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Inteligência, Burrice ou Ingenuidade Minha?

Parece que o Deputado Wladimir da Costa (SD – PA) ilustra bem a teoria de domínio público, um pouco adaptada por mim, de maneira eufêmica,  de que a Natureza limitou o bom senso, mas não a estupidez.  Sem eufemismo, a teoria  afirma  textualmente:  a natureza limitou a inteligência, mas não a burrice.

Como em política, ninguém dá ponto sem nó, certamente o ingênuo sou eu.

Agora, ingênuo ou não, não faria o que o Deputado fez nem que minha vida (vida, vida mesmo, não um mandatinho ou um carguinho político)  estivesse em jogo, conforme já escrevi.  Quiser ler, clique aqui

Lindo, né?

Afirmação? Para mim é uma Pergunta!

Todos são iguais perante a Lei.  Não, não acho que seja uma afirmação, mas sim uma pergunta.

Há pouco, principal manchete do site UOL:

POLÍCIA FEDERAL ENVIA 84 PERGUNTAS PARA TEMER, QUE TEM 24 HORAS PARA RESPONDER

Como diria ex-namorada, deixa eu entender.

O cidadão comum, quando é réu em uma ação, ou investigado em Inquérito,  tem que ir à presença do Juiz/Delegado  e responder ali, na lata.   O cidadão comum acompanha-se de advogado, mas quem responde é ele, repetindo, ali, na lata.  Como é bom aliteração!*

O Presidente da República recebe as perguntinhas por escrito. Certamente mobiliza todo o Ministério da Justiça, Advocacia Geral da União e tem 24 horas produzir ensaios, redigidos a 100, 200 mãos  e entregar o que estiver mais bem ensaiadinho.

Passemos, pois,  a partir de agora, redigir esse ex-axioma da Justiça com uma Interrogação ao final.  O pouco que me lembro desse campo nas aulas de filosofia, é que Verdades Universais não admitiam exceções.  Assim sendo,  a partir de agora, a redação correta da frase inicial desse texto passou a ser essa:

Todos são iguais  perante à Lei?

Aliás, alguém já disse que alguns são mais iguais do que outros.  Por essa e outras, sem trocadilho, daqui pra frente “tudo vai ser diferente”.  Para terminar o axioma que ganhou uma interrogação: Todos são Iguais perante à Lei?

Detesto Chavão, mas como Alguém já disse,  o  Brasil não é um país sério!

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* Aliteração – Repetição de um som.

Exemplo de Aliteração: …da cama tem uma jarra/Dentro da jarra tem uma aranha/Tanto a aranha arranha a jarra/Quanto a jarra arranha a aranha.

Bonitinho aliteração, não é mesmo?  Muito diferente da política, que é bem nojentinha.   Dá pra discordar de qualquer uma das duas afirmações?**

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** O velho bordão do Trombone – Não tenho saudades da Ditadura, mas esses políticos e judiciário que estão por aí…

 

“Fora, Temer” – Por Mário Sérgio Conti

Tive o privilégio de estudar com Mario Sergio Conti do primeiro ao último dia na Faculdade de Jornalismo da Eca-Usp, alguns  “aninhos atrás”.  Desde aquele tempo, com  vinte anos, já tinha cultura de solidez impressionante.  Além disso, politicamente, sempre se colocava do lado certo, o mesmo que eu (risos).   Ele era líder, eu, apenas um estudante engajado.

Homens preparados como ele têm o talento de abordar assuntos complexos e sérios  com palavras simples. Leia artigo do Mário Sérgio, publicado hoje na Folha de São Paulo, página A13 –

Para se divertir um pouco, após o artigo,  leia episódio que narro  em que ele é personagem fundamental.  A outra personagem, também é famosa, por motivos óbvios, na cito o nome dela.

FORA, TEMER – MARIO SERGIO CONTI

Presidente é hoje obstáculo maior à nomalidade democrática e à racionalidade econômica

O bunker brasiliense recebeu o seu último bloco de concreto no Dia do Fico de Renan Calheiros na presidência do Senado. Judiciário, Legislativo e Executivo mandaram às favas escrúpulos legais e firulas democráticas. Entrincheiraram-se na defesa da cleptocracia.

