Li, provavelmente no livro A Ilha, de Fernando Morais, sobre Cuba, que os jovens de lá, nas décadas de 70/80, não usavam barba. Provavelmente para não parecer que queriam imitar Fidel e até por respeito a ele.
Proponho que do dia 1º de janeiro próximo até 1° de janeiro de 2021 ninguém mais use metáforas e nem mesmo exagere nas comparações. Dez anos para desintoxicar passam rápido; corpo e mente agradecem.
Para o presidente Lula, podemos dizer que nunca jamais nesse país nascerá alguém com sua genialidade para criar metáforas/comparações; e por isso pessoa alguma tem coragem de navegar por esses mares metaforísticos, como diria Odorico Paraguaçú.
Mas, cá entre nós, a verdade é que ninguém agüenta mais…
Ontem, no rádio, a resepeito da qualidade dos futuros ministros, lascou:
– É lógico que todo técnico quer escalar 11 Pelés ou 11 Messis.
Reitero – façamos o pacto: Cidadão comum só pode usar metáforas em 2021. Até lá, apenas o presidente Lula tá liberado, mesmo porque talvez ele morresse se lhe fosse imposta tal restrição.
Machado de Assis, lá do céu, vai agradecer o descanso das metáforas. Quando o presidente Lula, já na qualidade de mero mortal, for dar entrevista , o escritor pode muito bem mudar a estação ou desligar o Rádio/TV.