Mais um ano da cidade de São Paulo. Considerada centro de gastronomia mundial, talvez não haja um prato, uma comida absolutamente típica. Pesquisando rápido pela internet, vi que Pizza e sanduíche de Mortadela seriam dois desses pratos.
Recentemente, vereador , aqui da capital, enviou pedido ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo para que se Registre o Virado à Paulista como patrimônio imaterial da Cidade de São Paulo.
Nessa ocasião do pedido, publiquei post – com data de 29/9/2011 -registrando a iniciativa e dando deliciosa Receita de Virado do Saudoso Filólogo Gastrônomo Antônio Houaiss.
Antes da Receita do Virado, observações a respeito dos outros dois ícones da gastronomia paulistana: Sanduíche de Mortadela e Pizza.
Sanduíche de mortadela: faça você mesmo em casa, com pão francês bem fresquinho, sem miolo, mais ou menos umas 50 gramas de mortadela, cortada bem fininha e leves pinceladas de boa mostarda. Abra o pão, tire o miolo e vá colocando fatia por fatia e um pouco de mostarda. Cerveja muito gelada ou coca-cola com gelo e limão.
Sobre a Pizza, é bem mais simples a receita: Vá à Pizzaria Camelo da Pamplona ( R. Pamplona, esquina Estados Unidos, Fone l -Fone 3887 – 6004; 3887-8764) e coma a melhor Pizza do Mundo
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A seguir, texto e receita do Virado à Paulista
O Virado à Paulista, prato do das segundas-feiras nos restaurantes durante o almoço, pode se tornar Patrimônio Imaterial da Cidade de São Paulo. No último dia 19, “o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) recebeu requerimento pedindo o rigistro do prato, o preferido dos Bandeirantes.”
Já que é freqüente pratos sofrerem modificações o que, graças a Deus, ainda não aconteceu com o Virado, vale a pena registrar aqui a composição do Clássico Virado e fiscalizar para evitar que sofra violências, literalmente violências.: Tutu de Feijão, arroz, couve, banana nanica madura à milanesa, bisteca, linguiça, torresmo e ovo frito. Talvez, além da Couve, uma saladinha (com um tempero singelo e gostoso) de alface, rodelas de tomate e cebolas bem finas, acompanhe bem. Pão francês cortado em rodelas para quem gosta pode participar também. Para concluir o tópico acompanhamentos: caipirinha de limão de pinga, abrindo os trabalhos e, dando um toque tropicalista (justaposição do que há de brasileiro com o estrangeiro, estrangeirismo), Coca-Cola gelada com gelo e rodelas de limão no Copo
Partindo do pressuposto que, excetuando-se o tutu de feijão, todo o resto não tem muito mistério para ser feito, vou me limitar aqui a fornecer as receitas do Tutu, propriamente dito e da couve. Também da caipirinha, para evitar desastres/heresias
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Tutu de Feijão
Ingredientes (sem quaisquer medidas precisas):
-Feijão – comum ou preto – pronto com grãos duros e caldo abundante.
– Cebola bem picadinha refogada na gordura do toucino derretida
– Farinha de mandioca crua o quanto baste.
– Sal e pimenta malagueta picada com um pouco de caldo.
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Modo de preparar
Esquentar bem o feijão.
Esquentar a banha de porco com a cebola refogada.
Despejar a banha e a cebola no feijão, misturar com colher de pau. Por Sal e a Pimenta com caldo. Aos poucos, com a mão mesmo, vai colocando a farinha e mexendo. Não por muita farinha. A quantidade certa de farinha é quando, após colocar um ou mais punhado, mexer e começar a aparecer o fundo da panela. Não colocar farinha demais é detalhe importantíssimo para não comprometer a consistência do bom tutu.
Couve para acompanhar
Ingredientes:
– Couve cortada bem fininha comprada pronta e higienizada.
– Manteiga sem sal
– Pouco de sal
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Modo de Preparar
Derreter a manteiga sem deixar queimar. Rapidamente colocar a couve e pressionar com a colher de pau até ela se mostrar umidecida e brilhante. Desligar o fogo. Salpicar o sal e tá pronto.
Caipririnha e Saborosas Palavras do saudoso ministro gastrônomo filólogo Antônio Houais
Caipirinha
Ingredientes:
-Pinga de ótima qualidade.
– Fatias de limão cortadas o mais fino que conseguir, depois de se ter extraído a parte branca central
-Açúcar
– Gelo
Preparo
Colocar algumas rodelas finíssimas de limão no copo. Por uma parte do açúcar. Com a mão de pilão (pilão que tenha sido usado só para coisas doces), ir amassando o limão e colocando mais limão e pouco de açúcar. Colocar três ou quatro pedras de gelo. Despejar pinga sobre as pedras de gelo até encher o copo. Mexer com colherinha. Aguardar o gelo derreter um pouquinho para suavizar e desfrutar muito.
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Lá vão as Palavras do Ministro Gastrônomo Antônio Houaiss sobre como montar a travessa para levar à mesa:
“Servir bem quente, numa terrina, se só com os torresmos, com arroz solto e molho de pimenta-malagueta. A caráter, deve ser numa travessa em que compareçam, de um lado, o tutu, de outro, a couve em redor rodelas de lombo à mineira e os torresmos. Sobre o tutu, há os que ponham ovos fritos, com gema meio crua, uma para cada comensal”.
Faltou substituir o lombo pela costeleta e encaixar aí a banana à milanesa e a linguiça.
O ministro tinha pavor aos exageros, excessos e redundâncias.
E finalmente, o toque tropicalista, Coca-Cola gelada com bastante gelo e redelas de limão para acompanhar, diria até, harmonizar!!!
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Saudações para o Ingresso Formal do Virado à Paulista na Nossa Cultura Paulista/Paulistana!!!
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Certamente, reunir família e amigos para desfrutar no almoço um gostoso Virado à Paulista na Quarta-feira é uma bela e, sobretudo, saborosa homenagem à cidade de S. Paulo.
Salve São Paulo e o Paladar do Paulistano que Incorpora e Apóia Efetivamente a Gastronomia da Mundo Inteiro, espalhada por toda a cidade!!!