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Dia Nacional Sem Imposto e Notas Fiscais/Recibos Contendo o Valor do Imposto

Amanhã é o Dia Nacional Sem Imposto.

Durante 24 horas, alguns estabelecimentos de certos setores do comércio,  para mostrar o quanto o imposto onera os preços, vão vender seus produto pelo valor  que eles custariam caso não houvesse taxação tributária.  Postos de gasolina e restaurantes, entre outros, vão promover essa redução.

É uma maneira de conscientizar a população sobre o assunto.  Mas é um dia só!!!

Nos Estados Unidos, pelo menos quando eu fui para lá, mil anos atrás, em  todos os recibos, notas de caixa registradora, vinha discriminado o valor do produto em si,   o valor do imposto e o valor total.

Isso dá o tempo todo  ao contribuinte a consciência de que ele paga imposto e o torna mais exigente em relação ao retorno desse dinheiro em forma de investimentos para a sociedade.

O comércio daqui, bem como prestadores de serviço,  poderia (m) adotar o mesmo procedimento.  Eu tenho certeza de que a grande parte da população que não declara Imposto de Renda não tem claro que também paga imposto a cada compra que efetua.

Comerciantes, adotem essa medida; entretanto, não abandonem essa “generosidade” de um dia por ano arcarem sozinhos com o peso do tributo.  Tenho certeza de que falo em nome de muiiiiitos…

Twitter – Twist

Millôr no seu POEMINHA AOS MAIS VELHOS DE QUARENTA escreve:

Resista!

Não Twista!      (1961)

Meio século depois, ainda é atual, basta mudar  uma letra:

Resista!

Não Twitta!

Para quem tem menos de quarenta,   Twist foi o ritmo/dança que se originou nos EUA e se espalhou pelo mundo na década de 60.

Ouça um clássico do Twist

http://www.youtube.com/watch?v=LVQ0MXp-8ds

Nos Estados Unidos, a Lei é Uma Só Mesmo, Sem Choro nem Vela

Drauzio Varella, em sua coluna de hoje na Folha de São Paulo,  conta que os homens americanos tomam a precaução de saírem do quarto quando a camareira está fazendo seu serviço. Diz ele ainda que foi uma pena que  Dominique Strauss-Kahn, Diretor Gerente do Fundo Monetário Internacional,   cogitado para concorrer à presidência da França, não soubesse disso e se metesse na confusão em que se meteu.  Varella cogita ainda da hipótese de que Kahn, por viajar demais, possa ter confundido o país em que se encontrava, julgando estar “no Brasil ou em um outro país  permissivo como o nosso, no qual um homem endinheirado  pode atacar mulheres mais humildes com total liberdade.”

Presenciei bem de perto  um episódio nos Estados Unidos, mil anos atrás, que mostra como a lei é rigorosa e não faz qualquer espécie de concessão.  Luís,  garoto brasileiro rico,  filho de banqueiro, cara inteligente,  que  mais tarde viria a estudar engenharia na  Politécnica,  quis fazer gracinha típica de brasileiro e quebrou a cara.

Julgando-se muito esperto, deu as costas para a câmera de segurança da Loja de Departamento  e colocou um pequeno lenço dentro da calça.  O que ele não sabia é que havia  outra câmera que filmou toda a cena.

Os seguranças dão linha.  Quando ele  pagou outras compras que fizera, saiu da loja e se encontrou comigo e outras brasileiros, um sujeito  gigantesco chega ao seu lado, diz que ele havia furtado um lenço e, sem encostar a mão nele, nem ao mesmo aumentar o tom de voz, determina que  Luís o acompanhasse.

Aluno de bons colégios,  além de ter tido  aulas particulares, falava bem inglês.   Mas nessa hora, esqueceu tudo.

Como eu era o mais velho do grupo, o responsável pela segurança do supermercado me chamou  para servir de intérprete.

Ao saber da história, vou logo dizendo para o segurança que não havia qualquer problema,  já  que Luís iria pagar a peça que furtara e tudo se resolveria.

Certamente divertindo-se com minha ingenuidade, o chefe da segurança diz:

– Meu amigo, as coisas aqui não funcionam assim.  Eu já chamei a Polícia.

Ainda me achando o rei da conciliação,  insisti que ele pagaria e iríamos embora.

A polícia chega, pega o passaporte dele, preenche uma ficha e de maneira a não deixar qualquer dúvida diz para mim:

– Explica para seu amigo que o nome dele foi para o computador central do órgão que trata de assuntos de turistas aqui.  O nome dele não saia mais de lá. Quer dizer que se ele cometer a mais mínima infração nos Estados Unidos, seja no ano que for, ele será imediatamente deportado.

