Amigo meu passava semana do Natal em praia deserta, longe da cidade com a turma dele. Na turma, uma cantora que já havia tido os tais quinze minutos de glória dos quais falou Andy Warhol. Pois bem, desde o dia em que chegou, a cantora não parava de falar que tinha que assistir de qualquer jeito ao show do Roberto Carlos na televisão, que naquele ano seria transmitido direto de um grande estádio de Futebol. Para sossegar a moça, meu amigo prometeu (e cumpriu) que a levaria até a cidade e assistiria ao show inteiro com ela em qualquer televisão que houvesse.
Ao me contar o caso, ele ressaltou e ficou admirado que a moça não prestava atenção a qualquer música do Roberto ou mesmo a qualquer acorde. O que a embevecia de fato era o imenso público que amava Roberto. Era para isso que ela o havia feito sair de casa, pegar o carro, andar muito e ficar em um boteco de esquina diante de uma televisão mequetrefe. A todo momento, segundo meu amigo, a cantora comentava algo do gênero:
– Olha que beleza, mais de 100 mil pessoas na platéia!!!
– Cantar para um público desses deve ser a maior glória do mundo!!!
Sempre que posso, leio os textos do meu colega de Ig Ricardo Kotscho, com quem tive algum contato durante o tempo em que trabalhei na assessoria de imprensa do candidato/governador Franco Montoro.
Textos do Kotscho são sempre precisos e preciosos sob todos os aspectos. Mas, tal qual a cantora, o que me causa admiração mesmo e uma inveja saudável é o “imensíssimo” número (nunca menos de 100) de comentários que recebe qualquer coisa que ele escreva no seu site aqui no Ig.
Para concluir, caso protagonizado por Ricardo e Roberto. Há mais de duas décadas, o Kotscho passava um dia junto com uma personalidade e fazia uma reportagem para a Folha de S. Paulo. Salvo engano meu, o jornalista e a Folha tinham pensado em inaugurar a série com o Roberto Carlos. A agenda do cantor estava muito pesada e a coisa não aconteceu. José Sarney, havia tomado posse pouco tempo antes e acabou inaugurando a série. Kotscho conta na abertura da reportagem com o presidente das inúmeras tentativas, em vão, que fizera junto a assessoria do cantor. Com charme e precisão, Kotscho sintetiza: Coisas da Realeza!!!
Na verdade, Kotscho e Roberto – os dois são da Realeza.
Querido amigo Paulo, a sutileza de seus artigos, remetem a elocubrações filosóficas pertinentes, dando vasão a sentimentos que estão em estado de hibernação, aflorarem além do nosso corpo, a lugares estratosferícos e isso graças a sua aura de um brilho intenso e contagiante.
Seus artigos me agradam profundamente.
Um forte abraço
Constantino
***************
Prezado Constantino:
Fico muito satisfeito com tantos elogios.
Muito obrigado.
Grande abraço
Paulo