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60% dos Brasileiros Reprovam o Congresso. Leia sobre o Recreio sem Fim em que Eles Vivem

Machete da Folha de São Paulo mostra que a Reprovação do Congresso atingiu patamar recorde. Para 60% da População, o trabalho do congresso é ruim ou péssimo.

Eles não me representam, já que votei apenas para Presidente da República nas últimas eleições gerais que houve.  No resto, tuchei tudo nulo.

Posto texto escrito há muitos anos, sobre o Congresso, que tem o oportuno título: Recreio sem Fim.

Quiser ler, lá vai.

RECREIO SEM FIM

Todos, absolutamente todos, os grupos de pessoas que se reúnem obedecem a certos critérios, sob pena de reuniões se tornarem caos. Todos, exceto um. Para esse único grupo, provavelmente quanto mais caos houver, mais seus participantes gostam, se divertem. Afinal eles estão ali, ao que parece, é para se divertir, brincar, como bem disse uma atriz que, coitada, teve que participar de encontro com eles no território deles.

Crianças, jovens, adultos e professores vivem sua rotina nas salas de aula em uma dessas situações. Em geral, o professor expõe um tema na frente, próximo ao quadro negro e os alunos -SENTADOS-ouvem. Alunos podem pedir a palavra e se manifestar. Nos seminários, um ou mais aluno(s) fica (m) na frente, expõe(m) uma idéia e todo mundo fica sentado ouvindo o colega. A outra situação é o intervalo/recreio, quando eles conversam, comem um sanduíche ou tomam um cafezinho/refrigerante.

Reuniões profissionais, em geral um ou mais visitante é atendido em uma sala de reuniões. Se houver uma cadeira que se destaca, quem recebe senta-se nessa cadeira e as visitas se sentam nas outras.

Até mesmo nos treinos de qualquer time de futebol, seja do milionário Barcelona do Ronaldíssimo Gaúcho ou dos Sem Chuteiras Fuebol Clube, há um bom senso para fazer a coisa render.

São mais ou menos quatro situações: os atletas, todos eles, fazendo exercícios físicos Os jogadores divididos em dois times, ensaiando jogadas, fazendo coletivo. Quando participam de um rachão ou joão-bobo é para descontrair, para relaxar a musculatura, não é para brincar, não. O João-bobo tem objetivo. Em todas essas atividades, o técnico e/ou preparador físico ditam as normas. Em todas essas situações, mesmo durante a descontração do João-bobo, há uma certa seriedade. Ninguém fica tomando refrigerante, ninguém fica batendo papo com o companheiro ao lado. E olha que os jogadores são adolescentes ou a jovens adultos, a grande maioria gente muito simples, em geral com pouca instrução e algumas vezes extremamente infantis.

Observe-se ainda que tanto o recreio/intervalo dos alunos quanto a brincadeira de João bobo dos jogadores de futebol têm um ponto final.

Já no Congresso Nacional…..

Ah, aí o recreio não tem fim. Suponho que além daquela mesona que existe naquele palcão lá em cima, haja uma belíssima cadeira e uma mesa para cada congressista se sentar e ouvir aquele que está lá em cima. Mas eles são garotos indisciplinados e não há um professor ali a quem eles devam obediência. Aí é uma festa!!!!!!!!!! Muitos ficam amontoados em cima daquele que está falando. Será que é para aparecer na televisão e mostrar pro eleitor de seus estados que eles têm participação decisiva nos rumos da nação??? Outros ficam aos gritos no celular, muitas vezes ao lado desse que está falando; falando no microfone, porque batendo papo estão todos. Há diversos grupinhos de dois congressistas, caminhando pra cá e pra lá, em geral um deles segurando no braço do outro. Curiosa essa mania que eles têm de segurar no cotovelo do cara com quem estão conversando. Experimente segurar o cotovelo de uma mulher de personalidade por mais do que três segundos. Ela puxará o braço com toda a força e não admite que isso se prolongue por mais um único segundo.

Tudo isso sem contar a tal história do quórum. É assim: determinada matéria será votada no Congresso na terça-feira. Se houver quorum, naturalmente. Se houver quorum é tão implícito e aceito como uma lei da física. Alguém já chegou a uma agência bancária, a um shopping, a uma escola ou a qualquer outro lugar da vida real e encontrou um funcionário que estava ali apenas para informar que permaneceriam com as portas fechadas por falta de quorum?

A atriz Denise Fraga, num dia em que deu quórum, há cerca de oito meses/um ano, foi ao Congresso Nacional tratar de assunto da classe artística e ficou estarrecida com o ambiente.

Com fabuloso poder de síntese, ao contrário do detalhamento desse texto, ela disse: Fiquei impressionada. Parecida um bando de garotos em volta de uma bola de futebol.

