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“Pode Faltar Tudo Na Vida: Arroz, Feijão e Pão; Só Não Quero é Que Me Falte…”

Na rua, há pouco, camiseta do rapaz trazia inscrição com  o mesmo tipo de letras da empresa de telefonia:

VIVO

Sem Dinheiro

Se o cara era duro de fato, não deu para  saber, já que estava mais ou menos arrumado.  Entretanto, tenho certeza de  que, mesmo     paupérrimo,  o celular seria a última, mas literalmente a última,   coisa da qual ele iria abdicar.

Conforme já contei, vi moradora de rua batendo longos papos ao celular.

Ainda pretendo escrever com calma a respeito  dessa  obsessão.

Se quiser ouvir Marchinha de Carnaval citada no título, clique

É o Padrão, Baixo Padrão, Mas é Assim Mesmo!!!

Técnico de Informática volta ao meu computador  para arrumar  serviço que,  embora, ele julgasse concluído, ficara pela metade.  Durante  o  “re serviço”, não tem dúvidas: dá três telefonemas de média duração  do celular.

Sei que pareço um ET – Extraterrestre -, já que esse comportamento  virou  padrão;  baixo padrão e muito irritante!!!

Frase de domínio popular – No Brasil, a falta de consciência profissional  é tão grande que traficante cheira e puta goza.

Ansiedade Mata e o Pão na Chapa Fica Frio!!!

Há pouco, mulher, ao meu lado,  no balcão da Padaria Nova Charmosa nas Perdizes( a melhor padaria do Mundo), pediu dois sucos de laranja e dois pães com manteiga na chapa.  Achei curioso ela querer  tudo ao mesmo tempo e me lembrei de piada excelente.

Sujeito ia com freqüência a um bar e pedia sempre quatro pingas.  Colocava uma em cada lugar da mesa e bebia as quatro.  Depois de algum tempo, o garçon, intrigado com a coisa, pergunta porque ele bebia sempre daquela forma.  O freguês explica que antes  bebia  com três amigos:  um casou-se;  outro mora  fora do Brasil e, finalmente, um morrera.  E sempre pedia as quatro pingas e tomava todas, uma a uma.  O garçon servia e observava.  Um dia,  o freguês  pede três pingas e toma todas as três.   Contente, o Garçon já vai logo comemorando com ele:

– Que bom, certamente seu amigo voltou do exterior e vocês já estão bebendo juntos novamente.

O freguês:

– Não, não é nada isso.  É que eu parei de beber!!!

O caso da mulher de hoje.  Ela toma apenas um suco e come só um pão na chapa.  Não perdera qualquer amigo, a mulher era apenas ansiosa.  E, óbvio, ficou tentando localizar o amigo retardatário  pelo celular.  Ele  chegou 20 minutos depois, comeu pão na chapa frio e bebeu suco de laranja sem o frescor do tirado na hora.  Aliás, deixou tudo pela metade.

Beto, jovem e irreverente ator que frequentava o Pirandello, dizia que  ansiedade dá  câncer no saco e eu completava que também causa  câncer ginecológico.

Coitada da moça da padaria…. Deve tá óh…

“Eu Não Consigo Entender Sua Lógica” e Olha Que Me Esforço

Agora há pouco, passando a pé pela rua Benjamin Egas, travessa da Pedroso de Morais,   onde fica o colégio Fernão Dias, em Pinheiros,  dois carros de polícia e vários moradores de rua por ali.  Sem tumulto, sem qualquer problema.  Aí uma das moradoras de rua diz que tinha que parar de conversar e depois continuaria o papo.  Detalhe: falava ao celular.

Sempre me intrigou pessoas simples na rua tagarelando ao celular.  Pelas minhas contas, e pela minha conta telefôncia, toda vez que preciso ligar para um celular, pago R$ 1,00 por minuto.  Já me explicaram que os celulares dessas pessoas são  pré-pagos, que é  de olá para olá,  de timtim pra timtim, que é de morto pra morto e sei lá mais o que; entretanto,  se eu já tinha dificuldade de entender, a moradora de rua deu um nó na minha cabeça  e também na minha parca capacidade de fazer cálculos financeiros, tá certo que não sou nenhum ministro da economia…  Mas, como cantou Caetano, na belíssima música Muito Romântico, eu não consigo entender sua lógica…  se já não conseguia entender antes, a partir de hoje então…

Como prêmio e para relaxar de tanto absurdo, ouça Muito Romântico na fabulosa interpretação de Roberto Carlos, Clique aqui

Aliás, a respeito dessa música, tenho outro episódio muito mais legal.  Prometo contar.

Smartphone, Celular, Barbárie…

Portal na Internet informa que venda de smartphones superou a  de celulares simples, no primeiro trimestre de 2013.

Ao todo, no mundo inteiro,  entre celulares simples e smartphones, foram  vendiddos 418,6 milhões (isso em apenas três meses).  Há quase três anos, no Brasil tem mais aparelhos de celular do que habitantes.

Ou seja,  a possiblidade de um búfalos começar a gritar ao celular ao seu lado, onde quer que seja, é imensa, diria – absoluta.  Aliás, há pouco, fazendo um fezinha para a megasena, mulher simples ao meu lado ficou explicando para a amiga que estava pondo crédito no celular e, mais, que não tinha dinheiro para comprar o remédio que o médico receitara.  O mundo virou isso.  A opção é dela, não tenho nada com isso.  O problema é que  durante os cinco minutos que fiquei na fila foi obrigado a ficar ouvindo a mulher gritando para amiga sobre sua inteligente escolha.

