Lembrem-se todos, ou não se esqueçam: Tem Copa, Tem Brasil em Campo, mas também deverá ter muito bafômetro por aí.
Eu vou e volto a pé para a casa em que assistirei ao Jogo.
Lembrem-se todos, ou não se esqueçam: Tem Copa, Tem Brasil em Campo, mas também deverá ter muito bafômetro por aí.
Eu vou e volto a pé para a casa em que assistirei ao Jogo.
Eu aqui preocupado com Bafômetro e olha uma das Comemorações de Natal da Cidade. Como eu sou careta, né??? De qualquer forma, continuo respeitando o bafômetro. Já devia estar no meu almoço, mas não vou de carro!!!
Quiser ler sobre mim, bafômetro e minha caretice, clique
Estou tomando cerveja – em casa – (eta bafômetro!!!) na temperatura perfeita. (outra hora explico como fazer para gelar de maneira definitiva). Lembrei-me de frase e piada (certamente já contadas aqui) (mas que texto cheio de parênteses!!!)
Frase atribuída a antigo ministro. Lá vai:
“As três melhores coisas da vida são: boi na invernada, cerveja gelada e mulher pelada. As três piores: boi na enchente, cerveja quente e mulher da gente)”.
Piada: Sujeito chega no bar, pede uma cerveja bem quente e ainda frisa que queria bem quente. Freguês ao lado estranha e pergunta se ele gostava mesmo de cerveja quente. O outro explica.
– Não, eu não gosto de cerveja quente, mas o que eu detesto mesmo é ser contrariado.
Bem, de certa forma, o bafômetro me poupa de contrariedades..
Ministério da Justiça quer endurecer Lei Seca porque muitos motoristas insistem em beber e dirigir.
O teste do bafômetro deveria ser apenas mais prova a que seria submetido o causador de acidente. Veja bem, eu disse causador.
Amigo meu escreveu em um comentário aqui no Boca que sua avó, verdadeira vanguardista na luta pela emancipação feminina, que trabalhou como corretora de imóveis, foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de motorista, na década de 10, e dirigiu até os oitenta, quando já não enxergava tão bem, sobretudo a partir do entardecer. Em uma noite, atropelou uma pessoa, não percebeu e foi em frente. No dia seguinte, o policial vai à sua casa. Reproduzo o texto do meu amigo:
– A senhora estava dirigindo um Opala branco, chapa tal, ontem na Rua da Consolação ás 10 horas da noite?
– Sim, ela respondeu.
– Então a senhora está sendo acusada de ter atropelado uma pessoa neste horário e ter abandonado o local sem prestar socorro à vítima.
Ela, com a tranquilidade de sempre, explica:
– Bem que eu ouvi um barulhinho…
A história é muito boa.
Retomando, resumindo e concluindo.
O teste do bafômetro só deveria ser aplicado ao causador de desastres ou mesmo pequenas raspadinhas.
Supondo-se que um adulto tivesse tomado duas caipirinhas antes do jantar e se envolvesse em qualquer tipo de acidente com essa simpática velhinha. Seria justo tomar todas as medidas contra o homem que bebeu e isentar de cara a velhinha???
Quem será que oferece mais risco à população? Um homem responsável que toma duas caipirinhas antes do jantar e volta para casa guiando ou a simpática velhinha que mal enxerga???
Ministro Cardozo, pense um pouco, devolva aos técnicos do seu Ministério essa lei e peça que eles a tornem menos maniqueísta, mais sábia, e, consequentemente, mais justa.
“Gato escaldado tem medo de água fria” e motorista apanhado pelo bafômetro até de suco de uva e caldo de cana desconfia.
Saio de casa com duas caipirinhas na cabeça, a pé para poder continuar bebendo sem o estresse do bafômetro. Antes de dobrar a esquina, sou saudado com português formal por um morador de rua que não conhecia. Tanto entusiasmo, lógico, vem precedendo pedido:
– Me dá um real, cinqüenta centavos, para eu comprar pinga.
Dou dois reais:
Ele agradece:
– Valeu!!! Vou “se” desmantelar na cachaça.
Gostei da honestidade e da efusão!!!
Foram os dois reais mais bem gastos, posto de outra forma, gastos com mais alegria dos últimos tempos!!!
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Se quiser ler outras histórias de ambulantes e pedintes, clique aqui
Antes, às sextas-feiras, era sempre um ritualzinho gostoso à noite em casa.
Chegava, lavava às mãos, tirava da geladeira duas meias cervejas Heineken. Punha no balde, enchia de gelo, com fórmula mágica para gelar (sobre a qual ainda vou fazer post). Eu tomava banho e as cervejas gelavam. Assistia ao Jornal e as cervejas gelavam mais ainda. Terminava de prepar o jantar, que a formidável Rosa que trabalha comigo havia deixado quase pronto, e abria a primeira cerveja – era dos bons momentos da semana.