Como se vê, a Lei lá vale para todo mundo, tanto para o meu amigo, na época um garotão com jeito  de surfista, quanto para o Ban ban ban da Economia Mundial.

Em tempo, nem o segurança da Loja, menos ainda o policial,  fizeram qualquer pergunta sobre mim, nem mesmo se eu também era brasileiro.

A Fabulosa Lanterna Mágica, Não a do Bergman, Mas a dos chineses!!!

Lanterna Mágica é o título da delicada autobiografia do cineasta Ingmar Bergman (Editora Guanabana).

Mas também é algo muito mais prosaico, porém,  formidável;  a saber,  uma lanterna verdadeiramente mágica que funciona sem pilha/bateria e que não é carregada na eletrecidade.  Um verdadeiro Ovo de colombo, mas  de  utilidade indescritível, já que até hoje eu nunca descobri para que serve  colocar um ovo em pé.

Voltando à essa maravilha tecnológica chinesa. Ela é do tamanho de um celular (com a vantagem de não incomodar ninguém,  já que o celular…), além do botão liga/desliga,  conta com um dispositivo de uns cinco centímetros de comprimento  e  dois centimetro de largura que, apertado algumas poucas vezes, fornece energia para a lanterna permanecer ligada por um bom tempo.  Certamente, usa o mesmo princípio do dínamo, que  transforma energia mecânica em energia  eléctrica

Pelo jeito,  estamos assistindo à morte de um meta-inferno (um inferno dentro de outro  inferno).   A energia acaba, o cidadão recorre à lanterna que está toda estrupiada por conta da pilha que vazou.

O preço dessa maravilha??? R$ 5,00.   Encontrei ontem no centro da cidade na 7 de abril, próximo à Rua Marconi.

Comprei logo  meia dúzia,  vou comprar muitas mais: trata-se de presente fabuloso e me fez lembrar historinha ótima.

O divertido e excêntrico escrivão Rubens, talvez em protesto por expurgos e confiscos financeiros, estava com uma quantia razoável de dinheiro.  Não teve dúvidas: comprou tudo em  Talões (caderninhos com 10 folhas) de Zona Azul.  Quando alguém lhe fazia um favor, ele informava que ia dar um pequeno presente/lembrança.   O outro dizia que ele não se incomodasse.  Aí ele tirava meia dúzia de talões do bolso.   Ao perceber  do que se tratava,  nunca houve alguém que, efetivamente, recusasse a oferta.

Tenha em casa uma meia dúzia delas embrulhadas em pacotes transados (que vão custar muito mais do que as próprias lanternas) e quando for convidado para jantar, ao invés de vinhos importados de qualidade duvidosa,  leve essa útil lembrança.

União Estável Homossexual – Não Queira se Mostrar Moderninho!!!

Muitíssimo positivo o fato de o Supremo Tribunal Federal,  por unanimidade, ter aprovado a Uninão estável de casais homossexuais.  Parabéns a todos os envolvidos  e à  sociedade brasileira,  que dá um grande passo em direção ao bom senso e ao humanismo do século 21.

Talvez aumente muito o números de gays e casais gays que assumam a relação.  É  bom lembrar sempre o que escreveu anos atrás, com sabedoria,  Danuza Leão a respeito do assunto.  Ela aconselhava  que se tratassem os casais gays com naturalidade, entretando,  sem  querer se mostrar muito  pra frente a ponto de   peguntar se eles não gostariam de ter filhos;  já que a resposta podia ser:

– Não.  Nós estamos evitando!!!

“Ronnie Von, nosso Rei”!!!

A artista que apresentou o programa Todo Seu do Ronnie Von na TV Gazeta ontem era talentosa, simpática e uma bela balzaquiana;  só ouvi seu primeiro nome,  Olga.

Apesar das inegáveis qualidades dela, o fato me fez lembrar o grito das meninas dos programas de auditório do cantor, na  segunda metade dos anos sessenta, quando a imagem do artista, por estratégia  de marketing, era associada  ao Pequeno Príncipe,  do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry.  Lá vai o simpático grito das jovens fãs  de então, hoje tudo sessentona.

– Bi bi fon fon, nosso rei é Ronnie Von

O uso limitado do formidável material das Caixas Pretas

Parece que as duas Caixas Pretas do do Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico há quase dois anos, foram encontradas. 

