Arquivo da categoria: Casos

Maluf não Perdoa. Cobra!!! Haja “Garganta Musculosa”!!!

A tal foto de Lula, Maluf e Haddad no quintal da casa de Maluf certamente vai ser usada até a eternidade por  Maluf.  Literalmente, até a eternidade.

Se Lula continuar em alta e Maluf estiver tendo problemas para entrar no céu, fique certo de que ele vai exibir a tal foto para S. Pedro.

Lembro-me bem.

Jornalista de origem  italiana famosíssimo, já falecido,  fez parte em programa de televisão de bancada de entrevistadores de Maluf.

Lá pelas tanta, Maluf  não teve dúvidas:

– Nós imigrantes, não é mesmo Giusepe (não era esse o nome do jornalista)…???

O fictício Giusepe ficou indignado:

– Imigrante, coisa nenhuma.  Minha família é de refugiados políticos italianos!!!

Bem feito, foi fazer pano de fundo para o Maluf,  não sei se atrás de cachê ou de outros interesses, e Maluf cobrou no ato!!!

Jovem Haddad, pode esperar que essa fatura chega, na Prefeitura ou onde quer que você esteja!!!

Como política é a arte de engolir sapos, com cara de quem está saboreando lagosta,  é bom o ex-ministro  ir reforçando a musculatura do pescoço e fazer muito treino de expressão facial para disfarçar contrariedades ou o sabor desagradável do que está engolindo.

Até S. Pedro vai Ver Essa Foto

Parada Gay – Historinha Engraçada

Véspera da parada gay,  dia de contar historinha engraçada que aconteceu comigo.   Todo ano eu repito aqui no Boca.

Lá vai:

Parada Gay, alguns  anos atrás. Desde a primeira, fui a algumas edições. Som legal, muita alegria e, além de tudo, não custa nada prestigiar. Lembro-me quando queriam bater o récorde mundial de público. Além do som, havia a meta a ser cumprida. Fui até mais para fazer número e ajudar no récorde, que acabou mesmo sendo batido.

Pois bem, em uma das vezes, de dentro do carro, perto da Rua Cubatão, onde, segundo meus cálculos, deveria estar a marcha naquele momento, pergunto para um grupo de gays que vinha caminhando se o pessoal ainda permanecia pelas redondezas. Eles me informam que a marcha já devia ter chegado ao ponto final, na República, onde seriam encerrados os festejos.

Pensando em voz alta, lastimo. Um deles consola:

– Não desiste, não. Corre lá, quem sabe cê ainda não arranja um namoradinho!!!

Divertindo-me muito, nos dias seguintes, contei para todo mundo o episódio.

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Que São Pedro ajude no domingo mandando um dia ensolarado e até um impossível   Arco-íris no Céu!!!  Afinal, ou é ensolarado ou tem Arco-íris.   Mas quem sabe, São Pedro não faça esse milagre colorido!!! Seria a GLÓRIA SUPREMA para o público!!!

Um desses rasgando o Céu de Sampa no Domingo, são os meus votos*

*Não coloquei o crédito da foto pq não sei como fazê-lo.

“Mineirinho Enfrentando o Bullyng”

Emails repassados, em geral,  são um inferno.  Já escrevi  a respeito.

Entretanto, alguns amigos  parecem saber filtrar e só mandam coisas interessante, ainda que repassadas.  O Vasqs,  do Blog Ostras ao Vento, é um deles;   Acaba  de me mandar esse texto curtinho com o sugestivo título que usei para o Post: MINEIRINHO ENFRENTANDO O BULLYNG

Lá vai, após o texto, link para o blog do Vasqs e do texto em que falo do infernos dos emails repassados.

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“O mineirinho está comendo no balcão de um restaurante de estrada,
quando entram três motoqueiros paulistanos, tipo “Abutres” (aqueles
caras que vestem roupas de couro preto, cheias de coisas cromadas e que
gostam de mostrar sua força quando estão em bando).

O primeiro, vai até o mineirinho, apaga o cigarro em cima do bife
dele e vai sentar na ponta do balcão.

O segundo, vai até o mineirinho, cospe no copo dele e vai sentar na
outra ponta do balcão.

O terceiro, vira o prato do mineirinho e também vai sentar na outra
ponta do balcão.

Sem uma palavra de protesto, o mineirinho levanta-se, põe o chapéu
de palha e vai embora.

Depois de um tempo, um dos motoqueiros diz ao garçom:
– Esse sujeito não era homem!
E o garçom:
– E nem bom motorista … Acabou de passar, com o SCANIA dele, em
cima de três motos.”

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O prometido link do Blog do Vasqs, que me enviou o email.  Clique aqui

Link meu texto falando do Inferno dos emails repassados – Clique aqui

Ele Preferia a Morte!!!

