Antes, às sextas-feiras, era sempre um ritualzinho gostoso à noite em casa.
Chegava, lavava às mãos, tirava da geladeira duas meias cervejas Heineken. Punha no balde, enchia de gelo, com fórmula mágica para gelar (sobre a qual ainda vou fazer post). Eu tomava banho e as cervejas gelavam. Assistia ao Jornal e as cervejas gelavam mais ainda. Terminava de prepar o jantar, que a formidável Rosa que trabalha comigo havia deixado quase pronto, e abria a primeira cerveja – era dos bons momentos da semana.
Depois de atacar a entrada, a segunda cerveja conseguia estar mais perfeita ainda do que a primeira. Abria, mais prazer.
Jantava sossegado e saía para cinema ou para encontrar amigos. Jamais bati o carro de noite.
O bafômetro, que impede o motorista até de comer dois bombons recheados de cereja e licor, acabou com essa felicidade tão ingênua e inocente.
Não tem mais sentido fazer todo esse delicioso ritual para tomar , não é nem uma única, mas sim, uma meia única cerveja!!!
Sextas-feiras atuais. Chego em casa, saco (tiro) da geladeira a cerveja – leia-se sempre meia cerveja – e soco no congelador. Aí, enquanto janto, tomo igual a um passarinho a cerveja para poder sair de carro depois.
Conseguiram tranformar a vida em inferno!!!
Em tempo, nunca bebi durante a semana e também nunca bebi durante o dia.
Repetindo, I N F E R N O !!!!
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Antes de imaginar e escrever comentários dizendo que sou irresponsável, leia o que já escrevi a essse respeito.