Conselho Nacional de Justiça – CNJ – inspeciona movimentação finaceira de quase 217 mil magistrados e servidores do Judiciário. E essa seria a origem “da Guerra deflagrada no Mundo Jurídico”, segundo o competente jornalista da Folha de São Paulo, Frederico Vasconcelos. Foram encontradas mais de 3.400 movimentações suspeitas e o CNPJ, a partir disso, determinou-se devassa em 22 tribunais do País. Essa é a parte chata (chata de ler) e vergonhosa da notícia.
Agora, a parte engraçada. Transcrevo parágrafo da Folha.
“Magistrados acharam que o CNJ investigou eventual prática de crime, e não de infração disciplinar, e pediram ao STF a suspensão da apuração. O Ministro Ricardo Lewandowski, um dos que receberam pagamento investigado, deu a liminar.”
Os magistrados argumentarem que o CNJ investigou eventual prática de crime e não infração disciplinar me faz lembrar historinha formidável.
No velho Mugui, boate da rua Augusta, “onde os meninos maus (de 15/17 anos) das famílias boas iam se encontrar com as meninas boas (prostitutas) das famílias más”, um amigo, mau de família boa, conversava com uma moça boa…..
Meu amigo pergunta:
– E como é que você faz para explicar para seu pai esse dinheirão que você ganha.
A moça, à moda dos nossos magistrados, explica:
– Eu digo para ele que sou contrabandista.
No caso atual, infrações disciplinares os magistrados permitem que sejam investigadas; crime, não.
É mais ou menos o mesmo racicínio da “moça”: contrabando, ok; prostituição, papai fica bravo!!!