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Barbárie não Tem Limite

Em prestador de serviço vizinho à minha casa, local coberto,  sujeito, se preferir,  elemento,  usava, óbvio, boné;  tinha rabo de cavalo, não só no cabelo, como no no cavanhaque.

Mistura de duas teorias, uma de Domínio Público (1ª) e a outra minha.

  • A natureza limitou a inteligência, mas não limitou a burrice.
  • Educação e classe têm limites; a barbárie, não.

Você pode contrapor, mas que sujeito chato é esse Paulo.  O cara podia estar com  uma bela de uma camiseta regata com sovaco de fora.

Sim, poderia, como poderia estar de sunga de praia, já que a barbárie não tem limite.

Com falta de falsa modéstia, sugiro, para quem não leu, meu texto também aqui no Trombone: Educação Formal e Educação Informal, Ambas Imprescindíveis.    

 

Barbárie Instaurada! E que se Danem seus Direitos Fundamentais!

Lembra-se, você aprendeu que substantivo abstrato era algo que  não se  pode ver, nem tocar? Pois bem,  hoje cachorros do meu prédio latiram compulsivamente por  cerca de uma  hora seguida.  Então, dei-me conta de que FALTA DE  EDUCAÇÃO,  muitas e muitas vezes,  é” SUBSTANTIVO”  ABSTRATO AO QUADRADO.  Entretanto, há um grave paradoxo : a FALTA DE EDUCAÇÃO da maioria é algo MUITO  CONCRETO,  pesa toneladas e  esmaga os direitos mais fundamentais do cidadão, como o direito ao sossego.

Acho que defino bem a coisa.  Seus pais e os meus nos ensinaram   ” meu filho, sua liberdade vai até onde começa o direito do próximo”.  Pois atualmente isso foi subvertido  completamente – a liberdade dos búfalos (sujeitos grosseiros – sem qualquer ofensa aos búfalos de quatro patas) é ilimitada,  e o cidadão  vai cada vez mais  vendo seus direitos fundamentais estraçalhados.

Hoje,  foi uma hora de sinfonia de latidos.  Há cerca de seis meses,  elemento,  que tomava leite na padaria, não teve dúvida.  Despejou um pouco no pratinho onde havia comido pão e deu para o cachorro lamber.  No lugar do dono da padaria, que presenciou a cena, teria pegado o pratinho jogado no chão e cobraria R$ 50,00 do vândalo.   Se o cara protestasse,  chamaria o segurança e argumentaria:

– Sem problemas.  Eu fico com a chave do seu carro,  você vai comprar um pratinho idêntico e traz aqui.  Na volta, ainda vai pagar o estacionamento.

Os búfalos só entendem quando lhes afetam seu único órgão sensível: o Bolso.

Há texto meu legal sobre essa barbárie que vem se instaurando   de maneira espetacular.  Título já é sugestivo: Educação Formal/Educação Informal.  Quiser ler, clique

Sapo de Fora não Chia

O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, após 11 anos, foi fuzilado na Indonésia por tráfico de droga.  O homem era um traficante, sabia do risco que corria.  Não estou dizendo com isso que aprovo a pena de morte, muito pelo contrário.   Mas a situação me lembrou episódio meu, não me recordo  se nos Estados Unidos ou na Europa.

Nessas duas viagens, saí sozinho do Brasil para estudar um determinado tempo em escolas e depois viajar pela América do Norte e Europa.  Eu era três, quatro anos mais velho do que a garotada brasileira que estava por lá.  Todos os fins de semana, viajávamos para Londres, São Francisco ou alguma cidade vizinha.

Uma noite, ao sair do quarto para dar uma volta, um dos companheiros, pega um baseado e coloca no bolso.  Eu perguntei o que era aquilo.  Ele me disse que a lei local permitia.  Mesmo sem entender coisa alguma de legislação, e  muito jovem na época, fui taxativo:

– A lei permite para cidadãos daqui do país.   Larga esse baseado  escondido aí no seu quarto e vamos embora.

E ele não discutiu.

Eu tenho a seguinte política.  Se estiver fora do Brasil e alguém me convidar para participar da manifestação mais justa do mundo ou assinar contra o maior absurdo do mundo, não assino e não participo.

Óbvio que o mundo seria mais legal se não houvesse divisões rígidas de países, como sugeria John Lennon em Imagine, mas, infelizmente, não é assim.

Se não é assim, eu fico na minha quando estou nos países dos outros.

