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Parada Gay, Historinha Engraçada

Frequentemente tropeça-se por aí com placas que anunciam:  Loja dos Pregos, Desde 2009, como se dois anos representassem imensa tradição.  Isso quando não é o Since, no lugar do desde.

Se o que começou anteontem é considerado antigo,  o Boca já tem dois marcos: a historinha que publica às vésperas da Parada Gay e a Frase que precede o dia da Consciência Negra.  Ambas repetidas aqui há uns quatro anos.

Como rir é coisa saudável, e para manter a “tradição”, lá vai  uma vez mais :

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Parada Gay, poucos anos atrás. Desde a primeira, fui a algumas edições. Som legal, muita alegria e, além de tudo, não custa nada prestigiar. Lembro-me quando queriam bater o récorde mundial de público. Além do som, havia a meta a ser cumprida. Fui até mais para fazer número e ajudar no récorde, que acabou mesmo sendo batido.

Pois bem, em uma das vezes, de dentro do carro, perto da Rua Cubatão, onde, segundo meus cálculos, deveria estar a marcha naquele momento, pergunto para um grupo de gays que vinha caminhando se o pessoal ainda permanecia pelas redondezas. Eles me informam que a marcha já devia ter chegado ao ponto final, na República, onde seriam encerrados os festejos.

Pensando em voz alta, lastimo. Um deles consola:

– Não desiste não. Corre lá, quem sabe cê ainda não arranja um namoradinho!!!

Divertindo-me muito, nos dias seguintes, contei para todo mundo o episódio.

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Há três anos ia com minha namorada.   Ano passado (namorada já era)  fui  sozinho.  Não que eu ligue para a torcida, mas convidei amiga para ir comigo depois de amanhã.  Ela não quis.  MAIS UMA VEZ VOU SOZINHO E, SEM QUALQUER PRECONCEITO,  VOLTAR SOZINHO!!!

Evangélicos Usufruem Liberdades, Manifestam-se e Pedem Mordaça/Repressão

  • Evangélicos  têm todo o direito de se manifestar e colocar nas ruas milhões de fiéis.  E têm tido, ao longo dos anos, liberdade irrestrita para realizar suas marchas, como aconteceu ontem em S. Paulo.
  • Jovens e cidadãos  obtiveram recentemente o direito de promover atos públicos em favor da discriminalização da maconha.
  • Depois de amanhã, mais de um milhão, entre homo e heterossexuais, alegremente estarão colorindo as ruas da cidade de São Paulo na Parada Gay.
  • Católicos por todo o Brasil celebraram ontem  com procissões o dia De Corpus Cristi.
  • Festas gigantescas pelo país, principalmente nordeste, festejam São João.

Essa diversidade e convivência harmônica entre todos é uma das bençãos e maravilhas desse nosso Fabuloso Brasil. Animadas e belas festas celebram tudo isso.   Cada um comemora com seus iguais – e propaga –  as crenças que carrega pela vida.

Líderes evangélicos, entretanto, ao que parece, querem essa liberdade só para eles próprios  e seus seguidores.  Eles aproveitaram a Marcha para Jesus ontem para protestar contra o Supremo Tribunal Federal que aprovou a união estável de casais homossexuais e passou a permitir  manifestações em prol da liberação da maconha.

A Folha de hoje informa que o pastor Silas Malafala, da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, “recomendou aos fiéis que não votem em políticos que sejam favoráveis à união gay.”

Ao tomar essa atitude, naturalmente, está sendo antidemocrático.  Ele tem o direito de pensar o que quiser, pedir voto a quem quer que seja;  mas também,    a obrigação de deixar seus fiéis votarem em quem quiser.  Aliás, ele mesmo se manifestou de maneira contraditória.  Começou dizendo que “o povo evangélico não vai ser curral eleitoral”.  Em seguida,  afirmou “se o governador, prefeito ou presidente for contra a família, não terá nosso voto”. Acho que a tradução é mais ou menos essa: o povo evangélico não vai ser curral eleitoral; o povo evangélico vota como eu determinar.  Posto de outra maneira: o povo evangélico não vai ser curral eleitoral alheio…

Virada Cultural – Bom Momento para se Pensar Sobre Agressões à Cidadania!!!

Não conheço os critérios que empresas, governos utilizam para determinar onde vão anunciar seus produtos.  Sei que as agências de publicidade têm equipes de profissionais especializados na coisa.

Vejo  no topo do meu blog  hoje, agora, na hora em que escrevo,  pelo menos, um anúncio da Virada Cultural. O tema  é Descubra um Final de Semana para Ficar Virado/ Para onde você vira, tem Virada.   Legal, muito legal. Sinto-me orugulhoso pela escolha e também porque    acho o máximo ver as pessoas nas ruas se divertindo, não importa que  indo atrás de cultura ou apenas enlouquecendo na Parada Gay.

Pena que isso aconteça em apenas mais  meia dúzia de dias por ano: carnaval, reveillon.   Pena, imensa pena!!! 

Seria o máximo que, independentemente de haver ou não festivadades nas ruas e praças,  todo mundo voltasse a dar passeios pelos bairros após o jantar.  Passear pelo quarteirão, bater papo com vizinhos, tomar um café/suco/cerveja/cachacinha no bar da esquina. 

Lembro-me que há muitos anos cheguei cedo ao centro para ir ao Teatro e outra vez que fui de metrô e queria voltar a pé, após o espetáculo.   Muitas  ruas do centro são bonitas, sobretudo à noite.  Mas não há viva alma em lugar algum e todos os bares estão fechados.   Precisa ser muito, mas muito macho mesmo, ou muito louco  para andar sozinho e despreocupado pelo centro depois das 21 horas.  Voltei de Taxi.

