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Locutores, Nada de Lugar Mais Alto no Pódium!!! Por Amor a Machado de Assis!!!

Alguém já disse,  a respeito do uso de uma determinada expressão da qual também não me lembro, o seguinte:

– O primeiro a dizer  essa  expressão foi um gênio; o último,  um idiota.

Eu peço que locutores esportivos empenhem todas as suas forças para  falar nessas Olimpíadas e daqui para todo o sempre: o atleta x conquistou o primeiro lugar;  e não o atleta x conquistou  o lugar mais alto do pódium.

Isiossincrasia minha???   Acho que não.  A tendência  de todo idioma é ser econômico – primeiro lugar é sucinto; lugar mais alto no pódium, além de babaquice,  é esparramado, desperdício morfológico (perdão pelo pedantismo; aliás, sei lá se isso existe),  chavão, cafona.

Para terminar, frase minha:

“Tente até me passar um xaveco, mas não me repita um chavão.”

Vagões do Metrô – Latas Gigantes de Sardinhas!!!

Ouvinte enviou email  para a  CBN ou  Band News afirmando ser   impossível entrar nos vagões do Metrô da Linha Leste-Oeste ontem durante a tempestade. Imagino!  Normalmente  são oito pessoas por metro quadrado nos vagões na hora do rush.

Sou grande fã  do nosso metrô, e não só da boca pra fora, se tiver metrô onde eu tenha que chegar, não há hipótese de eu ir de carro.

Mesmo fã, ao participar de um concurso de micro-contos de até 140 digitos do Twitter, (salvo engano, havia mais de 5.000 inscritos – classifiquei dois entre os 20 primeiros) tentei fazer a síntese da síntese da coisa:

Em cada metro quadrado dos vagões do metrô de S. Paulo,
Todos os dias,  oito pessoas ensardinham-se em latas gigantes (118dígitos).

Fazer literatura, pseudo-literatura ou micro(e pseudo) literatura é fácil.  Duro é encarar a coisa duas vezes por dia de segunda a sexta!!!