Lamento a Morte de Marco Archer e mando abraços para a Família.

Se quiser ouvir Imagine de John Lennon, clique

Todo Mundo é Contra. Eu Sou a Favor

Poeta Daniel Minchoni me define assim:

– Paulinho das Frases, cru, polêmico e indigesto.

Gostei e ainda  acrescentei predicado:  sucinto, cru, polêmico e indigesto.

Assim, lá vou eu, talvez sem síntese, tampouco indigestão,  mas com  polêmica e crueza.

Para contrariar, acho que todo mundo,  sou a favor:

  1. Do Voto Obrigatório
  2. Do Horário Político Gratuito nas TVs e Rádios.
  3. Da Proibição de Showmícios
  4. Da Proibição de cartazes fixados em muros e postes e demais equipamentos urbanos (pontos de ônibus, orelhões)

 

Voto obrigatório:

Ora, se o voto não for obrigatório, a grande maioria não comparece às urnas.  Votam aqueles que têm interesses específicos, muitas vezes, interesses escusos.  Menos gente votando, menos representativos serão os eleitos e mais fácil fica pessoas do mal colocarem lá seus representantes;  logicamente, políticos do mal ao quadrado ou ao cubo.

A longo prazo, claro, o ideal é que o voto seja facultativo.  Vota quem quer, nas eleições que quiser.

 

Horário Político:

É a oportunidade que o eleitor tem de travar um primeiro contato com os políticos e começar a fazer sua seleção.  E ainda, muito certa a proibição de grandes efeitos especiais nas  Propagandas e no Horário Político.   Sem contar que os canais abertos são concessões do governo.  Assim, mais do que justo que eles prestem esse serviço de Utilidade Pública.  Concordando ou não com o teor das propaganda, efetivamente se trata de Serviço de Utilidade Pública.

Proibição de Showmícios:

Coincidentemente, participei, como jornalista,  da Campanha do Governador Montoro, quando começaram   comícios intercalados com show, na época coisa inocente.  Nunca menosprezando a capacidade de quem quer que seja, menos ainda do eleitor humilde, tenho a impressão de que o político que lhe oferecer show do/de artista(s) querido(s) contará com o voto dos mais ingênuos.  Isso não é certo.  Logo, é mais do que certa a proibição de Showmícios.

 

Cartazes em Cavaletes:

Toda propaganda que possa ser removida sem grandes custos deve ser permitida. Tentado sempre não ocupar  as calçadas inteiras.  Já colar cartazes, pichar muros estão  proibidos e ninguém desobedece.  Certamente a multa é muito salgada e tem mesmo que ser salgada.  Que continuem  Proibidas Pichações e colar cartazes até o final dos tempos.

É isso que penso sobre eleições.

Já sobre o Congresso… Mais pra frente posto aqui, pela décima vez,  meu texto Recreio Sem Fim –  sobre o “mau comportamento” de  Deputados e Senadores…  Reitero, falo  apenas sobre  mau comportamento, como se diz para crianças…

Bandeira Brasieleira Esquisita e Hino Ininteligível.

Copa do Mundo, bom momento para se pensar em duas verdades irrefutáveis.

Verdade Irrefutável 1.  Fria e esteticamente, a bandeira do Brasil é esquisita.

Verdade irrefutável 2: O Hino do Brasil é ininteligível.

Quando era jovem, início da TV em Cores no Brasil,  eu dizia que a Bandeira Brasileira era uma aula de Geometria em Cores na TV Cultura.

Chico Buarque, poeta (poeta é poeta –  preciso e econômico nas palavras), com poesia inerente à pessoa dele, disse o mesmo que eu na Música Almanaque:

– Quem  pintou a bandeira brasileira que tinha tanto lápis de Cor???

A questão do Hino, então, é muito mais séria.  Não me julgo melhor nem pior do que ninguém por causa disso, mas jamais fiz o mais  mínimo esforço para decorar qualquer trecho do Hino.

Não faz sentido algum  nos dias de hoje uma letra como aquela.

E você que se orgulha de saber cantar e se emocionar com as palavras do nosso  Hino, que está achando um absurdo o que eu escrevo,  me responda:

Qual é o Sujeito da Frase –  OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS DE UM POVO HERÓICO O BRAVO RETUMBANTE..

Pensou??? Quer Pensar mais um Pouco???

O sujeito da Frase é, pasmem todos, as margens Plácidas

Uma construção mais direta e objetiva facilitaria um pouco se encontrar o sujeito. Lá vai uma possibilidade: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.

