Excetuando-se a Indústria Automobilística de acessórios, pneus e talvez de combustíveis, toda a coletividade, talvez a humanidade inteira, incluindo-se prefeitos, secretários e até a Presidente, quer que o cidadão deixe o carro em casa para distâncias curtas e médias.
Sol de rachar hoje, por volta do meio-dia. Tentei me proteger à sombra de magníficas árvores no Canteiro Central da Av. Pacaembu. Repetindo, TENTEI!!!
Pois não é que, entre uma e outra frondosa árvore, agressivas plantas de mais de dois metros de altura, com espinhos afiadíssimos, que parecem de aço, ocupam praticamente toda a largura do tal canteiro central.
Para fugir do sol inclemente, o pedestre não podia caminhar pelo canteiro; era obrigado a andar na rua, com carros passando a centímetros.
Como diz a Sabedoria Popular, A Natureza limitou a inteligência, mas não limitou a burrice.
Lógico que deve haver alguma autoridade menos insensível. Acontece que autoridade só anda de carro, vidros nigérrimos, muitas vezes com batedores. Isso quando não usam helicópteros.
Sob a folhagem, muitas vezes, merda de cachorro.
Microconto meu, que, graças a Deus, hoje não se passou comigo. Quer dizer, a parte final. Nem podia mesmo acontecer, já que andei a maior parte do tempo, correndo perigo, junto ao meio-fio.
Lá vai o microconto:
Para fugir dos carros, caminhou pelo canteiro da avenida. Pisou na merda de cachorro.