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Millôr Matando a Pau; Agora, lá em Cima!!!

Conscientemente, já prestei algumas homenagens ao Millôr e à sua sabedoria  que  vão   fazer muita falta.  Insconscientemente, a área de trabalho do meu blog,  com muita freqüência e com  justiça, também o homenageia.  Todas as vezes que clico o botão devido para inserir novo texto,  antes de se abrir o espaço para eu escrever, o Blog  vai para  um post antigo  para o qual  dei o título MILLOR MATANDO A PAU, SEMPRE!!!

Talvez seja outro o recado que a área de trabalho queira me dar.  Algo do gênero:  Veja lá o que você vai escrever para não decepcionar o mestre.  Pelo menos, ver o nome do Millôr estampado na tela todas as vezes que vou escrever algo novo me dá responsabilidade e, de certa forma, amparo.  Tem funcionando.

Millôr Matando a Pau, Sempre mostra  aquilo que a todo momento estou a comentar:  não é que os jornalistas/humoristas sejam preguiçosos e se repitam.  A nossa história é que não muda há séculos. Aliás, com muito propriedade, José Simão diz que o Brasil é o País da Piada Pronta.  Um dos textos do Millôr se chama Conversa Antiga.   É de 1950.  O outro, Incredulidade, é de 1954.  E, pelo jeito, em 1950/54, a corrupção já era coisa antiga.   Aliás, no Brasil, acho que desde 1550 já fosse prática antiga.    E se você é dos bobinhos que pensa que corrupção nasceu com o Mensalão, para rimar, vai ter decepção!!!  Aproveito e falo de outros aspectos correlatos da coisa.  Se quiser ler, vale a pena.  Clique aqui

Mas o que eu queria mesmo hoje para homenagear Millôr  é contar historinha que também está nesse post.  Fiz uma frase a partir de frase excelente do Millôr.  Entrei no site dele, redigi  poucas linhas  em que eu dizia ser um frasista e coloquei a frase dele e a que fiz a partir de sua frase.

Adivinha o que aconteceu.   O próprio Millôr respondeu dizendo que havia gostado muito e me mandando um abraço.  Pode ser que algum funcionário do site tenha respondido.   Mas estava assinado simplesmente MILLÔR.  Lá vão frase do Millôr e a Minha, a essa altura, elas já estão de tal forma integradas e nem vale a pena separar.  Se o mestre aprovou, é porque deve ser isso mesmo.

Lá vai:

(…) “um cara muito opinativo raramente tem opinião própria (Millôr)” – e o mais grave: escolhe sempre ser porta-voz do que há de pior.

É impressionante, não é mesmo???

Se o céu era bom, porém, monótono, a partir de agora, torna-se divertido e estimulante.

Fique com Deus, Millôr ;  mas dê sossego para Ele.

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O amigo Vasqs mandou a ilustração abaixo.

Desenho Vasqs

Conheça o site do Vasqs  Ostras ao Vento –

Leitores Tornando-se Amigos

Alguns amigos antigos   e meu pai lêem o que eu escrevo aqui.   Meu pai lê sempre; os amigos, esporadicamente.  Curioso que alguns leitores do Boca foram se tornando freqüentes nos comentários e troca de emails.

  • Cícero Gomes  é meu amigo há muito tempo;   não deixa passar um post sem comentar.
  • Clérson Sidney Barbosa  não conheço pessoalmente.  Seus comentários, entretanto, sempre me divertem muito.  Mais de uma vez, transformei comentário do Sidney em Post.  Se quiser ler um, esse sobre a morosidade da Justiça é hilário.      Clique aqui
  • Elizabeth Simão Galhardo, não me lembro, mas tenho impressão de que já  lia o Boca antes de me conhecer pessoalmente e durante bom tempo comentava com freqüência.  Pena estar meio sumida.
  • O amigo Flávio Asprino, de longa data, adora polêmica.  Quando há um post que permita polemizar, ele comenta.
  • Junior Bataglini ouviu minha entrevista na CBN em janeiro e,  desde então, me alegra com seus comentários freqüentes.  Se  quiser ouvir a entrevista através da qual “conquistei” o leitor Bataglini,  clique aqui

E tem o Fernando Pawlow.

Blogueiro, estudante de Letras em Minas Gerais, ele  queria se comunicar comigo e não tinha outro meio a não ser através de comentário aqui no Boca.  Escreveu um comentário, pediu que eu lesse, respondesse para seu email e que não publicasse o que ele havia me escrito.  Cumpri o combinado;  e Fernando   virou amigo.  Não comenta com freqüência no Blog, entretanto, trocamos emails regularmente e até telefonemas.  Domingo  mesmo conversamos.   Ele gosta dos casos que conto aqui, principalmente os que envolvem políticos e jornalistas.  Não costumo por os nomes dos personagens, mas o Fernando acerta  sempre  na mosca. Aliás, o comentário misterioso que pediu para eu não publicar era exatamente sobre figuras relativamente conhecidas no mundo das comunicações.  Ele matou os nomes dos dois envolvidos.

