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Desagradável e Nojento – Barbárie

Todos são educados, ninguém leva penetras para as comemorações de Natal.

Quer dizer, mais ou menos não leva, né?

Deixar  smarthphone ligado e ficar o tempo inteiro olhando  mensagens e o que acontece  no Facebook,  e congêneres,   é uma forma de levar os seus infinitos, ou inúmeros, amigos virtuais para dentro de uma festa para a qual apenas você foi convidado.

É desagradabilíssimo estar com pessoas que têm esse comportamento.

Sem contar a questão da higiene.  Smarthphones são das coisas mais contaminadas que existem.  Deixar o dito cujo ali na mesa é coisa muito porca, para dizer o mínimo.

Idiossincrasia, frescura, minha.  Pois bem, leia o que escreveu Ruy Castro em sua Coluna da Folha de São Paulo, no dia 4/12/2017.  O título já é divertido.

ESTAFILOCOS AO DESAMPARO

O departamento de microbiologia da Universidade de Barcelona, na Espanha, informa que o celular que você acabou de levar à boca ou à orelha pode conter 23 mil fungos e bactérias. Isso significa, dizem eles, 30 vezes o número de micro-organismos encontrados numa maçaneta de porta ou num botão de descarga de banheiro de botequim –não por acaso, sítios que também vivem em contato com o veículo mais comprometido do planeta: a mão humana. Aquela que nem você sabe onde põe.

Entre os micro-organismos que infestam os celulares estão os enterococcus, os escherichia coli, os bacillus mycoides, os staphylococcus aureus e outros que deixo de citar por, em estudante, ter matado aulas de biologia e latim. É claro que a mão não é a única culpada. Todos os lugares que os celulares frequentam, como tampas de mesas, pias de cozinha e até o bolso da sua calça, são um flamejante criadouro.

Para os cientistas, diante da impossibilidade de o usuário viver desinfetando o celular, só há uma solução: lavar as mãos antes e depois de usar o aparelho. O que também é problemático, considerando-se que as pessoas não se desgrudam dele e o consultam 80 vezes por dia. Aliás, é chocante constatar que um celular pessoal, mesmo que seu titular não o empreste a ninguém, pode ser mais infectado do que um telefone de orelhão –pelo simples fato de que você não passava o dia pendurado no orelhão.

Consultei a Anatel e descobri que há hoje 241 milhões de celulares em uso no Brasil. Multiplicando esse número pelo de bactérias per capita, 23 mil, chegaremos a um universo de 5 trilhões e 543 bilhões de microbicharocos saçaricando alegremente nos nossos celulares.

Nossos, não. Como sabem alguns, sou dos poucos brasileiros que não têm e não usam celular e, por minha causa, deve haver milhões de estafilococos ao desamparo.

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Tal qual Ruy Castro, também não tenho celular.  Mesmo não tendo celular, somos obrigados a conviver com as pessoas  que levam  celulares  e Estafilococos para jantar conosco.

Barbárie!

O Papa e os Smarth(espertos?)phones!

Anteontem, o Papa Francisco,  em  celebração de missa no Vaticano, reclamou do uso de celular/máquina fotográfica.

Bon Jovi, há algum tempo, durante show do U2, lá pelas tantas pediu/perguntou:

–  Dá para parar  de fotografar e curtir o show?

Note que a plateia fotografando ou não o cachê do grupo já estava garantido.

Pois bem, na segunda feira, escrevi a crônica abaixo, que tem muita relação com os episódios acima. Lá vai:

TÍTULO – C L A R O

Eu odeio celular. Sempre odiei. E não quero, em hipótese alguma, ser obrigado a desodiar essa geringonça, que trouxe o inferno pra Terra.

Minha namorada Ana é um encanto de pessoa e, logicamente, tem celular. O celular dela, smartphone de última geração, traz problema estrutural sério, que ela descobriu esses dias. O número da linha do Roney Ranei, cantor de música sertaneja, que, como todo cantor sertanejo, quando canta, parece estar no banheiro, tem um único dígito diferente do dela. ´

É o dia inteiro de fanzoca idiota ligando pra dizer que quer dar pra ele uma semana sem parar e outras baixarias:

– trocar de escova de dente com ele.
– trocar o barbeador dele pelo depilador dela
– trocar dez pontas de unhas dos pés e dez das mãos com ele.
– trocar uma calcinha sem lavar por uma cueca dele, idem sem lavar

Lógico que na segunda-feira mesmo, ela vai à operadora escolher outro número.

Combinamos que eu, à tarde, assistiria ao Filme Borg x McEnroe, o último dia em cartaz; ela iria ao cabeleireiro com a mãe e à noite nos encontraríamos, logo em seguida, já que o cinema era ao lado de sua casa, lá na zona sul. Quarenta minutos depois de nos despedirmos na padaria, ela liga para a minha casa.

– Paulo, adivinha o que aconteceu.
– Ana, como eu posso saber?
– Eu esqueci o celular aí. Você traz pra mim à noite?
– Não se preocupe, eu levo.

