Arquivo mensais:março 2010

BIG BROTHER E A QUESTÃO DO PRIVADO VERSUS O PÚBLICO

Acabou o Big Brother!!!

Suponho e torço para que voltem A Grande Família, Toma Lá, Da Cá e outros teleteatros que só a televisão brasileira sabe produzir.

Para comemorar o fim do Big Brother, publico artigo  do meu amigo Armando de Oliveira Neto, Médico Psiquiatra, que, didaticamente, explica o tema.

É longo.  É bom.  Vale a pena!!! Eu leria!!!

Lá vai:

Big Brother e a questão do privado versus o público

por Armando de Oliveira Neto

Um programa de televisão que tenho notícia, o BBB, que me nego assistir por questão de “religião” (a que não me permite ficar estúpido) lança de maneira magistral as pontes para a dessensibilização do espectador para qualquer questionamento sobre o tema, em permanente “lavagem cerebral” do mais incauto: a questão do privado versus o público.
 
Proponho aqui provocar uma reflexão: qual é limite entre, dentro da perspectiva apresentada, a vida pública/feliz, assim vendida ao grande público, e a privada/angustiante???
 
Vida pública vista sob o prisma da presença do Estado, que pode estar representado pelo(a) pai(mãe) zeloso(a), pelo patrão cuidadoso com a produção da fábrica, com a fábrica de biscoitos que se propõe a melhorar seus produtos, até o(a) marido(esposa) observador dos passos milimétricos de seu(sua) cônjuge, e assim por diante.
 
Vida privada vista pelo abandono e a solidão do existir INDEPENDENTE, diante da liberdade de nossas escolhas dos caminhos a tomar, com a inerente e indissolúvel responsabilidade das conseqüências dessas escolhas.

Há alguns meses o jornal “O Estado de São Paulo” publicou matéria que versava sobre a evolução das Ciências que permitiriam ter observação sobre os indivíduos desde antes do parto, pelo uso do Ultra Som Gestacional, até a morte.

Pode-se observar, nas mais diferentes situações das atividades humanas, que há uma disseminação de equipamentos e toda a parafernália que os acompanha, com o objetivo de “monitoração” do cidadão, apoiando-se nos mais variados argumentos, desde a segurança individual até a nacional, acompanhamento, maternagem, e por aí afora.

Se pudermos ampliar essa observação, desde os anos 50 procurava-se a separação de espermatozóides X dos Y, com objetivo de escolha do sexo do embrião a ser concebido, o que já é padrão na “sexagem” de sêmen bovino ou mesmo o humano na atualidade.

O estudo genético das células do líquido amniótico já revela patologias que poderão indicar a viabilidade do embrião/feto e, portanto, a continuidade ou não da gestação. A questão da seleção de embriões humanos “adequados” na gestação assistida já é um tema que habita a classe médica.

“Adequados” já não é o designativo de viável, mas de cor dos olhos, dos cabelos, estatura, inteligência (?) e outras características desejáveis pelos pais.

O mapeamento genético em breve substituirá a Carteira de Identidade, lembrando que o controle digital, aquele que se coloca a polpa do dedo para identificação, já está em uso para controle de funcionários, quer em serviço público quer privado.

Receitas médicas podem ser identificadas pela indústria farmacêutica em tempo real, com uso de programas de computadores.

As compras, em supermercados e outras lojas, são monitoradas da mesma forma, no momento da compra por meio de cartão do sistema bancário, informando-se as preferências do freguês alheio a esse procedimento.

Os atuais telefones celulares usam tecnologia GPS, podendo o cidadão ser localizado a qualquer momento na face da Terra. Assim os papais e mamães modernos poderão se sentir mais seguros e confiantes, uma vez que seus rebentos poderão estar sob suas tutelas permanentemente.

Um “chip” de identificação e localização já foi desenvolvido, para implantação na região da palma da mão, mas não foi ainda apresentado para comercialização, limitando-se a equipamentos de monitoração a condenados a prisão domiciliar.

