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Gol de Goleiro; Imbecilidade de Imbecil; Torcida por Espetáculo – Um Dia No Planeta Futebol

Noite de final de Libertadores, três fatos interessantes do Futebol.  Dois legais; um, absolutamente imbecil

A Folha. Com – Esporte noticia  que goleiro russo, AndreyZaitsev,  de 20 anos, do Zenit B,   fez um gol  chutando a bola de dentro de sua área.  A mesma Folha.Com Esportes lembra que goleiro do Caxias fez gol semelhante em 2010.

Episódio absolutamente Imbecil.  Nos minutos finais  no Campeonato Russo de jogo em que o time do lateral esquerdo Roberto Carlos vencia por 3 a 0, um torcedor atirou uma banana no campo onde estava o jogador.  Roberto Carlos retirou-se do campo e cobra punição por parte da Fifa.

Nem originalidade  esse pobre diabo russo teve, já que tal  estupidez está se tornando lugar comum.  Lugares comuns precisam também urgentemente se tornar as punições a esses idiotas racistas.

Como aqui é a terra do futebol e do entendimento entre os povos,  a torcida é que Santos e Peñarol proporcionem fabuloso espetáculo logo mais.  Com Neymar e Ganso em campo,  a probabilidade de show  é grande, muito grande!!!

O Primeiro Palácio do Rei Roberto Carlos

Meu amigo Richard Ouang, filho do arquiteto Max Ouang,  me contou a história.  Alguns dias depois,  enviei para o Richard o texto que eu tinha escrito a partir de suas informações e disse a ele que iria publicar aqui no meu blog.  Richard me alertou que o nosso ídolo poderia não gostar.  Entrei no site oficial  do Rei, mandei o texto  e disse que pretendia publicá-lo e pedi autorização para isso.  Não obtive resposta.

Já se passaram uns quatro, cinco  anos, que tentei a autorização.  Suponho que agora, após a vitória da Beija Flor  no Rio homenageando nosso Rei,  é um bom momento para relembrar o fato.  Já que não posso por uma Escola de Samba desfilando, alinhavo umas palavras para contar essa história bonita do ídolo de mais de três gerações de braileiros.

Lá vai.

Em meados da década de 60, o prestigiado arquiteto Max Ouang recebe telefonema de um desconhecido.  A pessoa  diz  representar  personalidade muito famosa que tinha interesse em  comprar a casa dele no, então sossegado,  Morumby .  O arquiteto explica  que havia construído a casa para ele próprio morar e que não tinha interesse na venda.

O outro insistiu muito e propôs    que ele estabelecesse um preço.   Oriental e ainda por cima do ramo da construção civil,  Ouang sabia exatamente  o valor de mercado   do bem.  Colocou em cima dessa quantia  uma porcentagem que ele achava justa (afinal, a casa não estava à venda, as dores de cabeça  de construir para si iria tê-las todas novamente…) e passou a cifra para o Interlocutor.  Com segurança e tranqüilidade,  o outro diz que falaria com  o chefe  e que, muito provavelmente,   o negócio seria fechado.

Alguns dias depois, Ouang recebe telefonema da mesma pessoa informando que o patrão concordava com o valor proposto.  Pedia apenas um tempo muito curto porque o  chefe estava fechando um contrato valioso e queria pagar tudo à vista.

Passado esse tempo, finalmente Ouang iria conhecer o misterioso comprador, acertar detalhes do contrato e receber o sinal até que a documentação toda estivesse pronta.

No horário marcado em seu escritório, ao abrir a porta, Ouang  depara-se com o Rei  Roberto Carlos em pessoa.   Em pouco tempo, nas reuniões seguintes para concretizar o negócio,  estabelece-se um clima de confiança mútua entre o dois

Roberto  explicou que pedira prazo para pagamento   pois estava fechando contrato com empresa cinematográfica.

Ouang quis saber por que Roberto escolhera a sua casa.

A explicação do Rei:

– Quando cheguei em S. Paulo, morava no apartamento de um primo em Santa Cecília.  Nos fins de semana, meu primo, eu e minha namorada  íamos passear no carro dele pelos bairros sossegados  Em um desses passeios, os dois não paravam de falar para eu desistir de ser cantor e que me tornasse vendedor, como o meu primo. Eu disse  seria vitorioso como cantor  e que ganharia muito dinheiro.  Nesse momento,  estávamos  passando em frente à sua casa, apontei para ela e garanti que um dia ainda iria comprá-la.

Roberto elogiou muito a casa, mas falou para o arquiteto que  faria obras de ampliação da Cozinha.  Ouang argumentou que a cozinha da casa era ótima. Roberto explicou que precisaria por uma mesa maior na cozinha para almoçar e jantar.

Ouang, carinhosamente e  definitivo:

– Roberto, você é o ídolo do Brasil.  Você não pode fazer refeições na cozinha!!!!!

E assim, o  Rei, que tem mais ou menos a mesma idade que Richard, meu amigo, filho de Ouang, comprou uma  casa e ganhou um  conselheiro querido.

Roberto Carlos, Ricardo Kotscho

Amigo meu passava semana do Natal em praia deserta, longe da cidade com a turma dele.   Na turma, uma cantora que já havia tido os tais quinze minutos de glória dos quais falou Andy Warhol.  Pois bem, desde o dia em que chegou, a cantora não parava de falar que tinha que assistir de qualquer jeito ao show do Roberto Carlos na televisão, que naquele ano seria transmitido direto de um grande estádio de Futebol.  Para sossegar a moça, meu amigo prometeu (e cumpriu) que a levaria até a cidade e assistiria ao show inteiro com ela em qualquer televisão que houvesse.  

Ao me contar o caso, ele ressaltou e ficou admirado  que a moça não prestava atenção a qualquer música do Roberto ou mesmo a qualquer acorde.   O que a embevecia de fato era o imenso público que amava Roberto.  Era para isso que ela o havia feito sair de casa, pegar o carro, andar muito e ficar em um boteco de esquina diante de uma televisão mequetrefe.  A todo momento, segundo meu amigo, a cantora comentava algo do gênero:

– Olha que beleza, mais de 100 mil pessoas na platéia!!!
– Cantar para um público desses deve ser a maior glória do mundo!!!

Sempre que posso, leio os textos do meu colega de Ig  Ricardo Kotscho, com quem tive algum contato durante o tempo em que trabalhei na assessoria de imprensa do candidato/governador Franco Montoro.

Textos do Kotscho são sempre precisos e preciosos sob todos os aspectos.  Mas,  tal qual a cantora, o que me causa admiração mesmo e uma inveja saudável é o “imensíssimo” número (nunca menos de 100) de comentários que recebe qualquer coisa que ele escreva no seu site aqui no Ig.

Para concluir, caso protagonizado por Ricardo  e Roberto.  Há mais de duas décadas,  o Kotscho passava um dia junto com uma personalidade e fazia uma reportagem para a Folha de S. Paulo.  Salvo engano meu,  o jornalista e a Folha tinham pensado em inaugurar a série com o Roberto Carlos.  A agenda do cantor estava muito pesada e a coisa não aconteceu.  José Sarney, havia tomado posse pouco tempo antes e acabou inaugurando a série.  Kotscho conta na abertura da reportagem com o presidente das inúmeras tentativas, em vão,  que fizera  junto a  assessoria do cantor.  Com charme e precisão, Kotscho sintetiza:  Coisas da Realeza!!!

Na verdade, Kotscho e Roberto – os dois são da Realeza.