Ontem, circustâncias adversas  me fizeram lembrar divertidíssima e famosíssima tirada de Winston Churchil, primeiro-ministro britânico, para  Nancy Astor, primeira mulher eleita a fazer parte da Câmara dos Comuns.

Disse ela:

– Winston, se você fosse meu marido, eu poria veneno no seu café.

Sem pensar duas vezes, ele respondeu:

– Senhora, se eu fosse seu marido, tomaria o café!!!

É Pra Cachaça Mesmo!!!

Saio de casa com duas caipirinhas na cabeça, a pé para poder continuar bebendo sem o estresse do bafômetro.  Antes de dobrar a esquina, sou saudado com português formal  por um morador de rua que não conhecia. Tanto entusiasmo, lógico, vem precedendo pedido:

– Me dá um real, cinqüenta centavos, para eu comprar pinga.

Dou dois reais:

Ele agradece:

– Valeu!!! Vou “se” desmantelar na cachaça.

Gostei da honestidade e da efusão!!!

Foram os dois reais mais bem gastos, posto de outra forma, gastos com mais alegria dos últimos tempos!!!

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Se quiser ler outras histórias  de ambulantes e pedintes, clique aqui

Engolir Sapo para não Engolir Chumbo

Saldo do último Corinthians e Palmeiras:  um torcedor morto e três internados.

Lição dos mais antigos a respeito de brigas e confusões.  Diziam eles: você pode brigar, sair no tapa,   com caras como você, na faculdade,  na reunião de condomínio, no supermercado.  O pior que  acontece é acabar com um dente quebrado.  Agora,  brigar na zona, não pode.   A chance de você levar uma navalhada, um tiro é muito grande.  Nos dias de hoje, há pelo menos mais duas situações, em que não se briga.  Engole-se sapo, mas não se briga; afinal, engolir chumbo é muito pior: no trânsito e no futebol.

Mil anos atrás, um cara ia saindo da vaga em um local sossegado, aliás, bem perto do Estádio do Pacaembu, não viu meu carro que estava passando e demos uma raspadinha.

Eu falei, que ele  havia saído  sem olhar e a gente bateu.  Ele disse que estava entrando na vaga,  e não saindo.  Insisti que estava saindo, e o cara fala:

– Espera aí, que eu vou te mostrar uma coisa.

E voltou pro carro.

Na mesma hora, muito assustado,  disse:

– Não é caso para isso!  Não é caso  pra isso!

Ele riu, entrou no carro e, em vez de uma arma, trouxe uma nota fiscal, mostrando que ele ia mesmo entregar um embrulho.

Outra vez, sábado,  fim de tarde,  garotão  me dá uma fechada,  me xinga.  E o cara ainda quis discutir.

Falei:

– Com quatro amigos dentro do carro é fácil ficar machão, né???

Os próprios amigos dele disseram:

– Não liga, não, porque ele é meio xarope (trouxa).

E não liguei mesmo: com quatro amigos no carro, é fácil ficar machão.

Resumindo:  não se briga no trânsito, nas poucas zonas sobreviventes e, menos ainda, no futebol!!!

Leitores Tornando-se Amigos

Alguns amigos antigos   e meu pai lêem o que eu escrevo aqui.   Meu pai lê sempre; os amigos, esporadicamente.  Curioso que alguns leitores do Boca foram se tornando freqüentes nos comentários e troca de emails.

  • Cícero Gomes  é meu amigo há muito tempo;   não deixa passar um post sem comentar.
  • Clérson Sidney Barbosa  não conheço pessoalmente.  Seus comentários, entretanto, sempre me divertem muito.  Mais de uma vez, transformei comentário do Sidney em Post.  Se quiser ler um, esse sobre a morosidade da Justiça é hilário.      Clique aqui
  • Elizabeth Simão Galhardo, não me lembro, mas tenho impressão de que já  lia o Boca antes de me conhecer pessoalmente e durante bom tempo comentava com freqüência.  Pena estar meio sumida.
  • O amigo Flávio Asprino, de longa data, adora polêmica.  Quando há um post que permita polemizar, ele comenta.
  • Junior Bataglini ouviu minha entrevista na CBN em janeiro e,  desde então, me alegra com seus comentários freqüentes.  Se  quiser ouvir a entrevista através da qual “conquistei” o leitor Bataglini,  clique aqui

E tem o Fernando Pawlow.