Enfim, poderíamos dar outros detalhes sobre o desenvolvimento da tecnologia que temos nos dias de hoje e possíveis para os próximos anos (não décadas ou séculos), mas o que temos já é suficiente para uma reflexão que se segue.

Romances, na ocasião de suas publicações, chamados futuristas, já denunciavam essas evoluções, tais como “1984”, “Admirável Mundo Novo”, “Fahrenheit 451” e, mais recentemente os filmes “O Exterminador do Futuro” e “Matrix”, mostram o desenvolvimento da reação do ser humano a essa opressão controladora por uma instância que chamarei, para fins desse escrito e em respeito aos originais citados, de Estado.

Lembro-me, lido há 50 anos, a sensação de liberdade que o protagonista de “1984” vivenciou, no pequeno espaço do cone de sombra das câmaras de vigilância do Grande Irmão, e que desencadeou toda a trama do romance.

É assim, guardando as diferenças, que podemos encarar a questão do Controle do Estado e nossa indignação frente a ele.

Lembrando o Livro de Gênesis, o ser humano faz o mundo à sua semelhança e imagem. Rompemos com as leis divinas, ou se preferir com as leis da evolução das espécies, pois podemos criar seres humanos perfeitos geneticamente. Controlamos doenças que antes matavam milhões de pessoas. Trocamos partes do corpo humano e hoje até introduzimos micro-processadores no interior do cérebro para sanar certas deficiências.  Desconsideramos o Salmo que canta “que o pó volte a terra, de onde veio e que o espírito volte a Deus que o criou… Vaidade, vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade…”, pois alguns acham que já há tecnologia para se prolongar a vida para além dos cem anos, ou até mais, pelo congelamento, uma ressuscitação depois de algum tempo .

Todos esses elementos levam o ser humano a uma estupefata e perplexa admiração pela Ciência e os limites, a todo instante, superados.

Veríssimo, em crônica no jornal “O Estado de São Paulo”, datada de 31/12/2009, escreveu: “Com o aperfeiçoamento do GPS seríamos guiados por uma entidade superior que tudo vê e tudo sabe. Um satélite estacionário sem nenhuma dúvida sobre o que é certo e o que é errado e o que nos convêm. Bastaria levar o aparelho ao ouvido e escutar os seus conselhos. Na voz que escolheríamos.”.

A Psiquiatria encontrou seu caminho nesse processo ao achar a pílula da felicidade, assim chamado um anti-depressivo lançado em meio a um das melhores campanhas de propaganda, que prometia a supressão da dor d’alma em qualquer condição, jogando por terra qualquer concepção relacionada a condição do sofrimento humano, amplamente questionada por Fukuyama e outros.

A tecnologia a serviço do controle do Estado também procura provocar uma sedação às nossas angústias, oferecendo-nos uma apaziguante sensação de proteção frente as incertezas do viver.

Nos dias de hoje estamos construindo os alicerces de um Admirável Mundo Novo… e nós vamos conseguir!!!

E, lembrando uma expressão alemã, encontrar os dourados caminhos do meio torna-se uma tarefa hercúlea dentro de cada um: ser livre e independente contornando-se as perigosas seduções da tecnologia e da Medicina.

Essa é a minha escolha.

E a sua?
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Armando de Oliveira Neto
Médico Psiquiatra
Aposentado do Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica
Do Hospital do Servidor Público Estadual
Médico Assistente do Hospital Infantil Cândido Fontoura
Professor/Supervisor pela Federação Brasileira de Psicodrama.

Morte de Isabella Nardoni – Faltou o “Volta Pra Trás” do Meu Irmão!!!

As mais diversas conjecturas tentam dar conta e  explicar o que teria levado o casal Nardoni a fazer o que fez. 