Depois de atacar a entrada, a segunda cerveja conseguia estar mais perfeita ainda do que a primeira. Abria, mais prazer.
Jantava sossegado e saía para cinema ou para encontrar amigos. Jamais bati o carro de noite.
O bafômetro, que impede o motorista até de comer dois bombons recheados de cereja e licor, acabou com essa felicidade tão ingênua e inocente.
Não tem mais sentido fazer todo esse delicioso ritual para tomar , não é nem uma única, mas sim, uma meia única cerveja!!!
Sextas-feiras atuais. Chego em casa, saco (tiro) da geladeira a cerveja – leia-se sempre meia cerveja – e soco no congelador. Aí, enquanto janto, tomo igual a um passarinho a cerveja para poder sair de carro depois.
Conseguiram tranformar a vida em inferno!!!
Em tempo, nunca bebi durante a semana e também nunca bebi durante o dia.
Repetindo, I N F E R N O !!!!
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Antes de imaginar e escrever comentários dizendo que sou irresponsável, leia o que já escrevi a essse respeito.
Tava simpática minha visão otimista, citando até a mãe do Fernando Sabino, ontem a respeito da falta de combustível, não é mesmo??? Mas o ponteirinho do marcador começa a descer, o grau de otimismo também…
Visão Poliana para falta de gasolina e bafômetro: é até bom não ter gasolina. Assim bebe-se em casa, ou nos botecos do bairro, e não se corre o risco de ser dedurado pelo bafômetro.
Mesmo com gasolina jorrando das bombas, mesmo sabendo que três chopps não incapacitam um adulto normal de guiar na cidade, bebeu, não guie. Blitz do bafômetro indicou que você está com a quantidade de álcool acima da permitida, ainda que ligeirissimamente acima, você não pode continuar guiando seu carro até em casa.
Aí, fazer o que???
Ligar para seus amigos ou irmãos da mesma idade???
Antes de tirar o seu carro do bloqueio, eles também serão submetidos ao bafômetro.
Aí… A não ser que vc tenha um amigo abstêmio e insone…
Imagine 1 que você não consiga pessoa alguma para levar seu carro embora.
Imagine 2 com que boa vontade e carinho seu carro será removido para algum depósito oficial.
Imagine 3 a burocracia para tirar o carro do tal depósito.
Imagine 4 O estado em que seu carro será devolvido.
Acho que é um grau de dor de cabeça tão grande, mas tão grande, que nem na sua pior ressaca você encarou algo parecido.
Para evitar confusão, comeu dois bombons recheado com licor, não guie.
Resignação. É sempre bom lembrar a piada das duas freiras.
Lá vai:
No dormitório do convento, uma freira falou:
– Durma com Deus.
A outra:
– É o jeito, né irmã!!!???
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Para ler o texto de ontem com visão otimista para falta de combustível, clique aqui
Para ler que o teste do bafômetro barra o motorista que tenha consumido dois bombons recheados com licor, clique aqui
Nas noites urbanas, a menor distância, de carro, entre dois pontos é aquela onde não haja bafômetro.
O Natal não acabou, o Reveillon tá aí, mas o bafômetro também.
Sabendo que ontem era dia de beber, meu plano era ir de metrô até a Paulista, descer a pé a Consolação inteira em direção ao Bairro, andar mais um pouco e chegar ao almoço de Natal na casa de um amigo. Quando ponho o nariz para fora da Estação Consolação, inicia-se temporal e, milagrosamente, aparece um taxi. Horas mais tarde, quando vou para a casa de outro amigo para ceia, onde também planejara chegar a pé, outro temporal. Mais uma vez, sorte, e outro taxi. Dois taxis, menos alguns reais no bolso e a frustração de não poder caminhar, coisa que adoro. No fim da ceia, mais chuva, amigo do meu amigo dono da casa me dá uma carona até a minha rua.
Todos esses contratempos valeram a pena para não ter a mais mínima possibilidade de o bafômetro por ventilador na farofa do meu peru de Natal.
Reveillon vai ser a cerca de dois quilômetros de casa. Se São Pedro deixar, chego a pé e volto a pé. Carro, mesmo que desabe o céu sobre a terra, fica quietinho na garagem
Sugiro que todos pensem nisso, já que o consumo de dois bombons de licor faz que o motorista seja barrado pelo Bafômetro, conforme li no início da Lei Seca no Trânsito. Escrevi texto aqui a respeito, mas não consigo achar o link.
Antes, irresponsáveis enchiam a cara, causavam desastres pavorosos; agora, cidadão responsvável não pode tomar duas taças de champagne no Natal. Brasil, quem é que agüenta Tanto 8 ou 80???
Assim, faça como Angélica cantava no começo da Carreira: Vá de Taxi. Se quiser ouvir a música dela, clique aqui
Feliz Natal para Todos !!!