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Complexo de Vira-lata Chique, Corporativo; e o Péssimo Inglês Nosso de Cada Dia

Definitivamente, o inglês é a língua oficial do país.  E curioso, como foi publicado outro dia,  americanos, ingleses, canadenses  que vêm trabalhar aqui sempre são alertados de que no Brasil se fala o pior inglês do mundo.  Ou seja, o péssimo inglês é oficial em publicidade, cardápios e pefumarias.  De resto, quem deveria falar bem apenas pensa que fala, lê e entende.  E sapecam os the book is on the table o tempo inteiro, sem o menor constrangimento.

E tome complexo de Vira-lata* (sentimento de inferioridade do Brasileiro em relação a Estados Unidos e Europa, tradução/definição  livre minha  do termo de Nélson Rodrigues).

Resposta automática de email  de amigo meu, homem importante em uma multinacional, que trabalha aqui em S. Paulo,   para avisar que ele está de férias, é em inglês.  Inglês correto, naturalmente.

É provável que  em sua lista de  endereços de email haja muitos gringos.  Assim, a tal mensagem, deveria, pelo menos,  estar nos dois idiomas.  Mas não, falar/usar português é feio , chique é o inglês/”ingreis”. Ou seja, o sentimento de inferioridade do brasileiro, posto em prática, no dia a dia, todos os dias.

História perfeita, já contada aqui, que ilustra não só o complexo de vira-lata, sentimento de inferioridade, como o péssimo inglês e francês de fachada do brasileiro.

No restaurante, o cliente pede o cardápio em Português.  Pernóstico, o maître informa que não há cardápios em português.  O Cardápio, todo escrito em francês, era de couro e as páginas em pergaminho.  O cliente não tem dúvida.  Tira a caneta do bolso do paletó e começa a rabiscar o cardápio, corrigindo diversas palavras grafadas de forma incorreta.  Devolve para o maître estupefato, levanta-se, vai-se embora, mas antes determina:

– Se não há cardápio em Português, pelo menos escrevam em francês decente!!!

Quer conhecer mais histórias de  Complexo de Vira-lata explícito???  Clique aqui

Eu gastando uma nota em taxi por causa do Bafômetro. O motorista do taxi me dizendo que enche a cara sem dó e dirige. E é assim que Funciona a Lei Seca!!!

Fui de metrô (para economizar) e a perna final do percurso de taxi, porque não havia metrô.  Por uma única razão: para poder beber sem risco de ser apanhado pelo bafômetro na volta.  Naturalmente, foi esse o tema da conversa com o  simpático motorista de taxi.

Na lata, não de cerveja,  ele me diz que antes a fiscalização da Lei Seca para taxi era menos rigorosa.  Mas começou a apertar.  E ele está preocupado, porque sempre que sai com a mulher, fora do horário de expediente,  guiando o taxi, transformado em carro de passeio, , bebe muito; inclusive traz sempre uma latinha de cerveja aberta no percurso.

E é assim.  A lei rígida me obrigou a  percorrer duas linhas de metrô, na ida e  na volta, gastar mais de 50 reais de taxi.  Enquanto isso, muitos  bebem à vontade e dirigem. Como já escrevi aqui,  falta muito bom senso na aplicação da Lei Seca.  Se alguém quiser ler, clique

Tempestade, Resfriado, Congestionamento…

Duas frases minhas para o trânsito e tempestade de ontem em S. Paulo; uma delas,  com freqüência, infelizmente,  repetida aqui.

  • Depois da tempestade, vem o Resfriado.
  • No instante final, um anjo deveria vir nos avisar de que seríamos ressarcidos de todo o tempo perdido no trânsito.

Demorei mais de  duas horas para ir de Santa Cecília à avenida Brasil com a 9 de julho.  No meio da Casa Branca, estacionei, peguei meu guarda-chuva e fui à pé.  Não fosse essa caminhada, teria levado mais de quatro horas.

Voltar para casa, próximo ao Centro, por volta das 11 da noite,  consumiu mais de uma hora.