Na época em que o hino foi composto se escrevia daquela forma. Fazer o que, né???

Entretanto, se o objetivo do Hino é não apenas emocionar a nação, mas ser entendido democraticamente por todos os brasileiros, alguma coisa precisa ser feita.

Suspeito que uma boa primeira tentativa talvez fosse mesmo acatar a proposta do irreverente, e não por isso menos patriota, Lobão. A saber: ele sugeriu que se  encomende para  talentoso compositor de samba enredo  nova letra para o nosso Hino.

Quem tiver novas sugestões pode fazê-las!!! Trombone do Mayr  também é todo ouvidos!!!

Não fique chateado porque você não acertou o sujeito.  Agora, se você começou achando absurdo tudo o que eu havia escrito até se trumbicar na resposta, tenha um pouco de humildade que não faz mal a ninguém.

Quiser ouvir Almanaque de Chico Buarque, clique aqui.

Hino Nacional a Gente ouve na Hora do Jogo, né???

 

Show de Abertura da Copa Provou Para Todo o Planeta: A Natureza Limitou a Inteligência Mas não Limitou a Burrice

Assisti ao jogo e à abertura da Copa com um grupo de cerca de 10,12 amigos da Faculdade, após deliciosa feijoada.  Assim, fiquei com a sensação de que não entendera coisa alguma do que havia sido a cerimônia  por conta de conversas paralelas do grupo e até mesmo pela natural sonolência pós feijoada e cerca de três/quatro meias cervejas (cerveja, cerveja, não skin, skol…)

Antes de começar a escrever, passei os olhos pelo  texto da Folha de Hoje sobre o mesmo tema.  A opinião é quase idêntica à minha. Ou seja, não é que eu não tenha entendido, a cerimônia foi mesmo   um nada absoluto.    Chamar artista Belga para dirigir a coisa foi no mínimo mais uma manifestação do nosso inequívoco Complexo de Vira-lata.

Ora,  teríamos feito muito mais bonito se a opção tivesse sido coisa simples:  um belo show com Jorge Benjor, Gilberto Gil,  Caetano Veloso, a própria Cláudia Leite e Ivete Sangalo. Bem, há uma infinidade de artistas/cantores/músicos que poderiam ter se apresentado: Moraes Moreira, Alceu Valença, Antônio Nóbrega – para citar apenas parte dessa infinidade.

Amigo meu dizia que mulher era algo tão complicado que deveria vir junto com manual de instrução.

Pois bem, o show de ontem também era algo tão absurdo que nem bula, tratados poderiam explicar o que foi aquilo, o que tentou dizer .  A única certeza é de que não disse coisa alguma, não divertiu ninguém e o Brasil perdeu oportunidade de mostrar para Bilhões de Pessoas seus artistas verdadeiramente representativos.

Escalar Jennifer Lopes e deixar no Banco, digo botar pra escanteio, todos os nossos  fabulosos artistas é de uma Imbecilidade e Complexo de Vira-lata que não têm Tamanho.

Começamos muito mal, perdemos oportunidade que talvez se repita daqui a 60 anos, quando chegar novamente nossa vez de promovermos  a terceira Copa do Mundo no Brazil, digo Brasil!!!

Que nenhum turista seja Roubado, quer na Rua, quer no Comércio!!!

Que tudo corra bem com a Copa de uma maneira geral e  com os turistas que estão no país.  Certamente, que vão se irritar com o trânsito e as afrontosas filas nos Bancos.

Pelo que vi ontem nos telejornais (ainda não li o Jornal hoje),  todas as seleções têm sido acolhidas com carinho total não apenas por suas colônias que vivem aqui, mas também por nosso povo.

Voltando à preocupação com os turistas, que nenhum, mas nenhum mesmo,  sofra qualquer furto ou violência de quem quer que seja; não sejam assaltados nas ruas, tampouco por comerciantes (ficou claro???).

Comerciantes,  mudem aquele conceito de que “tendo certeza de que o turista sofreu todo tipo de agruras e que não vai mais voltar, eu não vou deixar de também meter a faca”.

Os turistas não sendo roubados nas ruas e nem no comércio, voltarão porque beleza e lugares espetaculares é o que não faltam  por aqui para agradar todos os gostos e além disso farão uma bela propaganda boca a boca.

