Neymar, além de sessões com psicólogo e fonoaudiólogo, tem aulas de inglês, espanhol, conhecimentos gerais. Sem contar o treinamento para se sair bem em entrevistas. O Santos está certo em proporcionar isso ao garoto; aliás, todos os times deveriam ter preocupações semelhantes.
Há ainda outras medidas simples que poderiam ser adotadas para construir esportistas mais completos. Ajeitar o calendário de viagens de tal forma que sempre seja possível encaixar um tour de turismo pelas principais cidades, no Brasil e no Exterior, onde os times se apresentam. Se houver museus importantes, que também sejam visitados.
Jorge Benjor, no início da gravação de uma música, diz para as meninas do coro:
– É para cantar, cantando; para dançar, dançando…
No caso das visitas pelas cidades e pelos museus, precisa avisar os jogadores que é para visitar visitanto. Nada de Ipod no Ouvido e Pagode correndo solto dentro do ônibus, impedindo o guia de explicar o que está sendo visto.
O dinheiro para garantir um futuro hiper sossegado, os meninos já estão ganhando. Não custa nada pensar também em um futuro emocional e intelectualmente que vá além de passar a eternidade fazendo churrasco e cantando pagode.
Jogadores de futebol precisam se preparar para o futuro:financeiramente e culturalmente.O primeiro,para que quando se aposente ou fique desempregado,não passe fome e passe a pedir ajuda de amigos.O segundo, para que ao menos nos jogos oficiais,possa cantar o hino nacional brasileiro e não dê vexame.
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Cícero:
Eu não dou essa importância toda a saber o Hino. Ser Bom Patriota vai muito além disso. É ser sério e ter atitudes dignas com o bairro, a cidade, as pessoas e o país, enfim. O Hino importa pouco. Principalmente um hino com uma letra complicada dessas. Certamente você já leu.
http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/09/25/o-sujeito-do-hino-e/
Lá vou eu de novo, minhas velhas broncas com o esporte…
Paulo, ninguém tem nada que ficar fazendo força para enfiar cultura em cabeça de futebolista. O mundo precisa é acordar, dar-se conta de que jogador de futebol – e muitos outros atletas – só sabem usar o corpo e têm a cabeça oca, e que ficar idolatrando esses mentecaptos é uma estupidez. Essa gente, em vez de ficar batendo em bolinha, batendo em bolona, pulando em rede, correndo pra lá e pra cá numa soma inifinita de gols, pontos, saques, vantagens, serviços, etapas e rankings que não levam a absolutamente nada, deviam ir trabalhar ou fazer alguma coisa que enalteça de verdade o ser humano. Essa gente não são ídolos nem exemplo para ninguém, são só macacos hiperativos. Não trazem benefício NENHUM para a humanidade. Enquanto isso, professores são tratados como lixo.
E deixa o menino assar seu churrasco com pagode no volume máximo. É DISSO QUE ELE GOSTA! É isso que ele é! Um cabecinha que recebe tratamento de rei só porque joga futebol. Não tem nada de melhor que um moleque de rua campeão de jogo de botão, cuspe à distância ou campeonato de masturbação.
Sempre ouço as pessoas reclamando das mensalidades dos filhos, mas não vejo ninguém reclamar do preço dos ingressos do estádio no domingo, nem vejo ninguém reclamar dos altos preços dos televisores de várias dezenas de polegadas. Simplesmente pagam o preço e estão felizes.
Não tem nada de errado com os meninos do futebol, erradas são as prioridades do mundo.
Botei a boca no trombone.
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LM
Já vi que vc vai ficar freguesa e freguesa na discordância. É ótimo isso!!!
Não quero e não quis enfiar cultura na cabeça de ninguém. O que eu quis dizer, acho que consegui dizer.
Outra coisa, taxar quem gosta de esportes, quem acompanha futebol de aliendo é imenso engano. Em 77, quando o Corinthians foi campeão, depois de 33 anos sem títulos, eu e duas colegas, os três estudantes de jornalismo na época, fizemos uma entrevista com o sociólogo Sérgio Micelli. Nessa entrevista, ele dizia que exatamente nos redutos das grandes massas de torcidas dos times mais populares, a oposição (na época havia apenas 2 partidos: Arena e MDB) tinha mais votos. Se vc quiser pesquisar na Folha de S. Paulo, me diga, que eu passo para vc a data precisa e a página em que saiu a entrevista.
Agora, você não acha que eu vou dizer que professor ganha bem??? Ou acha???
Escreva sempre
Paulo Mayr