Jovem senhora, parente, me convida para sua festa de casamento ( o segundo), avisa que o traje é terno escuro.
Já passei da idade de contestar, mas o momento que atravesso me permite negar ter pescoço enforcado no jantar da sexta-feira (foi ontem). Concedi bonito paletó, camisa sóbria e lembrei-me de dois episódios.
Escritor famoso do modernismo (estou entre dois, por isso não cito o nome) recebeu convite dizendo que Smoking era obrigatório.
Não teve dúvidas. No dia da festa, mandou mensageiro, que carregava o cabide com smoking e um bilhete em que explicava que se importante era o traje, ali estava o traje.
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Início da década de 70. Capitu (nome fictício), conhecido meu, que hoje ocupa cargo chefe entre os cartolas do Futebol Paulista, noite de sabadão, passa por um agito, pensou tratar-se de bela festa. Foi para casa, barbeou-se pela segunda vez no dia, vestiu Terno, pegou seu Triumph sem capota e lá se foi, de volta para o agito.
Estacionou. Entrou.
Era um velório.
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