria um trabalho que retratasse o comércio??? O comércio é isso, um querendo estrepar o outro!

O presidente indignado disse que aquilo era um absurdo e garantiu que ele mesmo era sujeito muito honesto.

O artista explicou.

– Exatamente, o senhor, o senhor é o primeiro da Fila.

Boa Black Friday a todos.  De minha parte,  eventualmente compro alguma coisa no supermercado que esteja faltando em casa e café na padaria.  Compras, compras?  Tô fora!

Serial Killer Desajeitado

Assassinos em série, serial Killers, em português, não são  comuns no Brasil.

Agora, que eu tenho vontade de fuzilar todos que estão ao celular, ainda que apenas extasiados diante daquela merda de tela, ao invés de conversar com amigo ao lado, ah, isso eu tenho mesmo…

Mas não se preocupe.  As únicas armas  de  casa são as facas de cozinha.  Aliás, tão mal amoladas…, porque eu sou tão desajeitado…