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Experiente Jornalista, Mas Desconhecia que Não Existe Jantar Grátis!!!

Para o Amigo Fernando Pawwlow, que gosta dos meus casos, sobretudo os que envolvem jornalistas e políticos.

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Paulo Maluf é o Paulo Maluf que você conhece.

Diolauc Omarba foi  cronista político  de imenso prestígio.

Era uma mesa redonda com alguns  jornalistas famosos, entre eles Omarba, que entrevistavam Maluf.  Muito provável que todos os jornalistas tenham  recebido  belíssimos cachês.  Afinal, ter nome associado a Maluf e ficar sujeito  às afirmações  do político é tarefa nada agradável.  Mas tudo tem um preço.  Omarba devia saber disso.

Lá pelas tantas,  Maluf, sem a menor cerimônia, ao falar  sobre as dificuldades enfrentadas  por imigrantes,   pede textualmente  o endosso do prestigiado jornalista.  E diz:

– Imigrantes sofrem, não é mesmo  Omarba????

Indignado,   ele  responde:

–  Eu não sou imigrante, minha família é de refugiados políticos!!!  Imigrante é você!!!

Bem feito!!!  Foi fazer pano de fundo pra Maluf e queria o que???

A expressão da moda é:  não existe jantar grátis.  Ora, ainda que a expressão não tivesse sido criada naquele tempo,  será que o experiente Omarba não sabia disso???

Sapos e Lagostas

Quer dizer então que o Maluf apoia o candidato   Alexandre Padilha do PT ao Governo do Estado e que o candidato e o partido aceitaram o apoio???  É isso mesmo???

Frase  minha ilustra bem a coisa.  O que está entre parênteses é de domínio público.  Lá vai:

“Política é a a arte de engolir sapos”, com cara de que está saboreando lagosta.

Difícil contestar, não é mesmo???

 

Maluf não Perdoa. Cobra!!! Haja “Garganta Musculosa”!!!

A tal foto de Lula, Maluf e Haddad no quintal da casa de Maluf certamente vai ser usada até a eternidade por  Maluf.  Literalmente, até a eternidade.

Se Lula continuar em alta e Maluf estiver tendo problemas para entrar no céu, fique certo de que ele vai exibir a tal foto para S. Pedro.

Lembro-me bem.

Jornalista de origem  italiana famosíssimo, já falecido,  fez parte em programa de televisão de bancada de entrevistadores de Maluf.

Lá pelas tanta, Maluf  não teve dúvidas:

– Nós imigrantes, não é mesmo Giusepe (não era esse o nome do jornalista)…???

O fictício Giusepe ficou indignado:

– Imigrante, coisa nenhuma.  Minha família é de refugiados políticos italianos!!!

Bem feito, foi fazer pano de fundo para o Maluf,  não sei se atrás de cachê ou de outros interesses, e Maluf cobrou no ato!!!

Jovem Haddad, pode esperar que essa fatura chega, na Prefeitura ou onde quer que você esteja!!!

Como política é a arte de engolir sapos, com cara de quem está saboreando lagosta,  é bom o ex-ministro  ir reforçando a musculatura do pescoço e fazer muito treino de expressão facial para disfarçar contrariedades ou o sabor desagradável do que está engolindo.

Até S. Pedro vai Ver Essa Foto

Mesários Orgulhem-se!!! Eleitores de Maluf pensem!!!

Li em algum lugar que a eleição é o único dia a cada dois anos em que, de fato, todos os brasileiros são absolutamente iguais na sua principal atividade. O voto de um milionário, de um cara com pós doutorado têm exatamente o mesmo valor que o de um miserável, um semi-alfabetizado. Não é o máximo isso??? Por incrível que pareça, há gente que seja contra essa paridade.

E você, jovem escalado para mesário, tem um papel fundamental nessas datas históricas.

Esqueça um pouco o domingo que será gasto atrás de uma mesa e pense se haveria outras alternativas. Que outras maneiras teriam os Tribunais eleitorais para escolher os mesários??? Contratar centenas de milhares de funcionários apenas para o dia da eleição seria impossível e fatalmente suscitaria infinitas dúvidas a respeito da conduta, da imparcialidade deles.

Portanto, caro jovem, não fique se lembrando do que poderia estar fazendo no domingo e exerça com orgulho o papel que lhe cabe. Além disso, o empregador tem a obrigação de dar um ou até dois (não me lembro ao certo) dias de folga para todos os que foram convocados nas eleições. A esse respeito, um mês e meio atrás, ouvi na CBN, no fabuloso programa FIM DE EXPEDIENTE, um perspicaz e gozador comentarista afirmando que o jovem que cogitasse de usufruir desse dia de folga por conta do serviço prestado nas eleições seria imediatamente demitido. Aí é aquela velha história, velha teoria do saudoso Severo Gomes, já citada aqui no Boca do Trombone mais de uma vez – dizia ele: “não é o povo brasileiro que não presta. O povo brasileiro é bom. Quem não presta é a elite. Nós é que não prestamos!!!”

Mesário, orgulhe-se de contribuir para a cidadania no domingo e usufrua com tudo o feriado a que terá direito
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Não gosto de discutir política, mas julgo ter argumento definitivo para demover a imensa maioria dos eleitores de Paulo Maluf.

Entendo uma pessoa esclarecida que vote no Maluf por interesse, ainda que interesse lícito. Gosto sempre de dar o mesmo exemplo, bem ingênuo, por isso mesmo definitivo. Se alguém diz que vai votar no Maluf porque tem uma fábrica de carimbos e o Maluf garantiu que, se eleito, a fábrica dessa pessoa será incumbida de produzir carimbos para diversos órgãos. Aí eu entendo, desde que não haja super-faturamente e/ou outras maracutaias. Agora, o sujeito dizer que vota no Maluf porque acredita no Maluf, aí não dá mesmo. É o fim da picada. Aquela cara permanentemente risonha, sempre olhando para a câmera, raramente para o interlocutor, é tão verdadeira quanto uma nota de três reais. Não há marqueteiro, nem fotógrafo que dê um jeito nisso. Aliás, a propaganda eleitoral de Maluf misturando termos jovens (ele é o cara!!!) com apelos melodramáticos chega a ser hilariante pelo paradoxo da coisa, ou, se preferirem a falta absoluta de conexão do político (do cara) com a linguagem escolhida. Uma outra hipótese é que tanto Maluf quanto seus marqueteiros suponham que todos os paulistanos sejamos idiotas completos.