Calma lá Denise Fraga: não ofenda nossos garoto!

De maneira alguma, tenho saudades da Ditadura. Mas não posso deixar de pensar em Aristóteles e principalmente no pessoal do Casseta e Planeta. Aristóteles disse: “o homem é um animal político”. Casseta e Planeta: “O Homem Político é um animal!

 

Os Congressistas Não Se Comportaram Direitinho…

Folha de São Paulo  de Hoje, na Página A 6,  traz notícia com o Título: CÂMARA VAI GASTAR R$  10 MILHÕES PARA CONTRATAR AGÊNCIA DE PUBLICIDADE.  “A medida faz parte de um pacote elaborado para melhorar a imagem da Casa,  que também inclui uma pesquisa de avaliação da atuação da instituição, além de monitoramento de redes sociais”.

Pois bem, às véspera da posse do novo Congresso, há pouco mais de três anos, escrevi texto sugerindo medidas e providências que deveriam ser tomadas para transmitir à população uma imagem melhor  das duas Casas.  Tivessem sido adotadas com um mínimo de empenho  minhas sugestões, certamente a coisa não teria chegado a esse estágio de descrédito em que se encontra hoje,  agência de publicidade alguma seria contratada e a verba poderia ser usada para amenizar problemas reais da população.

Leia e discorde de algum ponto:

Título: Comportamento Adulto – O Mínimo que se Espera do Novo Congresso (Escrito em  Janeiro de 2011)

Novo congresso toma Posse no começo de fevereiro (embora 1/3 dos senadores continuem).

Bem que podia aparecer, se é que existe, algum deputado ou senador minimamente preocupado com a opinião pública e lutar por algo muito simples: obrigação de todos nas duas casas terem comportamento minimamente adequado desde o instante que pisam o prédio da Câmara/Senado, até colocarem os pés (se bem que todos andem de carro) na calçada no fim do expediente. Pés na calçada mesmo, já que os carros não são de suas propriedades (embora, tampouco sejam de suas propriedades os apartamentos funcionais). Desde que voltem para casa, ainda que apartamentos funcionais.

Para se atingir esse tal decoro parlamentar ou – posto de outra forma – ter comportamento minimamente compatível, algumas medidas precisam ser tomadas.

1) Sessões iniciam-se no horário marcado. Todos os congressistas precisam estar presentes.

2) Presentes e sentadinhos em suas cadeiras; e, e em silêncio, ouvindo o que o colega que está ao microfone diz. Sentadinhos, como se fala pra criança, quer dizer sentadinho mesmo. Nada daquele aglomerado de gente pelos corredores, nada de duplinhas passeando aos papos. Muitos deles, apesar de sentadinhos, falam ao celular. Nada disso. Tem que se sentar e prestar atenção ou fingir que presta atenção!!!

3) O cumprimento do ítem acima já pressupões plenário cheio; nada daquele mar sem fim de cadeiras vazias. A desculpa de que estão em reuniões é furada. Que reunião são essas que não terminam nunca??? Reuniões de comissões??? Que essas reuniões sejam feitas com os aspones, digo, assessores dos congressistas. Já que deputado e senador têm que estar é nas sessões. Reuniões de comissões com congressistas que sejam feitas em outros horários, dos três dias de trabalho semanais; horários em que não haja sessões.

Cadeiras vazias, deputados/senadores pelo plenário, deputados sentados batendo papo ao celular – tudo isso é um desrespeito ao seu voto.

Ao meu não porque só votei para presidente; o resto tudo, digitei todos os zeros que a urna eletrônica permitia e confirmei. Não por julgar que ninguém seja digno do meu voto. Longe de mim tamanha arrogância. Tampouco sou pela dissolução do Congresso/ditadura. “Mais tampouco” ainda posso endossar esse RECREIO SEM FIM, conforme já escrevi. Quem quiser ler, embora repita um pouco esse todo http://bocanotrombone.ig.com.br/2007/10/22/recreio-sem-fim/.  Leia e discorde se for capaz.

Se eu perceber um mínimo de disciplina (ia escrever seriedade, mas o termo é disciplina mesmo), posso mudar meu voto nas próximas eleições. Posto de outra forma, SE OS CONGRESSISTAS SE COMPORTAREM DIREITINHO…

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Infelizmente, pelo que se está vendo, inclusive com chancela  da própria Câmara,  a coisa não mudou  milímetros que fossem.  Em palavras adequadas:  OS CONGRESSISTAS NÃO SE COMPORTARAM DIREITINHO…  logo, meu voto deve ser idêntico ao das últimas eleições “Federais”.  Infelizmente. Repito, não se trata de presunção/arrogância minha de achar que candidato algum merece meu voto, mas  de maneira alguma, como já escrevi outras vezes,  posso endossar esse Recreio Sem Fim!!!