Clarice Berto, proprietária do delicioso e tradicional Bar do Museu, no Centro da Cidade, me disse uma frase a respeito do assunto.  A frase, cuja autoria ela desconhece,  tem  uma lógica curiosa  e bastante humor.  Alguém, ou até muitos,  pode achar que  a gravidade do assunto não permite graças.  Talvez.  

Para quem não pensa assim, lá vai a frase: 

Se as “caixas-pretas” resistem aos maiores desastres aéreos, por que não se fazer os aviões do mesmo material que elas???

Engenheiros, o desafio está aí.  Mãos às calculadoras e pranchetas e, após, mãos à obra!!!

Conheça a História do Prêmio Nobel de Medicina Que Nasceu no Brasil

Fiz uma crõnica rápida aqui partindo do senso comum de que o Brasil jamais ganhara um prêmio Nobel.   Pois bem, esse senso mais do que comum está errado.  Em 1960,  o Nobel de Medicina e Fisiologia foi conquistado por Peter Brian Medawar, conforme me informnou a leitora  Isabela Lisboa. Diz ela em seu comentário: 

Peter Brian Medawar, Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1960, era brasileiro, nascido no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, onde viveu até os 14 anos de idade ao lado de seus pais, que permaneceram na cidade por 40 anos, sempre morando na rua João Caetano, no bairro do Caxambu.

Um pouco da História de Peter.

Os Medawar deixaram o Libano em 1900 para viver no Brasil. ” Nami Medawar, no entanto, o pai de Peter, foi para a Inglaterra, onde tornou-se cidadão inglês e proprietário de uma indústria de material ótico e dentário. Em 1913, ainda solteiro, Nami resolveu fechar sua firma em Londres e vir para o Brasil para viver com seus parentes. No Rio de Janeiro, abriu a Ótica Inglesa, que funciona até hoje na rua Sete de Setembro, logo atrás da Igreja de São Francisco. Pouco depois, Nami conheceu Edith Darling, uma inglesa, com quem se casou, indo morar em Petrópolis. Na cidade da serra fluminense, o casal teve três filhos: Philip, Pámela e Peter, que nasceu em 28 de fevereiro de 1915.”

Nami, encantado com o desempenho de Peter na Escola, mandou o filho de 14 anos para estudar na Inglaterra.  Alguns anos depois, Peter entra na Universidade de Oxford e em 1932 torna-se Bacharel em Zoologia pelo Magdalen College, centro científico de mais de 500 anos de existência.  Na Instituição, interessa-se por biologia relacionada a medicina.

“Nos anos seguintes, apresentou trabalhos científicos desenvolvendo uma técnica de ligadura de terminais nervosos que lhe permitiu prestar exames e se tornar um pesquisador do Magdalen College”

“Poucos anos depois, Peter ingressava na Universidade de Oxford, onde se bacharelou em zoologia no ano de 1932 pelo Magdalen College, um renomado centro científico com cinco séculos de existência. Em sua permanência na instituição, trabalhando a convite, Peter interessou-se por biologia relacionada à medicina. Nos anos seguintes, apresentou trabalhos científicos desenvolvendo uma técnica de ligadura de terminais nervosos que lhe permitiu prestar exames e se tornar um pesquisador do Magdalen College. Era então o mais jovem em sua categoria em Cambridge, segundo seu primo Gerdal Medawar, empresário no Rio de Janeiro.”

A Velha Burocracia de Sempre.

A fim de não interromper seus estudos na Inglaterra, o pai de Peter, Nami,  apela para Salgado Filho para que o filho obtivesse isenção do Serviço Militar. Negado o pedido, só restou ao jovem cientista tornar-se cidadão Inglês.

A carreira decola e Peter passa por todos os centros de pesquisas importantes na Inglaterra, ocupando inclusive cargo administrativo de Diretor do Instituto Britânico de Pesquisas Médicas,  apesar de não ser clínico nem médico.

Trabalhando  Frank Burnet, 16 anos mais velho que Medawar, considerado pela eidtora The Times como um dos Mil Homens que Fizeram o Século 20″, conquista o Prêmio Nobel:

A coisa é muito técnica. Colo o texto abaixo:

