Que tal fugir da mesmice de todos os sábados e fazer um programa diferente hoje???
Se você gosta de poesia, de lugares tradicionais da cidade, e é pontual, já tem lazer garantido de primeira. No simpático e aconchegante Bar do Museu, da Associação dos Amigos do Museu de Arte de S. Paulo, acontece todo segundo sábado do mês o Sarau do Bar do Museu. O bar fica no mezanino do Bloco C da Av. Ipiranga, 324 no Centro da Cidade. Quem quiser aparecer para recitar poemas próprios ou apenas ouvir poetas de ótima qualidade precisa preencher um único requisito: chegar antes das 21 horas. Às 21 horas a portaria do prédio fecha e não entra ninguém. Não por temperamentalismo de poetas, ou coisa do gênero, mas existe uma catraca eletrônica que após o horário trava. Para sair, naturalmente, não há qualquer impedimento.
Acontece que quem está dentro não vai querer sair até que o último poeta tenha se apresentado.
Só para se ter uma idéia , a Semana de Arte Moderna de 22 foi concebida nessa Associação. Entre seus sócios, e mantenedores, podem ser lembrados Mario de Andrade, Vinicius de Moraes e Chico Buarque.
“Grandes mecenas e artistas passaram por lá. É entrar e sentir a aura empreendedora de empresários como Iolanda Penteado, Cicillo Matarazzo e Assis Chateaubriand e de criadores como Tarsila do Amaral, Vitor Brecheret, Oscar Niemayer, Alfredo Volp e muitos outros, que no século XX se reuniam nesse espaço impulsionados pelo ideal de construir e formar o acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp).”
Os poetas que se apresentam atualmente não deixam a bola cair: Castelo Hansen, Ibrahim Coury, Daniel Maranhão, Jaime Fran, Edmilson Felipe, Lariss, Pedro, Joel Oliveira, Lupe Albano. Generosos e pacientes, passaram a me convidar de uns tempos para cá para ler minhas frases.
O bar é aconchegante como conseguiam ser os bares do milênio passado e a cerveja, geladíssima. Quadros de famosos pintores brasileiros podem ser desfrutados. Por tudo isso, tenho certeza de que se você for uma vez, vai aparecer sempre. Insisto, chegue antes das 21 hs. Caso contrário, como diria meu querido e saudoso irmão Beto, volta pra trás.
Texto bom de ler;
objetivo, claro e com a leveza fundamental que lhe é peculiar.
– E o bar merece a citação!
abrçs.