Em momentos de Epidemias, como do Corona Vírus, o não salutar cumprimento com aperto de mãos volta à pauta.
Em agosto de 2009, época da Gripe Suína, postei aqui no Trombone texto abaixo condenando esse costume. Sou a favor de abraçar e beijar efusivamente amigos, mas dar a mão pra qualquer um…
Se quiser, leia o que escrevi 11 anos atrás, mencionando, inclusive a saudação usual na família de importante cineasta brasileiro.
Lá vai o texto de Agosto de 2009.
Cartilhas a respeito da Gripe Suína estão sendo lançadas por órgãos oficiais e entidades médicas.
Suponho ser esse um bom momento para se combater uma mania nacional, principalmente entre as pessoas mais simples e mais carentes (até mesmo do ponto de vista emocional). Trata-se do vício de cumprimentar apertando as mãos.
Muitas vezes você encontra um conhecido na rua, cujo nome você nem imagina qual seja. O lógico seria dar um aceno, um oi ou bom dia/boa tarde/boa noite e fim. Mas não, às vezes o cara chega a atravessar a rua para apertar sua mão. Tá certo que eu sou um pouco maníaco, mas é óbvio que isso pode propiciar difusão da doença – não precisa ser médico para saber.
Justiça seja feita, essa mania não é característica apenas dos mais simples. É comum você estar jantando em um restaurante, mãozinhas devidamente lavadas e limpas, chega um conhecido. Você acena e dá claros sinais de que basta o aceno, mas o infeliz estende-lhe a mão. No meu caso, ou tento evitar, ou levanto e vou lavar a mão novamente. Inferno!
Há algum tempo, muito antes da Gripe, já adoto a filosofia e prática de tradicional família paulista, aliás família de um dos maiores cineastas do Brasil. Domingão, todos os parentes reunidos. Cada um que chega, da porta da Sala, saúda os outros com um largo aceno de mão e diz em voz alta:
– SCAM!!!
Todos respondem, igualmente em voz alta, repetindo o gesto:
– SCAM!!!
Scam quer dizer SOCIEDADE CONTRA O APERTO DE MÃOS!!!
O Scam devia ser a primeira lição de todas as cartilhas anti-gripe, anti-mau gosto, anti,anti, anti, anti todos os hábitos impensados.