Fernando, inclusive, propôs que eu publicasse mais casos.  Já tenho no Blog uma categoria intitulada Casos.   Por conta da sugestão dele, vou reativar os casos; para retomar, escrevi episódios divertidos de uma famosa jornalista aqui de S. Paulo.  Ela leu, sugeriu ligeira modificação, absolutamente justa.  Já acertei esse detalhe, mas ainda não mandei para ela. Se quiser ler os casos já publicados, clique aqui O primeiro que aparece (do beijinho) é bonito.  Os outros também são interessantes.

Bem, melhor do que eu falar  do Fernando, é você conhecer o site do Fernando – FERNANDO PAWLLOW-CADERNOS –  Clique aqui. Comece lendo, o texto predileto do Fernando – DIA DOS MORTOS NO BONFIM –    sensível Crônica a respeito de tradicional cemitério de Belo Horizonte.  Clique aqui. Se gostar, adicione aos favoritos e mande para os amigos.  Se alguém pensou que ia fazer a gracinha manjada do se não gostar…, enganou-se; mesmo porque você vai gostar.

Atencioso  com minha imagem/reputação,   Fermando  me mandou email dizendo que eu podia explicar que, embora tenhamos esse vínculo,  não quer dizer que eu compartilhe de suas convicções políticas.

Sucesso!!! Fernando,  que o seu CADERNOS torne(m)-se mais lido(s) que os Primeiros Cadernos  dos jornais da Grande Imprensa!!!

Tudo Tem que Fazer Barulho. Tudo!!!

Parece que a humanidade que está no planeta hoje não suporta o silêncio.  Pior,  tudo, absolutamente tudo,  tem que emitir som, música ou barulho.  Se é que existe alguma diferença.  Já que música e som pelos quais você não opotou, naturalmente, são barulhos.

Essa obsessão pelo som, que eu já chamei de “obsessom, epidemia do novo milênio,” parece    acometer  até mesmo os gênios da Informática.

Quando o usuário do Windows Home Vista fecha os arquivos em uso e manda que o programa desligue o computador com segurança,  certamente é porque está se encerrando um ciclo daquele dia e ele precisa relaxar.

E o que faz o programa???  Emite um som altíssimo, pára de funcionar e apagam-se as luzes.

Por que os gênios da informática não programaram para  pular essa parte do barulho???

Domínio da tecnologia certamente não lhes falta, muitíssimo pelo contrário.  Talvez, mesmo sendo gênios, eles são do século 21 e, consequentemente, também veneram braulho.

Mas muito provavelmente esse barulho existe porque os gênios da informática conhecem  a humanidade e sabem  que se não tem barulho, tem frustração!!!

Inferno!!!

Comer, coçar e…

Pouca fome, vou comer um sanduíche de carne assada quente e já sei o que vai acontecer.  Vou querer mais um.  Mas vou resistir.  Será???  E aí já me lembrei de frase minha, a partir de teoria de domínio público.  A parte entre aspas é domínio público.

“Comer e coçar é só começar”.  Trepar, infelizmente, não é assim.

Talvez só para os homens, talvez só para alguns.

Aí,  caso.

O sujeito que diz que dá quatro em uma noite, segundo senso comum entre os homens,  não sabe contar.

Piadinha para terminar.

A diferença entre preocupação e desespero.  Preocupação é quando, pela primeira vez, o sujeito não dá a segunda.  Desespero é quando, pela segunda vez, o sujeito não dá a primeira.

Vou para o meu sanduíche.  Espero me conter com um só e não me desesperar jamais.  Preocupar-me com o tema, não me preocupa, de maneira alguma!!!

Errata Tecnológica

Ufa, que alívio!!!

Rejeição já está a léguas de mim.

Escrevi o texto abaixo em que me queixava de que pessoa alguma havia lido meu blog nessas últimas 24 horas e levantei a hipótese de que podia ter sido uma emperrada do contador de visitas.  Terminei o texo e fui olhar de novo.  172 leitores de “excelente bom gosto” haviam visitado meu blog.

Foi até bom.  Rendeu um textinho divertido. Se quiser ler, continue para baixo no blog ou clique aqui

Bom e  foi também um alívio….

Mas, repito, escrevo para mim; leitores são dividendos a mais que recebo por me dedicar com afinco e capricho  à coisa.

Taparam os Ouvidos para o Meu Trombone

Tudo certo para ir embora agora, fazer  bicicleta ergométrica e continuar a vida para frente.

Aí, fui olhar o número de visitantes do meu blog nas últimas  24 horas.

Parêntese.  A média diária tem sido de  bem mais de   cem  visitas.

Chuta quantas pessoas visitaram o meu blog das 17:40 de ontem até há pouco, antes de começar a escrever esse texto.

