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A Morte nos Versos de Millôr e na Piada Popular

Mais uma vez (e vou repetir muito isso daqui pra frente), lanço mão da sabedoria e versatilidade do Millôr.

POESIA   MELANCÓLICA   OLHANDO  UM    LIVRINHO   DE   ENDEREÇOS – Millôr Fernandes

Caderninho preto

(Espécie de Anais)

Onde estão escritos

Todos os locais

Em que os amigos

Já não moram mais

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Naquela semana, alguns anos atrás, tinha contado para o meu pai piadinha muito boa.  Lá vai:

A maior preocupação de dois jovens que jogavam muito bem futebol era descobrir se havia futebol após a morte.  Assim, eles combinaram que o primeiro que morresse iria se empenhar para de alguma forma aparecer e avisar para o outro se havia ou não futebol.  Um deles morreu muito cedo e cumpriu a promessa.  Apareceu para o outro e contou:

– Legal, meu,  lá tem futebol.

O que ainda estava por aqui ficou eufórico.  O outro concluiu:

– E você já está escalado para o jogo do próximo  mês !!!

Pois bem, eu e meu pai  estávamos de carro  na região do Estádio do Morumby.  A cada rua que eu entrava, ele lia o nome e dizia:

– Esse aí era juiz quando eu comecei a advogar.     (como se sabe, só pessoas mortas podem dar nomes às ruas).

Virava um esquina, e meu pai:

– Esse formou-se no ano em que entrei na faculdade.

No terceira ou quarta rua batizada com colegas dele que já estavam no andar de cima, como o rapaz da piada, eu disse:

– Pai.  Pára com isso.  Daqui a pouco um deles vai aparecer e dizer assim:

– Hiram, já estamos polindo a placa da sua rua.

Contei para uma sobrinha e ela morreu de rir.

Postos de Gasolina 2 e a Piada

De 14.08.07

Há mais de vinte anos, segundo histórias da época, muitos assaltos começavam a ser engendrados nos postos de gasolina das estradas. Assaltantes ficavam à espreita. Quando ninguém estava olhando, o elemento, como se diz na crônica policial, enfiava um prego no pneu do carro que estava parado na bomba. O elemento seguia o carro e quando ele estacionava para trocar o pneu era assaltado. Havia uma versão mais sofisticada ainda. No posto, um comparsa enfiava o prego. A precisão era tamanha que 500 metros antes ou 500 metros depois de o carro parar, o assaltante já estava esperando.

Comentei com dr. Breno, meu saudosíssimo psicanalista,a reação dele foi imediata e ele falou como uma criança que acabara de descobrir grande novidade:

– Nunca mais paro em postos de estrada!!!

Não sei se essa modalidade de assalto continua sendo praticada. Espero que ninguém a ressuscite a partir desta leitura.

Na Europa, os golpinhos são suaves e mais charmosos. Em um filme francês, há uma cena curiosa: o motorista pede para abastecer e permanece dentro do carro. O frentista coloca os primeiros litros no tanque e a maior parte em um balde. O motorista vê quanto marcou na bomba, paga e vai embora com uma pequena parte do combustível pelo qual pagou.

Para relaxar, a piada que me foi contada há quinze anos. Hoje existe uma versão na Internet.

Sujeito que estava com Aids levou amostra de urina para um guru que lhe fora recomendado por um amigo. O Guru olhou o vidrinho contra a luz e, categórico, afirmou.

– O senhor está com Aids.

O guru fez um preparado, mandou que o sujeito tomasse e pediu que voltasse depois de dois meses com nova amostra de urina.

O sujeito não tomou o remédio. De manhã, antes de sair de casa, para desmoralizar o guru, mandou que a mulher e a filha também urinassem no mesmo vidrinho. Ao parar no posto de gasolina, pegou a vareta do óleo e enfiou no vidro. Divertindo-se, pensou:

– Agora, eu vou desmascarar de vez esse guru!!

Ao entregar o vidrinho, o guru novamente olha-o contra a luz, chacoalha, examina atento e lhe diz:

– Tenho más notícias. Sua mulher está traindo você com o vizinho, sua filha adolescente está grávida, seu carro vai fundir o motor e você continua com Aids.