O decreto do Prefeito Gilberto Kassab restringindo o horário do funcionamento das feiras livres em S. Paulo, em vigência desde o dia 30 de janeiro, é um gancho (que pego meio atrasado) para algumas considerações.
1. Sempre achei extremamente anti-higiênico carnes, peixes e frangos serem vendidos na feira, debaixo daquele calorão, tomando sol e poluição por horas a fio. Jamais comprei.
2. A perpetuação de prática tão extemporânea, suponho, só se justifica por um certo atavismo. Não faz o mais mínimo sentido ruas de cidades de milhões de habitantes serem fechadas nos dias de feira, causando incômodo sem fim para os moradores e mais caos ainda (se é que é possível) no trânsito.
3. Mesmo o mito de que frutas e verduras são mais fresquinhas na feira é mito, apenas mito. Conversando com um feirante de frutas, comentei o trabalho que devia dar carregar e descarregar o caminhão ao chegar em casa. Ele me disse que não descarregava coisa alguma: as frutas ficavam no caminhão, assando debaixo da lona, sob o sol.
4. “Moça bonita não paga, mas também não leva”. A brincadeira é boa e não é tão brincadeira assim. Nas feiras, algumas barracas colocam preços; a maioria não. Ou seja, moças e moços bonitos (entender como fregueses e freguesas) mais bem vestidos fatalmente pagarão mais caro.
5. Aliás, a esse respeito, Mercados Municipais também têm a mesma postura. A prefeitura deveria obrigar o comerciante concessionário a colocar preços em todos os produtos.
6. Não conheço a cidade inteira, mas suponho que haja super-mercados espalhados para quase todos os cantos.
Ou seja, continuar comprando frutas cozidas pelo sol, carnes idem expostas ao sol e pagar preços aleatórios deveriam ser coisas do passado remoto!!!