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Eu gastando uma nota em taxi por causa do Bafômetro. O motorista do taxi me dizendo que enche a cara sem dó e dirige. E é assim que Funciona a Lei Seca!!!

Fui de metrô (para economizar) e a perna final do percurso de taxi, porque não havia metrô.  Por uma única razão: para poder beber sem risco de ser apanhado pelo bafômetro na volta.  Naturalmente, foi esse o tema da conversa com o  simpático motorista de taxi.

Na lata, não de cerveja,  ele me diz que antes a fiscalização da Lei Seca para taxi era menos rigorosa.  Mas começou a apertar.  E ele está preocupado, porque sempre que sai com a mulher, fora do horário de expediente,  guiando o taxi, transformado em carro de passeio, , bebe muito; inclusive traz sempre uma latinha de cerveja aberta no percurso.

E é assim.  A lei rígida me obrigou a  percorrer duas linhas de metrô, na ida e  na volta, gastar mais de 50 reais de taxi.  Enquanto isso, muitos  bebem à vontade e dirigem. Como já escrevi aqui,  falta muito bom senso na aplicação da Lei Seca.  Se alguém quiser ler, clique

Bafômetro Pode Cometer Injustiças

Ministério da Justiça quer endurecer Lei Seca porque muitos motoristas insistem em beber e dirigir.

O teste do bafômetro deveria ser apenas mais prova a que seria submetido o causador de acidente.   Veja bem, eu disse causador.

Amigo meu escreveu em um comentário aqui no Boca que sua avó, verdadeira vanguardista na luta pela emancipação feminina, que trabalhou como corretora de imóveis,   foi uma das primeiras mulheres a tirar carteira de motorista, na década de 10, e   dirigiu  até  os oitenta, quando já não enxergava tão bem, sobretudo a partir do entardecer.  Em uma noite, atropelou uma pessoa, não percebeu e foi em frente.  No dia seguinte, o policial vai à sua casa. Reproduzo o texto do meu amigo:

– A senhora estava dirigindo um Opala branco, chapa tal, ontem na Rua da Consolação ás 10 horas da noite?

– Sim, ela respondeu.

– Então a senhora está sendo acusada de ter atropelado uma pessoa neste horário e ter abandonado o local sem prestar socorro à vítima.

Ela,  com a tranquilidade de sempre, explica:

– Bem que eu ouvi um barulhinho…

A história é muito boa.

Retomando, resumindo e concluindo.

O teste do bafômetro só deveria ser aplicado ao causador de desastres ou mesmo pequenas raspadinhas.

Supondo-se que um adulto tivesse  tomado duas caipirinhas antes do jantar e  se envolvesse em qualquer tipo de acidente com  essa simpática velhinha.  Seria justo tomar todas as medidas contra o homem que bebeu e isentar de cara a velhinha???

Quem será que oferece mais risco à população?   Um homem responsável que toma duas caipirinhas antes do jantar e volta para casa  guiando  ou a simpática velhinha que mal enxerga???

Ministro Cardozo, pense um pouco,  devolva aos técnicos do seu Ministério essa lei e peça que eles  a tornem menos maniqueísta, mais sábia, e, consequentemente, mais justa.

Vá a Pé, de Taxi, Metrô Para Poder Beber a Vontade

O Natal não acabou, o Reveillon tá aí, mas o bafômetro também.

Sabendo que ontem era dia de beber,  meu plano era ir de metrô até a Paulista, descer a pé a  Consolação inteira em direção ao Bairro, andar mais um pouco e chegar ao almoço de Natal na casa de um amigo.  Quando  ponho o nariz para fora da Estação Consolação, inicia-se temporal e, milagrosamente, aparece um taxi.  Horas mais tarde, quando vou para a casa de outro amigo para ceia, onde também planejara chegar a pé, outro temporal.  Mais uma vez, sorte, e outro taxi.  Dois taxis, menos alguns reais no bolso e  a frustração de não poder caminhar, coisa que adoro.  No fim da ceia, mais chuva,  amigo do meu amigo dono da casa me dá uma carona até a minha rua.

Todos esses contratempos valeram a pena para não ter a mais mínima possibilidade de o bafômetro por ventilador na farofa do meu peru de Natal.