Blogueiro, estudante de Letras em Minas Gerais, ele  queria se comunicar comigo e não tinha outro meio a não ser através de comentário aqui no Boca.  Escreveu um comentário, pediu que eu lesse, respondesse para seu email e que não publicasse o que ele havia me escrito.  Cumpri o combinado;  e Fernando   virou amigo.  Não comenta com freqüência no Blog, entretanto, trocamos emails regularmente e até telefonemas.  Domingo  mesmo conversamos.   Ele gosta dos casos que conto aqui, principalmente os que envolvem políticos e jornalistas.  Não costumo por os nomes dos personagens, mas o Fernando acerta  sempre  na mosca. Aliás, o comentário misterioso que pediu para eu não publicar era exatamente sobre figuras relativamente conhecidas no mundo das comunicações.  Ele matou os nomes dos dois envolvidos.

Fernando, inclusive, propôs que eu publicasse mais casos.  Já tenho no Blog uma categoria intitulada Casos.   Por conta da sugestão dele, vou reativar os casos; para retomar, escrevi episódios divertidos de uma famosa jornalista aqui de S. Paulo.  Ela leu, sugeriu ligeira modificação, absolutamente justa.  Já acertei esse detalhe, mas ainda não mandei para ela. Se quiser ler os casos já publicados, clique aqui O primeiro que aparece (do beijinho) é bonito.  Os outros também são interessantes.

Bem, melhor do que eu falar  do Fernando, é você conhecer o site do Fernando – FERNANDO PAWLLOW-CADERNOS –  Clique aqui. Comece lendo, o texto predileto do Fernando – DIA DOS MORTOS NO BONFIM –    sensível Crônica a respeito de tradicional cemitério de Belo Horizonte.  Clique aqui. Se gostar, adicione aos favoritos e mande para os amigos.  Se alguém pensou que ia fazer a gracinha manjada do se não gostar…, enganou-se; mesmo porque você vai gostar.

Atencioso  com minha imagem/reputação,   Fermando  me mandou email dizendo que eu podia explicar que, embora tenhamos esse vínculo,  não quer dizer que eu compartilhe de suas convicções políticas.

Sucesso!!! Fernando,  que o seu CADERNOS torne(m)-se mais lido(s) que os Primeiros Cadernos  dos jornais da Grande Imprensa!!!

Ela me Deu um Beijinho

Clóvis, amigo do meu pai, era arquiteto de bom gosto e elegância impressionantes.  Morava em uma casa térrea que ocupava quase um quarteirão inteiro,  atrás do Shopping Iguatemi, naquela época, década de 60, antes da invasão de prédios e a marginal se tornar o que se tornou, era  região bem tranqülia.  Detalhista,  mandou colocar,  próximo à janela do quarto do filho,  uma folha de zinco, salvo engano, para que a chuva produzisse som agradável  que embalasse  sono e sonhos do jovem. Havia dentro da casa um espelho d´água mágico.

Chris  Montez, cantor americano, ficou famoso mundialmente por regravar  The More I See You, música de sucesso de décadas anteriores.  Depois gravou Call Me e Suny.  Estava no Brasil, nessa época do auge da carreira.  Clóvis e Lúcia, sua mulher, ofereceram um coquetel para ele.  Embora eu fosse garoto, fui convidado.  Montes era a vedete da noite, mas havia outros artistas.  Entre eles, Elis Regina.  Naquele tempo não existia  o termo tietar, mas eu  estava firme sentado  ao seu lado acompanhando atentamente  tudo o que  dizia.

Elis terminou o primeiro prato de estrogonofe que o garçon havia lhe trazido, mas ainda estava com   fome.  Perguntou para mim se eu não podia pegar mais um pouco de estrogonofe para ela e recomendou que eu mesmo fizesse o prato porque queria bem pouco mesmo.

Quando volto, entrego-lhe o estrogonofe na medida certa para saciar aquele resto de fome, ela agradece:

– Ah, que bonzinho que você foi.  Merece até um beijinho.

E me deu o beijinho!!!

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Ouça The More I See You com Cris Montes – Clique aqui

Ouça Atrás da Porta, do Chico,  na Emocionadíssima interpretação de Elis – Clique Aqui

Marginais Fascinantes dos Anos 60 e do Século 21

Rapazes de famílias  bem estruturadas e com certa grana da classe média que entram para a marginalidade  existem há muito. Existem e exercem  curiosidade e até mesmo fascínio.

Mil anos atrás, descobri Hiroito, que havia sido o Rei da Boca do Lixo.

Hoje, na CBN, conheci a história de Fabiano Pini Nasser, que conseguiu se livrar do Crack.

Em 1977, eu  estava lendo o livro BOCA DO LIXO de Hiroito Moraes Joanides, que durante os anos 60 era conhecido em S. Paulo como o Rei da Boca do Lixo.  Até então, havia sido  estudante, lia bons autores e sua vida corria suave junto à família.  O pai é assassinado e o acusam do crime. Dai para frente,  desanda tudo.

Fecho o livro, sento-me à frente da minha Remington, de mais de 50 anos,  (está comigo até hoje)  e,  automaticamente, em menos de meia hora, redijo umas quarenta perguntas para hipotética entrevista.  De acordo com o que havia lido no livro, seria solto nos próximos meses.

