A graça das piadas, quase sempre, está nos detalhes ínfimos. Um sinônimo que substitui o termo original e danou-se. Ficou sem sentido, deixou de ser piada, transformou-se em fato ininteligível.
Pois bem, ontem copiei e colei piada fabulosa que recebi por email. Desliguei o computador, fui-me embora, saí à noite e desconfiei que a última palavra, decisiva para a compreensão da piada, não havia entrado. Pensei um pouco nisso durante a pizza, aliás, com a minha amiga que me havia transmitido a mensagem. Chegando em casa, fui conferir. Estava tudo em ordem, graças a Deus. Apaixonado por piadas, assassinar uma seria imperdoável.
De qualquer forma, foi bom que me fez lembrar episódio divertido. Talvez o episódio seja até mais engraçado do que a piada.
Estava com parentes em uma fazenda. Contei:
Sujeito no médico diz:
– Doutor, acho que estou com amnésia.
O médico não escuta e pergunta:
– O que???
O paciente:
– O que, o que???
Todos riram muito.
A mulher do meu parente próximo fica indignada com o marido:
– Eu contei essa piada para você há três dias e você não achou a menor graça.
Meu parente:
– É lógico. Você disse que o sujeito entra na sala do médico diz que está com amnésia, o médico pergunta o que e você encerrou a piada.
A mulher:
– Você acha que eu sou louca de me esquecer do final da piada??
Meu parente:
– E você acha que eu sou burro de não entender uma piada dessas???
Em tempo, o parente que ouviu a piada se acha o máximo do inteligente e a mulher dele o máximo da engraçada.
Em tempo 2, como diz a música do grande sambista Nando Távora, meu amigo do Caiubi, “piaba na ponta da Linha é uma alegria só; piada mal contada é coisa de dar dó”
Ainda bem que eu não omiti a palavra final da excelente piada. Se quiser conhecer a piada que postei ontem, clique . Se bem que a essa altura, as patetadas/patetices dos meu dois parentes já suplantaram toda e qualquer piada.