Lembre-se, a população da Terra é de mais de sete bilhões,  cento e noventa milhões pra cima, só de brasileiros,

Pense, pense bem.

É  esse mundaréu de gente espalhada por esses quatro cantos desse mundo, vasto mundo redondo, também  do pais,  e pessoa alguma nessas 24 horas visitou meu blog.

Espero que o marcador de visitas  esteja emperrado e que ao desemperrar credite com juros e correção “leitorária” (relativa a  leitores)  tudo a que tenho direito.

Caso o marcador esteja azeitado e funcionando como deve, bem…  Bem…. aí, eu nem sei….  Psicanálise 5 horas diárias, sete dias por semana, se a grana não tivesse tão curta, talvez fosse a saída para  minimizar tanta rejeição.

Brincadeira.  Escrevo para mim; leitores são dividendos a mais que recebo por me dedicar com afinco à coisa.

A esse respeito, Juca Chaves tinha piada muito boa.

Mulher encontra cantor na rua e disse que havia comprado o disco dele.

O cantor:

– Ah, foi você???!!!

Espero que esteja mesmo emperrado o contador  de visitas  e eu não precise lançar mão dessa ótima piada.  Ótima para ouvir, não para ser vítima que conta…

Aperfeiçoando o Paraíso, Mas … Infernizando o Inferno

A cidade vazia, o trânsito fluindo como sempre deveria ser fazem da cidade de S. Paulo  o Paraíso em Janeiro.

Já as tempestades no meio do dia…

A natureza podia trazer as tardes de maio para janeiro ou a cidade poderia levar essa tranquilidade para maio.

Bem, mas imagine as chuvas de janeiro  da cidade sobre o trânsito de maio da Cidade…

Talvez seja melhor mesmo deixar do jeito que está!!!

O Paraíso é Aqui

Acho que não troco São Paulo em Janeiro  por nada nesse mundo, excetuando-se Gisele, naturalmente.  Mesmo porque o resto do mundo tá todo congestionado e em S. Paulo, embora sem mar, todo mundo nadando de braçada.   O dia rende e, no fim da tarde,  pode-se  gastar o  tempo que estaria  empacado no trânsito, de forma civilizada,    para tomar uma  bebidinha, bater papo com os amigos e ainda chegar na mesma hora de costume em casa.  As pessoas estão descontraídas pois andaram livres pelas avenidas o dia inteiro e assim será até em casa.  Dá para tomar um banho, jantar, sair 21,45 e ainda pegar a sessão de cinema das 10.  Tem melhor???  Curta muiiiiiito o sossego de Sampa em Janeiro!!!

Uma História, Entre Muitas, da Thereza

Quando morre alguém, talvez até para dar uma leve driblada na dor, mesmo sabendo que, mais cedo ou mais tarde,  ela chega, é legal lembrar uma história simpática  dessa pessoa que nos deixa.

Minha querida irmã Thereza morreu ontem e já está fazendo falta.  Ela tinha uma história mais divertida do que a outra.  Vou me limitar a uma só.

Thereza  era trabalhadora, sabia ganhar dinheiro, independente e adorava essa independência que conquistara.  Uma autêntica e precursora feminista, quando nem se pensava ainda em criar o termo.

Meados ou fins da década de 70.  Como sempre, havia saído apressada de casa.  No caminho,  dá uma pequena raspada no carro de outra mulher.  Lógico que não trazia consigo documento algum.  Comunica à outra motorista  que telefonaria para que o marido lhe trouxesse os documentos.  A mulher suspira e limita-se a dizer:

– Ah, essas mulheres de Atenas…

Mulheres de Atenas era título de  música do Chico Buarque recém lançada com enorme sucesso que falava das mulheres submissas da Grácia Antiga.

Essa mulher, com menos de meia dúzia de palavras, conseguiu expressar a maior injustiça que alguém poderia cometer.

A uma altura dessas, com a Thereza lá em cima,  o Céu deve estar bem mais animado do que vinha sendo até então!!!

Veja e ouça Mulheres de Atenas, o oposto do que Thereza foi a vida inteira. Clique aqui.


Filhinho Rico; Mamãe, Bestona

Nos meus tempos de jovem, dos grã-fininhos metidos dizia-se que se passava na cabeças deles mais ou menos o seguinte raciocìnio (será que gente metida raciocina???):

– Papai é rico, eu sou bestinha!!!

Agora, pelo que percebo,  está surgindo a variável disso em idade avançada.  Pais e mães de homens  bem sucedidos têm  o mesmo lema:

– Filhinho rico; mamãe, bestona!!!

Se para garoto  já era ridículo, para velha/velho, nem há o que se comentar.

E olha que não estou falando de mãe de pagodeiro, de jogador de futebol, de big-brother ou big-sister, de ganhador de mega-sena.  São mães de empresários que estudaram em bons colégios e boas faculdades…

Novamente, a teoria de domínio público: a natureza limitou a inteligência, mas não a burrice!!!