Carro me dá duas sensações opostas: de imensa liberdade para poder ir à noite a um restaurante distante sobre o qual ouvi falar. E também de prisão. Quando estou a cerca de dois quilômetros do lugar onde tenho que chegar, assim que posso, estaciono para me ver livre. Se tem metrô, e é fora dos do horários de pico, não há possibilidade de eu ir de carro.
Agora, os grandes prazeres mesmo são andar a pé e de bicicleta (se vivesse em cidade e bairro planos, meu carro mofaria na garagem).
Sem contar a sensação de liberdade que o caminhar e a bicicleta proporcionam (embora reconheça que andar de bicicleta no dia a dia seja bem arriscado em São Paulo), você encontra pessoas que não via há tempos e pode conversar, ainda que rapidíssima troca de palavras.
Eu e Fernanda, vizinha próxima de bairro, todos os domingos damos longas caminhadas. Feriado de sexta-feira, lá estávamos nós andando. Na Caiubi, rua da antiga sede do Glorioso Clube Caiubi, próximo à Igreja, encontro colega meu de Faculdade, hoje jornalista híper famoso. Foi o caso de rapidíssima, porém carinhosa, troca de palavras.
Ontem, estava de bicicleta, mulher na calçada me cumprimenta. Paro. Vou logo dizendo que sou mau fisionomista. Era outra colega de faculdade que não via há anos, que também mora no bairro. Ela pegou meu telefone, disse que ainda se encontrava com alguns colegas e que eu seria convidado para o próximo almoço deles. Chego em casa há pouco, recado de outra colega comum me convidando para o almoço.
Hoje, no tradicional passeio a pé de todos os domingos com a Fernanda, troco saudações com Juca Kfouri, que conheço de vista.
O carro certamente teria me privado de tudo isso. Fazer o que, né??? Amanhã, estarei lá, estancado/ congelado no meu cubo de gelo preto(cor do meu Corsa) em várias momentos do dia e diversos pontos de São Paulo!!!
Paulo a unica solução é se mudar para o interior. Abraços.
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Caro Júnior:
A vida aqui é difícil mesmo. O ideal, e eu ainda chego lá, é fazer tudo no bairro. Aí, o bairro vira cidade do interior.
Abraços
Paulo Mayr
obrigada por me tornar famosa. Oi gente, eu sou a Fernanda. O texto é ótimo.
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Fernanda:
Eu é que agradeço nossos tradicionais passeios a pé.
Beijo para vc e para sua mãe.
Paulo Mayr
Caro Mayr!!!
Eu não tenho carro. Mas tenho certeza que você tem muitas histórias para contar,por conta de seus passeios a pé e de suas andanças de bicicleta.Quanto ao seu futuro almoço com seus colegas da ex-faculdade,que seja muito bom e que não tenha Tv ligada no restaurante.Abraços.
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Caro Cícero:
Como digo, se pudesse, só andaria de metrô. O almoço vai ser bom, mas se tiver tv ligada….
Na verdade, vai ser na casa de uma colega.
Abraços
Paulo Mayr
Paulo Mayr
Ando a pé todos os dias. Costume antigo. Gosto muito. Sei até o nome dos cachorros por onde passo. A pé, o mundo gira mais devagar. Dá até prá ver capim crescer. E outras coisas muito interessantes. No meu roteiro diário, (ou quase diário, porque às vezes mudo o roteiro), no meu roteiro diário tem um puteiro. A cafetina, uma senhora idosa, fica ali no portão. Passo por lá: “E ai Dona Maria como vão os negócios?”. Responde ela: “O movimento tá bom, GRAÇAS A DEUS !”
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Caro Sidney:
Saudades dos seus comentários.
Vc disse bem: à pé, o mundo gira mais devagar. Qiuanto ao final do seu comentário, nada posso dizer porque não sei do que vc está falando. (Risos).
Grande abraço e não deixe os posts aqu sem seus perspicazes comentários.
Paulo Mayr