Antes chamava-se inversão de valores. Na periferia, você encontrava casas muito simples mesmo com antena de televisão.
Hoje, não sei como se chama…
Mas o prestigioso site Observatório da Imprensa traz reportagem mostrando que americanos economizam em viagens, roupas, jantares em restaurantes e outros tipos de lazer para gastar com seus smartphones. Parece que há uma relação direta entre a diminuição no faturamento dessas atividades acima e o aumento nas empresas de telefonia.
Sergio da Motta e Albuquerque, que assina a reportagem no Observatório, relata que o texto do Wall Street Journal, fonte para o seu artigo, pergunta até que ponto os setores atingidos da economia vão suportar.
Ele aborda pontos com os quais concordo plenamente. Diz : “… e eu acrescentaria mais um punhado de questões: de onde vem tanto deslumbre pelos smartphones? Por que o público parece decidido a eleger a navegação móvel como a forma de lazer mais importante no mundo contemporâneo?”
Eu desconfio de que falta de assunto para conversar com quem está ao lado e até a pobreza de espírito mesmo sejam as grandes responsáveis para a “navegação móvel” voltar a ter a importância que a Navegação dos espanhóis e portugueses tiveram no fim do sec 15, começo do sécu 16. Homens valentes de então desafiam os mares e suas incertezas; os de hoje grudam olhos e dedos na geringonça e esquecem do mundo, desprezam o que está ao redor e são felizes, tais quais indios deslumbrados com espelhinhos!!!
Frase perfeita – não sei quem é o autor:
Smartphone, você não é tão esperto assim: aproxima quem está longe, mas afasta quem está perto de mim.
Frase minha também retrata a barbárie que o celular impôs.
Lembram-se da implosões de alguns prédios? – enfiavam-se explosivos e o prédio desmoronava (“para dentro de sí próprio”) -. Lá vai a minha frase:
“O celular implodiu os preceitos mais rudimentares de educação”.
A frase é muito clara, mas gosto de explicar. O trabalho que a humanidade dispendeu para ensinar crianças a não interromper conversas é imenso. Essa energia certamente seria suficiente para fazer uma ponte ligando o litoral brasileiro à costa Oeste africana.
Pois é, aí chegou o celular e implodiu esse princípio mais básico da educação.
INFERNO!!!!!
Em tempo, ” o Brasil hoje ocupa a 10ª posição no mundo em quantidade de telefones inteligentes. O dado é da consultoria digital IDC, que acredita que seremos o quarto colocado no “ranking mundial de smartphones”.”
Acredito que quando se trata de inversão de valores (se ainda for esse o nome) , brasileiros são mais cobras até do que em futebol!!!
Se quiser ler a reportagem do Obervatório da Imprensa, clique aqui