Teoria de domínio público diz que a natureza limitou a inteligência, mas não a burrice.
Descobri há bastante tempo que, da mesma forma, existe limite para a educação/refinamento, mas não para a barbárie. Você pode imaginar pessoas educadas como os membros da realeza europeia. Acima disso, é impossível. A falta de educação, entretanto, é um poço sem fundo.
Na verdade, em relação a praticamente tudo, o limite só há para qualidades positivas; para os defeitos, as “invirtudes”, não.
Conheço duas pessoas que provam essa teoria.
Uma delas é sujeito absolutamente idiota, em todos os aspectos; cada vez que o vejo, ele consegue se superar na idiotice que eu julgara ter alcançado o nível máximo. E tenho certeza de que conseguirá se suplantar sempre, até o fim de seus dias.
A outra, uma mulher. A cada nova atitude, novas palavras, novas posturas, a ordinarice (substantivo que deveria existir para designar a qualidade de ser ordinário) só faz se expandir para o infinito.
Para esses dois, não há limite de espécie alguma, nem para baixo, nem para os lados; coisa verdadeiramente impressionante. Quem os conhece, talvez não tenha feito todas essas elucubrações, mas, tenho certeza de que concorda comigo.
Como não sou obrigado a conviver com eles, sem problemas. Azar dos parentes próximos e subordinados; já que não creio que esses tipos tenham amigos. A não ser que o mau gosto de alguns, ainda que muito poucos, também seja incomensurável. O mundo, com mais de sete bilhões de pessoas, a imensa maioria decente, e escolher esses tipos como amigos…