Leitor assíduo aqui do Boca também tem a sua.  Diz ele: …

“Mesmo com as falhas dos peritos de não preservar a cena do crime e fazer bater a versão policial para o crime, não há como não imaginar que a Jatobá em TPM e enciumada bateu na menina no carro e depois a esganou no apartamento e o pai pensando que a menina já estivesse morta a arremessou pela janela para encobrir o crime da parceira”.

Corte.

Sujeito brilhante meu saudoso irmão Beto (Antônio Roberto Sampaio Dória).  Aos 26 anos, era professor de Direito da São Frâncico e aos 32 tornou-se o mais jovem catedrático que a USP já teve (salvo imenso engano meu).

Pois bem, além de inteligência e perseverança, outra grande qualidade que ele tinha era o bom senso.  Manda-chuva aqui no Brasil  de uma das principais produtoras de Alumínio do mundo, era querido e admirado por todos.   Precisei ir à empresa dele por alguma razão após a sua morte.  Mais de um diretor – em ocasiões  diversas e separados – me  disse mais ou menos o seguinte:

– Seu irmão era o esteio/paradigma aqui dentro para tudo.  Ele  faz muita falta pra todo mundo aqui!!!

Em momentos de tensão, quando cada um dava uma alternativa mais absurda do que a anterior, antes que alguém tomasse qualquer iniciativa, com muita graça, ele repetia:

– Volta pra trás!!!  Volta pra trás!!!

Ora, o que ocorreu deve ter sido muito próximo ao comentário que recebi.

Obviamente, sou contra qualquer castigo físico.

Pode ser que Isabella tenha levado um golpe um pouco mais violento e tenha desmaiado.  Lógico que já seria um grande trauma que ela levaria consigo por muitos anos ou até mesmo para sempre.

Era nessa hora que qualquer pessoa de bom senso teria que intervir e determinar.

– Chega!!!  Volta pra trás!!!

Daqui para frente, antes daquele passo que atravessa o limite do qual não se pode retroceder, devemos ter sempre conosco a idéia do Volta pra trás, do meu querido Beto e que certamente teria salvo Isabella.

Somos Mesmo Vira-Latas???

Achei lindo.  LÍQUIDO, o nome da Loja de maiôs (é uma rede).  Nome bonito,  e EM PORTUGUÊS.  Durou pouco minha admiração.  Aí eu vi a Placa toda:

Líquido – Praia e FITNESS

Ao lado, na Alameda Barros, uma loja de camisolas e pijamas femininos: Devaneios.  Também perfeito – porém com Y.

Será que algum dia comércio e consumidores vão se dar conta de que tudo isso é uma imensa CAFONICE???

Acho que era por essas e por outras – PRINCIPALMENTE POR ESSAS –  que Nélson Rodrigues dizia que o brasileiro tem complexo de Vira- Lata!!!

Morumby Seria Pequeno Caso Houvesse Pena de Morte

Menos de um mês atrás,  público  de uma série de palestras  sobre os grandes julgamentos da História ficou admirado ao saber que milhares e milhares  de pessoas  assistiram  de perto à  execução de Giordano Bruno em 17 de Fevereiro de 1600, numa pira erguida na Praça do Campo das Flores, em Roma.

O palestrante,  brilhante e ultra irônico  professor da Unicamp,  foi taxativo:

– Imaginem vocês que houvesse pena de morte no Brasil e o casal Nardoni fosse condenado.  O público faria filas em volta do Morumby  para assistir ao vivo à  execução.

Reportagem da Folha de S. Paulo de hoje  mostra  que   cerca de trezentas pessoas, maioria constiuida por famílias, inclusive crianças,  em frente ao fórum de Santana cantavam antes do anúncio da sentença de Ana Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, “ai, ai, ai tá chegando a hora.”

Antes disso, para aplacar a ansiedade,  um carro de som tocava forró.  Versinhos eram cantados ” Ô  Seu juiz, presta atenção, eu quero ver o Nardoni   na prisão.” “Sete a zero, sete a zero”, gritavam outros antecipando o resultado pretendido.   “Joga pela janela, joga pela janela”,  pediam os adptos da lei de Talião.