Reveillon vai ser a  cerca de dois quilômetros de casa.  Se São Pedro deixar,  chego a pé e volto a pé.  Carro, mesmo que desabe o céu sobre a terra, fica quietinho  na garagem

Sugiro que todos pensem nisso, já que o consumo de dois bombons de licor faz que o motorista seja  barrado pelo Bafômetro, conforme li no início da Lei Seca no Trânsito.  Escrevi texto aqui a respeito, mas não consigo achar o link.

Antes,  irresponsáveis enchiam a cara, causavam desastres pavorosos; agora, cidadão responsvável não pode tomar duas taças de champagne no Natal.   Brasil,  quem é que agüenta Tanto 8 ou 80???

Assim, faça como Angélica cantava no começo da Carreira:  Vá de Taxi.  Se quiser ouvir a música dela, clique aqui

Feliz Natal para Todos !!!

Lei Seca, Bebidas em Conta Gotas!!!

Amanhã, o chopp/uisque/caipirinhas após o trabalho prometem.  Mas lembrem-se: os comandos da Lei Seca estarão por todos os lados.  Voltar de taxi, solução mais cara, porém mais simples.

Três semanas atrás, fui comer pizza com meu sobrinho.  Parece que os jovens descobriram uma   fórmula “convivendo (é o jeito, né?)  com a Lei Seca”:  um chopp antes da pizza; quando acabar a pizza, uma hora e meia depois, esse chopp já terá se evaporado, sido  expelido, sei lá e outro chopp durante a pizza, que fica dentro do limite permitido.  E só!!!

Melhor é voltar de taxi, voltar a pé, ou até mesmo nem ir.  Beber dois chopps em conta gotas é que não dá mesmo!!!

Piada, já repetida aqui diversas vezes, inclusive há bem pouco tempo:

Uma freira fala para a outra:

– Durma com Deus.

A segunda responde:

– É o jeito, né irmã?

É chopp/uísque/caipirinha  após o trabalho e não…. Tenho frase  a respeito:

Happy-hour, a invenção é ótima.  O nome, muito besta!!!

Mais besta do que esse nominho,  só mesmo ter que se contentar com dois chopps por noite em conta gotas.  É de matar.   Matar de sede!!!

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Não sou irresponsável, apenas acho que os critérios e as opções para o cidadão, necessariamente, teriam que ser outras.  Se quiser ler,

Clique aqui

Há um outro texto meu,   aqui no Boca, em que explico mais sobre o assunto, mas não encontrei.

Driblando Honestamente a Lei Seca no Trânsito

A nova lei de trânsito pune quem for flagrado dirigindo depois de ter consumido dois bombons recheados de licor, ou o equivalente. Multa: R$ 955,00. Punição: sete pontos na carteira de habilitação e suspensão do direito de dirigir por um ano.

Na Austrália, segundo conhecido meu que mora lá há muitos anos, a lei a esse respeito também é bastante rígida e a fiscalização idem. Os australianos descobriram solução inteligente que poderia ser adotada no Brasil.

Todo motorista que costuma beber, leva permanentemente consigo um bafômetro particular. Quando o bafômetro mostra que está impossibilitado de dirigir, ele dá um telefonema. Minutos depois, no endereço em que se encontra, aparece um rapaz em uma mini motocicleta dobrável, devidamente habilitado e, evidentemente, sóbrio. Mediante uma taxa, já acertada quando fez a chamada, o motociclista/motorista dobra sua moto, coloca no porta-malas do carro e conduz o alegre freguês até sua casa. Devolve o cliente, pega sua moto e volta para o seu posto.

Tá aí serviço que poderia ser oferecido por aqui, sempre a preços estabelecidos com bom senso. Aliás, seria interessante que proprietários de bares e restaurantes também estudassem maneiras de propiciar esse transporte de volta para seus clientes. Ao estudarem essas possibilidades, é fundamental que os únicos objetivos sejam o de zelar pela segurança e evitar que os clientes enfrentem problemas com a lei. Se os empresários quiserem transformar isso em um grande e rentável negócio, inviabiliza-se tudo, inclusive seus próprios estabelecimentos.

Termino esse texto concluindo que gastei tempo à toa.

Depender e acreditar na boa vontade e generosidade desses mesmos empresários que se revoltam cada vez que se fala em restringir o fumo em seus bares e restaurantes, é tão ingênuo quanto acreditar que eu possa jogar uma moeda para o alto e ela cair de pé.

Eu tentei!!!