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Tombos de Sóbrios e de Bêbados

Post muito particular esse, mas tem aspectos interessantes do meio pro fim e, para não perder o costume, piada  encerrando.  Não vale ir direto pra piada, viu???

Ontem ao entardecer, ofereci-me para levar, da casa onde estávamos até o carro da palestrante, uma caixa de livros..  Além da caixa,  carregava duas pastas, um caderno grande e mais um livro.  A caixa de livros ia até a altura do meu queixo, dificultando muito a visão.

A casa, na “ladeirenta” Rua Cardoso de Almeida, Perdizes, Zona Oeste de S. Paulo,  tinha uma grade sobre uma laje e um portão.  Antes de você “desembarcar” na calçada, havia um degrau.  A pilha de livros me impediu de ver o degrau; resultado, belo tombo, esparramando livros e meus cadernos para todos os lados.  Não me machuquei, tampouco rasguei a roupa.  E aí lembrei-me de  razoável contribuição minha para a psicanálise, modéstia à parte.

Meu psicanalista,  no final da década de 70, começo da década de 80, me explicava que há muito mal entendidos entre os homens porque a linguagem é coisa relativamente nova.  O homem caminha sobre duas pernas há milhares e milhares de  anos.  E fala há bem menos tempo.

O andar, dominamos perfeitamente, já o falar…

Agora, minha contribuição.

É frequente presenciarmos diversos tipos de mal entendidos, entre a família, com os amigos, vizinhos, entre diplomatas, presidentes;  enfim, por todos os lados.

Agora, a gente passa anos, décadas, cruza com milhões de pedestres pelas esburacadas calçadas  e não vê pessoa alguma  levar  tombo, mesmo assistindo a esportes na TV.  Corrigindo, quem estava no fim da Cardoso de Almeida, por volta das  17,30 de ontem  assistiu a um belo tombo.   De qualquer forma, certamente quem presenciou meu tombo espetacular não vai  ver ninguém mais cair por décadas e décadas, talvez nunca mais em toda sua vida.

Bem, a merecida piada.

Bêbado estava com a garrafa de pinga  no bolso e caiu.  Começou a escorrer líquido por sua perna.  Ele passa a mão e diz:

– Tomara que seja sangue!!!

A Psicanálise na Visão de Cada Um

Mais um assunto sério que também lembra excelente piada.

Na Seção  Entrevista da 2ª da Folha de S. Paulo de ontem, psicoterapeuta Jonathan Alpert   diz que psicoterapia deve ter metas e não precisa  levar anos.

Perfeito.

Fui me consultar com médico gastro, pai de famoso diretor de cinema brasileiro.  No bate papo inicial, ele começa dirigir a conversa para os aspectos psicológicos da  coisa.  Conto logo  que havia feito psicanálise.  Ele diz que tem uma boa piada.

Adianto-me e pergunto se ele vai falar as três maneiras de acabar uma  análise:  ou morre o analista, ou morre o paciente, ou acaba o dinheiro do paciente.

Tranquilamente ele me diz que não era aquela piada. E  que a dele era muito melhor.

Continuo contando  meu caso particular para vocês,  meu primeiro psicanalista, o formidável dr. Breno, morreu e o segundo queria acabar com o meu dinheiro.

De qualquer forma, não me arrependo e acho que foi dinheiro muito bem gasto.

Enfim, a piada que  gastro, pai do cineasta famoso, me contou.

Sujeito de 25 anos urinava na cama.  Inconformado, o pai manda o rapaz para se tratar com o mais conceituado analista europeu. Quatro anos depois, quando o filho volta, ainda no aeroporto, ansioso,  o pai pergunta:

– E aí, filhão está curado do seu problema.

O filho:

–  Papai, continuo urinando na cama.  Só que agora, agora  eu me orgulho disso.

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Por mais que eu conheça piadas, tenho que reconhecer:  a que o médico contou dá de 10 na que eu havia falado. E, conforme vocês vão ver, já havia colocado essa piada aqui no Boca.

Xixi na Cama na Micro-crônica e Na Psicanálise

Amigo Vasqs, sempre presente aqui no Boca, mandou  um dos seus divertidos e sutis micro-textos que me fizeram lembrar piada fabulosa.

MICRO-TEXTO

Título: Diário

O Otávio largou o diário sobre a mesa. Janela aberta, entrou um vento e folheou página por página. Adianta pedir pro vento não espalhar? Agora todo mundo sabe que o Otávio escreve diário, que dormiu com os pais até doze anos, urinou na cama até os 15, usa cueca do Piu-piu, é virgem, votou no Zé Serra e, pobre, torce pro Palmeiras. *

PIADAS **

Estava no consultório do gastro, pai de cineasta bem famoso, e ele pergunto sobre aspectos psicológicos.  Eu disse que havia feito psicanálise. Ele:

-Sei uma piada muito boa.

Eu me antecipei com a minha piada (digo, de domínio público)  e ele repondeu:

– A minha é muito melhor.

Lá vão as duas.

Minha (mais uma frase).  As três hipóteses de acabar uma análise:  ou morre o analista, ou morre o paciente ou acaba o dinheiro  do paciente.

A dele.  Sujeito de 25 anos urinava na cama.  O pai mandou o cara para se tratar na Europa com uns discípulos do Freud.  Depois de cinco anos, o sujeito desembarca e o pai todo ansioso pergunta se ele havia se curado.

Resposta:

– Pai, continuo urinando na cama.  Mas agora eu me ORGULHO disso!!!

Não precisa nem falar o seu voto.  As duas são boas.  Mas a que o médico contou é infinitamente melhor.

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**Conheça Mais Piadas  do Boca no Trombone, Clique aqui Todas as piadas estão relacionadas a algum fato que estava acontecendo quando os posts foram escritos.  Não são apenas as piadas em si.