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Junte-se a Esse Calor Falta de Água, Tem-se o Inferno!!!

Há pouco,  pela segunda vez na vida, tomei banho de chuveiro em S. Paulo apenas com o registro de água fria ligado.

Mil anos atrás, viajei , também no verão, de Belém do Pará a São Paulo.    Chuveiros de todos os lugares onde me hospedei estavam desconectados da eletricidade.   Pelo que ouço contar, no Norte/Nordeste  não existem cobertores e não se liga a água quente  em estação alguma.

Acho que isso  que está acontecendo também em S. Paulo é o  que se chama  aquecimento global, na prática, para não dizer na pele.  Pode  piorar,  há perpectiva eminente de  falta da água.

Sempre lastimei as calamidades provocadas pelas tempestades de verão na Paulicéia.  Entretanto, fazia ressalva, pior seria a falta de água.

Pelo jeito, o pior vai chegar; junto com ele, o racionamento.  A simples idéia de carência de água por aqui como existe em várias partes do mundo é de apavorar; suponho que para todo mundo.  Para mim, pelo menos, é, literalmente, o Inferno na Terra

Banhos no Sul, Sudeste, do Rio pra cima e O Banho Abstrato dos Ingleses

Há muito tempo que não tomava banho frio, frio mesmo,  ligando apenas o registro de água fria,  aqui em S. Paulo.  Pois bem, o segundo banho de hoje foi assim.

Fiz longa viagem meio de hippie-rico em 75, com meus amigos,  Mário Cury, sempre citado aqui e  Danta Della Manna,  de São Paulo, Brasília, Belém do Pará,  e viemos  descendo  de volta em direção a S. Paulo  pelo litoral, parando, principalmente,  nas capitais.   Classifiquei viagem meio hippie rico  porque o pedaço punk,  os trechões brabos de verdade, nós os percorremos ( nós os liquidamos) de avião mesmo.  Além de avião, muiiiita carona.  Carona e hospedagem  grátis, praticamente   todas  as noites, em repúblicas de estudantes.

Esse meio/maneira  de dormir e se locomover, com o qual não contávamos ao sair de S. Paulo,  nos tornou uns magnatas entre os turistas hippies hippes mesmo, se  é que isso já existiu no Brasil.  Desse modo, em Fortaleza, uma refeição era com lagosta e a seguinte também.

Voltando aos banhos.  Viajei na época da faculdade,  nas férias longas de janeiro/fevereiro.  Que eu me lembre, e eu me lembro bem,  havia chuveiro elétrico em todos os lugares que ficavam permanentemente desligados da tomada.

Banhos/ banhos frios me fizeram lembrar os 180º Graus opostos:  texto meu sobre  O NÃO BANHO DOS INGLESES.  Leia que você vai se divertir e não vai acreditar no  que vi e vivi.  Aliás, muita gente comentou esse texto e reiterou  o que eu disse, narrando episódios muito curiosos/parecidos.  Leia também os comentários.  Uma leitora fez a síntese perfeita da coisa.  Ela disse:  “Individualmente, nós brasileiros, somos limpos;  coletivamente, porcos.  Os ingleses, coletivamente são limpos; individualmente,  porcos.” Me ocorre completar agora:  Bota porcos nisso!!!

Clique aqui para o texto e comentários e constate você mesmo.

Aliás,  lembrei-me de  observação feita por famoso político brasileiro da década de setenta, tido como mulherengo e que fora diplomata na França e Inglaterra.  Na volta para o Brasil, uma amiga, perguntou o que ele havia achados das Européis.  Ele  foi direto:

– Muito bonitas, muito elegantes, mas muito mal lavadinhas…