Lá vai frase muito boa que me falaram, sem mencionar a autoria:

Smartphone, você não é tão esperto assim.  Aproxima quem tá longe, mas afasta quem tá perto de mim.

A frase é ótima, mas acrescento que não só afasta como agride.  Famoso jornalista, que também não tem celular,  disse que a senhora ao seu lado, no avião, salvo engano, ficou contando  para amiga,  pelo celular,  que sua neta não iria participar do campeonato de natação porque estava menstruada.  Tenha a Paciência!!!

É nisso que o celular transformou o mundo.  Inferno!!!

Que me Perdoem os Búfalos Propriamente Ditos

Esperar para ser atendido, em qualquer lugar que for,  é bem chato.  E hoje isso acontece várias vezes ao dia.

Para atenuar a chatice, leitura de jornal/livro/revista seria boa alternativa.  Seria, porque sempre há um infeliz por perto que está  tagarelando em alto e bom som no (ao) celular e seu ouvido.

Pois bem, como já escrevi mais de um vez, em todos os lugares onde o fumo é proibido, o celular também deveria ser.

Anos atrás, almocei na mesa ao lado de uma médica em um restaurante pequeno.  Ela não teve dúvidas: sacou do celular e começou a discutir com colega detalhes a respeito do câncer de um paciente comum.  Ora, esse problema e esse estresse não  dizem respeito a qualquer outro frequentador ou funcionário do restaurante.  Mas esso “pequeno” detalhe, entretanto, jamais vai passar pela cabeça de um búfalo (a) (sujeito sem educação).

Em tempo, que me perdoem os búfalos propriamente ditos por   minha indelicadeza de compará-los a “gente” (gente???)  desse quilate!!!

O Celular – Agora Na Visão do Leitor Sidney Barbosa

Os comentários do meu amigo Clérson Sidney Barbosa poderiam marcar presença sempre aqui no Boca – são  muito bons, quer pelo humor, quer pela sensibilidade.

O comentário de hoje é sobre fato lastimável,  a respeito do que o celular transformou o mundo.

Leia o de hoje, que chega até a ser triste.    E no final, para compensar,  deixo o link de textos hilários do velho Clérson aqui no Boca.

Lá vai o de Hoje:

Mayr, voltei depois de longa e gostosa férias. Li as tuas cornetadas.

Bom, mas nenhuma novidade. O mundo continua a girar a seu modo, pouco ligando para nossas idéias.

Pois bem.

Tem muita gente precisando comer um sashimi de baiacú, principalmente no BBB13.

Quanto a celulares, essa invenção inútil que o homem moderno não dispensa, posso contar um fato (desculpe, mas sempre tenho um fato na manga).

Os correios na época do natal colocam na entrada, em um cesto, cartas de natal escritas por crianças e endereçadas ao papai noel (esse sujeito escroto contratado pela associação comercial). Pedem isso, pedem aquilo, mas principalmente pedem celulares.

Eu e um amigo meu separamos alguns pedidos, de coisas boas para a ocasião (comida e brinquedo), bebemos umas cervejas,  e fomos ao ao supermercado comprar os mimos.

Fomos entregar os presentes na casa das crianças.

Pode parecer legal, mas tem as suas dificuldades. Numa das casas batemos palmas, um rádio  cantava Michel Teló pra ser ouvido na lua. Depois de muito esforço nosso,  a mulher lá dentro nos ouviu.

Veio até o portão falando ao celular. Combinava um namoro.

Explicamos nosso presente. Ela nem deu sinal que compreendeu, visto que não parou de falar ao celular. Pegou nosso presente e entrou na casa, nos deixando na calçada. Não parou um minuto de falar no celular. Nem obrigado. A vida como ela é… um abraço.
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Se a alguém interessar, lá vai o que respondi para o amigo Sidney:]
Caro Sidney:

É impressionante o que vc conta aqui. Acho que, mais uma vez, vou ter que transformar em Post, seu perspicaz comentário.

A esse respeito tem uma história clássica, da qual não me lembro perfeitamente, mas sei a síntese.

O sujeito pergunta, mas por que é que vc não gosta de mim, afinal, eu nunca lhe fiz bem algum???

No caso que você  conta, suponho que para a tal mulher, na cabeça dela,  você  não estivesse fazendo mais do que sua obrigação.

E mais, tenho quase certeza de que para ela, era  você que  estava tendo a imensa  honra de poder presenteá-la.

Ora, você já estava tendo a honra de presenteá-la e ainda queria que ele interrompesse o papo ao celular. Você é muito exigente!!!

Só mesmo fazendo ironia barata a respeito dessa afronta que vc tão bem descreve!!!
Sidney, meu caro, a vida é assim, inacreditável, mas é assim!!!!

Grande abraço e que em 2013 cruze com pessoas generosas como você e pessoas agradecidas!!!

A Parte Boa para os leitores: Textos Hilários do amigo Sidney – Clique – Sem contar a piada que ele enviou – clique

Bloqueador de Celular Abrangendo o País Inteiro – Sonho Bom!!!

Bloqueadores de celulares nos presídios, parece que, finalmente estão funcionando.  O curioso é que os presos começaram a reclamar com as operadoras, como se viu  em Portais da Internet  e telejornais.

Logo que surgiram  notícias a respeito dessa novidade para dificultar a vida dos detentos,  com todo o amor que tenho pelo celular,  fiz frase:

Bloqueador de celulares – por que essa maravilha de invenção não se expande para muito além dos muros das prisões???