Se minha segunda  frase for atendida, só ontem ganhei mais três horas aqui, antes de ir para o andar de cima.

Consolo: fui poupado do resfriado.

Calçadas Cheias, Tática da Fórmula 1 – Vá no Vácuo…

Véspera de Natal. Calçadas “cheias de multidões”, barraquinhas de camelôs,  tática da fórmula 1: vá no vácuo.

Pegue um pedestre que ande no ritmo que você gosta, se for grandão para os lados, melhor.  Aproxime-se a uns 30/40 centímetros  dele e meta  bronca. É exatamente o mesmo príncipio do vácuo no automobilismo.  O carro da frente “abre” o ar.  O de trás, não tem a resistência do ar,   desgasta menos o motor.

Traduzindo, o cara da frente abre o caminho entre a multidão para você  passar; antes que a multidão retome a forma inicial, você,  que está no vácuo,  avança.  As trombadas com todo mundo ficam para ele – você só faz avançar.

Essa estratégia  permite que na calçada você desgaste menos sua integridade física, muito mais preciosa do que o mais caro motor de fórmula 1.

Ou se você for menos esportista e mais belicoso, pense que o cara da frente é o seu ariete.

Ariete é uma “máquina de guerra” usada na Idade Antiga e Idade Média para romper mulhas. Seria mais ou menos como um tronco bem grosso de uma árvore  com uma ponta, alças para os guerreiros carregar e investir com força e violência contra as muralhas ou portões de fortalezas ou povoações inimigas a serem conquistadas.

O cara grandão à sua frente  funciona como um ariete, com a vantagem de que você nem precisa carregá-lo, tampouco encostar nele.

E se você for pensar bem, locomover-se de carro, e até mesmo a pé,  está se tornando verdadeira guerra ou, na melhor das hipóteses, esporte perigoso.  Daí, apropriar-se da idéia do vácuo na Fórmula 1 ou do velho ariete  nem parece tão exagerado assim.

E vamos às Compras!!!

Inferno!!!

Estrondo em Transformador de Santa Cecília, Supreendentemente, Não Torrou Eletrodomésticos

Meu pai sempre participou de política.  Antes do golpe de 64, em alguma eleição para prefeito ou governador, era praticamente certa a vitória do candidato dele. Para comemorar, o Partido encomendou uma bomba de São João, gigantesca, barulhetíssima.  Mas eleição e mineração,  de acordo com a sabedoria popular, só depois da apuração;  o candidato do meu pai acabou perdendo.  Naquele tempo, o bairro Alto de Pinheiros era meio deserto.  Ele, eu e um pedreiro  pegamos a bomba, enterramos até a metade, conforme mandavam as instruções,  no meio de vários lotes  sem  qualquer construção em volta.  Estudamos o caminho de fuga e acendemos o longo pavio.  Houve um primeiro tiro.

O Pedreiro:

– Só isso, doutor, uma bomba desse tamanho….

Mal  ele terminou de dizer, um estrondo  chacoalhou o quarteirão…

Até ontem, o barulho mais alto que já havia escutado.

Estava no Parque da Água Branca no começo da note de ontem.  Um estrondo  fez parecer uma biriba a tal bomba do meu pai.  Segundo os leigos, foi um gerador ou transformador que explodira.  Ao chegar em casa, nada de elevador.  O porteiro da noite conta que vários geradores ou trsnformadores estouraram pelo bairro.   Subir a pé e ficar no escuro  não teve  qualquer problema.  Acontece que cada aparelho elétrico no meu apartamento  estava se comportando de um jeito, em um ritmo mais louco que o outro.

Meu computador estava desligado da tomada, logo tinha certeza de que nada sofrera e, lógico, não testei naquelas condições.

De qualquer forma, fui dormir pensando na série de aborrecimentos que teria para comprar ou fazer que a Eletropaulo me desse tudo o que houvesse sido danificado.

Hoje de manhã, não havia luz.  Não havia luz de cor alguma e ponto.