Quando saiu a sentença, o carro de som, imediatamente, passou a tocar o “Tema da Vitória”,  “como nas corridas vencidas por Ayrton Senna.”

Diante de tal espetáculo,  passo a achar que o Morumby seria muito pequeno para o público que quisesse assistir à hipotética  execução,  bem como seria dos maiores Ibopes da TV em todos os tempos.

Triste, muito triste.  Meta-tristeza, como costumo dizer.

Minha Única Alegria em Shopping Centers…

Shopping Centers são o inferno!!!

Pego o carro para almoçar em um restaurante razoável no Alto de Pinheiros.  Meu pai, 89 anos, comigo.  Entramos no carro, desaba temporal.  Como se sabe, chuva mata velho!!!  Por conta do estacionamento coberto, mudei de rumo: Shopping Center Eldorado!!!

A praça de alimentação, em reforma e, apesar da reforma, funcionando normalmente, a todo vapor, sob  toda precariedade:  barulho, poeira…  Shopping Centers são o inferno; inferno em reforma…  As mesinhas para uma ou duas pessoas foram todas “ajuntadas”,  tal qual um imenso refeitório de Fábrica.

Já tinha uma frase para shopping centers que precisa ser melhorada para retratar com mais fidelidade a “piora/piorada” da instituição:  Shopping Centers me proporcionam imensa alegria: quando saio!!!

Vagões do Metrô – Latas Gigantes de Sardinhas!!!

Ouvinte enviou email  para a  CBN ou  Band News afirmando ser   impossível entrar nos vagões do Metrô da Linha Leste-Oeste ontem durante a tempestade. Imagino!  Normalmente  são oito pessoas por metro quadrado nos vagões na hora do rush.

Sou grande fã  do nosso metrô, e não só da boca pra fora, se tiver metrô onde eu tenha que chegar, não há hipótese de eu ir de carro.

Mesmo fã, ao participar de um concurso de micro-contos de até 140 digitos do Twitter, (salvo engano, havia mais de 5.000 inscritos – classifiquei dois entre os 20 primeiros) tentei fazer a síntese da síntese da coisa:

Em cada metro quadrado dos vagões do metrô de S. Paulo,
Todos os dias,  oito pessoas ensardinham-se em latas gigantes (118dígitos).

Fazer literatura, pseudo-literatura ou micro(e pseudo) literatura é fácil.  Duro é encarar a coisa duas vezes por dia de segunda a sexta!!!

Big Brother – êxtase supremo ou um nada absoluto???

Para mim, Big Brother é um nada absoluto. 

Entretanto, 215 mil brasileiros pagam R$ 150,00 por mês para poderem assistir 24 horas por dia ao programa.   Conheci uma mulher arquimilionária que também pagava por isso.  Certamente continua pagando. O  destino me ajudou e não mais a vi. Alguns grupos chegam a preparar festas semelhantes às que acontecem no programa nos mesmos dias e horários.

A audiência na TV aberta, quando o programa está sendo transmitido,  já atingiu  55% dos aparelhos ligados.

Uma teoria afirma que a Natureza limitou a inteligência, mas não limitou a burrice. 

Atribuir tal êxito à inteligência limitada do grande público está correto ou seria uma explicação simplista???

Dê a sua opinião, espectador ou não do Big Brother.  Só não vale me xingar muito !!!

Em tempo, encomendei para amigo meu psiquiatra – que também se recusa a assistir ao Big Brother – um texto sobre o assunto.  Enquanto a teoria não vem, vamos votar e já treinando aqui no Boca para a as eleições de outubrol!!!  Essa, sim,  com direito (leia-se obrigação/imposição) a Horário Gratuito (aliás, nem sou tão contra assim ao horário Gratuito).  Falar sobre horário gratuito, só quando ele chegar.  Polemistas do Boca, contenham-se ainda em relação ao horário gratuito. Mas se não der pra se conter, como cantou Tim Maia, vale tudo, falem sobre isso também!!!

