O ator Ênio Gonçalves morreu ontem. Sempre bom lembrar de histórias divertidas de quem parte. Lá vão duas dele.
Na peça Alice que Delícia, muitos anos atrás, assim que ele entra em cena, pensei:
– Eu o conheço de onde?
No intervalo, consultei o programa da peça para tentar descobrir. A dúvida me acompanhou a peça inteira. Era um domingo. Deixei minha amiga em casa e passei pelo lendário Pirandello, na Augusta. Um conhecido e uma conhecida me convidam para eu me sentar à mesa deles e perguntam de onde estava vindo. Disse que fora ao Teatro, peça Alice que Delícia. Os dois, ao mesmo tempo, me perguntam se eu não havia observado nada curioso. Disse que não. Ele:
– Paulinho, eu sou o ator principal.
A história seguinte é bem mais divertida, está no livro do Mário Prata, Meus Homens e Minhas Mulheres, diversos casos curtos que o Prata escreve sobre seus amigos. O escritor, a Namorada, Ênio e amiga da namorada do Mário foram passar um fim de semana juntos. Havia apenas dois quartos. Em um deles, ficaram Mário e a Namorada. No outro, Ênio e outra mulher.
Mário fala para a namorada:
– O Ênio vai comer sua amiga.
A mulher:
– Imagina, minha amiga é super careta.
Mário:
– O Ênio vai comer sua amiga.
Para acabar com a discussão, decidem apostar uma garrafa de uísque.
Dia seguinte, a namorada do Prata levanta-se, bate um papo com a amiga, volta para o quarto deles e diz:
– Mário, te devo três garrafas de uísque.
Mulheres aí no Céu, atenção!!!