Ligo para a Editora, sou informado de que Hiroito já estava na rua.  Consigo falar com ele por telefone.  Marcamos a entrevista.   Na entrevista, conta coisas inacreditáveis a respeito do sub-mundo.  Pequeno, frágil e com óculos, foi ele quem  introduziu o revóver no pedaço.  Além do revóver na cinta, trazia um dentro de um coldre amarrado na perna direita.  Os bolsos direitos de suas calças eram falsos e, permanentemente, sua mão estava no falso bolso segurando a arma.  Disparou muitos tiros sem tirar a arma de dentro da calça.   A entrevista é Publicada em outubro de 1977, no suplemento dominical  FOLHETIM da Folha de S. Paulo.   Brilhante entrevista, graças a uma certa capacidade minha de divagar para conceber boas perguntas e -” muitíssimo principalmente” – o pelo conhecimento  teórico e prático  que a fera tinha. Mais que conhecer o tema, Hiroito  tinha uma fluidez de raciocínio e facilidade de expressão  impressionantes. Fiz praticamente datilografar o que ele me disse.  De certa forma, até fiquei seu  amigo nessa época.    Depois, perdemos o contato e soube que morreu em 1992. Filme com o mesmo título do Livro –  Boca do Lixo -, estrelado por Daniel de Oliveira, foi lançado há um ano e meio.  Minha entrevista com ele, publicada no Folhetim,  já está digitada.  Oportunamente publico.

A história de Fabiano Pini Nasser, hoje com 44 anos,  também transcorre em  altíssima velocidade.  Estudante de boas escolas particulares, passou temporada nos Estados Unidos, mergulha firme na droga e seu sub-mundo durante 17 anos, os seis últimos consumindo e consumidos pelo crack.

Esclarecido como Hiroito, e também com excelente precisão,  fala sobre o assunto, dá interessantes sugestões de como o poder público deve proceder na cracolândia e com os viciados.  Conta que a primeira experiência com o crack é fantasticamente boa e que da segunda à última  a coisa é enlouquecedora.  De quebra, ainda ensina os golpes e abordagens mais utilizados por malandros  e pedintes viciados.  Segundo ele, pedinte de sinal, nunca fatura menos do que R$ 1,500,00 por mês.  A soma mensal de um malandro de boa lábia e bem vestido é muito superior.  No começo,  com roupas bonitas e sua ótima aparência,  aplicava golpes bem engendrados.  Com a decadência física, foi obrigado a se tornar pedinte, pura e simplesmente.  De qualquer forma, a grana para a droga estava sempre garantida.

Vale a pena ouvir a entrevista.  Clique aqui

Doces e Cabeludas Reminiscências de Dercy

Daqui a menos de duas horas, estréia, na Globo,  Dercy de Verdade, mini-série sobre a fabulosa Dercy Gonçalves, cujo talento e absoluta irreverência  a levaram aos 101 anos de vida.

Há cerca de 18 anos, assisti a um show dela em teatro no começo da Brigadeiro Luis Antônio.

Era jovem, no ginásio,   não tão ingênuo, e também  não tinha noção de que nas cirurgias plásticas – pelo menos naquela época- as pessoas eram esticadas.  Vi na televisão a Dercy falando sobre o assunto:

– Já fiz tanta plástica que um dia ainda acabo barbuda.

No dia seguinte, na escola, eu disse que não havia entendido.   Os colegas explicaram.

– Ah, bom!!!

12 horas depois, entendi a piada.  Boa, mas bem primitiva!!!

No show,  ela contou que durante os anos da ditadura, todos os dias, alguns militares  pegavam os jornais, abriam na seção de necrologia para procurar o nome dela e exclamavam:

– Ah, aquela Filha da Puta ainda não morreu.

E aí,   fulminou:

– Eu é que vi todos eles morrer!!!

Para ir a esse show havia estacionado  em uma travessa bem próxima do teatro.  Nessa travessa havia uma saída do teatro.  Fiquei conversando ao fim do espetáculo.  Cerca de uns 25 minutos após o fim da peça, ao passar em frente a essa saída lateral, encontro Dercy;  em Pé e  sozinha.   Pergunto  se não queria uma carona e ela me diz que viriam buscá-la em seguida.   Ofereci-me para fazer  companhia a ela enquanto não chegasse sua condução.  Ela disse que eu podia ir embora sossegado porque ela estava bem.  Agradeceu minha gentileza, mas não quis que eu esperasse com ela.

Dercy, lá no Céu,  também deve estar se preparando para  assistir à série e durante os capítulos dizer diversos palavrões de aprovação ou reprovação – mas, sempre uns bons palavrões!!!