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Metrô 24 horas, ao Menos nos Fins de Semana

É híper  óbvio que a pauta de reivindicações dos  Movimentos Sociais desses dias tinha – e tem – que incluir considerável ampliação no horário de funcionamento de metrô, durante os dias da semana.  E mais,  de sexta para sábado e de sábado para domingo que os trens funcionassem/funcionem  ininterruptamente.

Não faz o mais mínimo  sentido impingirem  a lei do bafômetro a todos os motoristas (sejam eles responsáveis ou não) sem oferecer transporte público de qualidade, sobretudo durante os  fins de semana.

Certamente as autoridades que produziram a lei do bafômetro dispõem  , pagos pelos contribuinte, de automóvel e motorista dia e noite ou de uma bela verba para se locomoverem  de taxi.   E mesmo que não tenham essa regalia, não podem criar uma lei sem dar alternativa para o transporte da população ir em busca do  lazer  durante as noites de sexta, sábado e domingo.  Na verdade,  precisam garantir transporte público de qualidade a semana inteira.  Estuda-se horário, o mais  restrito possível,  para a manutenção do serviço  e o resto do tempo, metrô para lá e para cá, levando ao estudo, trabalho, mas também para o lazer  o cidadão, seja ele rico ou pobre, consumidor de vinho ou de cachaça.

Repetindo, é híper óbvio!!!

Autoridades, antes de começar a por obstáculos, lembrem-se da máxima do Boca:  o homem chegou à lua, há mais de quarenta anos e vocês não conseguem dar conta de tarefa de tão ínfima envergadura.  Empenhem-se, poos!!!

Fui de Trem a Jantar Sofisticado Por Causa do Bafômetro

Sábado, voltei àquele  jantar perfeito ao qual havia ido antes do Natal.  Dessa vez, estava tal qual tempo de verbo – MAIS QUE PERFEITO, já que, além do cardápio muito equilibrado, havia vinhos para combinar com cada prato  servido, inclusive a sobremesa.

Como disse  na minuciosa descrição que fiz, além de delicioso – ainda mais agora com vinhos -, o preço é super camarada.

Preço camarada + Lei do Bafômetro poderia(m) me atirar em  armadilha.

O taxi de ida e volta – e olha que a distância nem é tão longa assim – certamente teria custado muiiiito mais caro do que todo o jantar.

Para não cair na armadilha/paradoxo, não tive dúvida: peguei  metrô até a estação Barra Funda.  Adivinhe como  venci a segunda parte da jornada!!!

– Adivinhe, pense um pouco mais….

– Pensou???

Peguei trem e desembarquei a cerca de 300 metros  do prédio da anfitriã.  Se o trem estivesse muito lotado,  pegaria mesmo um taxi.  Mas estava vazio, foi rápido e super confortável.

Econômico e muito prudente para cumprir a lei.  Mas, convenhamos, o exagero dessa lei nos submete a situações surreais.

Repito a pergunta.

Quem oferece mais risco, eu depois de beber quatro taças de vinho, ou a Avó do meu amigo que aos  80 anos atropelou um ciclista à noite e nem se deu conta do fato???  Se quiser ler detalhes do episódio da avó do meu amigo,  clique.

Se quiser ler sobre o  esses jantares,  que deverão ser mensais,  clique aqui

Estava conformado em morrer com a grana do taxi da volta,  mas duas convidadas (uma delas era a motorista e não bebeu) me deixaram em casa.

Menos mal, menos paradoxal e menos surreal!!!