Pois não é que energia voltou e tudo voltou ao seu antigo lugar, como na fabulosa Música Cisco No Olho, principal Canção do Clube Caiubi, de Ricardo Soares, Sonnekka e Lis Rodrigues. Por voltou ao seu antigo lugar, leia-se; graças a Deus voltou a funcionar da maneira como sempre funcionara até ali.

Ouça Cisco no Olho, Com Lis Rodrigues e Sonnekka  Clique aqui.

Quanto  aborrecimento poupado, quanta cibalena economizada.  Graças a Deus!!!

Carne Fria, Estresse e Mesquinharia

Anos atrás, em churrascaria rodízio de dois conhecidos artistas,  falei para o homem que passava a carne que gostava de Picanha, primeiro corte, e que comeria praticamente apenas isso.

Pois não é que toda hora  o cara me trazia picanha primeiro corte.  Entretanto, fazia sempre um lembrete:

– Não se esqueça da minha caixinha.

Foi a tarde inteira de picanha primeiro corte e a lembrança da Caixinha.

Não dei caixinha.  Menos ainda, reclamei para qualquer gerente.

Por incompetência ou pão durismo dos artistas-churrasqueiros-empresários, que não forneceram um bê-a-bá  de treinamento, passei uma tarde bem chata, estressante mesmo.  Seria idiota se apontasse o erro.  Eles que percam fregueses até aprenderem.

Mas parece que não aprendem.

Hoje almocei na filial dessa churrascaria em um Shopping.  Carne fria, não foi fornecida uma colher para eu me servir do feijão que vinha separado.  Pedi limão, me deram uma ínfima lasca.  Pedi mais, foram generosos: deram DUAS ínfimas  lascas.

Antes do quinto centenário de S. Paulo, a saber, em 2054, não volto lá.  Nem que a filha de um deles, objeto de desejo de onze entre dez brasileiros, venha me receber!!!

Smartphone – Esperto???

Já tinha publicado o post com  a série de Fotos de amigos reunidos fisicamente, mas com corações  e mentes nos smartphones, e aí me lembrei de frase fabulosa. Já foi escrita aqui.  Repito  porque é perfeita.  Talvez seja legal ver antes as fotos, ler o que disse Einstein a respeito e aí então ler a frase.

Lá vai o link do post para você ver primeiro as fotos e o que disse Einstein. Clique

Agora a frase perfeita que sintetiza tudo:

Smarthphone, você não é tão esperto assim: aproxima quem tá longe, mas afasta quem tá perto de mim.

É possível discordar???

A frase abrange a coisa do ponto de vista afetivo, entretanto, ficar olhando esses aparelhinhos o tempo todo, na presença de outros conhecidos,  é muita falta de educação e desagradável para quem está perto; absurdamente desagradável.

Amiga minha, moça educada e relativamente conhecida no mundo da moda,  foi convidada pelas companheiras de trabalho para  almoçar.  Minha amiga disse que iria desde que ninguém ficasse olhando para o smatphone enquanto estivessem juntas.  Certamente causou tanto incômodo que não a chamaram mais para ir almoçar.

No lugar dela, eu estaria feliz.  Provérbio antiquíssimo: antes só do que mal acompanhado. Dá para atualizar: antes só, consigo próprio,  a sozinho com alguém alheio à sua presença.

Convivência…

Acabei de escrever o útimo post, imediatamente, recebi por email o que está abaixo.

No bar
no bar 2
No Museu
Na praça
Na arquibancada
Namoro??? E com Boné!!!
Passeio Com os Amigos...

Agora, leiam isso:

“Temo o dia em que a tecnologia se sobreponha à humanidade. Então o mundo terá uma geração de idiotas”.

Sabe quem falou???  Albert Einstein

Deixo aqui o link do que acabara de escrever quando recebi o email, não  por me achar Einstein, apenas para mostrar exatamente o oposto.  Não precisa ser gênio para ver que o mundo está se tornando um lugar inabitável, eu diria “invivível”.

Se quiser ler, clique