” O Prêmio Nobel veio em 1960, em parceria com sir Frank Burnet, 16 anos mais velho que Medawar – e considerado pela editora The Times um dos “Mil Homens que Fizeram o Século 20” por suas pesquisas em diversas áreas. Burnet iniciou uma pesquisa com anticorpos, formulando conclusões que depois seriam comprovadas por Medawar. O cientista petropolitano também pesquisava transplante de tecidos vivos entre indivíduos, já tendo concluído que em certas circunstâncias surgia uma força biológica que inibia a rejeição do organismo hospedeiro, mesmo não reconhecendo os antígenos estranhos. Muitos pesquisadores rejeitaram essa conclusão, mas Burnet propôs que continuassem juntos a pesquisa.
   A questão básica era saber como se fabricavam os anticorpos – altamente específicos – para então lidar com cada um deles. Até 1955, achava-se que a substância transplantada produzia esses anticorpos de alguma forma. Foi então enunciada a Teoria da Seleção Clonal, que dizia que esses anticorpos estavam presentes nos linfócitos do sangue. Percebeu-se então que, quando um antígeno estranho se unia ao anticorpo de um linfócito, a célula iniciava sua multiplicação, produzindo grandes quantidades desse anticorpo. Esses foram os primeiros passos para que os transplantes se tornassem possíveis 30 anos depois. A teoria ficou conhecida como Tolerância Imunológica Adquirida, trabalho que levou o “jovem petropolitano e fisiologista inglês”  Medawar a receber o reconhecimento oficial da Rainha Elizabeth, que o nomeou cavaleiro do Reino Unido em 1965 com o título de sir Peter Brian Medawar. O cientista chegou a retornar ao Brasil em 1962 para visitar parentes, ocasião em que participou de encontros científicos e palestras. A Fiocruz, no Rio, mantém um registro de sua presença e atividade na entidade.

Medawar morreu em 1987

Saraus: Hoje e Sexta-Feira

Quem tiver gostado do Teatrokê http://bocanotrombone.ig.com.br/2011/02/02/no-teatroke-publico-realiza-facanhas-espetaculares/ ou sentido vontade a partir do texto, pode ir hoje a outro agito também comandado pelo multimídia  Ricardo Karman. Trata-se do Sarau NOITES NA TAVERNA  que ele promove toda última quarta-feira do mês no seu agradabilíssimo bar de acústica perfeita no Sumaré. (Ver endereço, horário, ficha técnica no Final).  Nesse sarau, ênfase é dada à poesia.  Tem hora para começar e hora para acabar.  Organizado, porém, agradabílissimo.

Já no Sopa de Letrinhas, dos mais tradicionais saraus da Cidade,  há mais de dez anos, toda última 6. Feira do mês, a ordem conta pouco e tem de tudo, como diz   Vlado Lima, idealizador, “tem música, poesia, dança do ventre, mágica”.  Um pouco mais do sopa nas Palavras do irreverente Vlado.

“O SOPA DE LETRINHAS É UM PROGRAMA DE AUDITÓRIO

O Sopa de Letrinhas nasceu sob o signo de Dionísio.Nasceu pra ser festa.Celebração.Sarau não precisa ter cara de velório,por isso, o Sopa nunca flertou com a imortalidade acadêmica,nunca desejou ressuscitar o hype literário da Villa Krial,muito menos fomentar uma nova Semana de Arte Moderna.O Sopa é o que sempre quis ser: entretenimento.Um Programa do Chacrinha lítero-musical.Anárquico, debochado e, acima de tudo, democrático.No Sopa tudo pode. Todos podem.Pode o poeta laureado, o poeta udigrudi, o poeta cabaço,o poeta romântico, o poeta reumático,o poeta modernoso, o poeta místico,o poeta mequetrefe e o poeta pornográfico.Você gosta de poesia?De música?De bom humor?De gente do bem?Então, venha numa sexta-feira dessas provar a nossa Sopa.Garanto: a bagaça é duca! “

Em todas as Edições do Sopa, é homenageado um escritor contemporâneo que está sempre presente.  No mural, há textos desse autor.  Quem quiser, pega um texto e lê.  Há eleição para escolher as melhores leituras que recebem prêmios.

Próximo à  meia-noite, é servida, por conta da casa,  uma sopa de letrinhas – concreta e “gastronomicamente” falando!!!

No Sopa e Na Taverna a palavra é dada a todos que queiram se manifestar, sem qualquer burocracia.  Deu vontade de declamar, declamou…

Há vários  anos não perco um Sopa por Nada; de uns quatro meses para cá, também bati ponto no NOITES NA TAVERNA.

Sarau Noites na Taverna : Toda última quarta-feira do Mês, a partir das 20,30 hs – Ingresso Grátis – Sujeito à lotação do espaço – 40 lugares

 Rua Piracuama, 19, Sumaré
05017-040, São Paulo, SP, Brasil
Tel/Fax: +55 (11) 36751595
teatro@centrodaterra.com.br

Sopa de Letrinhas

Rua: Rua Clélia, 2023 [esquina com a Jeroaquara] – LAPA