Quem sabe, a partir de agora, além de ser o “celeiro do mundo”, a gente não se torne também o recreio do mundo, a grande vocação desse país belíssimo com essa gente tão encantadora.

Acho que entraríamos em um circulo virtuoso: mais turismo, economia crescendo, mais investimento em turismo, economia crescendo mais ainda e por aí a fora.

Mas para que isso aconteça, ladrões nem comerciantes podem roubar turistas.   Como diria a grande Aracy de Almeida:

– Estamos conversados!!!

E eu coloco interrogação, dirigindo-se às duas categorias (ladrões e comerciantes):

– Estamos conversados???

Espero que sim.

 

Turismo Assim??? Uma Pena!!!…

Uma tristeza como a qualidade de vida se degenera no Brasil a cada instante.  Com essa degenerescência,  mata-se junto o turismo, que poderia ser a grande indústria do país.  Home de Portal na Internet mostra que assaltos a ônibus mais que dobraram em S. Luiz do Maranhão no último ano.  São Luiz do Maranhão é belíssima cidade com suas fachadas de azulejos.   Na mesma Home do mesmo Portal, o estado deplorável de poluição na Bahia de Guanabara, cercando o Pão de Açúcar, talvez a imagem mais conhecida do Brasil  no Planeta.

Em Cancun no México, quando eu fui para lá, cerca de 15/20 anos atrás, bons, limpos  e baratos ônibus levavam o turista da frente do Hotel ao Centro.  Para chegar ao ônibus e ao Hotel, uma pequena caminhada.  Não havia hipótese de o turista ser assaltado.  Um assalto “mal sucedido”, com um americano morto ou mesmo machucado, seria o assassinato da Galinha dos Ovos de Ouro da Economia local e do país.

Há muito que falo isso, Campanhas publicitárias e ações efetivas mesmo  para dar Segurança ao Turismo/Turista precisam ser adotadas.  Com esse vasto território, infinitas praias,  imensa Variedade de atrações,  o turismo deveria ser a Vocação Natural do País.

Se tivermos a imensa felicidade de que nada aconteça para Turista algum durante a Copa,  isso for bem explorado e, efetivamente, se tornar ponto de honra para o Pais, o turismo profissional mesmo é um belo caminho a ser trilhado para nos ajudar a ter  nossa emancipação econômica e dar melhores condições de vida para todos os brasileiros.

Que Deus, autoridades e até mesmo os Marginais nos ajudem!!!

Black Friday??? Ou Black…

Afora o ridículo do nome em Inglês, estatelando o Complexo de Vira-lata, ao que parece,  uma enganação; já que aumentaram os preços às vésperas para diminuir hoje.

A graça que corre por aí: está tudo pela metade do dobro do preço.

A graça que não ouvi por aí, que tá mais que pingando na área e, se ninguém chutou   pro gol, chuto eu:

Não é Black Friday, é Black Fraude – Fraude Preta, na conotação  negativa mesmo que se dá à palavra preta.

Quer conhecer mais sobre o Complexo de Vira-lata, clique aqui

Engraçado, porém Preconceituoso

Torcidas de futebol andam em baixa, já que a violência nos estádios e arredores  anda em alta.  Mas o chavão da década de 70 de que torcedores de futebol eram, necessariamente, alienados  foi  derrubado  em estudo do sociólogo Sérgio Miceli.

Mais de trinta anos se passaram desde que  duas colegas de faculdade e eu entrevistamos Miceli para a Folha de S. Paulo, em 1977, quando o Corinthians foi campeão, após ficar 23 anos sem título.  O sociólogo  apresentou seus dados de que entre aqueles que se declaravam torcedores de algum time, havia mais eleitores do partido de oposição da época, do que entre os que não torciam por time algum.  O tempo, naturalmente, faz que tudo mude.

Assim, o estereótipo de que torcedores são alienados e inconscientes permanece.  Seria talvez esse momento interessante para outro estudioso realizasse novas pesquisas a respeito.

Otimista, espero e suponho  que  torcedores de futebol  dediquem a mesma devoção que têm pelo esporte aos assuntos, de fato,  importantes e, principalmente, que digam respeito ao bem estar e qualidade de vida deles.

Assim, publico duas ilustrações que recebi por email, com as quais não concordo, mas que, de certa forma, servem pensar sobre o tema.

Depois de se divertir com os desenhos, se quiser conhecer mais sobre Sérgio Miceli, clique

Não concordo - Autor da charge - desconhecido
Torcedores não são todos submissos. Autor da charge - desconhecido