E não adianta botar a culpa apenas na televisão.  

Mesmo em bairros mais movimentados, é um inferno andar pelas calçadas.  É um inferno graças ao que???  Graças a mania do brasileiro de tornar a coisa pública privada.  Literalmente privada de cachorro e outros absurdos,  norteados  pelo mesmo príncipio.

Casas e prédios, sem a menor cerimônia, constroem próximo ao meio fio enormes cestas de ferro para colocar lixo.  Essas cestas poderiam estar dentro do terreno do condomínio, jamais no meio da calçada, tomando lugar dos pedestres e impedindo que se abra a porta do carro.  É absolutamente inacreditável e inconcebível!!!  Uma afronta!!! 

Mais uma coisa,  oito de dez casas ou prédios instalaram uma merda de uma luz , que conforme aquele que já foi chamado de cidadão, agora rebaixado para supseito,  vai passando, essas luzes vão  explodindo em seus olhos.  É impossível andar três quarteirões à noite sem ficar com dor de cabeça. Outra afronta inominável.

E cadê a prefeitura (ou outra autoridade competente) que não proíbe  nem uma coisa, nem outra!!!

Curioso é que exatamente esses moradores, mais de 95% deles, tenham em seus carros aqueles vidros absolutamente nigérrimos.  A lógica dos elementos moradores/motoristas: para mim, privacidade; para o cidadão que deveria ter o direito de  andar  pela calçada em paz, jato de luz na cara, como se fosse meliante “escrachado” (termo da giria do jornalismo policital quando criminoso é apresentado para ser fotografado com flashes pela imprensa.)

Essas luzes são dirigidas para quem anda pelas calçadas.  Quando visita (ou morador) vai entrar nas maioria dos prédios há um outro holofote, mirando os olhos,  para dar boas-vindas.

Por uma cidade onde todos possam passear à noite, todas as noites do ano e que ninguém seja agredido e tratado como marginal até que se prove, realmente, tratar-se de marginal. 

Uma das definições do meu Aurélio Eletrônico para marginal é: ” Diz-se de pessoa que vive à margem da sociedade ou da lei como vagabundo, mendigo ou delinquente; fora da lei”

Pois bem, de acordo com essa definição,  marginal é um fora da lei.

Na minha opinião,  atribuir-se ao  direito de tratar todos os  cidadãos que passam em frente – do lado de fora – de sua propriedade como um marginal, sem ser autoridade competente, está fora da lei; portanto,  esses instaladores de holofotes são, eles sim, MARGINAIS!!!  Como alguns acham legal dizer:  Simples assim!!!]

Aproveitem a Virada Cultural. 

Para rimar, serial legal se os setores competentes pensassem sobre essas arbitrariedades e colocassem freios definitivos na coisa.  Freios e multas.  porque esses xerifinhos urbanos  só têm um órgão sensível: o bolso

Parada Gay – Historinha Engraçada

Nos anos anteriores, às vésperas da parada Gay,  publiquei aqui uma história divertida que me aconteceu .  Como rir é coisa saudável,  lá vai  uma vez mais :

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Parada Gay, poucos anos atrás. Desde a primeira, fui a algumas edições. Som legal, muita alegria e, além de tudo, não custa nada prestigiar. Lembro-me quando queriam bater o récorde mundial de público. Além do som, havia a meta a ser cumprida. Fui até mais para fazer número e ajudar no récorde, que acabou mesmo sendo batido.

Pois bem, em uma das vezes, de dentro do carro, perto da Rua Cubatão, onde, segundo meus cálculos, deveria estar a marcha naquele momento, pergunto para um grupo de gays que vinha caminhando se o pessoal ainda permanecia pelas redondezas. Eles me informam que a marcha já devia ter chegado ao ponto final, na República, onde seriam encerrados os festejos.

Pensando em voz alta, lastimo. Um deles consola:

– Não desiste não. Corre lá, quem sabe cê ainda não arranja um namoradinho!!!

Divertindo-me muito, nos dias seguintes, contei para todo mundo o episódio.

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Nos últimos dois anos, fui com minha namorada.  Esse ano vou sozinho (namorada já era) e, principalmente, VOU VOLTAR SOZINHO!!!

Parada Gay, historinha engraçada

Parada Gay, poucos anos atrás. Desde a primeira, fui a algumas edições. Som legal, muita alegria e, além de tudo, não custa nada prestigiar. Lembro-me quando queriam bater o récorde mundial de público. Além do som, havia a meta a ser cumprida. Fui até mais para fazer número e ajudar no récorde, que acabou mesmo sendo batido.

Pois bem, em uma das vezes, de dentro do carro, perto da Rua Cubatão, onde, segundo meus cáulculos, deveria estar a marcha naquele momento, pergunto para um grupo de gays que vinha caminhando se o pessoal ainda permanecia pelas redondezas. Eles me informam que a marcha já devia ter chegado ao ponto final, na República, onde seriam encerrados os festejos.

Pensando em voz alta, lastimo. Um deles consola:

– Não desiste não. Corre lá, quem sabe cê ainda não arranja um namoradinho!!!

Divertindo-me muito, nos dias seguintes, contei para todo mundo o episódio.

Embora pouco esteja ligando para o que pensem ou não pensem de mim, por via das dúvidas, na parada de amanhã, vou junto com a minha namorada.