“Antigamente tudo era bem mais chique” – taxou Rita Lee – . Eu suponho que com esse chique ela quisesse dizer que antigamente era tudo bem melhor, ou, como preferem os pessimistas, tudo era “menos pior” do que é hoje, que, por sua vez, é “menos pior” do que vai ser amanhã. Infelizmente!!! Não sei porque essa frescura minha de por “menos pior” entre aspas. “Mais pior” é infinitamente a barbárie a que estamos submetidos e que, a cada dia – repetindo – vai se tornar “mais pior “ainda.
Dois itens simples, mas que provam a teoria de forma definitiva: as malditas televisões ligadas o dia inteiro em restaurantes e aquelas hiper infelizes e infernizantes lâmpada econômicas.
Como dizia minha tia Ciloca – carioca – essas duas maldições deviam ser proibidas por Lei!!!
Casas com 2.000m2 de terreno no Jardim América que devem pagar cerca de R$ 1.000,00 por mês só de IPTU usam a tal da lâmpada na fachada e no jardim. Para economizar quanto??? Essa economia vai fazer uma diferença no bolso do pobre do proprietário …
Há mil anos, entrevistei,para a revista Fatos e Fotos, Paulo Cotrin, intelectual, dono do legendário João Sebastião Bar do qual lastimo infinitamente não ter sido contemporâneo. Meu xará foi um dos pioneiros de crítica de Gastronomia em Jornais. Lembro que seus textos no Jornal da Tarde eram ricamente ilustrados por Patrício Bisso, multimídia, também excelente desenhista. Perguntei quais os itens que ele julgava mais importantes para fazer suas críticas de restaurantes. Ele me disse que tão importante quanto a comida era a iluminação. Uma iluminação errada era capaz de acabar com uma boa comida. Suponho que ao dizer isso, ele estava falando de sutilezas do tipo iluminação direta x iluminação indireta.
Tenho certeza de que, como eu, ele jamais entraria em um restaurante com a famigerada Lâmpada do Apagão (donos de restaurante, apagão é coisa do passado!!!). Televisão ligada em restaurante acho que nem em seu mais horripilante pesadelo ele possa ter imaginado.
Comer sob tais lâmpadas e com TV ligada -como diz o pessoal de hoje com seu rico e variado e original vocabulário – vamos combinar , o sujeito só deveria ter o direito de fazer em sua própria casa sozinho ou desde que ninguém da família fosse contra.
Não é/são idosincrasia (s) minha (s) não – o mundo está virando uma imenso pasto de búfalos. Chamar vândalos de búfalos, como disse meu amigo José Vaidergorn, em comentário em algum texto meu aqui no Boca, é uma imensa injustiça minha – Injustiça com os búfalos!!!
José, você está mais do que certo!!!