Transtornos e Delícias das Feiras Livres de São Paulo

Meu Post FEIRA LIVRE É MESMO UM BOM NEGÓCIO PARA A DONA DE CASA???
http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/02/19/feira-livre-e-mesmo-bom-negocio-para-a-dona-de-casa/ gerou troca de mensagens ligeiramente acaloradas aqui no Boca.
 
Começo narrando o transtorno a que  eu e outros motoristas que estavam em Pinheiros fomos  submetidos por conta do pouco caso dos feirantes e a ausência de Fiscalização.   Concluo, publicando comentário poético da Cláudia, resposta do Leitor Vicente e a Tréplica da Cláudia.  Se o leitor Vicente quiser responder à tréplica da Cláudia, será publicado com destaque.

Lá vai o  transtorno.

Desde o começo de fevereiro deste ano,  o horário das feiras estabelece o fim da comercialização de produtos às 12:30 hs.  Às 14 horas,  os resíduos devidamente ensacados, já  não podem mais estar nas ruas.

Mas Decreto é uma coisa.  Fiscalização é outra.  E decreto sem fiscalização é igual a nada.

Pois bem, na última 5. Feira, dia de Feira na rua Antônio Bicudo em Pinheiros, por volta das 14:20 horas,  ainda imperava ligeiro caos na própria rua, o  que impedia a passagem  de carros por toda sua extensão.  Alguns carros para escapar do congestionamento na Rua Arthur de Azevedo, entraram  na Antônio Bicudo para pegar a Benjamim Egas à direita (vinte metros à frente) e em seguida pegar alguma paralela à própria Antônio Bicudo.

O que aconteceu??? Um caminhão  de feirante ocupava toda a largura da Benjamim Egas impedindo a circulação de qualquer veículo que não fossem bicicletas ou motos bem miudinhas e patinetes. 

Resultado: Meta-Caos (ou o caos dentro do Caos)   Motoristas voltando de ré, por entre o lixo da feira, driblando tábuas com pregos, para  voltarem –DE RÉ –  para o congestionamento do qual pretendiam fugir.

Agora, relaxem e divirtam-se com os comentários

Mensagem de Cláudia:
Concordo com a Silvia (nota do Boca – Sílvia, filha de feirantes fez comentário mostrando a vida dura desses valentes trabalhadores)  e acrescento: feira para mim é uma coisa linda! É colorida, dinâmica, engraçada. Gosto de ver aquela coisa humana da feira: o contato direto com o vendedor, as mãos sujas de terra, os manuscritos nos varais, nada de balanças, propagandas chatas, ar refrigerado gelado. Sem contar a singeleza das graças, das brincadeiras, trocadilhos e gestos que fazem da feira um passeio divertido. Nenhum dia se repete ou é monótono. As coisas na feira são sérias, mas com graça e improviso. A feira tem calor e tem vida.
Eu vou na feira. E vou chegando, escolhendo, reclamando, pedindo… tô em casa.
Quanto aos alimentos eu não tenho nenhuma queixa; costumam estar sempre frescos, sem contar que são vendidos por um preço justo.
Viva a feira livre!

Mensagens do Leitor Vicente:

É tudo muito lindo!
Gostaria de saber se alguma dessas donzelas tem a feira livre na porta de suas casas! Tudo é muito lindo para elas que fazem feira na porta dos outros.
Não pago menos IPTU, a água potável que utilizo para lavar a calçada, pois a varrição e a lavagem da Prefeitura é para “inglês ver”´, sou eu quem paga. O estacionamento avulso que tenho que deixar meu veículo nos dias que precedem as feiras, sou eu quem paga. Então pergunto:
Onde está a poesia das feiras? A mão suja de terra do feirante? Minha filha, não viaje na maionese. O que proponho é que se faça um rodízio das feiras livres e que por dois anos seja na porta da casa das donzelas que acham tudo poético.
Leitor Vicente  continua o raciocínio em novo comentário

