Na Folha de São Paulo do último domingo, matéria sobre pais que não estão vacinando seus filhos de acordo com o que prevê o calendário. Muitas das crianças que não tomam vacina acabam pegando a doença.
Na minha classe no primário, Francisco, que se tornou dos meus melhores amigos da escola, era paralítico. Seus pais haviam lido que a mesma vacina havia causado problemas e, conscientemente, não vacinaram o filho. Morreu nos segundo ou terceiro ano do Ginásio, já não mais estudávamos na mesma escola.
Tivesse eu filhos, conversaria muito com médicos a respeito dos riscos da vacina, mas, dificilmente, optaria por não vaciná-los. Imagine o remorso. E óbvio, muito pior do que o remorso do pai, é uma criança com paralisia.
Uma passagem de Francisco, lembrei-me agora.
Quinze minutos antes do fim do dia letivo, uma campainha tocava três vezes. Francisco dizia:
– O melhor momento da semana é quando toca a segunda campainha às sextas-feiras.