Roqueiro Ozzy Osbourne, em uma longa entrevista publicada pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”, disse que está praticamente surdo “depois de 40 anos recebendo decibéis na cara em cima dos palcos. Só entendo as coisas quando falam comigo de frente. Minha mulher, Sharon, fica louca porque ou não entendo nada ou entendo mal”. De quebra, confessou ter pavor de altura “não posso subir em uma escada portátil que tenho vertigem”.
Salvo engano, os decibéis desprendidos de uma banda dessas equivalem a de um avião a jato decolando. O inferno deve ser bem menos incômodo.
Embora não seja otorrino, suponho e li em algum lugar que walk man, ipodes, mp3 também prejudicam barbaramente a audição.
Como hoje estou cheio de suposições, lá vai mais uma. Suponho estar aí – som no último volume direito no tímpano – a causa de ter tanta gente surda hoje em dia. Ficar surdo, como se vê, foi opções delas. Problema é que ninguém mais sabe conversar sem gritar. Some-se a isso o som ambiente obsessivo no planeta e se chegará a conclusão de que barulho de turbina é valsa para ouvidos dos búfalos.
Três frases minhas para terminar.
O som ambiente só faz infernizar o ambiente.
Crianças, velhos e pessoas sem educação falam alto.
Meu sonho: ser milionário, dar um walkman* para cada um e desligar a música compulsória e compulsiva do planeta.
(*ipod, mph3 – seja lá o que for)