Completando o comentário do Paulo a respeito do extremamente anti-higiênico – Uma coisa que ninguém vê nas feiras livres: Banheiro para os feirantes. Onde eles fazem seu xixi e seu coco? Lavam as mãos? Estão com as mãos cheia de terra? Ou de bactérias? A prefeitura não disponibiliza banheiros químicos. Não há a menor higiene. Vou dizer como os feirantes da minha rua fazem: Xixi em sacos pláticos e jogam em cima dos telhados das garagens. Isso é poético?

Tréplica de Cláuda.  Se Vicente quiser se manifestar, também tá valendo darei igual destaque ao que ele disser.

Caro fidalgo Vicente, a chuva lava a calçada, a bicicleta substitui o carro… Para que se estressar?
Quem sabe você ainda não terá a sorte de ver nascer na porta da sua casa um pé de maracujá. Faça com ele um bom suco, se acalme que eu te convido para um sarau de poesia.
Façamos um brinde: Tim, tim!!
Cláudia

Em tempo, Cláudia é minha namorada.  Mas, como deu pra perceber, minha opinião está muito mais em consonância com as palavras objetivas do Vicente.  Aliás, nem tinha me lembrado do aspecto banheiro/não banheiro.  Já não era muito fã da coisa.  Agora, então…

CHEGA DE PALETÓ E GRAVATA – UMA CARTA PARA O PRESIDENTE LULA

Assim que postar esse material aqui no Boca, vou  enviar por email para o Escritório da Presidência da República em São Paulo a carta abaixo. 

Leia, tenho certeza de que você vai aprovar em gênero, número e grau, principalmente em graus centigrados.  Dê sua opinião, ela é bem-vinda.

São Paulo,  12 de março de 2010

Exmo. Senhor  Presidente da República
Luis Inácio Lula da Silva

Parabéns para o senhor e seu governo que contam, respectivamente, com a aprovação de 81,7% e 71,4%  dos brasileiros.

Um simples decreto-lei seu, de custo praticamente zero para os cofres públicos, poderá coroá-los  definitivamente, tornando-os inesquecíveis. 

Milhões de cidadãos beneficiados, logo pela manhã, todos os dias, de segunda a sexta-feira,  se lembrarão com carinho e gratidão desse seu utilíssimo  ato que tanto bem-estar irá lhes proporcionar.

Trata-se de coisa simples, muito simples, cuja percepção, aliás,  requer  muito da sensibilidade e identificação com o povo que só o senhor  possui. 

Lá vai:

Criar  decreto-lei  tornando  gravata e  paletó opcionais em todo o território brasileiro, qualquer hora do dia e da noite.

Esse benefício seria estendido também para uniformes profissionais, tanto de civis quanto de militares.

Se for o caso, o decreto poderá estabelecer que todos cidadãos terão  acesso a  qualquer lugar, em qualquer hora do dia e da noite,  trajando calças compridas, sapatos e camisas de mangas curtas, devidamente abotoadas até o último ou penúltimo botão antes (abaixo) do colarinho.

Quem quiser vestir paletó e gravata, evidentemente, terá sempre todo o direito de fazê-lo.

Só pelo caráter humanitário, o decreto-lei mais que  se justifica. 

De quebra, ainda há benefícios dos pontos de vista ecológico e econômico.  Aparelhos de ar condicionados poderão funcionar consumindo menos energia e diminuindo a emissão de CFC,  clorofluorcarboneto, tão nocivo ao meio ambiente.  Menos energia consumida, mais economia de recursos financeiros  e hídricos

Seria Interessante que o decreto-lei fosse assinado o mais rápido possível, a fim de ser desfrutado já  neste final de  verão, o penúltimo de seu mandato

Posso ainda fornecer aspectos curiosos para o senhor ilustrar seu discurso no dia da assinatura. A menção da origem da extemporânea gravata é muito oportuna.   Lá vai:

Segundo li, os homens medievais traziam enrolados nos pescoços grandes pedaços de pano que utilizavam para limpar as mãos durante os banquetes. Naquela época, ainda não havia talheres. Pedir para que imaginem o estado desses panos no pescoço não seria elegante.
Esse dado histórico é mais do que suficiente para demonstrar o absurdo da exigência, principalmente em países quentes como o Brasil.