Estava com tempo de sobra para chegar bem antes de a sessão começar. Entro no carro, enfio o telefone no porta-luvas. Mas o carro não pega de jeito nenhum. Meto o celular no bolso e lá vou eu caçar taxi. Tive sorte, pois a vizinha de cima estava chegando com um.

– Por favor, Shopping Morumby.

Foi eu entrar no cinema e uma voz de mulher vinda do meu bolso diz em alto e bom som:

– Raney, quero trocar meu baby doll com seu pijama de ursinho.

Peço desculpas aos vizinhos e aperto o botão de desligar. Tá emperrado o maldito do botão. Trinta e cinco segundos depois, outra mulher, diretamente do meu bolso:

– Raney, quero uma meia usada sua para coar meu café todos os dias!

Dois caras da plateia, um no meio do cinema e outro no fundo, ao mesmo tempo, dizem frases muito semelhantes:

• Desliga essa PORCARIA, seu IMBECIL!

• IMBECIL, desliga essa PORCARIA!

Tô falido, quebrado. Rápido fiz contas:
ortopedista + Hospital + só andar de taxi enquanto tivesse engessado, infinitamente mais caro do que o aparelho da minha amada.

Não tive a mais tênue dúvida. Coloquei o idiotaphone no chão e meti o salto do sapato sem dó.

LIGEIRAMENTE estressado, assisti ao filme.

Toco a campainha.

– Ana, você nem imagina. Estava vindo a pé pra sua casa, fui assaltado por dois sujeitos armados e levaram seu smarthphone.

– Não tem problema, meu amor, o importante é que você está vivo.

Rindo por dentro, pensei:

“Não era Vivo, era Claro a, como delicadamente disseram os caras do cinema, PORCARIA do celular.”

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Quiser ler mais aqui no Trombone sobre essa praga, clique

Prefeito ou Internauta Tempo Integral?

Capa da Veja São Paulo, que saiu hoje,  traz João Dória encostado  ao batente de uma porta, provavelmente de seu gabinete, já que há uma Placa onde se lê  PREFEITO, olhando o smarthphone.

Título, frase dele,  pois está entre aspas: ” Só não estou na Internet quando estou dormindo.”

E eu que pensava  que ele fosse o Prefeito de S. Paulo, uma das maiores cidades do mundo!

Inferno Inclemente

Antes,  sabendo que ia  gastar tempo para  ser atendido, você levava jornal, revista ou livro.

Hoje, danou-se!!!

Toda sala de espera tem malditos aparelhos de televisão ligados, com som na maioria das vezes.  Quando não é TV,  é o desinfeliz ao lado, ou gritando ao celular, ou ouvindo música no smart (esperto???)phone ou” jogando Joguinhos” barulhentos.

É o que eu chamo de meta-inferno.  Você já está no inferno de ter que esperar para ser atendido e ainda é bombardeado (literalmente) por essas pragas obsessivas da modernidade.

Você não tem paz para pensar na vida, que dirá ler livro,  ou até mesmo os segundos cadernos dos jornais, com notícias e comentários leves.

Smarthphone, Esperto???…

Jornal Nacional de hoje informa que diminuíram vendas de smarthphones no Brasil, entretanto, “a dependência dos que têm o aparelho continua na compulsão obsessiva”!!! Como disse entrevistado – “do JN” –  quando eu estava escrevendo essas linhas:  “as pessoas hoje, ao saírem de casa,  não têm tanta preocupação de checar se levam dinheiro e documentos, o smarthphone, entrentanto,  jamais esquecem”!!!

Boa ocasião  para lembrar frase de domínio público:

Smarthphone, você não é tão esperto assim.  Aproxima quem está longe, mas afasta quem está perto de mim.

Inferno com Smarthphone ou Céu sem Smarthphone??? Escolha.

Acho que se as pessoas puderem escolher o Céu sem smatrhphone ou o Inferno com smarthphone, vão preferir a segunda opção.

Eu, ao contrário, talvez preferisse enfrentar o calor brutal, desde que lá não haja essa praga,  a ficar a Eternidade com gente ao meu lado que ignora tudo ao seu redor!!!

smarthphone no céu

Recebi pelo facebook e, repetindo, como sou contra desperdício, posto aqui no Trombone!!!  Sinto apenas o texto ser em inglês e eu não poder garantir a tradução exata da última frase.

Sempre se dá um jeito, “o importante é estar conectado”.

Na sala de espera do dermatologista,  mulher estava com a mão direita  dentro de uma espécie de um saco de pano  apoiada sobre o braço da cadeira.  A mão direita tinha que permanecer em repouso protegida pelo tal saco.

Sobrou a outra  mão para ela ficar no smarthphone e ela não teve dúvida.  Quando ela foi tentar fazer uma ligação, a recepcionista mostrou o aviso de que era proibido o uso de celular.

Nos dias de hoje, acho que as pessoas só não usam celular em uma única circunstância: se estiverem com as duas mãos e  os dois pés amarrados e com um esparadrapo na boca.  Disse em uma única circunstância, porque as três coisas precisam acontecer ao mesmo tempo.  Caso sobre uma mão ou, até mesmo, um pé…

Em que inferno se transformou  o mundo!!!