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ITAQUERÃO! EITA PRESENTÃO!

Manchete da Folha de Hoje: “Itaquerão foi presente para Lula, diz Emílio Odebrechet”. Ainda não li, mas lá vai episódio engraçado, em outra ordem de grandeza, naturalmente.

Há alguns anos, no meu aniversário,  uma mesa bem produzida com um  balde de gelo de prata de uns cinquenta centímetros de diâmetro e outros cinquenta de altura, cheio de garrafas de cerveja geladíssimas.  Uma beleza.

Minhas duas irmãs:

– Paulo, mas que balde lindo, quem te deu?

Eu:

– Ora,  um presente desses só duas pessoas poderiam ter me dado: meu pai ou uma amante.  Foi meu pai.

Imagine se um amigo meu deixaria na portaria do meu prédio com um bilhetinho assim:  Paulo, tava no Shopping e me lembrei de você.

Esquisito não é mesmo?

Pois bem,  um Estádio de Presente!!! Acho que seriam necessários mil casais de Bill(s) Gates (s) com Gisele (s) Bundchen (s) para terem tal fôlego.

Mas, como se sabe, no Brasil, sobretudo nesse setor Empreiteiras/Poder Público, tudo é possível.

Êta mundo tão desigual, como diz música do Gil:  um balde de gelo pra mim e um Estádio para o Lula!

Como deixei claro acima, ainda não li nem o que está na primeira página, mas cabe frase de experiente amigo e contemporâneo do meu pai na Faculdade de Direito, Renato Amaral Sampaio Coelho:

– A Iniciativa Privada tem mais de Privada do que de Iniciativa.

Dá pra discordar?

Iniciativa Privada é Sinônimo de Privada???

Amigo de meu pai,  já na casa dos 70, tinha frase perfeita:  A Iniciativa Privada tem muito mais de Privada do que de Iniciativa.

Eu tenho outra: A Iniciativa Privada é campeã em tornar a Coisa Pública Privada.

Você está cansado de ver blocos de concreto, cones de borracha ou latas de tinta grandes com cimento e um ferro alguns metros antes de se iniciar a guia rebaixada de casas, comércios, condomínios, ou até mesmo, na frente de locais onde não há nem mesmo guias rebaixadas.  Esses cones, blocos, etc, também estão alguns metros após terminar a guia rebaixada.

Pois bem, talvez por certa “vergonha”, proprietário  de casa na Rua Canadá (Jardim América), quase esquina com a Brasil,  ao invés dos cones e blocos grandes e visíveis,  simplesmente botou, fixou, dois  “discretos”, cinzas e invisíveis bloquinhos de concreto de uns trinta centimetros de altura, cinquenta centímetros de comprimento e vinte centímetros de largura, meio metro antes e meio metro após seu portão.

Repito: fixou o bloquinho de CONCRETO  na rua.

Após  o segundo bloquinho, havia espaço mais do que  suficiente para eu estacionar  meu carro, sem fazer qualquer baliza, entrando direto na vaga.  Ao me aproximar em velocidade compatível,  meu carro salta e ouço imenso barulho.    Arrebentei o acabamento que existe na lateral do carro no lado do motorista no tal bloco.

Segunda-feira, denuncio o cara na Prefeitura.  Vou pedir que além de obrigarem o elemento a retirar os blocos, ele tenha que  deixar a rua nas condições em que se encontrava antes de o bloco ser instalado, e ainda receba uma bela multa; já que isso, certamente, está irregular e também pelo atrevimento de se achar xerife para ficar criando regras e leis em benefício próprio e em prejuízo do cidadão.

Telefones a Preço de Banana e de Péssima Qualidade

Nos velhos tempos da Telesp, empresa pública – sinônimo de terror para o neo e velho liberalismo,  linhas telefônicas eram caras, mas tinham mensalidades razoáveis e, principalmente, funcionavam. 

Hoje, todo mundo tem telefone.  Ótimo. Parabéns!!!  Entretanto, mês sim, outro também,  telefones apresentam defeitos.

Sem “contar as contas”1: antes trocados;  agora, preços muiiiito salgaddos.

Sem “contar as contas” 2: antes, bastava ser alfabetizado para entender o que estava sendo cobrado.  Hoje, no próprio atendimento eletrônico,  já existe a  “opção de teclar x se o seu problema é com sua conta”.  Ou seja, você não é o primeiro que liga lá porque não entendeu  sua fatura e nem eu sou o segundo, infinitamente  menos ainda o último.  Aliás, empresas de telefonia ostentam o título de “campeãs” de reclamações no (s) Procon(s).

Voltando à queda na qualidade do serviço.  Desde que eu me lembre, até o serviço de telefone ser privatizado- entenda-se uns 45 anos – , fiquei um único dia sem telefone.  De lá pra cá, já perdi as contas.  E empresa de telefonia alguma que me venha questionar, pois minhas diversas reclamações, segundo os próprios atendentes,  foram gravadas e, certamente, deveriam estar arquivadas. 

Concluindo com frase, frase de amigo, sobre Iniciativa Privada, lá vai: 

“A iniciativa Privada tem muito mais de Privada do que de Iniciativa” (Renato Amaral Sampaio Coelho). 

Em tempo, não se trata de nenhum jovem estudante universitário esquerdista, mas sim de um homem de quase 90 anos.