Aliás, na reunião de que o senhor participou dos Líderes Latinos Americanos  em Cancun, México,  em 22 de fevereiro de 2010, o traje oficial era a Guaiabeira, camisa fresca usada por catadores de goiaba caribenhos.

Ficaria muito feliz  se meu nome constasse como idealizador do projeto-lei e também se fosse convidado para assistir à Assinatura do Decreto. 

Mando anexado  o material abaixo descrito.

1. recorte da Folha de S. Paulo  – 11/2/2010 Informando que Calor Intenso faz Oab-Rio pedir dispensa da Gravata,  

2. Notas da Colunista Mônica Bergamo Folha  On Line 6/2/2010 informando que o Ministro da Cultura  Juca Ferreira pede o fim da obrigatoriedade do Paletó e Gravata

Textos Meus no meu Blog no Portal IG http://bocanotrombone.ig.com.br/
sobre o assunto, um pouco repetitivos, já que algumas vezes me reporto a respeito do que já foi escrito, mas que abordam bem a coisa.

1. CHEGA DE PALETÓ E GRAVATA
http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/02/09/chega-de-paleto-e-gravata/

2. IRÃ E BOLÍVIA DÃO DE DEZ A ZERO NO “MUNDO CIVILIZADO”
http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/11/25/ira-e-bolivia-dao-de-dez-a-zero-no-mundo-civilizado/
3. PENSANDO SOBRE A NÃO GRAVATA DE EVO MORALES
http://bocanotrombone.ig.com.br/2007/12/13/pensando-sobre-a-nao-gravata-de-evo-morales/

Os textos mostram de forma definitiva que  o decreto-lei será por todos muito bem-vindo.

 Atenciosamente

 Paulo Mayr Cerqueira – cidadão brasileiro que se empenha para ter        um mínimo de bom senso.

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Leitor, está de acordo???  Manifeste-se, pois.

Fórmula Indy na Marginal??? Será que…???

Carros de Fórmula Indy correndo a 300 km/h na Marginal, como vai acontecer nesta semana,  me lembram história instrutiva e comentário jocoso meu.

Publicitário Marqueteiro contou  em palestra  que prestigiada empresa metalúrgica teve a idéia de promover  fim de semana em um sítio com  chefes, subordinados de todos os níveis e as respectivas  famílias  para grande e democrática confraternização.  O comparecimento de subordinados foi baixíssimo, praticamente zero.

Aí, então, explicou o palestrante,  a Empresa foi fazer a primeira coisa que deveria ter sido feita, antes de aplicar um único centavo no aluguel do tal sítio:  tentar descobrir  o que é que os funcionários queriam que a empresa fizesse para eles e suas famílias.

– Vocês sabem o que  queriam praticamente todos os funcionários???, perguntou o Palestrante. 

Ele mesmo respondeu:

– Todos os funcionários  queriam a coisa mais simples do mundo: levar as famílias para conhecer o local onde eles trabalhavam.

Meu comentário jocoso:

– Simples, muito simples.  O saldo de tal visita seria: umas dez crianças com mãos amputadas, mais umas cinco derretidas nos fornos …

Carros a 300 kms em ruas de S. Paulo??? 

Será que a interdição da marginal vai ser feita de forma correta, ou teremos uns cinco carros de corrida embaixo de caminhões, outros três atropelando carrocinhas puxadas por cavalos,  mais uns três carros de corrida dentro do Tietê, porque esqueceram de trocar a grade que separa a pista do rio???