A traição da Odebrecht pôs os cleptocratas em polvorosa. Baratas voam em todas as direções. Ratos gritam “pega ladrão!” e fogem com a rapina. Avestruzes enfiam a cabeça na areia e fingem que não é com eles. Urubus dão rasantes pela Praça dos Três Poderes Podres.

Moralmente, os cleptocratas não valem a tintura acaju que lhes colore o topete e o Viagra que lhes corre nas veias. Politicamente, formam uma casta parasitária e perdulária. Socialmente, são teleguiados por uma classe inútil, que não obstante vem sugando o sangue de um povo exangue.

Ao contrário dos hinos infatigáveis à reforma da Previdência, esse povo está exausto. Ele é o tio que trabalhou a vida toda e não tem onde cair morto. A colega demitida há anos que não arrumou mais emprego e afundou numa depressão suicida. O balconista com câncer que desmaia na fila de um plano de saúde abjeto.

Esse povo não tem quem o defenda. Planalto, Supremo e Congresso se uniram para salvar o sistema e incrementar a espoliação. Dentro das instituições, são raras e cavas as vozes discordantes. São Cassandras: suas palavras não atenuam o desastre em andamento.

Os poderes constituídos não se saciarão com o arrocho nos salários e a pauperização de hospitais e escolas. Querem que os mais fracos, os velhos, paguem para se apinhar em ônibus. Querem morder o 13º e as férias.

Querem reduzir o valor do trabalho e valorizar os papéis de quem vive de renda. Querem joias, apê, relógio, dinheiro vivo na mão do cunhado.

Não é por acaso que o projeto do Planalto preserva as aposentadorias de policiais e militares. O governo tem medo que as Forças Armadas passem para o lado dos que terão os seus direitos dizimados. Pretende que policiais e militares desçam o cacete em quem ouse protestar. Na ausência de legitimidade, a força é o seu recurso à mão.

Michel Temer assumiu o poder prometendo governo limpo, e logo virou chefe da cleptocracia. Afiançou que zelaria pelos modos republicanos, e não passa semana sem que articule a defesa do que há de mais venal na política –da proteção de batedores de carteira à anistia dos que se banharam em caixa dois.

Temer disse que também ele, e não só Dilma, encarnava a soberania conferida por eleições. Mas nem um voto lhe foi dado para transformar austeridade em sinônimo de crueldade. Falou que seria lembrado como o sujeito que colocou o Brasil nos trilhos, e agravou o descarrilamento iniciado no governo no qual foi vice-presidente.

Querer que Temer caia fora não é coisa de petistas. Dilma, é verdade, não figura na delação da Odebrecht da maneira vexatória com que Temer e sua turma nela fulguram. Mas não há sentido em tê-la de volta ao
Planalto. A não ser que seja eleita.

Temer é hoje o obstáculo maior à normalidade democrática e à racionalidade econômica. A sua manutenção no cargo é gasolina no incêndio. Ela fará com que crise se alongue e faça mais vítimas. Atiçará os arautos da força.

Só um presidente com voto pode dar alento à vida nacional. Eleito com base em ideias para tirar o Brasil do buraco, ele poderá governar de verdade, abreviando o suplício nacional. Fora, Temer.

 

Temer, Bolt e Gordo em Rodízio de Churrasco

O presidente Michel Temer, na Abertura dos Jogos Olímpicos,  foi mais rápido em sua microfala do que seria Usain Bolt,  caso participasse de uma corrida de 20 metros sem barreira.

Gosto de palavras/jogo de palavras.  Poder-se-ia (aí para agradar o presidente,  que ama mesóclises) dizer: Temer Teme Vaia.

Parece que no Encerramento, caso venha a se pronunciar,  será igualmente conciso e rápido como Bolt.

Assim, talvez dê para concluir que mais do que temer, Temer se ca.. de medo de vaias.  E olha que político ADORA  discursar mais  do que gordo ADORA  rodízio de Churrasco!!!