Parada Gay, Virada Cultural, São Silvestre, Marcha dos Evangélicos, e Carnaval, que eu me lembre, são algumas das poucas datas na cidade de São Paulo em que o povo realmente toma as ruas para se divertir; no caso dos evangélicos, para demonstrar fé.
De segunda a sábado à tarde, de manhã até umas 20 horas, milhões vivendo para o trabalho por ruas, avenidas e praças. Às noites e domingos, verdadeiros desertos urbanos de darem medo. É triste que seja assim. Deveria haver incentivos, estrutura e segurança para que se caminhasse pela cidade, pelos bairros, praticamente durante as 24 horas do dia, sete dias por semana.
É muito salutar a convivência democrática que se instaura nessas ocasiões. Hoje na Augusta, já no final da parada Gay, por volta de umas 20 horas, dois Gays andavam em direção à Paulista. Um deles trajava uma micro-sunga e sandálias; só e nada mais; muita purpurina, óbvio. Estavam na minha frente; no trajeto cruzaram com diversas duplas de policiais. Os policiais os trataram como tratam qualquer dupla de engravatados no centro da cidade. Não é o máximo isso???
Caetano cantou com perfeição que A PRAÇA CASTRO ALVES É DO POVO, COMO O CÉU É DO AVIÃO. Caetano se refere, na Música Um Frevo Novo, ao período do Carnaval.
Se essas “invasões urbanas”, no melhor dos sentidos, se tornassem frequentes, não seria um grande salto na qualidade de vida da população???
Ouça Caetano e ouça Imagine de John Lennon. Talvez haja um elo que una essas duas obras de arte desses dois gênios.
Um Frevo Novo – Caetano, Clique – De quebra, ainda outras música
Imagine – John Lennon. Clique